ISTOÉ teve acesso na noite desta sexta-feira 9 à integra das 82
páginas de um relato minucioso sobre a corrupção na política nacional.
Trata-se do bombástico depoimento do ex-diretor de relações
institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho. Em sua delação, Melo faz
graves acusações contra integrantes da cúpula do PMDB, ministros do
primeiro escalão do governo federal e envolve até o presidente Michel
Temer. Implica ainda o andar de cima do Congresso Nacional: o presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), e se dedica a discorrer sobre o relacionamento da
empreiteira com integrantes também do PSDB e outras legendas.
Consta ainda da documentação a lista dos que receberam propina da
empreiteira e seus respectivos codinomes. Segundo o relato, os
pagamentos eram feitos por meio de doações legais e caixa dois para que
os parlamentares defendessem os interesses da empresa no Congresso
Nacional. Cláudio Melo Filho lista uma série de medidas provisórias e
projetos no Congresso que obtiveram alterações favoráveis à Odebrecht
graças ao bom relacionamento e, claro, à contrapartida financeira aos
deputados federais e senadores. ISTOÉ publica com exclusividade os
documentos da delação.
Acesse a íntegra dos documentos da delação de Claudio Melo, clicando aqui
Fonte: Isto É
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Mostrando postagens com marcador Isto É. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Isto É. Mostrar todas as postagens
domingo, 11 de dezembro de 2016
OS DOCUMENTOS DA DELAÇÃO DO EX-DIRETOR DA ODEBRECHT CLAUDIO MELO FILHO
Marcadores:
Cláudio Melo,
codinomes,
delação,
Isto É,
Michel Temer,
Odebrecht,
propina,
Rodrigo Maia
segunda-feira, 14 de novembro de 2016
“Sai, Capeta, esta grana não é sua!” e outras seis notas de Carlos Brickmann
No mesmo dia em que Lula denunciou o Pacto Diabólico, foram presos Rodrigo Tacla Duran e Adir Assad, considerados peças-chave do esquema
O ex-presidente Lula já descobriu os responsáveis pelas denúncias de corrupção que vem enfrentando: segundo disse a um grupo de seguidores em São Paulo, são os procuradores da Lava-Jato, a imprensa e o juiz Sérgio Moro, que fizeram um pacto diabólico para falsamente incriminá-lo. Dos citados, quem será o Cramulhão, o Canhoto? Lula não esclareceu a dúvida. [ele não esclareceu a dúvida por ser o Apedeuta o único que reúne todas as qualidades para ser satanás, cramulhão e o canhoto - ser não, já é, haja vista que foi devidamente empossado e representa uma legião satânica.]
Mas o Demônio não é um, é Legião. E há nova denúncia contra Lula, mais uma vez trazida pela imprensa demoníaca. A revista IstoÉ afirma que, em sua delação premiada, o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, oferece mais munição às hordas de capetas que detestam a cor vermelha: diz ter dado R$ 8 milhões a Lula em dinheiro vivo. Um Belzebu amador sentiria cheiro de enxofre. Presente ou pagamento? Pagamento de quê? Por que usar dinheiro vivo? Ora, rastrear dinheiro vivo é muito mais difícil.
No mesmo dia em que Lula denunciou o Pacto Diabólico, foram presos Rodrigo Tacla Duran e Adir Assad, considerados peças-chave do esquema. Empreiteiras contratavam serviços não prestados, pagavam em cheque a eles e recebiam em troca dinheiro vivo, para comprar servidores públicos. Duran e Assad foram delatados pela Odebrecht, a antes celestial benfeitora, a distribuidora de valiosas bênçãos. Deus é o Diabo nesta terra do Sol.
Lula nega tudo, diz que o Capiroto mente, que Asmodeu inventou a propina, pois a delação ainda não foi divulgada. Promete processar a IstoÉ.
Lúcifer
De acordo com a revista – que circularia normalmente neste sábado, 12, mas liberou a edição eletrônica dois dias antes — os pixulecões que Lula teria recebido se referem a suas gestões que ajudaram a Odebrecht a conseguir obras em Angola e Cuba — especialmente o porto de Mariel.
