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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Criação de vagas de trabalho nos EUA supera expectativas em dezembro

Os empregadores dos Estados Unidos contrataram mais trabalhadores do que o esperado em dezembro e aumentaram os salários em um ritmo sólido, lançando algumas dúvidas sobre as expectativas do mercado financeiro de que o Federal Reserve começaria a cortar a taxa de juros em março.

A economia norte-americana abriu 216.000 vagas de emprego no mês passado, informou o Departamento do Trabalho em seu relatório de emprego nesta sexta-feira. Os dados de novembro foram revisados para baixo, mostrando que criação de 173.000 postos de trabalho, em vez de 199.000 conforme informado anteriormente.

Economistas consultados pela Reuters previam abertura de 170.000 empregos em dezembro.

Os EUA criaram 2,7 milhões de empregos em 2023, uma queda acentuada em relação aos 4,8 milhões de cargos criados em 2022. Isso reflete o arrefecimento da demanda por mão de obra e da economia em geral após os aumentos de 525 pontos-base na taxa de juros pelo banco central dos EUA desde março de 2022.

Dados indicaram que a economia evitou uma recessão no ano passado e provavelmente continuará a crescer em 2024, já que a resiliência do mercado de trabalho sustenta os gastos dos consumidores. São necessários cerca de 100.000 empregos por mês para acompanhar o crescimento da população em idade ativa.

A taxa de desemprego permaneceu em 3,7%. Houve um influxo de pessoas para a força de trabalho, parte dele ligado a um aumento na imigração. A taxa de desemprego subiu ante a mínima de cinco décadas de 3,4% em abril. Apesar da expansão da mão de obra, a inflação salarial continua firme.

[Comentário: o aumento do emprego nos EUA deixa claro que o Banco Central do Brasil INCORRE EM GRAVE ERRO quando, para agradar a corja que atualmente governa o Brasil, baixa as taxas de juros.
Já passa da hora do presidente do BCB,  Roberto Campos, recuperar a coragem e voltar a exitosa política de taxas crescentes de juros, que salvou o Brasil nos piores momentos da recente crise  econômica mundial.]

O rendimento médio por hora aumentou 0,4% em dezembro, depois de avanço de 0,4% no mês anterior. Isso elevou o aumento anual dos salários para 4,1%, de 4,0% em novembro.

Invest News - Continue Lendo 

 

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Mídia terrorista: a pá de cal da velha imprensa - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Militantes disfarçados de jornalistas que utilizam dados oficiais do grupo terrorista Hamas para trazer "informações" sobre a guerra na Faixa de Gaza já desmoralizam por completo o trabalho da imprensa - e são muitos, de grupos grandes e "sérios", mencionando o Ministério da Saúde do Hamas como fonte.

Agora, o que dizer de "jornalistas" que participam dos atentados terroristas, que recebem beijos dos líderes do Hamas?! Imagens circulando - e pelos próprios terroristas disfarçados de jornalistas - mostram um deles com uma granada na mão na garupa da moto de um terrorista do Hamas. O outro recebe beijinho no rosto do líder terrorista. São "freelancers" que prestam serviço para CNN, AP e Reuters!

Ben Shapiro comentou: "A distinção entre a 'imprensa' e o Hamas em Gaza é extremamente vaga. 
Todos os 'jornalistas' em Gaza são propagandistas do Hamas ou ameaçados por ele. 
Não há liberdade de imprensa em Gaza".
Isso é o óbvio ululante que qualquer pessoa minimamente sensata por inferir. 
Agora temos as provas concretas. Vão adiantar para alguma coisa?

Leandro Ruschel comentou: Repórteres freelancers da Associated Press, Reuters e da CNN PARTICIPARAM dos atentados terroristas do dia 07, segundo imagens e vídeos divulgados por autoridades israelenses. Um dos repórteres pode ser visto com uma granada nas mãos, na garupa da moto de um terrorista. Para piorar, funcionários da agência da ONU para refugiados palestinos COMEMORARAM o ataque terrorista do 07 de outubro em posts nas redes sociais, revelou a ONG UN Watch. Abaixo, um "jornalista" da AP (à direita) sendo beijado por líder terrorista do Hamas.

 


Vale notar que não é a própria imprensa "profissional" quem está dando destaque para esse verdadeiro escândalo que coloca em xeque toda a cobertura do conflito. João Luiz Mauad comenta: "O mundo finalmente toma conhecimento (por enquanto, pelas redes sociais, não pela mídia oficial) que vários jornalistas, de grandes conglomerados de imprensa que cobrem a Faixa de Gaza, têm ligações estreitas com o Hamas. Alguns deles, inclusive, cobriram ao vivo o massacre do dia 7/10, em Israel. E tem gente graúda por aqui que ainda confia cegamente nas 'notícias' divulgadas por esses autênticos porta-vozes dos terroristas..."

Grosso modo, uns nove em cada dez "jornalistas" dos principais veículos de comunicação são simpatizantes do comunismo e até do terrorismo palestino, pelo visto. Há uma quase hegemonia da esquerda radical nas redações. Por isso a mídia troca fatos por narrativas, de maneira cada vez mais despudorada. E não por acaso sua credibilidade afunda mais e mais, e esses "jornalistas" clamam por "regulamentação" (censura) das redes sociais.

Quem não foi corrompido financeiramente, parece que foi ideologicamente. E o resultado é esta campanha insana pró-terrorismo. Espalhar "notícias" que vêm diretamente do Hamas como fatos é mesmo a pá de cal do velho jornalismo...


quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Má administração - Caos energético: apagão e mega-aumento dos combustíveis

Vozes - Alexandre Garcia

Energia elétrica
Apagão desta terça-feira (15) afetou 26 estados e o Distrito Federal.| Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Terça-feira foi um dia de susto. O Brasil ficou seis horas no escuro – não exatamente no escuro, porque tinha a luz do sol, mas ficou seis horas sem energia elétrica. 
No mesmo dia em que ficamos sabendo que outro tipo de energia, a do combustível fóssil, do diesel e da gasolina, teve grandes aumentos. 
A Petrobras anunciou aumento de 25,8% no diesel. Imaginem só: o diesel, que transporta a riqueza do país, que movimenta as máquinas do agro que sustenta as contas externas, tem um quarto de aumento, uma quarta parte a mais no preço.  
E a gasolina subiu 16,2%, mesmo batizada com 27% de álcool. Já estavam falando de falta de abastecimento de diesel em alguns estados. 
É aquela história de a Petrobras voltar a ser o que era, toda cheia de interesses político-partidários, e abandonar o que não poderia ser abandonado, que é a paridade internacional.
 
Será que dá para confiar no sistema nacional de energia elétrica? 
Só Roraima não caiu no apagão porque, graças ao ambientalismo, às questões indígenas etc., o estado ainda não é abastecido pela conexão de eletricidade do Brasil. 
O presidente Lula agora está falando com a Venezuela para Roraima ficar dependente da Venezuela, quando poderia muito bem fazer um acordo com a vizinha Guiana e explorar rios que são excelentes para hidrelétricas.
 
O apagão aconteceu pela manhã, quando não há pico de energia, no momento em que a atividade econômica está desacelerando, com demanda 15% abaixo da demanda máxima desse ano.  
Os reservatórios das hidrelétricas estão todos cheios a pior situação é o de um com 77%, mas tem reservatório com mais de 90%. 
 Então, também não foi isso. Ficou muito estranho, uma espécie de alerta para a administração da energia.
 
