Sarna para se coçar - Sem consulta aos índios e à Funai
Talvez
por falta de problemas que lhe apertem os calos, o governo federal
resolveu criar um. Definiu que a linha de transmissão que ligará as
cidades de Manaus (AM) e Boa Vista (RR) é uma “alternativa energética
estratégia para a soberania e defesa nacional”.
Significa que a obra
poderá ser realizada “independentemente de consulta às comunidades
indígenas envolvidas ou à Funai”. Ao proceder assim, o governo se vale
de um acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no
julgamento do caso da terra indígena Raposa Serra do Sol em 2009. Ocorre que em 2013, por
unanimidade, o STF reconheceu que a decisão sobre a Raposa Serra do Sol
não tinha caráter vinculante. Ou seja: só se aplicava àquele processo.
Portanto, a decisão anunciada ontem relativa à linha de transmissão
entre Manaus e Boa Vista acabará sendo judicializada.
Roraima é o único Estado
brasileiro que não faz parte do Sistema Interligado Nacional (SIN). O
abastecimento de energia se dá por meio de linhas de transmissão que
saem da Venezuela. Com a confusão por lá, e a posição adotada a respeito
pelo governo brasileiro, Roraima corre o risco de ficar sem luz.
[este parágrafo mostra que a questão é de interesse da SOBERANIA e DEFESA NACIONAL e não pode ser postergada a pretexto da política absurda de reservar milhares de hectares para atender interesses de um número mínimo de indígenas.
Questões de SOBERANIA e DEFESA NACIONAL tem que prevalecer sobre qualquer outro interesse.
A obra em questão prejudicará, se prejudicar, minimamente os interesses dos índios.
Já sua não realização, poderá deixar Roraima sem energia elétrica, prejudicando milhões de pessoas.
ABSURDO MÁXIMO: a política que determina o tamanho das reservas de índios é tão descontrolada que segundo declaração do secretário especial de Assuntos Fundiários, foi desapropriada em Mato Grosso uma área de 500 mil
hectares, com base em estudo antropológico que indicava a
presença de “seis a dez índios” no local. = 50.000 hectares para cada índio - considerando dez índios.
A Receita Federal ganhou mais um inimigo: o Judiciário.
Revista VEJA