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quarta-feira, 29 de novembro de 2023

O rei está nu: Lula culpa ricos, mas torra dinheiro do povo com lençóis de luxo - J. R. Guzzo

Vozes - Gazeta do Povo

Quando o rei está nu, e só tem em volta de si gente que prefere cair morto a dizer que ele está nu, é inevitável que vá se transformando numa figura cada vez mais ridícula. 
É o caso do presidente da República nos dias de hoje. 
Uma basbaquice se soma à outra, e mais outra, e mais outra – até que um dia o casal presidencial publica, sem ter a menor noção do que está fazendo, um edital para a compra de 31 colchas destinadas ao seu quarto de dormir.

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É dinheiro deles? Não: os 90 mil reais que Lula e Janja vão gastar com o novo enxoval saem direto dos impostos que você paga a cada vez que fala no seu celular, vai a um posto de gasolina ou acende a luz de casa. 
Além das colchas, vão comprar lençóis de algodão egípcio (“de 300 fios”), vinte roupões de banho (“canelados na parte externa e atoalhados na parte interna”), fronhas (também egípcias, ao que se supõe), e tapetes “felpudos, macios e confortáveis”. [lembrete: diz a tradição que no inferno os tapetes são carvão em brasa. Também, quando se analisa as babaquices do casal Da Silva vem sempre à memória o nome Imelda Marcos.] Chegam, até mesmo, a dar o nome de duas lojas onde podem ser comprados os artigos de sua preferência.

O Brasil tem imensos problemas, mas não se vê como vai resolver qualquer um deles se o presidente da República está interessado em colchas, tapetes felpudos e algodão egípcio.

Em matéria de rei nu, não é fácil ficar muito mais nu do que isso – mas aí é que está, Lula deixou há muito tempo de perceber o papel de palhaço que faz com essas coisas
Vai, então, dobrando a aposta. 
Agora está nas colchas, nas fronhas e nos lençóis de algodão egípcio. Ninguém fala nada. Ao contrário, qualquer observação quanto à maciça falta de propósito de um negócio desses atrai acusações iradas de “fascismo”, “golpismo” e “inveja com o protagonismo internacional” do presidente – cujo último feito foi se meter na eleição da Argentina e levar uma surra humilhante. Desaparece, então, qualquer contato entre o raciocínio lógico e aquilo que Lula vem fazendo.
 
Como é possível alguém precisar de 31 colchas diferentes, ou iguais umas às outras?  
Qual o nexo de comprar vinte roupões “canelados” numa hora dessas, quando o governo só sabe dizer que não tem um tostão no caixa? 
 Quem pode ter redigido um edital público com essa linguagem – “ótimo acabamento”, “primeira linha”, “confortáveis”
Não é apenas conversa de novo rico embasbacado. É amador, impróprio e simplesmente tolo.

A esquerda em estado permanente de cólera vai dizer que é um crime de lesa-pátria mencionar essas coisas todas, diante dos imensos problemas do Brasil. Sem dúvida: o Brasil tem imensos problemas, mas não se vê como vai resolver qualquer um deles se o presidente da República está interessado em colchas, tapetes felpudos e algodão egípcio de 300 fios. Lula denunciou a classe média por querer “mais de uma televisão”. 

Diz que “33 milhões” de pessoas estão “passando fome”. Coloca nos “ricos” a culpa por tudo que há de errado neste país – e daí faz uma licitação dessas. Na vida real, está andando sem roupa no meio da rua. É esse o seu “protagonismo”.