Depoimento de fotógrafo aumenta suspeita sobre ministro da Justiça
Era muito esperado o depoimento do fotógrafo Adriano Machado, da Reuters, na CPMI do 8 de Janeiro. 
Ele estava lá dentro, na hora, fotografando todo mundo.
Disse que entrou porque isso faz parte da profissão de repórter fotográfico, ele estava tentando encontrar os melhores ângulos; 
- não tinha nada a ver com o assunto, nem com as depredações, ele só tinha de registrar. 
Perguntado, Machado disse que viu a Força Nacional parada no estacionamento do Ministério da Justiça
E isso fez com que a oposição recrudescesse no pedido de imagens, já que desde 15 de julho o ministro da Justiça não quer atender a esse pedido. Primeiro, empurrou para a Polícia Federal, depois para o Supremo; o ministro Alexandre de Moraes autorizou, mas Flávio Dino forneceu o que veio de apenas duas câmeras, e deixou o resto de fora.

Veja Também:

    Lula anda cheio de ironias

    Uma fritura termina, logo começa outra

    PT acabou com a autonomia da Petrobras

A oposição, agora, está acusando o ministro de omissão, de obstrução, de prevaricação;  
- 15 senadores da comissão foram à Procuradoria-Geral da República falar com a subprocuradora Lindôra Araújo, para saber como podem obrigar o ministro da Justiça a fornecer essas imagens. 
Ao mesmo tempo, foram ao Superior Tribunal de Justiça pedir um mandado de segurança para obter acesso a essas imagens. 
O que, afinal, está acontecendo? 
A Força Nacional estava disponível e não foi usada? Por quê? [para não impedir o vandalismo que foi promovido por vândalos  esquerdistas,  infiltrados  na manifestação.] Essa é a grande questão. A CPMI quer saber se houve negligência, fragilidade, uma sucessão de erros, ou se houve facilitação dentro de uma estratégia de deixar invadir e depois faturar politicamente em cima disso.
 
O ministro da Justiça, aliás, está sendo um ministro muito poderoso, já que sua pasta é da Justiça e da Segurança Pública. 
Ele está administrando a Força Nacional, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal, que está sendo usada como polícia política. 
Ele está acumulando muita força, numa atuação que está chamando a atenção dos políticos de oposição.
 
Mais ministérios para acomodar o Centrão
Lula, que esteve no Paraguai para a posse do novo presidente, Santiago Peña, disse que vai tratar do ministério na volta ao Brasil. 
Diz-se que ele vai acabar criando mais dois ministérios para entregar ao Centrão, porque não achou como tirar atuais ministros para contemplar os dois políticos do Centrão que ele já anunciou como futuros ministros. 
Ele ficaria com 39 ministros, igualzinho a Dilma Rousseff. 
É mais um ponto de convergência, que deixa as pessoas de oposição sem saber se este governo é Lula 3 ou Dilma 3.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta da Povo - VOZES


 

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Os farsantes - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo - VOZES

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Aquela invasão de "terroristas" no 8 de janeiro estava suspeita demais desde o começo. 
Por meses, bolsonaristas tinham se manifestado de forma pacífica, enquanto a esquerda radical sempre adotara os métodos do vandalismo e da violência. De repente, a "direita" resolve mudar de tática e partir para o ataque, dando o pretexto necessário para o estado intensificar a perseguição contra direitistas. Que conveniente!
 
Levantar a possibilidade de omissão voluntária do governo Lula, na melhor das hipóteses, já era promover "Fake News", o que, na atual circunstância, pode render censura ou mesmo prisão arbitrária
Mas as imagens que o governo tentou colocar sob sigilo por anos vazaram, e o que vimos foi revelador: o "sombra" de Lula, general chefe do GSI que acompanha o presidente há duas décadas, estava bem à vontade com a turma de "terroristas".

Agora vimos ainda um "jornalista" da Reuters preparando a cena para o "arrombamento" de uma porta no Palácio do Planalto, tudo bem ensaiado e com direito à revisão da imagem pelo próprio "terrorista", antes de garantir que o resultado ficara satisfatório. Isso era um golpe de estado ou um documentário para o Fantástico?

Tudo muito, muito estranho. E para lá de suspeito! Não precisamos aderir à tese de que o próprio PT organizou, orquestrou e comandou a invasão para perceber que, ao menos, viu ali uma boa oportunidade para rotular de vez toda a direita de golpista e partir para sua criminalização
Não custa lembrar que, após aquele fatídico dia, comentaristas como Fiuza, Paulo Figueiredo e eu fomos calados na marra.
 
Estamos lidando com manipuladores profissionais, com mentirosos compulsivos, com um mitomaníaco como Lula, que mente sem nem ruborizar sobre qualquer assunto. 
Essa turma da esquerda radical é capaz de tudo. O grau de cinismo é assustador. As inversões nas narrativas são constantes e sob medida para auxiliar seu projeto de poder.

Vejam os "jornalistas" da esquerda, por exemplo. As mudanças abruptas de discurso atendem aos interesses momentâneos dos poderosos, sem qualquer apego a princípios éticos ou coerência. É o caso de Reinaldo Azevedo, que escreveu "O País dos Petralhas" quando isso interessava aos colegas tucanos, e hoje virou lulista de carteirinha.

Azevedo escreveu ontem: "Muito se fala SOBRE o MST. É hora de ouvir o movimento e conhecer sua inserção na economia, a sua produção de alimentos e suas formulações, que vão além da questão agrária". Para tanto, o "jornalista" entrevista um líder do movimento que promoveu novas invasões criminosas e que o próprio Reinaldo Azevedo já chamou de "terrorista" num passado recente: "O MST e o terrorismo oficializado", dizia o título de sua coluna na Veja contra os invasores.

Enquanto a direita achar que está enfrentando gente que segue as regras do jogo e liga para fatos, vai ser feita de trouxa. O perigo agora é deixar o PT comandar a CPMI, que se tornou inevitável. Se isso acontecer, o troço vira um circo, como aquela da Covid, usada para palanque de Lula e para demonizar gente séria enquanto enaltecia notórios picaretas.

O esquerdismo é um grande truque de farsantes. 
Está na hora de constatar essa verdade e reagir de acordo. 
Acreditar que basta ter a verdade ao seu lado para vencer é uma doce ilusão. 
Há décadas que toda a experiência demonstra o retumbante fracasso do esquerdismo, e não obstante ele se mantém no poder em vários países. 
Isso acontece porque a farsa muitas vezes supera a realidade e engana os otários. E não há escassez de otários no mundo, infelizmente...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

segunda-feira, 16 de maio de 2022

‘Preocupação’ de Biden com Bolsonaro e eleições no Brasil pode ter efeito oposto - VOZES

Diogo Schelp

Diplomacia

Autoridades e ex-diplomatas americanos vêm sinalizando a preocupação do governo Joe Biden com as tentativas frequentes do presidente Jair Bolsonaro de deslegitimar as eleições no Brasil. 
Esses alertas, por mais bem intencionados que possam parecer, pouco ou nada têm a contribuir para a confiança dos brasileiros no processo ou para afastar o risco de contestação do resultado por parte de Bolsonaro e dos militares que ele diz ter ao seu lado.

