Com indicativo de greve, rodoviários param 26% dos
ônibus do DF essa semana
Veículos
que reforçam as linhas entre 5h e 8h30 e 15h e 18h30, ficarão na garagem,
segundo informações do Sindicato dos Rodoviários
[se
procurar com atenção, seriedade, o Governo encontra ilegalidade nas
paralisações dos rodoviários; é só jogar duro e eles abrem as pernas. Demitindo
uns 200 por dia, antes de chegar as mil demissões, eles recuam. Não cedendo, eles vendo que podem perder o
emprego, se curvam. Vale a pena uma semana de caos com o resultado do enquadramento
definitivo da categoria.]
Usuários
do transporte público no Distrito Federal enfrentam mais uma semana com redução
de ônibus nos horários de picos. Como na última semana, os carros que reforçam
as linhas entre 5h e 8h30 e 15h e 18h30, ficarão parados na garagem, segundo
informações do Sindicato dos Rodoviários. A
quantidade representa 26 % dos veículos.
Motoristas e
cobradores reivindicam aumento de 20% no salário, sendo 10% de perdas inflacionárias e 10% de ganho real, e
reajuste no auxílio-alimentação. Uma paralisação geral também está
agenda para a próxima quinta-feira (30/6), caso os empresários não apresentem
uma contraproposta.
Atualmente, os motoristas têm rendimento bruto de R$ 2.121, enquanto os cobradores recebem R$ 1.108 por mês. A intenção da categoria é iniciar uma greve geral na próxima segunda-feira (4/7), caso as negociações salariais não avançarem. Desde a última quarta-feira (22/6), os rodoviários decidiram por suspender os ônibus extras que atendem a população nos horários de maior fluxo de passageiros como de pico.
Moradores de Santa Maria, Recanto das Emas, Taguatinga Sul, Guará I e II, Estrutural, Ceilândia, Sobradinho I e II, Cruzeiro, São Sebastião, Samambaia, Gama, Paranoá e Planaltina já sofreram com o ato de suspensão horária. “Estamos dispostos a continuar com o movimento, caso não seja apresentada nenhuma proposta pelas empresas e Governo”, afirmou um dos diretores do Sindicato dos Rodoviários, Marco Júnior Duarte. “Já sinalizamos o indicativo de greve de 72 horas, conforme a legislação prevê. Até o momento, não fomos convocados para nenhuma reunião de negociação”, ressaltou Marco Júnior Duarte. Ainda segundo ele, desde maio, a categoria está pleiteando o aumento. Até então, em apenas uma oportunidade, patrões e empregados se reuniram para discutir os reajustes.
Ação
A Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) ajuizou dissídio coletivo de greve em 1º de junho no Tribunal Regional do Trabalho, devido à paralisação dos rodoviários em 31 de maio. Na ação, a PGDF solicitou a declaração de ilegalidade do movimento. O pedido liminar foi negado. Na próxima sexta-feira (1/7), deve ocorrer a segunda audiência de conciliação. Em nota, a Secretaria de Mobilidade informou que representantes da pasta se reuniram nas últimas semanas para intermediar o início das negociações. As empresas e o sindicato devem chegar a um acordo nos próximos dias.
Fonte: Correio Braziliense