Conteúdo editado por:Jocelaine Santos

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Nenhum luxo é suficiente para Lula e Janja, que sempre querem mais - Alexandre Garcia

VOZES - Gazeta do Povo

Aerolula

O juiz Alexandre de Moraes, do STF, mandou soltar quatro presos no caso do cartão de vacina. Um sargento, um major, um ex-integrante do Exército e um ex-secretário da prefeitura de Duque de Caxias.  
Eles estariam imprimindo cartões de vacina, multiplicados aos milhões, e por isso foram presos? Não. Eles estavam oferecendo cartões de vacina em branco para as pessoas preencherem, as que não queriam tomar a Pfizer? Não
É porque são suspeitos de estarem entre as pessoas que forjaram cartão de vacina para Bolsonaro, Michelle, o ajudante de ordens, a mulher dele e a filha poderem ir aos Estados Unidos. 
Eles não poderiam ir sem cartão de vacina, mas também não queriam se submeter aos riscos da vacina. 
Acho que é no Código Civil que está escrito que ninguém é obrigado a se submeter a tratamento algum que possa oferecer risco.  
Os quatro foram presos em maio, e só agora, em setembro, que foram soltos. Se tivessem cometido algum crime... quem fica preso todo esse tempo é assaltante.

STF não quer nem que o Brasil ouça os advogados dos réus do 8 de janeiro
É quase inacreditável o que Moraes pediu e Rosa Weber determinou:
o julgamento de 232 réus do 8 de janeiro será feito de modo virtual
Os ministros não vão precisar justificar o voto, e nem haverá defesa oral.  
Isso evita que o Brasil veja o ex-desembargador Sebastião Coelho dizendo que os ministros são odiados, evita que a advogada diga que estão confundindo juiz com promotor, que o juiz age como se fosse acusação. Não ficaremos sabendo do teor da defesa, pelo jeito. 
Nem Kafka imaginaria isso, mas está acontecendo na nossa cara, a despeito do que diz a Constituição, no inciso XXXVII do artigo 5.º, que trata das garantias e direitos fundamentais: “não haverá juízo ou tribunal de exceção”.

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A prioridade de Lula: um avião novo
Na 7.ª Vara Federal de Brasília, um juiz, atendendo a pedido
– porque, normalmente, em tempos de devido processo legal, juiz não tem iniciativa de nada – de parlamentares, deu cinco dias para o governo federal explicar por que quer comprar um novo avião para o presidente da República e a primeira-dama viajarem. 
O que está no noticiário é que a primeira-dama não está satisfeita com o Aerolula, que tem esse nome porque foi comprado por Lula em 2004, e entrou em operação em 2005.  
É um avião novo, portanto, um Airbus 319, que está adaptado para o uso da Presidência da República. 
Não é o A319 que vocês conhecem nas linhas aéreas. 
Tem uma área separada para o presidente, espaço para ele fazer as refeições, uma suíte com banheiro, espelho, chuveiro, ducha... aquela maravilha. 
O presidente tem um gabinete pessoal para ele. 
E ainda há 100 assentos para assessores e demais convidados viajarem e conseguirem dormir. 
Mesmo assim parece que não estão satisfeitos. Só que um avião novo custa R$ 400 milhões.
 
Isso que o presidente e a primeira-dama já ficam sempre em hotéis de luxo, não? Eu estava vendo o Lotte New York Palace, na Madison Avenue, onde estão os grandes jornais dos Estados Unidos, com vista para a Catedral de Saint Patrick e pertinho do Rockefeller Center.  
Uma comitiva grande está lá. Diz a Al Jazeera porque não vemos isso na televisão brasileira que são três ônibus, conduzindo todos os convidados. Nesta quarta-feira o presidente se encontra com Zelensky, que na terça-feira assistiu ao discurso de Lula, mas não aplaudiu. [convenhamos, apesar das nossas discordâncias com o Zelensky temos que concordar ele não merece o castigo de ter que ouvir um discurso do estadista de araque que preside o Brasil.] 
 
Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
 
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 
 
 
 

sábado, 20 de agosto de 2022

Como o capitalismo populariza o que era luxo no passado - Luan Sperandio

Com um pequeno barco que comprou aos 16 anos com dinheiro da mãe, Cornelius Vanderbilt (1794 – 1877) começou navegando pelas águas do porto de Nova York e acabou formando um vasto império no crescente ramo de transportes. Aos 20 já era rico e, quando morreu, tinha acumulado uma fortuna de 105 milhões de dólares (ou, em valores corrigidos, quase 200 bilhões de dólares, mais do que o dobro do patrimônio de Bill Gates). Em contrapartida, o fundador da Microsoft usufrui amplamente os benefícios do capitalismo.