Recentemente, veio à tona a informação, revelada pela agência de notícias Reuters, de que William Burns, diretor da CIA, a agência de espionagem americana, encontrou-se em julho do ano passado com os ministros Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria Geral da Presidência. Na ocasião, Burns teria dito aos dois generais e homens de confiança de Bolsonaro que o presidente brasileiro deveria parar de lançar dúvida sobre o sistema de votação.[o senhor Burns vá dar palpites nos assuntos do seu país; dos assuntos do Brasil quem cuida são os brasileiros e o presidente da República e os parlamentares - que foram eleitos para cuidar desse e de outros assuntos.]

Tanto Bolsonaro como o ministro Heleno negam que o assunto das eleições no Brasil tenha entrado nas conversas com o representante do governo americano. Já o governo americano não confirmou e nem negou o teor do encontro de Burns em Brasília. Em vez disso, reafirmou a confiança no sistema eleitoral brasileiro: "É importante que os brasileiros, enquanto aguardam ansiosamente as eleições, tenham confiança em seu sistema eleitoral e que o Brasil está em posição de demonstrar ao mundo, através de duas eleições, a força duradoura da democracia brasileira", disse Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado, o equivalente americano do nosso Ministério das Relações Exteriores, ao ser questionado em uma coletiva de imprensa sobre a notícia da reunião do diretor da CIA com os ministros brasileiros, em 2021.[se o governo americano confia tanto no sistema eleitoral brasileiro, qual o motivo de não usar tão eficiente sistema? usando o sistema brasileiro e as urnas eletrônicas os Estados Unidos passarão a desfrutar da companhia de Bangladesh, Brasil e Butão.]

Price acrescentou que o governo Biden tem "confiança nas instituições democráticas brasileiras" e que o Brasil "tem um forte histórico de eleições livres e justas, com transparência e altos níveis de participação eleitoral".

Em bom inglês diplomático, ao afirmar exatamente o oposto do que Bolsonaro vem dizendo em suas lives e em seus discursos de pré-campanha — em que o presidente sistematicamente lança dúvidas sobre a lisura do processo de contagem de votos ou a confiabilidade das urnas — Price dá o recado de que os Estados Unidos estão atentos para o risco de uma ruptura institucional no Brasil por meio de uma possível tentativa de tumultuar o processo eleitoral ou de contestar o resultado da votação.

Na semana passada, foi a vez de Victoria Nuland, subsecretária de Estado, reforçar o recado de preocupação com as eleições no Brasil. Em entrevista à BBC News Brasil, Nuland disse que "o que precisa acontecer são eleições livres e justas, usando as estruturas institucionais que já serviram bem a vocês (brasileiros) no passado".
[senhora Nuland, o acima dito para o senhor Burns vale na íntegra para a senhora. Cuide dos assuntos norte-americanos.]
E mais: "Temos confiança no seu sistema eleitoral. Os brasileiros também precisam ter confiança", disse Nuland. Observe a mensagem simples e direta do governo Biden a Bolsonaro contida nessas palavras. Nas entrelinhas (ou entre parênteses), Nuland está dizendo que (ao contrário de Bolsonaro) o governo americano confia no sistema eleitoral brasileiro. E que o essencial mesmo é que os brasileiros tenham a mesma confiança (que, portanto, não pode ser destruída ou minada).

E tem mais. Conforme revelado pelo jornalista Thomas Traumann, da Veja, diplomatas americanos distribuíram a executivos de multinacionais com atuação no Brasil cópias de um artigo publicado em 29 de abril no jornal O Globo, de autoria de Scott Hamilton, ex-cônsul americano no Rio de Janeiro, que faz duras críticas aos ataques de Bolsonaro ao sistema de votação e que defende que Biden deixe claro ao presidente brasileiro que não aceitar o resultado das urnas trará graves retaliações por parte dos Estados Unidos.O fato de o artigo ter sido distribuído por diplomatas americanos em atividade pode indicar um aval oficial às medidas defendidas por Hamilton.

Toda essa movimentação de bastidores, com declarações públicas calculadas para demonstrar a preocupação do governo Biden com os ataques de Bolsonaro ao sistema de votação ou com uma possível estratégia para tumultuar e não aceitar o resultado das eleições no Brasil, pode ter o efeito inverso do esperado — ou seja, o de demover Bolsonaro de seguir deslegitimando o processo eleitoral ou de tentar uma ruptura institucional.

Joe Biden é visto por apoiadores do presidente como um esquerdista, progressista e abortista que sequer deveria estar ocupando a cadeira presidencial dos Estados Unidos, porque acreditam na versão trumpiana de que as eleições americanas de 2020 foram fraudadas.[o presidente Biden é um esquerdista, adepto na NOM, favorável ao aborto, a ideologia de gênero e outras posições favoráveis a destruição dos VALORES que são cultuados nos Estados Unidos, Brasil e em outros países de longa data.

Além do mais, aquele senhor é possuidor de notória incompetência e outras falhas maiores. Saiba mais lendo: O presidente senil;     Apertem os cintos, o comandante sumiu - Revista Oeste e Uma tragédia anunciada

Na esquerda lulista, a pressão de Biden sobre Bolsonaro é até comemorada, mas não sem certa ironia e sem o velho ranço antiamericano da esquerda tupiniquim.  Dado o longo histórico de interferências dos Estados Unidos em questões políticas domésticas em países da América Latina, não é fácil nem mesmo para a esquerda engolir com gosto os palpites da atual diplomacia americana a respeito das eleições no Brasil.

É melhor deixar que os brasileiros cuidem de seus próprios problemas.

Diogo Schelp, colunista - Gazeta do Povo - VOZES 

 

domingo, 6 de março de 2022

Cessar-fogo fracassa pela segunda vez e civis ficam presos em cidade ucraniana sem água, luz e aquecimento

O Globo

Separatistas pró-Rússia e Guarda Nacional da Ucrânia acusam-se mutuamente de não estabelecer corredor humanitário em Mariupol, alvo de frequentes ataques russos

A segunda tentativa de retirar os habitantes de Mariupol, um porto estratégico no Sudeste da Ucrânia cercado pelas tropas russas, foi interrompida neste domingo, informou a Câmara Municipal da cidade. A decisão foi tomada após separatistas pró-Rússia e a Guarda Nacional da Ucrânia acusaram-se mutuamente de não obedecer o cessar-fogo temporário para estabelecimento de um corredor humanitário na região."É extremamente perigoso retirar as pessoas em tais condições", disse o conselho da cidade em um comunicado online.

A televisão Ukraine 24 mostrou um combatente do Regimento Azov da Guarda Nacional que disse que as forças russas e pró-russas que cercaram a cidade portuária de cerca de 400 mil continuaram bombardeando as áreas que deveriam ser seguras.Já a agência de notícias Interfax citou um funcionário do governo separatista de Donetsk que acusou as forças ucranianas de não observar o cessar-fogo limitado. Ainda segundo a autoridade separatista, apenas cerca de 300 pessoas deixaram a cidade. [Fácil perceber que cada lado acusa o outro. Se for considerado que no raciocínio desorientado do Zelenski quanto maior a tragédia, mais chances ele tem ficar presidente do que sobrar da Ucrânia, não é dificil concluir de qual lado está a verdade.]

Mais cedo, a Câmara Municipal de Mariupol anunciou uma operação para retirada das mais de 200 mil pessoas que ainda restavam na cidade às margens do Mar de Azov, que há seis dias convive com bombardeios constantes e falta de água, luz, comida e aquecimento na cidade.

