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O relatório da polícia italiana é ainda menos incisivo quanto ao cometimento de algum crime: diz que a mão do empresário encostou levemente nos óculos do rapaz.
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É exigir demais da sociedade pretender que não aponte um problema de imagem em meio a tantos problemas com imagens. Ele é consequência das excepcionalidades que se acumulam ao arrepio da publicidade desejável em questões de elevado interesse público. Embora o que realmente importa não seja como a gente se vê, nem como os outros veem a gente, mas como a gente realmente é, as imagens das autoridades se refletem na imagem do Estado. Transcendem, portanto, às pessoas dos detentores de poder.
Por outro lado, se a agressão ocorreu na forma da denúncia, que fique clara minha convicção: isso não se faz. Não foi o que aprendi e não é o que ensino. Quem quer mudança tem tarefas mais úteis: faça política para valer, organize núcleos conservadores e/ou liberais, ocupe espaços na vida social, interaja com os congressistas, com os partidos de sua cidade, com as lideranças locais e estaduais.
Vá aos órgãos de comunicação de sua comunidade. Escreva, fale, participe de modo qualificado e útil. Não consinta nem silencie. Não seja omisso como um Pacheco da vida. Use as redes sociais, seja um bom cidadão, identifique e estude os males de nosso modelo institucional. Principalmente, saia do sofá! O Brasil seria outro se houvesse maior e mais útil participação de seus cidadãos; já seria outro há mais tempo, também, se nas grandes manifestações dos anos anteriores, para cada eleitor que a elas compareceu outros 96 não tivessem ficado em casa.
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Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.