Purgatório
Lula e o PT não são, de acordo com a reportagem assinada por Débora Bergamasco, Mário Simas Filho e Sérgio Pardellas, os únicos alvos das delações premiadas da Odebrecht. Dos R$ 7 bilhões em propinas, houve partes oferecidas (e aceitas) pela ex-presidente Dilma Rousseff (R$ 1 milhão, em dinheiro vivo), a 20 governadores e ex-governadores, a uns cem parlamentares, distribuídos por vários partidos — em especial PT e PMDB, mas atingindo também dirigentes do PSDB. Há brasas para todos. E um detalhe interessante: Dilma e Temer foram eleitos pela mesma chapa.
Escrituras
A Odebrecht, organizadíssima, tinha um departamento de distribuição de pixulecos, com tudo registrado. As delações premiadas têm mais de 300 anexos com documentos (a entrega de dinheiro a Lula, segundo a IstoÉ, ocupa um dos anexos). A documentação dos depoimentos foi preparada por 50 escritórios de advocacia, em Brasília, São Paulo, Rio e Salvador. Trabalham para a Odebrecht, nessa delação premiada, 400 advogados.
Exorcismo
A reação de Lula ao Pacto Diabólico se inicia com a ação judicial contra os proprietários da revista e os repórteres que assinaram a reportagem, A nota de Lula anunciando o processo diz que a revista “é conhecida no mercado editorial pela venalidade e pela desfaçatez com que vende reportagens, capas e até editoriais, aos mais diversos clientes'”. E garante que jamais recebeu ou pediu (…) “valores ilícitos, seja da empresa citada pela revista ou por qualquer outra”. E acusa: “A má-fé da revista é tão evidente que os autores sequer procuraram a defesa ou a assessoria do ex-presidente antes de publicar a mentira”.
O corte das despesas
Michel Temer diz que, se não cuidar dos gastos, o Brasil vai a falência em 2023. Luta para aprovar a emenda constitucional que limita gastos públicos, promete reformar a Previdência para deixá-la mais barata.
Enquanto isso, o mesmo Michel Temer gastou R$ 596 mil num show, no último dia 7, em homenagem ao centenário do samba — um show exclusivíssimo, para 600 convidados, com Neguinho da Beija-Flor, Áurea Martins, Márcio Gomes e André Lara.
Fafá de Belém foi contratada exclusivamente para encerrar o espetáculo com o Hino Nacional. Terminado o show, coquetel para 600 pessoas, coisa fina. Somos pobres mas sabemos o que é bom, principalmente quando o Tesouro paga a conta.
O Legislativo se esforça para ficar à altura do Executivo: o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, passeia no Azerbaijão com tudo pago por nós, e ainda recebe diárias. No Judiciário, o ministro Ricardo Lewandowski, que está na faixa mais alta dos vencimentos de servidores públicos, pede um bom aumento. Se tudo sobe, por que os vencimentos sobem menos?
Pague sem espernear
O ministro Lewandowski tem razão: por que os salários têm de subir menos que os preços? Mas isso deveria valer para todos, não é mesmo?
Publicado na coluna de Carlos Brickmann
Marcadores:
Azerbaijão,
canhoto,
Cramulhão,
exorcismo,
Fafá de Belém,
imprensa,
Isto É,
Lúcifer,
pacto diabólico,
satanás,
servidores públicos
sábado, 13 de agosto de 2016
A punição de Lula
O ex-presidente Lula encontra-se ao pé do patíbulo da
Justiça como réu. Obstruir a “Lava-Jato” teria sido o menor de seus
delitos. Investigado, com provas, testemunhos e evidências de benefícios
ilegais, frutos de corrupção, o líder petista é ainda acusado pelo
Ministério Público Federal de “participar ativamente do esquema
criminoso na Petrobras”.
Sem meias palavras, sem subterfúgios ou tergiversações, ele foi colocado diretamente no centro da gatunagem que lesou o País como nunca antes na história. Quatro procuradores da República subscreveram o relatório em 70 páginas, pontuando em detalhes o seu envolvimento e a maneira como ele se locupletou da “estrutura delituosa”. Lula, pelo que dizem os agentes da lei, não apenas tinha ciência do que acontecia ali. Indicou membros da quadrilha. Loteou cargos. Incentivou o caixa dois. Deu margem às fraudes e levou vantagens. Figuras centrais do Petrolão, segundo registra o documento, orbitavam em torno dele e do Partido dos Trabalhadores.