Um plano semelhante teve que ser abandonado neste sábado, depois que o primeiro cessar-fogo temporário anunciado pela Rússia também fracassou. A cidade havia providenciado 50 ônibus para auxiliar na força-tarefa, mas depois de menos de duas horas, autoridades locais acusaram o Exército russo de começar a bombardear áreas residenciais novamente, bloqueando os civis que começavam a fugir. A Rússia disse mais tarde que foram as forças ucranianas que romperam o cessar-fogo.

A trégua temporária era válida para os corredores de acesso às cidades de Mariupol e Volnovakha, na região separatista de Donetsk. Segundo um porta-voz russo, porém, "batalhões nacionalistas" usaram a pausa nos combates para "se reagrupar e reforçar posições". Antes disso, autoridades ucranianas também disseram ter verificado informações de que os soldados russos planejavam usar o cessar-fogo temporário para avançar em direção a Mariupol.

Situação crítica
A situação em Mariupol está ficando “imprópria para a vida humana”, de acordo com os moradores, que têm dormido em abrigos antiaéreos para escapar dos bombardeios quase constantes das forças russas há seis dias. O fornecimento de alimentos, água, energia e aquecimento também foi cortado, segundo as autoridades ucranianas. — Eles [os russos] estão trabalhando metodicamente para garantir que a cidade seja bloqueada — disse o prefeito Vadym Boichenko à Reuters em uma videochamada do porão onde sua equipe está temporariamente sediada. — Eles nem nos dão a oportunidade de contar os feridos e mortos porque o bombardeio não para.

Os ataques russos à cidade litorânea destruíram metade do comboio de ônibus que a equipe de Boichenko havia preparado para a evacuação no sábado, disse ele. — Eles mentiram para nós, além disso, no momento em que as pessoas estavam tentando sair para ir para esses corredores, o bombardeio começou novamente — afirmou, descrevendo o medo e a raiva dos moradores por terem que fugir de volta para os abrigos.
[nosso comentário: o Blog Prontidão Total é um blog pequeno - dois leitores = ninguém e todo mundo - que não propaga fake news; comenta fatos, não versões - que os líderes mundiais que apoiam, COM DISCURSOS, a Ucrânia - gostariam que fossem FATOS.
Após oitiva de nosso time de 'especialistas' - estão sobrando,já que a covid-19, desmoralizou a profissão, ficou fácil contratá-los - entendemos  que os países liderados pelos apoiadores de palanque e/ou de mesas redondas virtuais, vão limitar seu apoio à Ucrânia só aos discursos e sanções econômicas cujo efeito não é rápido.
 
Uma das características da Rússia é a de não desistir dos seus objetivos - Napoleão e Hitler provaram essa linha de conduta e perderam. Assim, só resta a Ucrânia depor o Zelenski - outro bravo combatente, eficiente no uso de palavras e apelos por ajuda que sabe não vai receber = por vários motivos, alguns logísticos e outros mais, um deles por não interessar aos países que apoiam os ucranianos cutucar uma potência nuclear = despachá-lo para um país de sua escolha (por favor, não o remetam  para o Brasil) cessar todas atividades militares,  sentar na mesa de negociações com a Rússia, e procurar obter o máximo de concessões, aceitando o que for oferecido.
Infelizmente, este é o único caminho que resta para a Ucrânia preservar a vida dos seus cidadãos.]

Desde que iniciou a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, a Rússia vem negando que tenha civis como alvo. Mas, para Moscou, a captura de Mariupol seria um prêmio — uma ligação estratégica entre os territórios separatistas apoiados pelo governo russo ao norte e a rota terrestre para a Península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.
A Rússia chama suas ações na Ucrânia de "operação especial" que, segundo ela, não foi projetada para ocupar território, mas para desmilitarizar e "desnazificar o país vizinho..

As Nações Unidas preveem que o número de refugiados pelo conflito suba a 1,5 milhão neste domingo. Ainda segundo a ONU, a guerra já deixou ao menos 351 civis mortos e 707 feridos, fazendo a ressalva de que os números devem ser "consideravelmente mais altos"
 
Mundo - O Globo/agências internacionais 
 

sexta-feira, 4 de março de 2022

Tropas russas tomam o controle da maior usina nuclear da Europa, após bombardeio e incêndio - O Globo

Não há indícios de vazamento, segundo agência da ONU; ataque provoca condenação de vários líderes mundiais e evidencia riscos de combates em área nuclear

Forças da Rússia capturam a maior central nuclear da Europa após incêndio gerar pânico de radiação 

Chamas foram controladas e não há indícios de vazamento segundo agência da ONU; ataque despertou condenação de vários líderes mundiais e evidencia riscos de conflito em área nuclear

Imagens de câmeras de vigilância mostram a usina nuclear de Zaporíjia durante o bombardeio das tropas russas Foto: Autoridade Nuclear de Zaporíjia / Via Reuters
Imagens de câmeras de vigilância mostram a usina nuclear de Zaporíjia durante o bombardeio das tropas russas Foto: Autoridade Nuclear de Zaporíjia / Via Reuters
Tropas russas no Sudeste da Ucrânia assumiram nesta sexta-feira o controle da maior usina nuclear da Europa, após um ataque provocar um incêndio e despertar apreensão em todo o mundo, informaram autoridades ucranianas. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), as chamas foram extintas sem a detecção de sinais de vazamento de radiação. 

Durante a madrugada, houve grande temor de que o fogo pudesse se espalhar para  os seis reatores da central e provocar um vazamento nuclear. Monitores internacionais disseram na manhã de sexta-feira, no entanto, que não há nenhum sinal imediato de mudança nos níveis de radiação registrados.

De acordo com a AIEA, o incêndio foi apagado sem se espalhar, nenhum reator nuclear ou equipamento essencial foi danificado e os níveis de radiação são normais. A equipe ucraniana da fábrica continua a operar as instalações e os sistemas de segurança estão funcionando. [vamos deixar os líderes mundiais com seu palavrório inútil - Biden é um deles, o que diminui o valor do apelido - e expressar nossa modéstia opinião de que não há, nem houve risco de acidente nuclear. 
Nos parece que o risco aumentou apenas no tocante a que agora além de ter condições, basta querer, para reduzir em 40% o fornecimento de gás para a Europa, os russos podem desligar a usina nuclear - desligamento que aumentará a níveis altíssimos a carência de energia na Europa.
Situação que em nossa opinião leiga, apresenta risco zero de radiação.]

Líderes mundiais condenaram o ataque “imprudente” à usina de Zaporíjia, que danificou um prédio.  Enquanto isso, o Ministério da Defesa da Rússia acusou as forças ucranianas de iniciar o incêndio e realizar uma “provocação monstruosa”.

Leia mais:   Em nova ofensiva contra a Rússia, EUA anunciam sanções contra oligarcas e o porta-voz do Kremlin

As forças russas avançam em várias frentes na Ucrânia, com uma estratégia de cercar cidades e tentar controlar portos e infraestrutura crucial, enquanto organizam cadeias de suprimentos e lentamente conduzem um cerco a Kiev, em preparação para uma ofensiva. A situação está especialmente grave em Mariupol, a 220 km a leste da usina, onde a população de 460 mil pessoas sofre escassez de comida, água e energia elétrica em função do cerco em andamento.

