Seleção brasileira masculina subiu ao pódio sem o agasalho da Peak, empresa patrocinadora do Comitê Olímpico do Brasil. Ao usarem as da Nike, atletas descumpriram obrigação olímpica
A polêmica envolvendo o racha entre a CBF e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e o fato de os atletas do futebol masculino terem descumprido a obrigação contratual no pódio, ganhou mais um capítulo. Desta vez, o nadador Bruno Fratus não poupou palavras e criticou abertamente a postura dos companheiros de delegação. Nas redes sociais, ele os chamou de "desconexos e alienados".
"A mensagem foi clara: não fazem parte do time e não fazem questão. Também estão completamente desconexos e alienados as consequências que isso pode gerar a inúmeros atletas que não são milionários como eles", escreveu o atleta da natação.
A polêmica acontece porque os jogadores da seleção brasileira de futebol foram ao pódio com o agasalho amarrado na cintura, depois da vitória contra a Espanha na final dos Jogos de Tóquio. Isso pode indicar uma queda de braço entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Comitê Olímpico do Brasil (COB).
[Em qualquer atividade séria valem as regras de quem patrocina e de quem organiza. Por óbvio, nas Olimpíadas as normas que devem ser
seguidas são as do COB e do COI. Alguns atletas que participaram da Seleção Olímpica Brasileira de Futebol, infelizmente poucos, ainda são movidos pelo amor ao esporte e
pelos ideais olímpicos. Infelizmente, a maioria já está contaminada pelos ideais mercenários que caracterizam a CBF, especialmente os que integram o timinho do Tite. Aliás, até um penetra foi 'enfiado' na Seleção Olímpica de Futebol. De qualquer forma é justo que a Peak cobre a multa contratual a que tem direito e o COB puna com rigor TODOS os integrantes da Seleção olímpica. E que o COI também puna o COB caso entenda necessário. Que sirva de lição que os IDEAIS OLÍMPICOS devem estar sempre em posição superior a dos ideais mercenários que dominam a maior parte dos jogadores brasileiros.]
A seleção masculina descumpriu uma determinação do Comitê de vestir o agasalho oficial da delegação fornecido pela empresa chinesa Peak Sports. Essa é uma obrigação contratual que vale para as equipes de todas as modalidades olímpicas.
Até os Jogos do Rio de 2016 o contrato do COB era com a Nike. A marca americana rompeu o contrato para esta edição da Olimpíada. O COB então fechou contrato com a Peak, que cedeu as peças para toda a delegação em troca de exposição em momentos como a da premiação.
A CBF, no entanto, parece ter feito questão de exibir o uniforme da Nike, contrariando o COB e o Comitê Olímpico Internacional. Por isso a cena que você aqui. A decisão dos jogadores pode gerar uma cobrança de multa por parte da Peak.
Confira a íntegra da nota do COB:
"O Comitê Olímpico do Brasil repudia a atitude da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e dos jogadores da seleção de futebol durante a cerimônia de premiação do torneio masculino.
No momento, as energias do Comitê estão totalmente voltadas para a manutenção dos trabalhos que resultaram na melhor participação brasileira na História das Olimpíadas.
Por este motivo, apenas após o encerramento dos Jogos o COB tornará públicas as medidas que serão tomadas para preservar os direitos do Movimento Olímpico, dos demais atletas e dos nossos patrocinadores".
Esportes - O Globo