E mesmo após o término do seu mandato presidencial elas continuaram a lhe abastecer, direta ou indiretamente, com repasses financeiros. No todo e em cada capítulo, o libelo dos procuradores é uma peça acusatória definitiva sobre a qual não pesam dúvidas de interpretação quanto ao seu objetivo e teor. Diante da substancial denúncia será difícil para o chefão petista recorrer à surrada alegação de que nada sabia. À época do Mensalão funcionou. Dessa vez, não. Aos olhos de seus inquisidores, ele está longe de ser a “viva alma mais honesta do Brasil”, como declamou aos quatro ventos inúmeras vezes. Ao contrário: encontra-se mais encalacrado do que seus asseclas. Um revés e tanto na imagem de impoluto representante das massas. Lula prevaricou e deixou prevaricar em quase uma década de poder – e manteve a prática por anos adiante, contando na soma os mandatos da pupila e seguidora Dilma. Para quem no passado, tal qual um paladino da moralidade, já insinuou que o Congresso tinha ao menos 300 picaretas, ele agora desponta no mesmo clube, no abre-alas, como a mergulhar numa sina inescapável.
Em várias frentes o clã lulopetista vê chegar a hora da verdade. Sua mulher, Marisa Letícia, e o filho, Fábio Luis Lula da Silva, foram intimados dias atrás a prestar esclarecimentos na polícia. Dona Marisa por conta do sítio em Atibaia e da milionária reforma que, só na cozinha “gourmet”, consumiu R$ 252 mil, bancados generosamente pela alma caridosa do titular da empreiteira OAS, Léo Pinheiro. O herdeiro, Lulinha, por sua vez, foi chamado a explicar a incrível evolução patrimonial que obteve e a relação com os seus sócios em negócios duvidosos. O capo Lula terá também de driblar as alegações do procurador-geral Rodrigo Janot, para quem não há nada de irregular nas intercepções telefônicas de suas conversas que (defende ele) deveriam ser validadas como prova de ilícitos.
Sem ter para onde fugir, o ex-presidente apela à tática da vitimização e tenta empurrar a briga para o terreno político. Se diz perseguido e fez a patacoada de pedir a intervenção da ONU no seu julgamento. Curiosamente Lula mirou Sergio Moro, da primeira instância, como algoz e inimigo número um. Está desesperado para sair de suas garras. Contra ele é que a banca petista de 20 advogados está reclamando no comitê de direitos humanos das Nações Unidas. Lula desconsiderou apelações a instâncias superiores internas, ignorou processos contra ele de diversas outras varas de justiça fora da alçada de Moro e partiu para um tribunal internacional na tentativa insana de esculachar a democracia brasileira.
Transformar em chicana a apuração de seus malfeitos não diminui a gravidade dos erros cometidos. E diante do mar das irregularidades já levantadas, o que muitos se perguntam – e rogam a apresentação de uma pronta resposta, em favor do primado da ordem constitucional – é o que está faltando para que o chefão Lula vá parar atrás das grades e tenha uma condenação reparatória expedida? Com a palavra os juízes.
Fonte: Carlos José Marques - Diretor Editorial - Isto É
Sem meias palavras, sem subterfúgios ou tergiversações, ele foi colocado diretamente no centro da gatunagem que lesou o País como nunca antes na história. Quatro procuradores da República subscreveram o relatório em 70 páginas, pontuando em detalhes o seu envolvimento e a maneira como ele se locupletou da “estrutura delituosa”. Lula, pelo que dizem os agentes da lei, não apenas tinha ciência do que acontecia ali. Indicou membros da quadrilha. Loteou cargos. Incentivou o caixa dois. Deu margem às fraudes e levou vantagens. Figuras centrais do Petrolão, segundo registra o documento, orbitavam em torno dele e do Partido dos Trabalhadores.
E mesmo após o término do seu mandato presidencial elas continuaram a lhe abastecer, direta ou indiretamente, com repasses financeiros. No todo e em cada capítulo, o libelo dos procuradores é uma peça acusatória definitiva sobre a qual não pesam dúvidas de interpretação quanto ao seu objetivo e teor. Diante da substancial denúncia será difícil para o chefão petista recorrer à surrada alegação de que nada sabia. À época do Mensalão funcionou. Dessa vez, não. Aos olhos de seus inquisidores, ele está longe de ser a “viva alma mais honesta do Brasil”, como declamou aos quatro ventos inúmeras vezes. Ao contrário: encontra-se mais encalacrado do que seus asseclas. Um revés e tanto na imagem de impoluto representante das massas. Lula prevaricou e deixou prevaricar em quase uma década de poder – e manteve a prática por anos adiante, contando na soma os mandatos da pupila e seguidora Dilma. Para quem no passado, tal qual um paladino da moralidade, já insinuou que o Congresso tinha ao menos 300 picaretas, ele agora desponta no mesmo clube, no abre-alas, como a mergulhar numa sina inescapável.