Bombardeio em Marioupol

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia pediu para outros países adotarem medidas punitivas decisivas contra a Rússia, acusando-a de gerar o perigo de um desastre nuclear sem precedentes. O ministério disse que qualquer dano a uma instalação de armazenamento de combustível nuclear usado pode liberar radiação nuclear. "Como resultado, um desastre nuclear dessa escala pode exceder todos os acidentes anteriores em usinas nucleares", afirmou em comunicado.

A usina atualmente opera com apenas uma pequena fração de sua capacidade máxima. Dois membros da equipe de segurança da instalação ficaram feridos após um projétil atingi-la durante a noite, enquanto ocorria uma batalha entre forças russas e ucranianas em seus arredores. O diretor geral da AIEA, Rafael Grossi, se ofereceu para viajar à central de Chernobyl e negociar com Ucrânia e Rússia garantias para a segurança das instalações nucleares ucranianas.

Grossi mostrou uma foto aérea da instalação de Zaporíjia. O prédio que foi atingido, que abriga laboratórios e unidades de treinamento, fica perto, mas claramente separada da fileira de edifícios dos reatores. — O que entendemos é que este projétil veio das forças russas. Não temos detalhes sobre o tipo de projétil — disse Grossi.

Grossi sugeriu um encontro com autoridades russas e ucranianas na extinta usina de Chernobyl, onde nos primeiros dias da ofensiva a Rússia assumiu o controle das imediações da região onde ocorreu o pior acidente nuclear do mundo, em 1986. A equipe de plantão em Chernobyl não foi trocada desde que foi apreendida na semana passada, apesar dos repetidos apelos de Grossi.


A situação em Zaporíjia é semelhante, pois a Rússia a controla, mas a equipe ucraniana continua a operá-la.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, usou o incidente para pedir um endurecimento maior contra a Rússia.  Ele disse que conversou com vários líderes mundiais nas primeiras horas de sexta-feira, acusando a Rússia de atacar deliberadamente os reatores. — É necessário endurecer imediatamente as sanções contra o Estado terrorista nuclear  — declarou Zelensky em um vídeo. — É necessário impedir que a Europa morra de um desastre nuclear. [ao nosso entendimento,só tem um endurecimento que favorecerá o povo ucraniano e a própria Europa = a remoção imediato do ainda presidente ucraniano. Aquele cidadão já teve tempo amais que suficiente para entender que palavrório, falação e coisas do tipo, não resolverão o problema. Enquanto ele permanecer na presidência o sofrimento do povo ucraniano só vai aumentar.]

Um porta-voz do Ministério da Defesa russo descreveu os eventos em uma versão inteiramente oposta à ucraniana. Ele disse que a usina nuclear está operando normalmente e que a área está sob controle russo desde 28 de fevereiro. — No entanto, ontem à noite, no território adjacente à usina, foi feita uma tentativa do regime nacionalista de Kiev de realizar uma provocação monstruosa — disse o porta-voz Igor Konashenkov. — Por volta das 2 da manhã, durante uma patrulha do território vigiado adjacente à usina nuclear, uma patrulha móvel da Guarda Nacional foi atacada por um grupo de sabotagem ucraniano. Para provocar um contra-ataque no prédio, disparos pesados de armas leves foram lançados contra militares da Guarda Nacional Russa das janelas de vários andares de um complexo de treinamento localizado fora da usina.

Ele disse que a patrulha russa respondeu ao fogo para reprimir o ataque, e o "grupo de sabotagem" abandonou o complexo de treinamento, incendiando-o ao sair.

Condenação de líderes
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou com Zelensky e classificou a ação como uma “irresponsabilidade” da Rússia, mesma definição usada pelo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg.

Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, condenou as “ações imprudentes” de Putin e disse que pedirá uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU. Já Justin Trudeau, do Canadá, pediu que os “ataques horríveis” cessassem imediatamente.

Na hora do ataque, quatro dos seis reatores da usina estavam sendo resfriados de acordo com procedimentos operacionais seguros, informou a inspetoria nuclear da Ucrânia. O órgão advertiu que impedir a resfriação das unidades de energia pode levar a “liberações radioativas significativas".

Oleksandr Kharchenko, consultor do ministro da Energia ucraniano, disse que o maior risco seria uma possível interrupção no fornecimento de energia da usina e nos geradores de reserva. — Se estes também fossem cortados, isso afetaria o sistema de resfriamento do reator — afirmou, citado pelo Financial Times. — Se isso for danificado, ninguém pode prever as consequências.

A central nuclear de Zaporíjia fica no Sul da Ucrânia, às margens do rio Dnieper, a 525 km de Chernobyl. Ela tem uma capacidade total de quase 6.000 megawatts, suficiente para abastecer quatro milhões de residências. Em um período normal, a usina produzia 20% da energia elétrica do país e quase metade de sua energia nuclear. A construção do primeiro reator começou em 1979 e o último entrou em operação em 1995. O local tem seis reatores VVER-1000 de concepção soviética. Estes reatores têm duração média de entre 40 e 60 anos, e possivelmente mais, caso passe por ajustes tecnológicos.

Embora o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, tenha alertado para um desastre “10 vezes maior” do que Chernobyl, analistas disseram que isso era improvável. Os reatores nucleares em Zaporíjia  têm um design diferente, com uma concha de contenção, e desde então foram atualizados para novos regulamentos. — Se não houver danos militares significativos em seus múltiplos sistemas de segurança redundantes, os reatores devem permanecer em um estado seguro e estável — disse à Bloomberg Lake Barrett, ex-funcionário da Comissão Reguladora Nuclear dos EUA que esteve envolvido na limpeza da usina nuclear de Three Mile Island, nos EUA, onde houve um acidente em 1979.

Nos dias que antecederam o ataque, a AIEA considerou uma zona de exclusão de 30 quilômetros ao redor de todos os reatores da Ucrânia, reconhecendo a natureza sem precedentes de combates dentro e ao redor das instalações. Nunca houve um ataque militar a uma usina nuclear em operação, disseram analistas.

A informação sobre o fogo na usina foi divulgada primeiramente pelo prefeito da cidade de Energodar, Dmytro Orlov, em um vídeo postado em seu canal no Telegram. Ele citou o que chamou de ameaça à segurança mundial, mas sem dar detalhes. Mais cedo, Orlov já tinha afirmado que uma coluna de soldados russas se direcionava para a usina nuclear, relatando que "tiros altos podiam ser ouvidos na cidade".

Mundo - O Globo 

[Sugestão: para que nossos leitores comprovem o empenho da mídia militante em narrar fatos, com chamada manipulada, de forma a maximizar qualquer resíduo que possa deixar a impressão que as coisas estão ruins para o Brasil,sugerimos ler: Míriam Leitão: PIB brasileiro cresce 4,6% e recupera tombo de 2020, mas guerra de Putin amplia incertezas para o já fraco cenário deste ano.                              A jornalista procura maximizar o aspecto negativo - eventual reflexo,  desfavorável ao Brasil,  da guerra de Putin - e minimizar o crescimento do PIB.]

