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segunda-feira, 11 de outubro de 2021

CPI da Covid já tem atalho para denunciar Bolsonaro no STF sem depender de Augusto Aras

 Mariana Carneiro

PANDEMIA

A cúpula da CPI da Covid já tem uma estratégia para fazer com que suas denúncias contra Jair Bolsonaro cheguem ao Supremo Tribunal Federal caso o procurador-geral da República, Augusto Aras, se recuse a fazê-lo. 

Desde que assumiu o cargo, Aras vem se resistindo a dar seguimento a ações contra o presidente, como a que tentou vedar a campanha “O Brasil não pode parar”, que ia contra o isolamento social, no início da pandemia, ou a que propõe a responsabilização criminal de Bolsonaro por não usar máscara.

[prezada Mariana! pontos que precisam ser destacados: - a manchete fala em atalho e lembramos que o relator Calheiros pode ter quantos atalhos quiser - inclusive por ser movimentador de boiada ele deve entender do assunto - mas o que ele precisa é das PROVAS dos crimes que ele quer atribuir ao presidente Bolsonaro.
SEM PROVAS os atalhos do  Calheiros  possuem o mesmo valor do boiadeiro dizer que estar decidido a incluir Bolsonaro entre os responsáveis pelas mortes decorrentes da Covid-19. Valor  = ZERO = NADA = LIXO. 
O procurador-geral da República detém a competência constitucional de decidir quem denuncia ou não - assim,  não é caminho inteligente tentar coagir o chefe da PGR a efetuar denúncias que ele entende não se sustentarem. Que só se sustentam no entendimento tosco dos 'donos' da CPI Covid.
Por sua vez a Covidão já dispõe de portador qualificado para transportar notícias crime para o STF - o senador Rodrigues.
Caso seja do interesse e conveniência da ilustre colunista saber mais sobre o Aziz, o Calheiros, o 'drácula' = o Humberto Costa = , o encrenqueiro = o Rodrigues e outros membros da CPI é só ler: CPI Covid , e seguir os vários links lá destacados.]

Por lei, Aras tem 30 dias para dar um encaminhamento ao relatório final da CPI, que será entregue a ele no dia 21. Se o PGR arquivar o relatório ou não enviar as denúncias ao STF, entidades de direito privado entrarão com ações diretamente no STF. Membros da CPI já vêm discutindo essa alternativa com membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que podem assumir a causa em nome de associações de vítimas da Covid, por exemplo. “Em caso de eventual desídia do Ministério Público, a parte legítima da ação, ou seja, o público ou  parentes de vítimas, tem a possibilidade de ofertar uma ação direta privada ao STF”, afirma o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues. [o senador Rodrigues é o contínuo da CPI em matéria de entregar notícias crime.] O instrumento legal para isso é a ação penal subsidiária da ação penal pública.

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), já está decidido a incluir Bolsonaro entre os responsáveis pela trágica marca de mais de 600 mil mortes pela Covid.  Além do presidente, cerca de 30 pessoas devem ter o indiciamento proposto no relatório final, entre eles o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Calheiros ainda avalia incluir Carlos e Eduardo nessa lista.  

Renan vai entregar o relatório final no próximo dia 19.  O documento será votado na CPI no dia 20, quando os senadores esperam também apresentar o monumento em homenagem às vítimas.  O memorial será instalado no espelho d’água em frente ao prédio do Congresso Nacional. [a ideia do memorial é a gota d'água para tornar o final da CPI mais desmoralizante do que sua atuação até agora. DESMORALIZANTE e OFENSIVO às vítimas da COVID e seus parentes.] A apreensão com a inação de Aras e a possibilidade de as denúncias caírem no vazio fez os senadores planejarem a formação de uma espécie de "observatório da CPI" – um grupo de parlamentares que vai continuar atuando após o encerramento da comissão.

Uma das principais tarefas do grupo é desmembrar as acusações para apresentá-las em diferentes instâncias do Legislativo, do MP e da Justiça. Segundo a programação já definida, o primeiro a receber o relatório será Aras, no dia 21 de outubro. A seguir, os senadores vão levar à Procuradoria da República do Distrito Federal os pedidos de indiciamento de pessoas que não têm foro privilegiado, como Pazuello e seu secretário-executivo na Saúde, Élcio Franco. Depois disso, eles irão à força tarefa do Ministério Público Federal de São Paulo, que já conduz os processos contra a Prevent Sênior.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, também será visitado, uma vez que cabe a ele pautar a abertura de processos de impeachment por crime de responsabilidade. [uma estultice sem tamanho; BOLSONARO é inimpichável - além de faltar POVO NAS RUAS para tanto faltam os crimes. Tentaram enganar Bolsonaro com o golpe do absorvente, mas o capitão não foi tão estúpido quanto seus adversários e deu a volta por cima.] Outra instância a que a CPI pretende recorrer para amplificar o alcance de suas descobertas é o Tribunal Internacional Penal, em Haia, onde Bolsonaro já responde a três acusações. Para isso, contará com a ajuda do grupo de juristas que assessora a CPI, entre os quais o ex-ministro da Justiça Miguel Reale Junior.  "O relatório não é o fim, é um novo começo. As mais de 600.000 famílias brasileiras que perderam um amor de suas vidas exigem essa resposta de nós", diz Randolfe. 

Mariana Cordeiro - Blog Malu Gaspar - O Globo