Afinal, Cornelius não chegou a experimentar a maior parte dos confortos modernos trazidos pela industrialização. Água corrente, vasos sanitários com descarga e ar-condicionado. Geladeira, microondas, remédios e anestesia. Isso sem falar nos telefones celulares, acesso à Internet e televisão por satélite. Apesar de o magnata da logística ter sido o homem mais rico de seu tempo, provavelmente trocaria toda a sua fortuna pela vida confortável de alguém de classe média hoje.

Tanto a história quanto os dados disponíveis mostram que, longe de produzir miséria, o capitalismo é uma magnífica máquina de geração de riqueza.   
Em primeiro lugar, porque a condição natural do homem é a pobreza, desde os primórdios da humanidade. Parece evidente dizer que, a princípio, há dezenas de milênios, não existia nada na Terra para o ser humano além de animais, plantas e demais recursos naturais.

Essa realidade foi transformada gradativamente, especialmente em virtude da acumulação de capitais, da expansão dos mercados e do empreendedorismo. A Revolução Industrial, que consolidou o processo de surgimento do modo de produção capitalista, foi uma combinação desses fatores.

Em suma, sob diversos aspectos, o mundo se desenvolveu mais, e de forma mais rápida, após o século XVIII: o crescimento da população mundial, a redução da pobreza, a melhora dos índices de desigualdade, a alfabetização, a queda da mortalidade infantil, o aumento da expectativa de vida, entre outros. Os parâmetros de avaliação são muitos. O resultado, contudo, é incontroverso: o mundo mudou para melhor.

Mais mercado, mais prosperidade
Pela primeira vez na história, segundo dados do Financial Times, há mais pessoas na classe média do que na pobreza. O mundo não está apenas mais rico; as pessoas estão migrando cada vez mais rápido para a classe média — que, por sua vez, também está enriquecendo. Tudo isso melhorou os índices de bem estar para patamares jamais alcançados na história.

Nesse sentido, os números podem nos deixar otimistas. De acordo com estimativas do Our World in Data, a taxa de pobreza extrema, que era de 94% em 1820, caiu para menos de 10% em 2015. Isso é ainda mais impressionante se considerarmos que a população mundial cresceu mais de sete vezes nesse período.

(...)

Como luxos de magnatas são popularizados
Bens luxuosos, antes restritos a nobres, donos de petrolíferas e grandes banqueiros, passaram a fazer parte da vida dos mais pobres. Com o aumento de produtividade proporcionado pelo capitalismo, bens e serviços antes restritos à elites ficaram mais acessíveis, tornando possível seu consumo pelas massas.

No Brasil colonial, por exemplo, até mesmo produtos que hoje encontramos em qualquer padaria da esquina, como queijos e azeites, eram restritos aos senhores de engenho, entre outras pessoas ricas, em virtude das dificuldades de importação. Além disso, naquela época, os ricos nem sonhavam com a conserva de alimentos em um refrigerador.

Em 1937, uma geladeira Frigidaire custava 15 milhões de réis, o equivalente a 62 salários mínimos na época. Hoje, mais de 98% dos brasileiros têm geladeira. As mais simples custam menos ou o mesmo valor do que um salário mínimo, segundo o IBGE.

(...)

Outros benefícios do capitalismo

Até 1750, 60% das pessoas trabalhavam produzindo alimentos, isto é, eram necessárias 60 pessoas produzindo para alimentar 100 habitantes. Sem tratores, controle de pragas ou adubos artificiais, trabalhavam muito para colher pouco. De lá para cá, o desenvolvimento da tecnologia e a mecanização da agricultura liberaram bilhões de pessoas do trabalho pesado no campo. Hoje, na Europa, só 3% das pessoas trabalham no setor. No Brasil, um dos maiores exportadores de alimentos do mundo, esse número é de 10%.

Estima-se que, em 1994, há pouco mais de 25 anos, um rodízio de carnes custava aproximadamente R$13, cerca de 20% de um salário mínimo. Hoje o mesmo salário mínimo paga rodízio para até seis pessoas em uma churrascaria tradicional.