 


domingo, 21 de novembro de 2021

A um ano da Copa do Qatar, crise e dólar alto deixam evento mais restrito aos mais ricos - O Globo

Pacote de luxo para sete jogos do Mundial sai por R$ 327 mil, sem passagens

Estádio 974, feito com 974 contâineres, é o sétimo estádio a ficar pronto no Qatar, de oito que receberão jogos do Mundial Foto: HANDOUT / Reuters Estádio 974, feito com 974 contâineres, é o sétimo estádio a ficar pronto no Qatar, de oito que receberão jogos do Mundial Foto: HANDOUT / Reuters

Flávio Canedo, 33 anos, é advogado e torcedor do Flamengo. Em dezembro de 2019, passou 14 dias no Qatar para acompanhar o time no Mundial de Clubes. Sem contar com os ingressos para os jogos, gastou aproximadamente R$ 6,4 mil, afirma. No cálculo, passagens aéreas, diárias em um hostel “bem basicão, sem café nem nada”, transporte em Doha e alimentação simples, cozinhada por ele mesmo no hostel, com a comida que comprava no mercado.

Dois anos depois, a um da primeira Copa do Mundo no Oriente Médio, o cenário é ainda mais dispendioso para o torcedor brasileiro da classe média. O dólar, moeda que precifica da passagem aérea à barra de chocolate dentro do estádio, saltou de R$ 4,20 para R$ 5,50, desde a experiência de Canedo até hoje. O Relatório de Mercado Focus, divulgado no começo deste mês pelo Banco Central, estima a moeda americana seguindo neste patamar em 2022. [a ida ao Qatar para acompanhar o Flamengo e/ou conhecer novos costumes, novas atrações, vale a pena para quem pode. 

Agora desperdiçar dinheiro, ainda que peso venezuelano, para acompanhar o timinho de pernas de pau, de mercenários,  do aglomerador Tite timinho que, em passado remoto foi chamado de Seleção Brasileira, é babaquice, é ser sem noção. 

O resultado já se sabe = mais uma vez o timinho não vai ganhar nada = tem chances de ganhar uma goleada tipo 8 a 1, quebrando o recorde dos 7 a 1 que levou, merecidamente, da Alemanha.]

É claro, existe quem passe à margem das oscilações no câmbio e da crise econômica do país. Em fevereiro, a Fifa começou a comercialização de pacotes de hospitalidade (ingressos e serviços dentro do estádio) para jogos da Copa do Mundo. E a procura por parte de torcedores brasileiros é grande, afirma Rildo Amaral, gerente executivo da Stella Barros Franqueadora, agência oficial de venda de pacotes.

A expectativa da empresa é levar dez mil pessoas para o Qatar. A compra de pacotes que incluem hospedagem, translado terrestre e facilidades em Doha, e mais o pacote de hospitalidade da Fifa, sai, o mais barato, para apenas uma partida da fase de grupos, por 7,9 mil dólares, aproximadamente R$ 43 mil as passagens aéreas não estão na conta. O torcedor que quiser assistir a sete partidas, seguindo a seleção em uma eventual ida à final, gastará cerca de R$ 327 mil. Trata-se de turismo voltado para pessoas em nada afetadas pela pandemia ou pela crise a reboque. A Copa do Mundo tem disso, muitas vezes o torcedor é uma pessoa que não sofreu impacto financeiro na crise. O problema para ele não é de investimento, ele tem dinheiro — afirma Amaral: — Mas tem pessoas que se capitalizam para ir a um Mundial, elas vendem apartamento, carros.

Sete estádios prontos
Será o primeiro grande evento global com público depois da explosão da Covid-19, em 2020. Isso gera uma perspectiva de procura maior por parte dos fãs de futebol, incluindo os brasileiros. 
Mas se engana quem vislumbra nesta Copa a grande experiência catártica de vida pós-pandemia. Os costumes do país do Oriente Médio pedem moderação, nada parecido com as extravagâncias protagonizadas pelos cerca de 34 mil brasileiros que foram à Copa da Rússia, em 2018.

(...)

A conhecida restrição ao álcool é uma questão: as bebidas só poderão ser consumidas em determinados hotéis ou nas fan fests, áreas reservadas para torcedores confraternizarem. Em 2019, o rubro-negro Flávio Canedo lembra ter pago R$ 50, no câmbio da época, em uma cerveja long neck em um desses hotéis, e cerca de R$ 35 nas fan fests. A experiência como solteiro também foi frustrante: — Flerte, pegação, isso não existe lá. Zero.

Esportes - O Globo - MATÉRIA COMPLETA


quinta-feira, 28 de outubro de 2021

A privatização da Petrobras “no radar” - Editorial - Gazeta do Povo

Logo após forçar a saída de Roberto Castello Branco da Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro publicou a medida provisória da privatização da Eletrobrás. Agora, quando as credenciais liberais do governo são novamente questionadas graças às manobras para contornar as regras fiscais com mudanças no teto de gastos e um calote nos precatórios, Bolsonaro lança mão de outro balão de ensaio: a privatização da Petrobras. “É muito fácil: aumentou a gasolina, culpa do Bolsonaro. Eu já tenho vontade de privatizar a Petrobras. Vou ver com a equipe econômica o que a gente pode fazer”, afirmou a uma rádio pernambucana no dia 14. Nesta segunda-feira, ele retomou o tema em nova entrevista, a uma emissora do Mato Grosso do Sul: “Quando se fala em privatizar Petrobras... Isso entrou no nosso radar”. Até que ponto há uma possibilidade real de que isso ocorra?

A convicção privatizante, já se sabia desde a campanha eleitoral, estava mais presente na equipe econômica comandada por Paulo Guedes que no próprio Bolsonaro; sua afirmação do dia 14 pareceu motivada menos por algum ideário liberal e mais pelo cansaço por ser culpado por todo aumento nos combustíveis e no gás de cozinhauma atribuição exagerada, já que vários fatores que estão puxando os preços para cima estão fora do controle da própria Petrobras, quanto mais do presidente da República. Privatizar a Petrobras, por esse ângulo, seria apenas uma forma de deixar de ser responsabilizado pela disparada nos preços. Mas, para que não fique dúvida de que o presidente não vê muito futuro na própria ideia, Bolsonaro também falou em “complicação enorme” na entrevista do dia 25.

Ao menos neste sentido, o presidente não está inventando nada, e “complicação enorme” talvez seja até um eufemismo. Qualquer privatização que chegue ao Congresso já enfrenta enormes resistências da esquerda estatizante e dos fisiológicos que usam a nomeação de apadrinhados para cargos nas estatais como moeda de troca por apoio político, e no caso da Petrobras a gritaria seria ainda maior. Veríamos a ressurreição da campanha “o petróleo é nosso”, que culminou na própria criação da Petrobras, em 1953. Os opositores da privatização fariam de tudo para o Brasil esquecer que o maior escândalo de corrupção da história recente baseou-se justamente no uso das diretorias da Petrobras, loteadas entre o PT e seus aliados, para superfaturar contratos e abastecer cofres partidários.

Isso, no entanto, não é motivo para que não se abra o debate, inclusive no parlamento. Depois da entrevista de Bolsonaro nesta segunda-feira, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra, disse à agência noticiosa Reuters que há, sim, estudos para um projeto de lei que retira da União o controle da empresa por meio da venda de parte das ações do governo – a União tem, hoje, 50,5% das ações ordinárias, com direito a voto. Segundo outras informações de bastidores, publicadas pela CNN Brasil, o projeto manteria nas mãos do Planalto o direito de indicar o CEO e uma golden share, ação que lhe daria o direito de vetar decisões.