Em várias frentes o clã lulopetista vê chegar a hora da verdade. Sua mulher, Marisa Letícia, e o filho, Fábio Luis Lula da Silva, foram intimados dias atrás a prestar esclarecimentos na polícia. Dona Marisa por conta do sítio em Atibaia e da milionária reforma que, só na cozinha “gourmet”, consumiu R$ 252 mil, bancados generosamente pela alma caridosa do titular da empreiteira OAS, Léo Pinheiro. O herdeiro, Lulinha, por sua vez, foi chamado a explicar a incrível evolução patrimonial que obteve e a relação com os seus sócios em negócios duvidosos. O capo Lula terá também de driblar as alegações do procurador-geral Rodrigo Janot, para quem não há nada de irregular nas intercepções telefônicas de suas conversas que (defende ele) deveriam ser validadas como prova de ilícitos.
Sem ter para onde fugir, o ex-presidente apela à tática da vitimização e tenta empurrar a briga para o terreno político. Se diz perseguido e fez a patacoada de pedir a intervenção da ONU no seu julgamento. Curiosamente Lula mirou Sergio Moro, da primeira instância, como algoz e inimigo número um. Está desesperado para sair de suas garras. Contra ele é que a banca petista de 20 advogados está reclamando no comitê de direitos humanos das Nações Unidas. Lula desconsiderou apelações a instâncias superiores internas, ignorou processos contra ele de diversas outras varas de justiça fora da alçada de Moro e partiu para um tribunal internacional na tentativa insana de esculachar a democracia brasileira.
Transformar em chicana a apuração de seus malfeitos não diminui a gravidade dos erros cometidos. E diante do mar das irregularidades já levantadas, o que muitos se perguntam – e rogam a apresentação de uma pronta resposta, em favor do primado da ordem constitucional – é o que está faltando para que o chefão Lula vá parar atrás das grades e tenha uma condenação reparatória expedida? Com a palavra os juízes.
Fonte: Carlos José Marques - Diretor Editorial - Isto É
Marcadores:
Carlos José Marques,
chicana,
clã lulopetista,
Editorial,
Isto É,
OAS,
pé do patíbulo,
punição de Lula,
réu
terça-feira, 19 de abril de 2016
Delcídio relatou conversa com Dilma sobre liberação de Marcelo Odebrecht, diz delator
Ex-chefe
de gabinete do senador confirmou a ofensiva do governo para tentar interferir
na Operação Lava Jato
Em
delação premiada, o ex-chefe de gabinete do senador Delcídio Amaral (sem
partido-MS), Diogo Ferreira, confirmou a ofensiva do
governo para tentar interferir na Operação Lava Jato por meio da
nomeação do desembargador Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça
(STJ). Ferreira disse que o parlamentar relatou a ele
conversas com a presidente Dilma Rousseff nas quais a petista pediu "compromisso de alinhamento" de Navarro com o governo e citou o caso do presidente
da Odebrecht preso preventivamente pelo juiz Sérgio Moro, Marcelo Odebrecht.
O delator afirmou que, depois de uma
reunião entre o parlamentar e o desembargador - que ocorreu após encontro
de Delcídio com Dilma -, Marcelo Navarro despediu-se do senador dizendo: "Não se preocupe, está tudo
entendido". A delação de Diogo Ferreira, colhida pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) no dia 30 de março, foi homologada pelo
ministro Teori Zavascki do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele entregou aos investigadores trocas de mensagens no Whatsapp nas quais
mantinha contato com Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, a pedido de Delcídio.
"Que a partir daí o Senador Delcídio
Amaral e o Ministro José Eduardo Cardozo passaram a ter contato muito mais
frequente; que, em determinado fim de semana, não distante no tempo da reunião
que anteriormente narrada, o depoente se encontrou com o Senador Delcídio do
Amaral no hotel Golden Tulip, onde este residia, e contou ao depoente haver
tido, no mesmo fim de semana, encontro particular com a
Presidente Dilma Roussef, a qual lhe pedira, na ocasião, que obtivesse de Marcelo Navarro o compromisso de
alinhamento com o governo para libertar determinados réus importantes da
Operação Lava Jato; que, segundo o Senador Delcidio Amaral, a Presidente Dilma
Roussef falou expressamente em Marcelo Odebrecht", consta do termo de
depoimento do ex-chefe de gabinete.
