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domingo, 13 de janeiro de 2019

Criança acusa pai e madrasta de queimarem a cabeça dela com ferro de passar

Menino de 4 anos foi resgatado por policiais militares de Formosa com ferimentos na cabeça e no rosto. Ele também estava desidratado e mal alimentado. Criança está sob os cuidados do Conselho Tutelar

Um menino de 4 anos de idade está internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Formosa (GO) desde sexta-feira (11/1), supostamente por ter sido maltratado pelo próprio pai e pela madrasta. De acordo com o Conselho Tutelar do município goiano, distante 80km do centro de Brasília, o garoto está com queimaduras na cabeça e na face. Os ferimentos são tão graves que o couro cabeludo dele ficou deformado.
Menino está com o couro cabeludo bastante ferido (foto: Reprodução/Redes Sociais)
 
Policiais militares resgataram o menino por volta das 17h de sexta-feira, após receberem uma denúncia anônima de que a vítima estava presa no porta-malas de um carro e enrolada em um cobertor. Ao chegarem ao endereço, no bairro Lagoa dos Santos, os policiais encontraram o garoto, na verdade, nos bancos de trás de um veículo onde também estavam o pai e a madrasta dele.

De imediato, o menino disse que as queimaduras foram causadas por um ferro de passar roupas. Por enquanto, a hipótese não está confirmada. “Após o resultado do exame de corpo de delito, constatamos que ele pode ter sido queimado por alguma espécie de líquido. A substância deve ter escorrido pela face do menino, visto que ele também tem queimaduras na bochecha. Além disso, o olho esquerdo está inchado, e há uma bolha perto do órgão”, explicou o conselheiro Aelson Vieira de Araújo.
 
Os adultos foram interrogados na 11ª Delegacia Regional de Polícia (Formosa) e alegaram que não são os responsáveis pelos ferimentos no corpo do menino. “Ambos disseram que a criança se machucou sozinha, depois de cair na cama e bater a cabeça no chão. Essa hipótese, contudo, parece não ser verdadeira”, disse Aelson Vieira. Após o depoimento, o pai e a madrasta do menino foram liberados pois os ferimentos são antigos e, portanto, eles não poderiam ser presos em flagrante. No entanto, os dois continuarão sendo investigados. As condutas da madrasta também serão apuradas pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) do município goiano. A Vara Cível da Comarca de Formosa deve julgar se o casal perderá a guarda do menino. [caso não fujam e sejam novamente presos e uma 'audiência de custódia' determina que sejam soltos, o ideal é quando forem recolhidos à prisão, seus companheiros/as de cela recebam um ferro de passar e a sugestão sobre quais partes do corpo do pai e da madrasta devem ser passadas.
Oportuno recomendar que não exagerem no tempo nem no excesso de calor - afinal os casal deve servir de diversão por alguns dias, assim, nada de exagerar.
Devagar, bem devagar e a diversão dura mais dias.]

Neste sábado (12/1), a criança foi trazida para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), unidade de saúde especializada no tratamento de queimaduras, onde passou por uma avaliação. Ela retornou à UPA de Formosa para receber curativos e na próxima segunda-feira (14/1), voltará ao hospital do DF acompanhada pelo conselheiro Aelson Vieira. 

“Por enquanto, o Conselho Tutelar de Formosa ficará responsável pelo menino. Já entramos em contato com os avós paternos dele, que moram em Montes Claros (MG), e eles devem chegar a Formosa ainda neste fim de semana. Também procuramos pela mãe da criança, que vive no município mineiro. Contudo, até o momento não temos informações sobre o paradeiro dela”, detalhou Aelson Vieira.

Criança também estava desidratada e mal alimentada
Além das queimaduras, a criança apresenta sinais de desidratação e de que não era bem alimentada pelo pai e pela madrasta. As roupas que ele utilizava no momento do resgate também evidenciam a condição de maus-tratos, que começaram há pelo menos 10 dias, segundo Aelson Vieira. “Estranha o fato de que tanto o pai quanto a madrasta estavam bem vestidos, mas a criança, não. A situação do menino é lamentável. Em três anos no Conselho Tutelar, nunca vi algo parecido. Não resta dúvidas de que ela foi maltratada”, reconheceu o conselheiro.

Segundo Aelson Vieira, o caso mobilizou a comunidade de Formosa. A todo momento, cresce a quantidade de pessoas que visita a UPA da cidade para fazer doações ao menino. “Estão trazendo roupas, calçados, alimentos e brinquedos para ele. A sociedade abraçou essa criança. Todos esperam a pronta recuperação dela.”