O formato, assim, se assemelharia ao da privatização da Eletrobrás, embora Bezerra tenha dito à Reuters que gostaria de concluir, antes, a venda dos Correios – que deve ocorrer em um modelo bem diferente, com a venda total da empresa em um leilão. As primeiras reações do mercado deixaram claro que, com a manutenção de certas prerrogativas nas mãos do governo, a privatização ainda seria positiva, mas longe do ideal, por manter a possibilidade de ingerências políticas na administração da companhia. O sucesso que Bezerra diz esperar no caso dos Correios poderia até ser um forte indicador de que o interesse dos investidores será muito maior caso as chances de interferência governamental em uma Petrobras privatizada sejam mínimas.

Na entrevista de segunda-feira, Bolsonaro ainda afirmou que “se você tirar do monopólio do Estado, que existe, e botar no monopólio de uma pessoa particular, fica a mesma coisa ou talvez até pior”. À parte o ato falho estatólatra, a fala ainda reconhece que, na prática, o monopólio da Petrobras segue existindo. No papel, ele caiu em 1997, mas muitas empresas relutam em entrar no mercado brasileiro porque há, de fato, dificuldades em se competir com uma gigante do porte da Petrobras, ainda mais quando se trata de empresa que conta com ajuda do Estado e quando há a possibilidade de essa competição se dar em condições desvantajosas. 
Que empresa privada, por exemplo, teria sido capaz de represar artificialmente seus preços como a Petrobras fez em 2014, sob ordens de Dilma Rousseff?
Isso mostra que apenas privatizar a Petrobras pode não bastar; é preciso criar condições para que o mercado brasileiro atraia novos players que sejam capazes de proporcionar competição digna do nome e que beneficie especialmente os consumidores.
 
Editorial - Gazeta do Povo  


segunda-feira, 29 de março de 2021

Navio gigante desencalha no Canal de Suez

Equipes de resgate conseguem desencalhar navio gigante no Canal de Suez

Veículo de 400 metros que bloqueou uma das rotas comerciais mais importantes do mundo por quase uma semana já está se movimentando 

Equipes de resgate conseguiram, enfim, movimentar o navio Ever Given, da empresa Evergreen, seis dias depois de o veículo gigante encalhar no Canal de Suez, no Egito, paralisando uma das rotas comerciais mais importantes do mundo. A notícia foi divulgada inicialmente pela empresa especializada em serviços marítimos Inchcape no Twitter e confirmada por agências internacionais como a Reuters e Bloomberg.

Navio no Canal de Suez KHALED ELFIQI/EPA/EFE

Segundo os relatos iniciais, o navio foi parcialmente movimentado depois que escavadores removeram 27.000 metros cúbicos de areia, penetrando profundamente nas margens do canal, conseguindo liberar a proa encalhada. Algumas horas depois a embarcação foi desencalhada totalmente e agora já se movimenta na direção norte do canal. O acidente, porém, causou o congestionamento de mais de 450 navios ao longo de quase uma semana. O tráfego deve demorar mais alguns dias para se estabilizar.

O presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, celebrou a operação em suas redes sociais. “Hoje, os egípcios conseguiram pôr fim à crise do navio encalhado no Canal de Suez, apesar da grande complexidade técnica do processo”, tuitou. Havia a expectativa de que, caso as escavações não funcionassem, seria necessário aliviar o peso do navio por meio da retirada de alguns de seus 18.300 contêineres, o que implicaria uma nova e complicada operação logística.

O navio de 400 metros de comprimento viajava com destino à Holanda, mas foi redirecionado por uma tempestade inesperada e encalhou em Suez na última terça-feira, 23. De acordo com a Lloyd’s Lists, que presta informações comerciais à comunidade marítima global, o bloqueio gerou um custo de 400 milhões de dólares por hora para o comércio. A empresa fez o cálculo com base no valor dos bens que trafegam diariamente pela região.

 Mundo - VEJA


sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Soft power - O mar, os rochedos e o marisco

Análise Política

A aguda demanda global por vacinas anti-Covid-19 é uma bela oportunidade para o exercício do soft power. Mas mesmo isso tem um limite: a óbvia premência de os países produtores atenderem em primeiro lugar suas próprias populações. Ter amigos mundo afora é sempre bom, essencial até, mas quem coloca ou derruba os governos são em última instância seus próprios povos.

Porém a oportunidade de soft power é real, e vem sendo mais bem aproveitada por três jogadores: Índia, Rússia e China. E o motor fundamental nessa disputa em escala mundial é a capacidade de fornecer vacinas na quantidade e velocidade desejadas, diante das circunstâncias. A partir daí, talvez seja precipitado achar que esses países vão sonegar o imunizante para fazer política (leia).

Mais provável é os três concorrerem entre si para ver quem faz mais amigos mundo afora com a vacina.  E a janela de oportunidade está aberta também pela situação do presidente americano hoje empossado, Joe Biden. O principal desafio dele no curto prazo é vacinar em massa nos Estados Unidos, país mais afetado em números absolutos pelo SARS-Cov-2. Não é demais suspeitar que ele vai gastar pelo menos uns 20 a 25% deste mandato quebrando a cabeça em torno do assunto.
E segurando o que puder de vacinas para aplicar lá mesmo.
 
O mar, os rochedos e o marisco
Segundo a Reuters, a Índia começa amanhã exportar a vacina AstraZeneca/Oxford para países que contrataram o imunizante. Começando por Brasil e Marrocos. Na sequência, África do Sul e Arábia Saudita. É a boa notícia do dia (leia).

Todo esse episódio das vacinas para a Covid-19 deveria levantar um debate. Já faz algum tempo, os países depositam a segurança do abastecimento farmacêutico na conta da neutralidade da divisão técnica internacional do trabalho. Faz sentido economicamente. O problema é que a geopolítica não segue estritos critérios econômicos, ainda mais em tempos de fricção crescente entre as potências pela hegemonia planetária. Por isso, recordando o antigo adágio, vem o risco de na briga entre o mar e os rochedos quem acabar se dando mal é o marisco.

[outro que vai se dar mal - aliás, fracassar é seu destino - é o Joãozinho, o Doria.
Sem que o presidente Bolsonaro necessite mover uma palha que seja - aliás, o presidente é acusado pelos seus inimigos de ser omisso; se houve alguma omissão foi por imposição, não por desejo do presidente.
O Doria via ficar desmoralizado e conhecido como o homem que prometeu vacinar e não cumpriu o prometido.
 
Nada temos contra as vacinas  - reafirmamos que muitos dos nossos passaram de século e milênio, saudáveis, pela dádiva Divina das vacinas que recebemos há algumas dezenas de anos.  
Porém, todos reconhecem que a vacina do governador paulista é um pouco enrolada. Não duvidamos de sua segurança e eficácia, mas a maioria há de concordar que é melhor em 100 vacinados 78 ganharem imunidade do que em 100 apenas 50 ficarem imunes. 
 
Um  outro complicador é que a vacina da Fiocruz depende do IFA que está na China, mas na fábrica da AstraZeneca/Oxford, que tem o compromisso com o Brasil de enviar o IFA ou a vacina pronta.
Já o IFA da vacina chinesa/Butantan  está na China, só que em uma fábrica chinesa.
Foi brilhante o ilustre articulista quando lembra:
"Mais provável é os três concorrerem entre si para ver quem faz mais amigos mundo afora com a vacina."]