A procuradores da República, o ex-assessor de Delcídio disse que o senador teve
uma reunião com o atual advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, então
ministro da Justiça, próximo ao mês de julho do ano passado. Depois do
encontro, Delcídio teria dito que ele e Cardozo precisavam "atentar" para a importância da nomeação ao STJ, que envolvia
a relatoria dos habeas corpus da Lava Jato.
Por duas vezes, Delcídio disse a Diogo
Ferreira que, segundo Cardozo, o
desembargador era um nome ligado ao presidente do STJ, ministro Francisco
Falcão, que estaria alinhado com o governo federal. Apesar de não participar
das reuniões com autoridades, o ex-assessor disse que, na época da nomeação de
Navarro, foi chamado por Delcídio ao interior do gabinete de Cardozo. O senador pediu, na frente do então ministro da Justiça, os
números dos habeas corpus no STJ em favor os ex-dirigentes da Petrobras Nestor
Cerveró e Renato Duque. "O
senador esclareceu ao depoente, posteriormente, que havia a intenção de obter
de Marcelo Navarro prestação jurisdicional favorável aos pacientes nesses
habeas corpus", disse Ferreira na delação.
Com base na delação de Delcídio, o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, avalia a possibilidade de
pedir a abertura de uma investigação pelo que classifica como "trama
espúria" envolvendo a indicação de Navarro. A presidente Dilma Rousseff
pode ser um dos alvos deste possível inquérito. A partir da homologação, a
delação de Diogo Ferreira pode servir para reforçar eventuais pedidos de
investigação. O ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas afirma nunca ter
tratado de questões ligadas à Lava Jato com Delcídio. Quando a divulgação da
delação do senador foi realizada, Cardozo negou qualquer interferência dele e
da presidente Dilma nas investigações da Lava Jato.
Fonte: Isto É – Estadão
O delator afirmou que, depois de uma reunião entre o parlamentar e o desembargador - que ocorreu após encontro de Delcídio com Dilma -, Marcelo Navarro despediu-se do senador dizendo: "Não se preocupe, está tudo entendido". A delação de Diogo Ferreira, colhida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no dia 30 de março, foi homologada pelo ministro Teori Zavascki do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele entregou aos investigadores trocas de mensagens no Whatsapp nas quais mantinha contato com Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, a pedido de Delcídio.
"Que a partir daí o Senador Delcídio Amaral e o Ministro José Eduardo Cardozo passaram a ter contato muito mais frequente; que, em determinado fim de semana, não distante no tempo da reunião que anteriormente narrada, o depoente se encontrou com o Senador Delcídio do Amaral no hotel Golden Tulip, onde este residia, e contou ao depoente haver tido, no mesmo fim de semana, encontro particular com a Presidente Dilma Roussef, a qual lhe pedira, na ocasião, que obtivesse de Marcelo Navarro o compromisso de alinhamento com o governo para libertar determinados réus importantes da Operação Lava Jato; que, segundo o Senador Delcidio Amaral, a Presidente Dilma Roussef falou expressamente em Marcelo Odebrecht", consta do termo de depoimento do ex-chefe de gabinete.
A procuradores da República, o ex-assessor de Delcídio disse que o senador teve uma reunião com o atual advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, então ministro da Justiça, próximo ao mês de julho do ano passado. Depois do encontro, Delcídio teria dito que ele e Cardozo precisavam "atentar" para a importância da nomeação ao STJ, que envolvia a relatoria dos habeas corpus da Lava Jato.
Por duas vezes, Delcídio disse a Diogo Ferreira que, segundo Cardozo, o desembargador era um nome ligado ao presidente do STJ, ministro Francisco Falcão, que estaria alinhado com o governo federal. Apesar de não participar das reuniões com autoridades, o ex-assessor disse que, na época da nomeação de Navarro, foi chamado por Delcídio ao interior do gabinete de Cardozo. O senador pediu, na frente do então ministro da Justiça, os números dos habeas corpus no STJ em favor os ex-dirigentes da Petrobras Nestor Cerveró e Renato Duque. "O senador esclareceu ao depoente, posteriormente, que havia a intenção de obter de Marcelo Navarro prestação jurisdicional favorável aos pacientes nesses habeas corpus", disse Ferreira na delação.
