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quarta-feira, 29 de novembro de 2023

O rei está nu: Lula culpa ricos, mas torra dinheiro do povo com lençóis de luxo - J. R. Guzzo

Vozes - Gazeta do Povo

Quando o rei está nu, e só tem em volta de si gente que prefere cair morto a dizer que ele está nu, é inevitável que vá se transformando numa figura cada vez mais ridícula. 
É o caso do presidente da República nos dias de hoje. 
Uma basbaquice se soma à outra, e mais outra, e mais outra – até que um dia o casal presidencial publica, sem ter a menor noção do que está fazendo, um edital para a compra de 31 colchas destinadas ao seu quarto de dormir.

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É dinheiro deles? Não: os 90 mil reais que Lula e Janja vão gastar com o novo enxoval saem direto dos impostos que você paga a cada vez que fala no seu celular, vai a um posto de gasolina ou acende a luz de casa. 
Além das colchas, vão comprar lençóis de algodão egípcio (“de 300 fios”), vinte roupões de banho (“canelados na parte externa e atoalhados na parte interna”), fronhas (também egípcias, ao que se supõe), e tapetes “felpudos, macios e confortáveis”. [lembrete: diz a tradição que no inferno os tapetes são carvão em brasa. Também, quando se analisa as babaquices do casal Da Silva vem sempre à memória o nome Imelda Marcos.] Chegam, até mesmo, a dar o nome de duas lojas onde podem ser comprados os artigos de sua preferência.

O Brasil tem imensos problemas, mas não se vê como vai resolver qualquer um deles se o presidente da República está interessado em colchas, tapetes felpudos e algodão egípcio.

Em matéria de rei nu, não é fácil ficar muito mais nu do que isso – mas aí é que está, Lula deixou há muito tempo de perceber o papel de palhaço que faz com essas coisas
Vai, então, dobrando a aposta. 
Agora está nas colchas, nas fronhas e nos lençóis de algodão egípcio. Ninguém fala nada. Ao contrário, qualquer observação quanto à maciça falta de propósito de um negócio desses atrai acusações iradas de “fascismo”, “golpismo” e “inveja com o protagonismo internacional” do presidente – cujo último feito foi se meter na eleição da Argentina e levar uma surra humilhante. Desaparece, então, qualquer contato entre o raciocínio lógico e aquilo que Lula vem fazendo.
 
Como é possível alguém precisar de 31 colchas diferentes, ou iguais umas às outras?  
Qual o nexo de comprar vinte roupões “canelados” numa hora dessas, quando o governo só sabe dizer que não tem um tostão no caixa? 
 Quem pode ter redigido um edital público com essa linguagem – “ótimo acabamento”, “primeira linha”, “confortáveis”
Não é apenas conversa de novo rico embasbacado. É amador, impróprio e simplesmente tolo.

A esquerda em estado permanente de cólera vai dizer que é um crime de lesa-pátria mencionar essas coisas todas, diante dos imensos problemas do Brasil. Sem dúvida: o Brasil tem imensos problemas, mas não se vê como vai resolver qualquer um deles se o presidente da República está interessado em colchas, tapetes felpudos e algodão egípcio de 300 fios. Lula denunciou a classe média por querer “mais de uma televisão”. 

Diz que “33 milhões” de pessoas estão “passando fome”. Coloca nos “ricos” a culpa por tudo que há de errado neste país – e daí faz uma licitação dessas. Na vida real, está andando sem roupa no meio da rua. É esse o seu “protagonismo”.

Conteúdo editado por:Jocelaine Santos

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

"Justiçamento" democrático - Fernão Lara Mesquita

Foi passando, foi passando, e já ficou tarde. Mas ainda acho que vale uma reflexão, especialmente neste país fissurado na gritaria ôca da "defesa da democracia".