Além disso, para comprar um carro popular em 1994, eram necessários, em média, 113 salários mínimos. Atualmente, é possível adquirir modelos novos de automóveis por cerca de 43 salários mínimos. E a gasolina? Em 1994, o salário mínimo comprava 117 litros de gasolina; hoje, compra 257 litros.

(...)

Considerações finais

Até mesmo o sal, hoje em dia tão acessível ao cidadão comum, já foi considerado uma espécie de “direito fundamental” em sociedades antigas. Inclusive, a extração foi monopolizada em diversos lugares, sendo o produto provido pelo Estado. 
Os romanos, embora não tivessem estabelecido um monopólio, subsidiavam o produto com o lema “Sal para todos”. Por fim, o que já motivou guerras, ergueu impérios e era uma obsessão até o final do século XIX, hoje custa menos de R$2/kg.

Como bem define a frase “o capitalismo transforma luxos em necessidades”, atribuída ao empresário americano Andrew Carnegie, eis a maior virtude desse sistema: criar confortos e torná-los parte do cotidiano.

Não é à toa que esse processo de desenvolvimento, que sempre aconteceu de forma lenta ao longo da humanidade, experimentou uma aceleração exponencial nos últimos 200 anos. De fato, os padrões de vida hoje são significativamente melhores do que os de um século atrás. Consequentemente, mais pessoas escapam da morte na infância e vivem o bastante para usufruir dessa prosperidade.

Agora, ao sacar o smartphone do bolso e assistir a um simples vídeo, você está desfrutando de algo com o que mesmo alguém poderoso e rico como Cornelius Vanderbilt provavelmente nunca foi capaz de sonhar.

O autor é Editor-chefe da casa de investimentos Apex Partners, analista político e colunista da Folha Vitória. Integra diversas organizações ligadas ao desenvolvimento de instituições com melhor ambiente de negócios, como o Ideias Radicais, o Instituto Mercado Popular e o Instituto Liberal, onde escreve desde 2014. É associado do Instituto Líderes do Amanhã.

Publicado originalmente em Instituto Liberal -  MATÉRIA COMPLETA


sábado, 20 de novembro de 2021

DOM PEDRO II E “DOM” TOFFOLI I - Sérgio Alves de Oliveira

O mês de novembro de 2021 certamente passará para a história política e constitucional do Brasil como um dos mais surpreendentes.

Fazendo jus ao que certo dia disse Rui Barbosa, no sentido de que “a pior ditadura é a do Poder Judiciário.Contra ele não há a quem recorrer”,  conjugado com a recente declaração impactante do ministro do STF, Dias Toffoli, durante o “IX Forum Jurídico de Lisboa”, patrocinado pelo “Instituto Brasileiro de Ensino,Desenvolvimento e Pesquisa”, realizado em Lisboa de 15 a 17 de novembro, comandado pelo Ministro Gilmar Mendes, também do STF, no sentido de que “nós já temos um semipresidencialismo com um controle de ‘poder moderador’,que hoje é exercido pelo STF”, há que se fazer em cima dessa absurda declaração (in)constitucional algumas considerações. 

["Constituição Federal

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário."]

Ora, na mera suposição de que a força de uma decisão monocrática de qualquer ministro de tribunal, enquanto válida, tem a força obrigatória equivalente à decisão do respectivo colegiado de juízes, sem dúvida essa “confissão” do Ministro Toffoli, em Lisboa, acabou de “formalizar” uma situação que até então era praticada, mas se mantinha “secreta’, ”escondida”, no Supremo Tribunal Federal.

Portanto, o que ousou fazer Sua Excelência, o Ministro Toffoli, nada menos foi do que decretar nesse “Forum” uma “emenda constitucional”, alterando a composição dos Poderes Constitucionais claramente previstos na Constituição, acrescentando o tal de “Poder Moderador”, outrora inserido na Constituição Monárquica de 1824, porém revogado na Constituição (dita) Republicana de 1891, onde o Poder Moderador, que era exercido durante o “Império” (1824 a 1889), pelo próprio Imperador, foi extinto, limitando-se aos Três Poderes Constitucionais preconizados desde Montesquieu (Executivo,Legislativo e Judiciário).