Com base na delação de Delcídio, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, avalia a possibilidade de pedir a abertura de uma investigação pelo que classifica como "trama espúria" envolvendo a indicação de Navarro. A presidente Dilma Rousseff pode ser um dos alvos deste possível inquérito. A partir da homologação, a delação de Diogo Ferreira pode servir para reforçar eventuais pedidos de investigação. O ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas afirma nunca ter tratado de questões ligadas à Lava Jato com Delcídio. Quando a divulgação da delação do senador foi realizada, Cardozo negou qualquer interferência dele e da presidente Dilma nas investigações da Lava Jato.
Marcadores:
Estadão,
Habeas Corpus,
Isto É,
Marcelo Odebrecht,
prestação jurisdicional
sábado, 16 de abril de 2016
Não vai ser golpe - Editorial - Isto É
A mudança necessária
Não vai ser golpe. O impeachment da
presidente Dilma Rousseff, que terá seu processo de votação iniciado
pela Câmara neste histórico domingo, 17, é fruto de uma árvore de
horrores adubada com muita corrupção, crimes, gestões temerárias e
fraudes que afundaram o nosso País na mais grave crise moral, política e
econômica da história.
As pedaladas fiscais, mais do que evidente crime de responsabilidade, serviram como arma para o governo praticar o estelionato eleitoral derradeiro, nas eleições de 2014. Alguns, oportunisticamente, fecham os olhos para esta óbvia peça do arsenal bélico utilizada pela presidente para se manter no poder. Outros (a grande maioria), integrantes do universo de 54 milhões de brasileiros que Dilma Rousseff vangloria-se de terem votado nela, foram enganados! Porém, agora, podem enxergar a verdade com clareza. Tanto que, apenas um ano e meio após a eleição, a desaprovação a seu governo é quase unânime e o apoio ao impeachment está no mesmo patamar observado às vésperas do impedimento de Collor.
As pedaladas fiscais, mais do que evidente crime de responsabilidade, serviram como arma para o governo praticar o estelionato eleitoral derradeiro, nas eleições de 2014. Alguns, oportunisticamente, fecham os olhos para esta óbvia peça do arsenal bélico utilizada pela presidente para se manter no poder. Outros (a grande maioria), integrantes do universo de 54 milhões de brasileiros que Dilma Rousseff vangloria-se de terem votado nela, foram enganados! Porém, agora, podem enxergar a verdade com clareza. Tanto que, apenas um ano e meio após a eleição, a desaprovação a seu governo é quase unânime e o apoio ao impeachment está no mesmo patamar observado às vésperas do impedimento de Collor.
O impeachment, se aprovado ao final deste
tortuoso processo, terá cumprido à exaustão todas as etapas
constitucionais e será o justo desfecho de uma gestão que se corrompeu
de forma nunca antes vista na história deste País e que priorizou amigos
e aliados (muitos já presos) em detrimento do povo brasileiro. O governo tenta emular argumentos farsescos
de movimentos socias que visam a tumultuar o processo e convulsionar o
ambiente.
Muitos deles, hoje, são convidados ao Palácio do Planalto para bradar ameaças, diante da mandatária em pessoa, que assiste impassível, como a concordar, sem nem sequer desautorizar a violência. Não é digno de uma chefe da Nação tal papel. A farsa do golpe, arquitetada pela “inteligência” do Palácio do Planalto, nunca se sustentou de pé. Não há o mínimo desvio constitucional ou muito menos conspiração antidemocrática quando os preceitos legais são seguidos à risca.
Muitos deles, hoje, são convidados ao Palácio do Planalto para bradar ameaças, diante da mandatária em pessoa, que assiste impassível, como a concordar, sem nem sequer desautorizar a violência. Não é digno de uma chefe da Nação tal papel. A farsa do golpe, arquitetada pela “inteligência” do Palácio do Planalto, nunca se sustentou de pé. Não há o mínimo desvio constitucional ou muito menos conspiração antidemocrática quando os preceitos legais são seguidos à risca.
