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quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Desaparecidos - Percival Puggina

 

         Uma das minhas irmãs chamou-me a atenção para o problema do desaparecimento de pessoas no mundo e, em especial, no Brasil. Considerei fantasiosos os dados mencionados por ela, achei que seria uma empreitada difícil buscá-los, mas as informações, quando as procurei, saltavam das páginas de busca. Cerca de 1,2 milhão de pessoas desaparece por ano no mundo, sendo mais ou menos 80 mil no Brasil! Os dados são aproximados porque estima-se uma elevada subnotificação.

Um terço dos casos correspondem a crianças e adolescentes com idades entre 0 e 17 anos, dos quais 15% a 20% não são encontrados. 
A parte mais perturbadora dessas histórias vem com a informação de que os desaparecimentos se devem a causas que incluem adoção ilegal, prostituição infantil, sequestro para venda de órgãos e, claro, tráfico de pessoas como atividade criminosa a serviço dessas demandas em outros segmentos da mais hedionda bandidagem. Não se desconsidere, também, conflitos familiares e uso de substâncias ilícitas.

Alguns avanços ocorreram na direção de uma política nacional de busca de pessoas desaparecidas, que inclui um cadastro nacional ainda não em operação. Outros, com resultados positivos, foram no sentido da orientação da sociedade sobre como agir nesses casos, incluindo a importância da imediata notificação da autoridade policial e, destas, aos órgãos nacionais. 

Em São Paulo foi criada, em 1995, a ONG Mães da Sé (12 mil mães já passaram pela organização). Seu trabalho de divulgação inclui um aplicativo de reconhecimento facial que ajuda a identificar se alguém submetido à busca pelo aplicativo pode ser uma pessoa desaparecida.

Certamente muitos leitores destas linhas já assistiram filmes cujas histórias rodam em torno de tais tragédias pessoais e familiares. Impossível, porém, penetrar no sofrimento de uma criança ou adolescente que caiu em mãos de criminosos ou de quem vê extraviar-se um ente querido sem saber porquê, para quem ou para quê.

Escrevo essas linhas porque nada do que li em sites de busca menciona uma atividade policial que vá além da procura pelos desaparecidos
Qual a razão? Em grande proporção, esses eventos que se sucedem em ritmo crescente ano após ano são atribuídos a organizações que precisam de especialíssima e urgentíssima persecução criminal.
 
É o tipo de bandido que, como ser humano e cidadão, quero ver na cadeia! 
 Imagino ações e varreduras tão amplas e minuciosas em busca dos elos dessa desalmada criminalidade quanto as aplicadas, por exemplo, a quem rezava e cantava à frente dos quartéis. 
Sim, sim, eu gostaria que desabasse sobre comerciantes de seres humanos o braço do poder de Estado implacável e pesado como esse! 
 

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país.. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

 

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Brasil [apesar do 'estatuto do desarmamento']- teve o maior número de homicídios da história em 2016

Brasil teve o maior número de homicídios da História em 2016, com sete casos por hora

Crescimento foi de 3,8% no ano passado; país tem 29,9 casos por 100 mil habitantes

O Brasil teve o maior número de homicídios da sua história em 2016. O número de mortes violentas cresceu 3,8% na comparação com 2015 e chegou a 61.619 casos sete por hora. Os dados são do 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta segunda-feira. A taxa média registrada é de 29,9 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes. Só no Sergipe, o índice chega a 64 mortes para cada 100 mil habitantes. [o número de mortos supera à soma dos mortos no mesmo período nos Estados Unidos por acidentes de trânsito, homicídios com armas de fogo e uso de opiáceos;
sem esquecer que naquele país a posse e porte de armas são livres - lá não existe um 'estatuto do desarmamento' que só funciona para desarmar as PESSOAS DE BEM.] 

Nas capitais, foram 14.557 vítimas de mortes violentas, com Aracaju (SE), Belém (PA) e Porto Alegre (RS) liderando o ranking. As mortes violentas incluem homicídios, latrocínios, lesão corporal seguida de morte, morte de policiais e letalidade policial. — Ter 61 mil pessoas assassinadas é obsceno. Como a gente ainda não priorizou essa agenda até agora? — questionou Samira Bueno, diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, responsável pelo estudo.


Praticamente todos os indicadores de violência do país, entre eles latrocínio, homicídio doloso (com intenção de matar), lesão corporal seguida de morte, vitimização da polícia e letalidade da polícia, registraram crescimento. Os latrocínios cresceram 50% no período entre 2010 e 2016, quando 2.703 pessoas foram vítimas do crime de roubo seguido de morte.


O número de armas apreendidas no Brasil diminuiu 12,6%, totalizando 112.708 mil e os gastos do governo federal caíram 10,3%.— Na prática, os gastos do Brasil com segurança se restringem à criação da Força Nacional, que é um grupo de atuação em situações de emergência. É um esvaziamento do governo federal com relação ao combate à violência — disse Samira.



RIO: ESTADO COM MAIS MORTES DE PMS



O Rio é o estado onde mais morreram policiais e o segundo do país onde a PM mais mata. Em 2016, morreram 437 policiais civis e militares, um disparo de 17,5% do índice, que considera agentes em ação ou fora de serviço. O estado onde a polícia mais mata é o Amapá. De acordo com o levantamento, 4.224 pessoas foram mortas em decorrência de intervenções policiais civis e militares, um crescimento de 25,8% em relação a 2015, sendo que 81,8% das vítimas tinham entre 12 e 29 anos e 76,2% eram negros.



Foi também o Rio que teve a menor quantidade de assassinatos de mulheres registrados como feminicídio. Apenas 3,7% dos casos de mulheres mortas em 2016 foram enquadradas nesse tipo de crime. Outro dado alarmante é o de desaparecidos: De 2007 a 2016, 693 mil boletins de ocorrência do tipo foram registrados em todo o Brasil, o que equivale a oito desaparecidos por hora.


O estudo mostra ainda que 40% das escolas não possuem esquema de policiamento para evitar violência em seu entorno, segundo avaliadores da Prova Brasil e 70% dos professores e diretores presenciaram agressão física ou verbal. Foram mais de 60 mil mortes violentas, um crescimento de 3,8% no ano passado, com 29,9 casos por 100 mil habitantes 

Fonte: O Globo