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domingo, 8 de agosto de 2021

Olimpíadas: Bruno Fratus critica CBF e atletas do futebol masculino por descumprirem obrigação contratual: 'Alienados'

Seleção brasileira masculina subiu ao pódio sem o agasalho da Peak, empresa patrocinadora do Comitê Olímpico do Brasil. Ao usarem as da Nike, atletas descumpriram obrigação olímpica 

A polêmica envolvendo o racha entre a CBF e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e o fato de os atletas do futebol masculino terem descumprido a obrigação contratual no pódio, ganhou mais um capítulo. Desta vez, o nadador Bruno Fratus não poupou palavras e criticou abertamente a postura dos companheiros de delegação. Nas redes sociais, ele os chamou de "desconexos e alienados".

"A mensagem foi clara: não fazem parte do time e não fazem questão. Também estão completamente desconexos e alienados as consequências que isso pode gerar a inúmeros atletas que não são milionários como eles", escreveu o atleta da natação.

A polêmica acontece porque os jogadores da seleção brasileira de futebol foram ao pódio com o agasalho amarrado na cintura, depois da vitória contra a Espanha na final dos Jogos de Tóquio. Isso pode indicar uma queda de braço entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Comitê Olímpico do Brasil (COB).

[Em qualquer atividade séria valem as regras de quem patrocina e  de quem organiza. Por óbvio, nas Olimpíadas as normas que devem ser 
seguidas são as do COB e do COI. Alguns atletas que participaram da Seleção Olímpica Brasileira de Futebol, infelizmente poucos, ainda são movidos pelo amor ao esporte e 
pelos ideais olímpicos.
                                                              Infelizmente, a maioria já está contaminada pelos ideais mercenários que caracterizam a CBF, especialmente os que integram o timinho do Tite. Aliás, até um penetra foi 'enfiado' na Seleção Olímpica de Futebol.                                        De qualquer forma é justo que a Peak cobre a multa contratual a que tem direito e o COB puna com rigor TODOS os integrantes da Seleção olímpica. E que o COI também puna o COB caso entenda necessário.                                                                             Que sirva de lição que os IDEAIS OLÍMPICOS devem estar sempre em posição superior a dos ideais mercenários que dominam a maior parte dos jogadores brasileiros.]

A seleção masculina descumpriu uma determinação do Comitê de vestir o agasalho oficial da delegação fornecido pela empresa chinesa Peak Sports. Essa é uma obrigação contratual que vale para as equipes de todas as modalidades olímpicas.

Até os Jogos do Rio de 2016 o contrato do COB era com a Nike. A marca americana rompeu o contrato para esta edição da Olimpíada. O COB então fechou contrato com a Peak, que cedeu as peças para toda a delegação em troca de exposição em momentos como a da premiação.

A CBF, no entanto, parece ter feito questão de exibir o uniforme da Nike, contrariando o COB e o Comitê Olímpico Internacional. Por isso a cena que você aqui. A decisão dos jogadores pode gerar uma cobrança de multa por parte da Peak.

Confira a íntegra da nota do COB:

"O Comitê Olímpico do Brasil repudia a atitude da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e dos jogadores da seleção de futebol durante a cerimônia de premiação do torneio masculino.

No momento, as energias do Comitê estão totalmente voltadas para a manutenção dos trabalhos que resultaram na melhor participação brasileira na História das Olimpíadas.

Por este motivo, apenas após o encerramento dos Jogos o COB tornará públicas as medidas que serão tomadas para preservar os direitos do Movimento Olímpico, dos demais atletas e dos nossos patrocinadores".

Esportes - O Globo


domingo, 26 de julho de 2020

Mandetta 2022: lá vem o pico - Guilherme Fiuza

Henrique Mandetta (se não lembrar quem é vai no Google) 

Gazeta do Povo - Vozes

Henrique Mandetta (se não lembrar quem é vai no Google) surpreendeu zero pessoas ao dizer que pode ser candidato a presidente. Ou talvez uma meia-dúzia ainda estivesse achando que aquele personagem de coletinho e topete falando pelos cotovelos na televisão quase 24 horas por dia era ministro da Saúde. Para quem não se lembra (estamos aqui pra isso), a verborragia salvacionista do suposto ministro chegou a considerações sociológicas sobre a condição humana dos traficantes de drogas. Droga pesada é um homem usar pandemia como palanque.

Aí está. Pelo menos agora os verdadeiros propósitos saíram do armário. Mas esse armário sempre foi transparente para quem não se recusou a olhar para ele. Quem olhou, viu de tudo. Viu previsões levianas sobre projeção da epidemia, um pico móvel que estava sempre um pouco adiante – e ainda hoje está lá na linha do horizonte, em algum ponto nebuloso entre setembro e dezembro, enquanto 2022 não vem. No registro civil o ponto mais alto de óbitos por coronavírus no Brasil está em maio, mas o pico do Mandetta é uma instituição comprometida com o futuro.