Existe um vasto conjunto probatório de
desvios que maculam o exercício da presidência por Dilma Rousseff. As
pedaladas fiscais em si estão descritas e tipificadas como crime de
responsabilidade na Constituição. E isso não é pouca coisa. Elas levaram
o País à completa desestruturação orçamentária e à ruína das conquistas
econômicas e sociais dos últimos 20 anos. Não bastasse o dano dessas
operações contábeis ilegais, que levaram boa parte do povo brasileiro à
ilusão (para dizer o mínimo), às vésperas das eleições de 2014, a
presidente ainda incorreu em inúmeros atos que ferem o decoro do cargo. A
nomeação de Lula para o ministério, por exemplo. Ficou ali
absolutamente escancarada, a viva voz, uma tentativa de obstrução da
Justiça com o claro objetivo de dar foro privilegiado ao seu criador. O
STF suspendeu liminarmente a decisão e o procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, a classificou como manobra com “desvio de finalidade” que
“ocultava propósito e efeitos contrários ao ordenamento jurídico”.
Doações ilegais para a sua campanha — apontadas em várias delações, que
servem como provas testemunhais — e o uso da sede do governo para
eventos político-partidários entram no rol de flagrantes crimes da
mandatária que tornam insustentável a sua permanência no poder.
Ao longo de todo esse processo, a
incansável equipe de jornalistas da Revista ISTOÉ, na sua prática
cotidiana de produzir um jornalismo investigativo, responsável e
fiscalizador do poder, deu sua contribuição com reportagens exclusivas e
decisivas que desnudaram parte das fraudes. Mostramos, em primeira mão,
a gênese das pedaladas, em agosto de 2014 — portanto, ainda antes da
reeleição de Dilma —, denunciando como o governo retinha recursos e
obrigava bancos públicos a arcar com benefícios sociais. Logo a seguir,
revelamos com exclusividade o confisco secreto da Caixa Econômica, que
encerrou irregularmente mais de 525 mil contas de poupança dos
correntistas e usou o dinheiro para engordar o seu lucro em mais de R$
700 milhões. Foi por meio das páginas da ISTOÉ que, em fevereiro do ano
passado, o Brasil soube pela primeira vez dos empréstimos suspeitos que o
pecuarista José Carlos Bumlai, amigo íntimo de Lula, conseguiu junto ao
Banco Schahin para repassar ao PT. Na prática, Bumlai foi apresentado
aos investigadores da Lava Jato naquela reportagem. Assim também, os
leitores de ISTOÉ foram os primeiros a tomar conhecimento das
bombásticas denúncias do ex-líder do governo, Delcídio do Amaral, numa
reportagem que se converteu em divisor de águas rumo ao impedimento da
presidente, quando este arrefecia por conta das inúmeras (e por que não
assumir, astutas) manobras do Palácio.
E é pelo conjunto de evidências e provas
que gradativamente foram surgindo que hoje a Revista ISTOÉ está
plenamente segura ao defender o impeachment de Dilma Rousseff. São
incontáveis as demonstrações de que ela e o Partido dos Trabalhadores,
que lhe dá sustentação, promoveram e forjaram a imagem de um governo que
mirava o desenvolvimento social do País. Cabe dizer que esta revista
também acreditou neste discurso, quase que isolada no âmbito da mídia,
por tantos e tantos anos, até as evidências não permitirem mais enganos.
Almejaram apenas um projeto de perpetuação no poder para os fins já
conhecidos por todos os cidadãos brasileiros com amplo acesso à
informação.
Virada esta página, para o bem da Nação, é
primaz que a limpeza ética tenha continuidade, retirando do protagonismo
político outros atores pilhados em desvios, como o próprio presidente
da Câmara, Eduardo Cunha. A necessidade de um pacto de salvação
nacional, com forças partidárias e líderes realmente comprometidos com
os interesses do País, deve ser priorizada. Não há mais tempo a perder. A
mudança, além de importante, é também urgente. O Brasil anseia por ela e
espera que os seus parlamentares cumpram com o papel cívico que
ganharam nas urnas, atendendo à vontade majoritária dos eleitores, muito
mais do que amparados, motivados pela Constituição brasileira. Não vai
ter golpe. Não vai ser golpe.
Por: Caco Alzugaray
Por: Caco Alzugaray
Marcadores:
Caco Alzugaray,
Caixa Econômica,
confisco secreto,
Dilma Rousseff,
Editorial,
Eduardo Cunha,
Isto É,
Partido dos Trabalhadores,
poupança dos correntistas
quinta-feira, 1 de outubro de 2015
Melhores dicades do Brasil = Um pouco de esperança, de otimismo, no meio de tanta notícia ruim
Istoé e Austin Rating divulgam o ranking de todos os municípios brasileiros
Levantamento inédito mostra como cada uma das 5.565 cidades do país foram classificadas em indicadores sociais, fiscais, econômicos e digitais
Depois de premiar as melhores cidades brasileiras, a Revista Isto É e a consultoria Austin Rating divulgam o ranking completo de todos os 5.565 municípios do país.Em uma levantamento inédito, com base em mais de 500 itens de informação, a lista mostra a posição de cada município de acordo com indicadores sociais, fiscais, econômicos e digitais. Para saber em que posição está uma cidade basta acessar o ranking e pesquisar pelo nome do município.
