O Globo
Separatistas pró-Rússia e Guarda Nacional da Ucrânia acusam-se mutuamente de não estabelecer corredor humanitário em Mariupol, alvo de frequentes ataques russos
A segunda tentativa de retirar os habitantes de Mariupol, um porto estratégico no Sudeste da Ucrânia cercado pelas tropas russas, foi interrompida neste domingo, informou a Câmara Municipal da cidade. A decisão foi tomada após separatistas pró-Rússia e a Guarda Nacional da Ucrânia acusaram-se mutuamente de não obedecer o cessar-fogo temporário para estabelecimento de um corredor humanitário na região."É extremamente perigoso retirar as pessoas em tais condições", disse o conselho da cidade em um comunicado online.
A televisão Ukraine 24 mostrou um combatente do Regimento Azov da Guarda Nacional que disse que as forças russas e pró-russas que cercaram a cidade portuária de cerca de 400 mil continuaram bombardeando as áreas que deveriam ser seguras.Já a agência de notícias Interfax citou um funcionário do governo separatista de Donetsk que acusou as forças ucranianas de não observar o cessar-fogo limitado. Ainda segundo a autoridade separatista, apenas cerca de 300 pessoas deixaram a cidade. [Fácil perceber que cada lado acusa o outro. Se for considerado que no raciocínio desorientado do Zelenski quanto maior a tragédia, mais chances ele tem ficar presidente do que sobrar da Ucrânia, não é dificil concluir de qual lado está a verdade.]
Mais cedo, a Câmara Municipal de Mariupol anunciou uma operação para retirada das mais de 200 mil pessoas que ainda restavam na cidade às margens do Mar de Azov, que há seis dias convive com bombardeios constantes e falta de água, luz, comida e aquecimento na cidade.
Um plano semelhante teve que ser abandonado neste sábado, depois que o primeiro cessar-fogo temporário anunciado pela Rússia também fracassou. A cidade havia providenciado 50 ônibus para auxiliar na força-tarefa, mas depois de menos de duas horas, autoridades locais acusaram o Exército russo de começar a bombardear áreas residenciais novamente, bloqueando os civis que começavam a fugir. A Rússia disse mais tarde que foram as forças ucranianas que romperam o cessar-fogo.
A trégua temporária era válida para os corredores de acesso às cidades de Mariupol e Volnovakha, na região separatista de Donetsk. Segundo um porta-voz russo, porém, "batalhões nacionalistas" usaram a pausa nos combates para "se reagrupar e reforçar posições". Antes disso, autoridades ucranianas também disseram ter verificado informações de que os soldados russos planejavam usar o cessar-fogo temporário para avançar em direção a Mariupol.
Situação crítica
A situação em Mariupol está ficando “imprópria para a vida humana”, de acordo com os moradores, que têm dormido em abrigos antiaéreos para escapar dos bombardeios quase constantes das forças russas há seis dias. O fornecimento de alimentos, água, energia e aquecimento também foi cortado, segundo as autoridades ucranianas. — Eles [os russos] estão trabalhando metodicamente para garantir que a cidade seja bloqueada — disse o prefeito Vadym Boichenko à Reuters em uma videochamada do porão onde sua equipe está temporariamente sediada. — Eles nem nos dão a oportunidade de contar os feridos e mortos porque o bombardeio não para.
Os ataques russos à cidade litorânea destruíram metade do comboio de ônibus que a equipe de Boichenko havia preparado para a evacuação no sábado, disse ele. — Eles mentiram para nós, além disso, no momento em que as pessoas estavam tentando sair para ir para esses corredores, o bombardeio começou novamente — afirmou, descrevendo o medo e a raiva dos moradores por terem que fugir de volta para os abrigos.
[nosso comentário: o Blog Prontidão Total é um blog pequeno - dois leitores = ninguém e todo mundo - que não propaga fake news; comenta fatos, não versões - que os líderes mundiais que apoiam, COM DISCURSOS, a Ucrânia - gostariam que fossem FATOS.
Após oitiva de nosso time de 'especialistas' - estão sobrando,já que a covid-19, desmoralizou a profissão, ficou fácil contratá-los - entendemos que os países liderados pelos apoiadores de palanque e/ou de mesas redondas virtuais, vão limitar seu apoio à Ucrânia só aos discursos e sanções econômicas cujo efeito não é rápido.
Uma das características da Rússia é a de não desistir dos seus objetivos - Napoleão e Hitler provaram essa linha de conduta e perderam. Assim, só resta a Ucrânia depor o Zelenski - outro bravo combatente, eficiente no uso de palavras e apelos por ajuda que sabe não vai receber = por vários motivos, alguns logísticos e outros mais, um deles por não interessar aos países que apoiam os ucranianos cutucar uma potência nuclear = despachá-lo para um país de sua escolha (por favor, não o remetam para o Brasil) cessar todas atividades militares, sentar na mesa de negociações com a Rússia, e procurar obter o máximo de concessões, aceitando o que for oferecido.
Infelizmente, este é o único caminho que resta para a Ucrânia preservar a vida dos seus cidadãos.]
Desde que iniciou a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, a Rússia vem negando que tenha civis como alvo. Mas, para Moscou, a captura de Mariupol seria um prêmio — uma ligação estratégica entre os territórios separatistas apoiados pelo governo russo ao norte e a rota terrestre para a Península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.
A Rússia chama suas ações na Ucrânia de "operação especial" que, segundo ela, não foi projetada para ocupar território, mas para desmilitarizar e "desnazificar o país vizinho..
As Nações Unidas preveem que o número de refugiados pelo conflito suba a 1,5 milhão neste domingo. Ainda segundo a ONU, a guerra já deixou ao menos 351 civis mortos e 707 feridos, fazendo a ressalva de que os números devem ser "consideravelmente mais altos".
Mundo - O Globo/agências internacionais