Ia faltar respirador (hoje sobram superfaturados), ia faltar leito se a população não se enfiasse toda em casa – e de casa começou a vir o maior número de infectados para os hospitais, como demonstraram os dados de Nova York e da própria Organização Mundial da Saúde. Gente que praticou quarentena severa pegou o vírus, porque ele não ouviu o discurso do Mandetta e já estava por toda parte quando o confinamento começou. O famoso achatamento da curva pelo lockdown místico não achatou nem o topete do homem do coletinho – que continuou botando a culpa da sua demagogia eleitoreira na ciência.

Num show de coerência, depois de passar mais de um mês pregando diariamente que todas as pessoas se isolassem totalmente umas das outras, Mandetta se despediu do cargo de ministro da Saúde jogando às favas seu isolacionismo e saiu abraçando seus auxiliares sem máscara em ambiente aglomerado. Viu como ele estava preocupado com vidas? A cena está por aí para quem quiser revisitar o monumento à hipocrisia – e com certeza será a peça central da campanha Mandetta 22, com narração do próprio candidato sobre as imagens eloquentes: “Olá, esse aí sou eu, Henrique Mandetta, brincando de ministro da Saúde para tripudiar do pânico geral no meio de uma pandemia”. Tá eleito.

Ao tirar sua politicagem do armário, Mandetta disse que pode compor uma chapa com Sergio Moro. Será, de fato, uma chapa perfeita. Depois de fazer história liderando a operação Lava Jato, Moro resolveu ser Mandetta na vida. Em plena pandemia, com os cidadãos apanhando na rua a mando dos tiranetes de lockdown, o então ministro da Justiça resolveu se dedicar à internet com mensagens de autoajuda sobre prudência.

Soa enigmático? Mas não tem enigma nenhum aí. Sergio Moro estava fazendo política contra Bolsonaro (o chefe do governo a que ele servia), com a mesmíssima sutileza de elefante adotada por Mandetta para se apresentar como “oposição” à postura do presidente a favor da circulação controlada da população. Não se sabe se Bolsonaro estava certo ao propor o isolamento apenas dos vulneráveis e grupos de risco, com distanciamento e proteção dos demais. O que se sabe, com toda certeza, é que Moro e Mandetta estavam fazendo política no meio da tragédia.

Abandonaram o barco e estão aí até hoje soltando conselhos de prudência e “se cuida” a 1,99. Os motivos alegados por ambos para se opor e romper com o governo continuam boiando no ar à espera de comprovação. Mas quem confunde circo com ciência não precisa comprovar nada.

Guilherme Fiuza, jornalista - Gazeta do Povo - Vozes



quarta-feira, 13 de junho de 2018

Ministros reagem a retirada de recursos para Segurança

Os ministros da Cultura, Sérgio Sá Leitão, e do Esporte, Leandro Cruz, reagiram nesta terça-feira, 12, ao anúncio do governo federal de que o caixa do Ministério Extraordinário da Segurança Pública será reforçado com R$ 800 milhões advindos dos concursos de loteria. Hoje, parte da receita é destinada aos dois ministérios. “O porcentual, que era de 3%, poderá cair a partir de 2019 para 1% e 0,5%, dependendo do caso. Trata-se de uma decisão equivocada, que não tem o apoio do Ministério da Cultura”, escreveu Leitão. [ministérios desnecessários, inúteis e que poderiam ser extintos,  no caso da Cultura,pela fusão com o Ministério da Educação, voltando ao MEC e transformando o de esportes em uma secretaria do MEC.
É por aceitar que ministros façam críticas públicas a suas decisões que o presidente Temer tem que pedir permissão até para promulgar uma tabela de fretes.] caminhoneiros.] Mais tarde, foi a vez de Cruz: “É muito claro para todos nós que essa (Segurança Pública) é uma área que merece receber investimentos urgentes e prioritários do poder público. Mas nunca em detrimento do esporte, sabidamente um forte aliado no combate à violência”.

Entidades ligadas aos esportes se mobilizaram nesta terça e informaram que se articularão para tentar barrar a aprovação da medida provisória, que foi assinada na segunda-feira, 11, pelo presidente Michel Temer e precisa passar pelo Congresso Nacional.
A diretora executiva da Atletas pelo Brasil, Louise Bezerra, estima que, com a MP, cerca de R$ 300 milhões deixarão de entrar no orçamento do Ministério do Esporte e outros R$ 200 milhões não serão mais repassados para as Secretarias Estaduais de Esporte, que, por sua vez, faz as transferências para as prefeituras. “São esses recursos que garantem o acesso ao esporte no País e às políticas públicas”, diz.

Além disso, o Comitê Olímpico do Brasil deve perder R$ 11 milhões e o Comitê Paralímpico Brasileiro, R$ 6,3 milhões. Já o Comitê Brasileiro de Clubes, que atua na formação de atletas, perderá todo o orçamento: R$ 60 milhões. O Palácio do Planalto não se manifestou. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.