Na sua mais recente passagem pelo Palácio da Alvorada, na noite de
quinta-feira, Lula encontrou uma Dilma aturdida, às voltas com o risco
de perder as duas muletas de sua presidência. Horas antes, ela havia
toureado a insatisfação de Joaquim Levy, seu apoio econômico, que
flertava com a porta da rua. Na véspera, ela tomara um toco de Michel
Temer, sua escora política, que se negou a reassumir a articulação do
Planalto com o Congresso.
Vendeu-se a versão de que Lula voara a
Brasília para socorrer sua afilhada política. Falso. O mentor de Dilma
foi à Capital para tentar salvar a si mesmo. Sua pupila realiza um
governo caótico. O enredo da campanha perdeu a validade. E nem o
marketing de João Santana foi capaz de colocar uma narrativa nova no
lugar. Disso resultou um fenômeno político raro: depois de fazer a
sucessora, Lula está sendo desfeito por ela. E tenta brecar o processo
de desconstrução.
Enquanto o criador dava conselhos à criatura em
Brasília, Temer fugia do seu comedimento usual para dizer a um grupo de
empresários o que só era balbuciado em privado: “Hoje, realmente, o
índice [de aprovação do governo] é muito baixo. Ninguém vai resistir
três anos e meio com esse índice baixo. […] Se continuar assim, eu vou
dizer a você, 7%, 8% de popularidade, de fato, fica difícil.''
Temer
soou raso e inepto. Foi raso porque insinuou o risco de impeachment com
uma leveza incompatível com a gravidade do tema. Foi inepto porque bem
sabe, como professor de direito constitucional, que impopularidade não é
motivo para a cassação de um mandato presidencial. Exige-se a prática
de um crime de responsabilidade. Algo que, por ora, não se encontra
sobre a mesa.
Seja como for, a impopularidade evocada por Temer é
real. E ajuda a explicar a inquietação de Lula. Graças a Dilma, o
animador de massas do PT está perdendo seu capital político mais
valioso: as ruas. Pior: Lula já não dispõe de um FHC para chutar. Dilma
colhe o que plantou sozinha: juros, inflação, contas públicas
escangalhadas e desemprego. O fiasco da gerentona converteu a legitimidade das urnas recém-abertas em falta de credibilidade.
Fonte: Blog do Josias de Souza
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domingo, 6 de setembro de 2015
Após fazer a sucessora, Lula é desfeito por ela
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sexta-feira, 26 de junho de 2015
Preocupação e desespero dominam Lula - o 'poderoso chefão' está convicto que é só questão de tempo ser preso
Lula se reunirá com bancadas do PT na Câmara e Senado
Ex-presidente tem demonstrado preocupação com o que chama de 'desarticulação' do PT e 'paralisia' do governo diante da Lava Jato
Depois de fazer duras críticas ao PT e ao governo Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentará pôr um freio de arrumação na crise política. Na semana que vem, Lula vai se reunir com as bancadas do PT no Senado e na Câmara, em Brasília. A reunião está prevista para a próxima segunda-feira, mas a data pode ser alterada. Nesse dia, a presidente Dilma Rousseff estará em Nova York e, à noite, em Washington, onde se encontrará com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.Lula está preocupado com o que chama de “desarticulação” do PT e “paralisia” do governo diante da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Quer unificar o discurso e acertar o passo petista no Congresso. Não esconde, por exemplo, a contrariedade com os rumos da CPI da Petrobras, que convocou para depor o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.
Para Lula, o PT precisa sair da defensiva em relação à Lava Jato e melhorar a relação com o PMDB, que vem impondo derrotas ao governo no Congresso. Nesta quarta-feira, por exemplo, a Câmara aprovou emenda que vinculou a política de valorização do salário mínimo aos reajustes das aposentadorias graças à traição de partidos da base aliada, como o PMDB. Houve, também defecções na própria bancada do PT.
Nos últimos dias, Lula fez gestos que irritaram Dilma e causaram mal estar no PT. Diante da queda de popularidade e dos baixos índices de aprovação do governo, o ex-presidente disse que tanto ele quanto Dilma estavam “no volume morto” e o PT, “abaixo do volume morto”. Afirmou, ainda, que a gestão de sua afilhada era um “governo de mudos” e que o PT está "velho" e “só pensa em cargos”.
“Temos que definir se queremos salvar a nossa pele e os nossos cargos ou se queremos salvar o nosso projeto”, afirmou Lula, nesta segunda-feira. Embora Dilma tenha dito que o ex-presidente tem “todo o direito de fazer críticas”, o movimento dele contrariou o Palácio do Planalto. Nos bastidores, ministros do PT observaram que Lula toma a dianteira para se afastar dos escândalos de corrupção que abalam o partido e aponta falhas do governo na tentativa de se preservar politicamente. Apesar da crise, Lula ainda é, hoje, o nome mais forte do PT para disputar a sucessão de Dilma, em 2018. A candidatura, porém, depende do êxito do governo e da recuperação da imagem do PT, desgastada com um escândalo após o outro.
No Planalto, auxiliares da presidente dizem que as críticas de Lula prejudicam o governo e abafam a "agenda positiva" das concessões de portos, aeroportos, rodovias e ferrovias, jogando luz sobre a divisão entre "criador" e "criatura".
“O PT não pode só dizer amém ao governo Dilma. É preciso mais independência e Lula está certo ao dar essa chacoalhada no partido”,afirmou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). "Eu acho que não dá para falar em volume morto. Tem muita água para rolar embaixo dessa ponte", disse o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). [percebem que o 'capitão cueca' quando expele pela boca alguma coisa é sempre uma estultice, que confirme o já percebido: ele é o líder que nada lidera.]
Fonte: Agência Estado
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