Não dá para cada país produzir tudo do que precisa, é lógico. Mas tampouco é razoável que países da dimensão do nosso sejam tão dependentes de importar coisas tão estratégicas. Infelizmente, é mais uma consequência de quase quatro décadas de desindustrialização. Ou, pelo menos, de falta de atenção à industrialização.

Alon Feuerwerker, jornalista e analista político

 

terça-feira, 11 de junho de 2019

A roupa íntima da Lava-Jato

Políticos se mobilizam para convocar Moro a depor na Câmara e no Senado, falam até na instalação de uma CPI da Lava-Jato, além da aprovação da nova Lei de Abuso de Autoridade”

Uma das teorias da linguagem na internet, desenvolvida ainda nos tempos da linha discada, com seus ruídos característicos, foi batizada com o nome de “roupa íntima”. Trata-se da contaminação da linguagem adotada pelos usuários da internet pela informalidade do contexto em que utilizavam o computador, nas primeiras horas da manhã ou tarde da noite, geralmente utilizando a roupa com que acordavam ou iriam dormir. Os especialistas advertiam que essa informalidade era um risco para as comunicações de natureza comercial, administrativa ou diplomática.

Essa teoria foi comprovada no escândalo do WikiLeaks, a organização transnacional sem fins lucrativos, sediada na Suécia, administrada pelo jornalista e ciberativista australiano Julian Assange, que divulgou em 2013 milhares de documentos secretos do governo dos Estados Unidos, que monitorou conversas telefônicas e mensagens de e-mail em dezenas de países, com comentários assombrosos e revelações escabrosas de diplomatas e funcionários sobre a atuação do Departamento de Estado no mundo. Entre os documentos divulgados mais recentemente, um vídeo de 2007 mostra o ataque de um helicóptero Apache dos marines que matou pelo menos 12 pessoas, dentre as quais dois jornalistas da agência de notícias Reuters, em Bagdá, no contexto da ocupação do Iraque.

Coincidentemente, o autor do “furo”, o jornalista Glenn Greenwald, então colunista do jornal inglês The Guardian, que publicou os documentos também no The Washington, é o responsável pelo site Investigativo The Intercept, que divulgou neste domingo conversas comprometedoras, no aplicativo russo Telegram, do ministro da Justiça, Sérgio Moro, então juiz da 13ª. Vara Federal de Curitiba, e procuradores federais da força-tarefa da Operação Lava-Jato, entre eles Deltan Dallagnol, sobre assuntos da investigação. Casado com o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ), Greenwald mora no Rio de Janeiro desde 2005.

Suas revelações mobilizaram os advogados de Lula e o PT, que denunciam a suposta contaminação do julgamento de Lula por motivações políticas da Lava-Jato. No Congresso, políticos de diversos partidos se mobilizam para convocar Moro a depor na Câmara e no Senado, falam até na instalação de uma CPI para investigar a Lava-Jato, além da aprovação da nova Lei de Abuso de Autoridade. Greenwald diz que o volume de material obtido por ele neste caso supera o da reportagem que lhe valeu o prêmio Pulitzer, graças à parceria com o ex-agente da CIA e da NSA Edward Snowden, que está preso até hoje. [material ilegal, visto que foi obtido mediante interceptação telefônica não autorizada pela Justiça.
Portanto, sem valor probatório.]

Moro minimizou o fato e atacou os autores do vazamento: “Não vi nada de mais ali nas mensagens. O que há ali é uma invasão criminosa de celulares de procuradores, não é? Pra mim, isso é um fato bastante grave — ter havido essa invasão e divulgação. E, quanto ao conteúdo, no que diz respeito à minha pessoa, não vi nada de mais”, disse o ministro, após participar de evento com secretários de segurança pública em Manaus.

Diálogos
Na semana passada, Moro teve seu celular “hackeado”, mas o Intercept alega que obteve os diálogos antes dessa invasão. Segundo o site, as informações foram obtidas de uma fonte anônima. Em um dos diálogos, Moro pergunta a Dallagnol: “Não é muito tempo sem operação?”. O chefe da força-tarefa concorda: “É, sim”. Em outra conversa, Dallagnol pede a Moro para decidir rapidamente sobre um pedido de prisão: “Seria possível apreciar hoje?”. E Moro responde: “Não creio que conseguiria ver hoje. Mas pensem bem se é uma boa ideia”. Nove minutos depois, Moro adverte a Dallagnol: “Teriam que ser fatos graves”.


De acordo com o Intercept, procuradores traçaram estratégias para cassar a autorização judicial para o ex-presidente Lula ser entrevistado pelo jornal Folha de São Paulo, por temerem que influenciasse a eleição. O procurador Januário Paludo teria proposto: “Plano A: tentar recurso no próprio STF. Possibilidade zero. Plano B: abrir para todos fazerem a entrevista no mesmo dia. Vai ser uma zona, mas diminui a chance da entrevista ser direcionada”. Outro procurador, Athayde Ribeiro Costa, sugeriu que a Polícia Federal manobrasse para que a entrevista fosse feita depois das eleições. Quando a autorização para a entrevista foi cassada por uma liminar obtida pelo Partido Novo, Paludo escreveu: “Devemos agradecer à nossa PGR: Partido Novo!!”.

Não somente os advogados de Lula pretendem virar a mesa, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu o afastamento de Moro e Dallagnol dos respectivos cargos e as defesas de outros réus se preparam para pedir a nulidade dos processos, alegando que Moro e os procuradores, conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (SDTF), não podem invocar as prerrogativas da magistratura como instrumento de salvaguarda de práticas ilícitas. Seria prevaricação. [provas ilegais não anulam processos e a OAB não tem nada que intervir no assunto, Moro não está ocupando nenhum cargo privativo de bacharel em direito.
Assim, dificilmente, as supostas transgressões de Moro e dos procuradores chegarão a ser objeto de julgamento.]

 Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - CB

 
 

sexta-feira, 1 de março de 2019

EUA oferecem US$ 1 milhão de recompensa por informações sobre filho de Bin Laden


Segundo o Departamento de Estado, Hamza bin Laden emergiu como o líder da Al-Qaeda, grupo responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001

Imagem da emissora Al Jazeera sem data mostra, ainda criança, Hamza bin Laden (esq.), cujo pai foi morto durante uma operação militar dos EUA no Paquistão em 2011 Foto: Al-Jazeera TV / Reuters
 
O governo dos Estados Unidos ofereceu nesta quinta-feira, 28, US$ 1 milhão por informações que ajudem a localizar o filho do líder terrorista Osama bin Laden, morto em 2011. 
O governo dos Estados Unidos ofereceu nesta quinta-feira, 28, US$ 1 milhão por informações que ajudem a localizar o filho do líder terrorista Osama bin Laden, morto em 2011. 

Em nota, o Departamento de Estado destacou que o dinheiro será pago em troca de ajuda para encontrar Hamza bin Laden em qualquer país como parte do programa “Recompensas pela Justiça”. Segundo o comunicado, o filho de Bin Laden emergiu como o líder da rede terrorista Al-Qaeda. Seu pai foi morto durante uma operação militar conduzida pelos EUA em maio de 2011 no Paquistão. 
Em janeiro de 2017, Hamza foi nomeado “terrorista global especialmente designado”. Em mensagens de áudio e vídeo, ele pede a realização de ataques contra americanos e seus aliados.