Aiman Al-Zawahiri, o segundo homem da Al-Qaeda abaixo de Osama Bin Laden de quem foi o médico particular, era egípcio. 
Em 1981 foi preso e solto por falta de provas em conexão com o assassinato de Anwar Sadat, presidente de seu país e Nobel da Paz por ter cessado a guerra multimilenar contra os odiados judeus. 
Entre as carnificinas a que está ligado estão a primeira tentativa de derrubar o World Trade Center com um caminhão de explosivos no subsolo em 1993, o assassinato a faca de 62 turistas em Luxor em 1997, a explosão das embaixadas americanas do Quênia e da Tanzania em 1998 com 213 mortos e mais de 5.500 feridos, o atentado contra o USS Cole da marinha americana em 2000 com 17 mortos. 
Estava no desenho e na execução do 11 de setembro com 2.996 mortes. E também na do massacre de 12 dos cartunistas e redatores do Charlie Hebdo em Paris em 2015.

Ao fim de mais de 20 anos de espera e persistência os serviços secretos americanos localizaram Al-Zawahiri na Cabul desocupada, Afeganistão, onde tinha o hábito de ler por algumas horas todos os dias numa determinada varanda.

A justiça entrou pela janela (quebrada na foto).

A diferença real entre democracia e anti-democracia, civilização e barbárie, está, por exemplo, em gastar bilhões de dólares e anos de estudo para desenvolver um "míssil" que não carrega explosivos capaz de matar um celerado cirurgicamente, "a bisturi", a milhares de quilômetros de distância num país inimigo, sem ferir, nem qualquer de seus parentes e acompanhantes, nem mesmo os seus guarda-costas na casa em que se escondia, ao fim de uma caçada que começou ainda antes do 11 de setembro de 2001 para "bring to justice" o terrorista que atira Boeings lotados contra edifícios de mais de 100 andares cheios de avós, de pais, de mães, de filhos e de netos de gente que ele assassinou sem sequer saber quem eram.

E tudo para provar que o crime não compensa, que a Justiça tarda, mas não falha, e que existe, sim, uma enorme diferença entre o ódio cego e coletivo e a responsabilidade individual.

Um exemplo extremo, mas definidor e definitivo.

São "sutilezas" como esta que não interessa ao Brasil Oficial, que ocupa as telinhas a partir dos "jornais nacionais" do horário de quem dorme tarde em diante e "narra" ou distribui ele mesmo navalhadas no escuro, pegue em quem pegar, "em nome da democracia", destacar para o Brasil Real, aquele dos programas do final da tarde que se dividem entre os necrotérios sórdidos onde desfilam as mães ululantes dos assassinados pelo descaso e pela impunidade no favelão nacional onde a vida não vale nada e os pastores televisivos que vivem da desesperança absoluta de haver justiça, um dia, onde não há democracia hoje.

Publicado originalmente em O Vespeiro - O autor é jornalista

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Governo nega recurso e refúgio a egípcio suspeito de ligação com Al-Qaeda - VEJA

Mohamed Ibrahim alegava perseguição política, mas o governo Bolsonaro se recusou a dar guarida a ele por suspeitar de ligações com organizações terroristas


O Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) negou recurso do egípcio Mohamed Ahmed Elsayed Ahmed Ibrahim, que alegava ser um perseguido político para tentar obter do governo Bolsonaro o status de refugiado. Mesmo sem essa condição, ele não precisa deixar o país, já que é casado com uma brasileira. Autoridades consultadas por VEJA suspeitam que se trata de um casamento de fachada e explicam que apenas a dissolução do vínculo matrimonial por suposta fraude abriria caminho para que ele fosse deportado.

Ibrahim foi personagem central de uma cooperação confidencial do governo brasileiro por figurar como suspeito de atuar como “agente e facilitador” da organização terrorista Al-Qaeda. Seu nome chegou a ser lançado no rol de procurados da Interpol e os supostos vínculos que mantinha com a Al-Qaeda motivaram a edição da controversa portaria 666, editada no final de julho – e depois revogada – que previa a “deportação sumária de pessoa perigosa”.

Em maio, Ibrahim se disse vítima de perseguição no Egito e pediu refúgio. O governo brasileiro considerou verossímil a história contada pelo egípcio e o aprovou em um dos critérios para a concessão de refúgio: o de indicadores internos de credibilidade. Mas logo encontrou inconsistências na documentação apresentada pelo egípcio e desconfiou. No Registro Nacional de Estrangeiros, por exemplo, a data de entrada dele no Brasil é de fevereiro de 2017, mas o próprio Ibrahim, em depoimento ao Ministério da Justiça, relatou que entrou no país em março do ano seguinte após ter conseguido um visto de entrada em Istambul. Às autoridades, ele não soube explicar a diferença de datas.

