Quando
o rei está nu, e só tem em volta de si gente que prefere cair morto a
dizer que ele está nu, é inevitável que vá se transformando numa figura
cada vez mais ridícula.
É o caso do presidente da República nos dias de
hoje.
Uma basbaquice se soma à outra, e mais outra, e mais outra – até
que um dia o casal presidencial publica, sem ter a menor noção do que
está fazendo,
um edital para a compra de 31 colchas destinadas ao seu quarto de dormir. Whatsapp: entre no grupo e receba as colunas de J.R.Guzzo
É dinheiro deles? Não:
os 90 mil reais que Lula e Janja
vão gastar com o novo enxoval saem direto dos impostos que você paga a
cada vez que fala no seu celular, vai a um posto de gasolina ou acende a
luz de casa.
Além das colchas, vão comprar lençóis de algodão egípcio
(“de 300 fios”), vinte roupões de banho (“canelados na parte externa e
atoalhados na parte interna”), fronhas (também egípcias, ao que se
supõe), e tapetes “felpudos, macios e confortáveis”. [lembrete: diz a tradição que no inferno os tapetes são carvão em brasa. Também, quando se analisa as babaquices do casal Da Silva vem sempre à memória o nome Imelda Marcos.] Chegam, até mesmo, a
dar o nome de duas lojas onde podem ser comprados os artigos de sua
preferência.
O Brasil tem
imensos problemas, mas não se vê como vai resolver qualquer um deles se
o presidente da República está interessado em colchas, tapetes felpudos
e algodão egípcio.
Em matéria de rei nu, não é fácil ficar muito mais nu do que isso – mas aí é que está,
Lula
deixou há muito tempo de perceber o papel de palhaço que faz com essas
coisas.
Vai, então, dobrando a aposta.
Agora está nas colchas, nas
fronhas e nos lençóis de algodão egípcio. Ninguém
fala nada. Ao contrário, qualquer observação quanto à maciça falta de
propósito de um negócio desses
atrai acusações iradas de
“fascismo”,
“golpismo” e “inveja com o protagonismo internacional” do presidente –
cujo último feito foi se meter na eleição da Argentina e levar uma surra humilhante. Desaparece, então, qualquer contato entre o raciocínio lógico e aquilo que Lula vem fazendo.
Como
é possível alguém precisar de 31 colchas diferentes, ou iguais umas às outras?
Qual o nexo de comprar vinte roupões “canelados” numa hora dessas, quando o governo
só sabe dizer que não tem um tostão no caixa?
Quem pode ter redigido um edital
público com essa linguagem – “ótimo acabamento”, “primeira linha”, “confortáveis”?
Não é apenas conversa de novo rico embasbacado. É amador, impróprio e
simplesmente tolo.
A
esquerda em estado permanente de cólera vai dizer que é um crime de
lesa-pátria mencionar essas coisas todas, diante dos imensos problemas
do Brasil. Sem dúvida: o Brasil tem imensos problemas, mas não se vê
como vai resolver qualquer um deles se o presidente da República está
interessado em colchas, tapetes felpudos e algodão egípcio de 300 fios.
Lula denunciou a classe média por querer “mais de uma televisão”.
Diz
que “33 milhões” de pessoas estão “passando fome”. Coloca nos “ricos” a
culpa por tudo que há de errado neste país – e daí faz uma licitação
dessas. Na vida real, está andando sem roupa no meio da rua. É esse o
seu “protagonismo”.
Conteúdo editado por:Jocelaine Santos