Clique no link abaixo para saber em que posição está sua cidade:
Marcadores:
cidade,
consultoria Austin Rating,
Isto É,
municípios brasileiros,
ranking completo
domingo, 7 de dezembro de 2014
Procurador-Geral da República desmente tentativa de abafar Operação Lava-Jato
Janot diz que não permitirá que desacreditem investigações da Operação Lava-Jato
Revista o acusou de propor um acordo com empreiteiras investigadas
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, saiu em
defesa das investigações da Operação Lava-Jato, que revelou a existência
de uma organização criminosa responsável por desvios bilionários na
Petrobras. Em nota divulgada neste sábado, Janot informou que “não
permitirá que prosperem tentativas de desacreditar as investigações e os
membros desta instituição”.
Janot não especificou que tentativas de desacreditar as investigações foram essas, mas diz que soltou a nota “em função das recentes notícias veiculadas na imprensa”. Segundo ele, a investigação é “técnica, independente e minuciosa”. Em sua última edição, a revista “Istoé” trouxe matéria dizendo que Janot se reuniu com empreiteiras e propôs plano para impedir que Planalto seja investigado no escândalo. Segundo a revista, as empreiteiras também admitiriam alguns crimes, e em troca poderia, continuar disputando obras públicas e seus executivos cumpririam pena em regime domiciliar. À revista, Janot negou que tenha proposto o acordo. Na nota, ele não faz referência à matéria da revista.
No comunicado, o procurador ressaltou também a dimensão da “rede criminosa”. Segundo ele, a Operação Lava-Jato envolve pelo menos nove crimes: improbidade administrativa, corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fraude à licitação, formação de cartel e associação criminosa.
Na maior parte da nota, Janot faz um resumo da operação, que “apura a existência de um grande esquema criminoso instalado no país”. Lembra que, diante do tamanho do esquema, e da prioridade do MPF ao combate à corrupção, foi constituída uma força-tarefa composta por procuradores da República “qualificados e experientes em investigações de alta complexidade, garantindo-lhe todas as condições necessárias para o seu funcionamento”. A nota informa também que a investigação já revelou graves irregularidades envolvendo a Petrobras, empreiteiras e outros agentes. Entre os crimes investigados, diz Janot, estão corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fraude à licitação, formação de cartel, associação criminosa, além de atos de improbidade administrativa.
Veja a íntegra:
“Em função das recentes notícias veiculadas na imprensa, o procurador-geral da República esclarece:
1. No caso conhecido como Lava-Jato, o Ministério Público Federal apura a existência de um grande esquema criminoso instalado no País, envolvendo crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fraude à licitação, formação de cartel, associação criminosa, além de atos de improbidade administrativa.
2. Ante a dimensão da rede criminosa investigada, o montante dos valores envolvidos e considerando a prioridade dada pelo Ministério Público Federal ao combate à corrupção, em abril de 2014, o procurador-geral da República constituiu uma Força-Tarefa composta por procuradores da República qualificados e experientes em investigações de alta complexidade, garantindo-lhe todas as condições necessárias para o seu funcionamento. A investigação vem sendo realizada em conjunto com o gabinete do procurador-geral da República, que tem a atribuição de processar as autoridades com foro no Supremo Tribunal Federal.
3. Em respeito à função institucional de defender a sociedade e combater o crime e a corrupção, o Ministério Público Federal cumprirá seu dever constitucional e conduzirá a apuração nos termos da lei, com o rigor necessário. O procurador-geral da República não permitirá que prosperem tentativas de desacreditar as investigações e os membros desta instituição.
4. Até o momento, a investigação revelou a ocorrência de graves ilícitos envolvendo a Petrobrás, empreiteiras e outros agentes que concorreram para os delitos, o que já possibilitou ao Ministério Público Federal adotar as primeiras medidas judiciais. A utilização do instrumento da colaboração premiada tem permitido conferir agilidade e eficiência à
Assinar:
Postagens (Atom)