Um informe confidencial da Polícia Federal terminou por sepultar qualquer chance de Ibrahim ser acolhido como refugiado político: bem antes de qualquer alerta público do FBI, a Polícia Federal disse ao Ministério da Justiça, comandando pelo ministro Sergio Moro, que o egípcio estava sendo investigado pela Divisão Antiterrorismo por vinculação a organizações extremistas. A PF estava sendo alimentada por informações confidenciais de órgãos de inteligência estrangeiros.

As informações da Polícia Federal foram cruciais para o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) se negasse a dar guarida ao egípcio. Na primeira tentativa de refúgio, o Conare disse que “não é possível falar em injusta perseguição quando o requerente é ligado a organização terrorista”. No recurso contra a negativa de refúgio, também rejeitado agora, o Ministério da Justiça disse que “havendo fundada suspeita de ligação do interessado com organização envolvida em atos terroristas, como amplamente divulgado após a colocação do nome dele em lista de procurados para informação pelo FBI norte-americano, não cabe a concessão de refúgio, uma vez que tal ato implicaria risco à segurança pública”. Mohamed Ahmed Elsayed Ahmed Ibrahim nega ter vinculações com organizações extremistas.

VEJA - Laryssa Borges, jornalista
 

domingo, 3 de janeiro de 2016

ONU expressa dúvida sobre processos de pena de morte na Arábia Saudita

O alto comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein, destacou que o clérigo Nimr al-Nimr não estava acusado de nenhum crime grave

O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein, pôs em dúvida neste domingo o respeito às garantias processuais na Arábia Saudita e lamentou, em comunicado, a execução de 47 pessoas nesse país, especialmente a do clérigo xiita opositor Nimr al-Nimr. Zeid destacou que o clérigo xiita não estava acusado de nenhum crime grave, requisito prévio estabelecido pela legislação internacional de Direitos Humanos.  "Sob a legislação internacional de Direitos Humanos, a pena de morte pode ser imposta, nos países onde existe este castigo, apenas se for cumprida uma série de requerimentos de procedimento e se tiver havido um julgamento justo", declarou o alto comissário da ONU. 


O clérigo xiita Nimr al-Nimr, executado na Arábia Saudita(Saudi Press Agency/Reuters)

Além disso, Zeid lembrou que a pena capital só pode ser imposta em casos em que o condenado tenha cometido crimes muito graves, como o assassinato, e pôs em dúvida o respeito das garantias processuais dos condenados. "As penas não podem ser baseadas em confissões obtidas mediante torturas e maus tratos. A aplicação da pena de morte nestas circunstâncias é inconcebível, dado que a pena de morte não pode ser revertida e que qualquer sistema judiciário pode cometer erros", acrescentou.

Os 47 executados ontem - 45 sauditas, um egípcio e um chadiano - foram acusados de terrorismo e entre eles havia sunitas radicais e alguns destacados membros da rede terrorista Al Qaeda, mas também quatro ativistas xiitas. A pena capital contra Nimr foi confirmada em outubro do ano passado pela Corte Suprema da Arábia Saudita, que lhe culpou de desobedecer às autoridades e instigar a violência sectária, após ter sido detido em 2012 por apoiar os protestos contra o governo em Al Qatif, no leste do país e de maioria xiita.

Zeid ressaltou que ele mesmo já havia protestado perante o governo saudita quando essa condenação foi anunciada. Além disso, Zeid se mostrou extremamente preocupado pelo alto número de execuções na Arábia Saudita no último ano, com pelo menos 157 documentadas em 2015, comparado com as 90 de 2014, o número mais elevado desde 1995. As execuções de ontem aconteceram de forma simultânea em doze regiões do país por meio de decapitações por sabre e fuzilamentos. Zeid solicitou ao governo saudita uma moratória de todas as execuções e instou a que trabalhe com a ONU e outros organismos internacionais em modos alternativos de luta contra o terrorismo.


Fonte: Agência Reuters - EFE