Mas essa absurda “emenda constitucional” proclamada pelo referido Ministro em Lisboa bem demonstra os motivos pelos quais Sua Excelência foi reprovado duas vezes nos concursos que havia feito para juiz de direito.

De fato, Sua Excelência cometeu uma heresia jurídica (in)constitucional sem precedentes, não só por ter assumido arbitrariamente a condição de “Poder Constituinte Derivado”, ao “confessar” ,”decretar”, e formalizar uma “emenda constitucional”, ressuscitando o “poder moderador” da constituição de 1824, mas principalmente por ter mostrado desconhecimento de causa dos dispositivos constitucionais – isso que ele é um dos “guardiões” da constituição - que impedem qualquer alteração dos Três Poderes Constitucionais do Estado Brasileiro, por serem cláusulas “pétreas”, mas que poderia, isso sim, ser alvo de mudança tão somente através de um “poder constituinte originário”, ”rasgando” a constituição vigente, e aprovando uma nova, através da respectiva Assembléia Nacional Constituinte, a ser convocada para tanto, e que inserisse nos seus dispositivos o “Poder Moderador”,como na Constituição de 1824.

Mas esse “Fórum de Lisboa” valeu para trazer à tona a “maracutaia” que fazem com o dinheiro do povo, que em última análise patrocinou a ida e estadia de todos os brasileiros a esse Congresso - que afirmam ter sido “jurídico”, mas que foi muito mais “político”- que nada tem a ver com os interesses públicos do país,consistente numa verdadeira “multidão” de autoridades públicas e políticos. Lá estavam, por exemplo, dentre tantos outros,os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli,e os Presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara,Arthur Lira. Nesse sentido proponho-me a ressarcir aos eventuais “injustiçados” qualquer “centavo de real que eventualmente tenha sido desembolsado pelos “próprios” nessas viagens,e não dos cofres públicos,para as suas “andanças”no estrangeiro.

Bem ao contrário da imensa maioria do povo brasileiro, que jamais teve a oportunidade de colocar os pés um só centímetro além das suas próprias fronteiras,por absoluta ausência de condições econômicas para esse “luxo”,o mês de novembro do corrente ano certamente vai servir de amostragem para demonstrar os abusos que são cometidos por autoridades e políticos brasileiros, às custas do contribuinte.

Mas esses abusos no referido “Fórum” na verdade foram somente uma amostragem de uma infinidade de outros abusos cometidos todos os dias por outras autoridades e políticos, inclusive “ex”-autoridades e políticos. Tem ex-presidentes da república por aí,por exemplo,que passam mais tempo voando pelos céus do mundo, às custas do contribuinte, do que com os pés no chão do seu próprio pais. E mais: e ainda falando mal do Brasil. Certamente nenhum outro país do mundo oferece tantas mordomias às suas autoridades públicas.

Sérgio Alves de Oliveira  - Advogado e Sociólogo

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Não há tempo a perder

Ana Cristina Rosa

Ser negro bem-sucedido incomoda muita gente; o que pouca gente sabe é que essa pessoa se incomoda também

Uma pessoa negra em posição de destaque pode despertar orgulho, inveja, admiração, desprezo, indiferença ou servir de exemplo. Tudo vai depender do interlocutor ou dos olhos de quem vê. O que pouca gente sabe é que a projeção vem carregada de um peso capaz de aterrorizar, porém sem deixar margem para recuos ou pausas. Um negro não pode parar, não tem tempo a perder.

Considerando que o ser negro por si só já incomoda muita gente, não é preciso ter uma mente brilhante para imaginar que, quando se trata de alguém bem-sucedido, o incômodo é ainda maior. O que pouca gente sabe é que essa pessoa se incomoda também. E não é pouco. Queira ou não, o sucesso de um negro é automaticamente convertido em exemplo, uma referência — para o bem ou para o mal. Queira ou não, um negro que “venceu na vida” passa a exercer uma espécie de representação racial outorgada compulsoriamente. Deixa de ser único para virar um símbolo da coletividade.

E ainda tem de conviver com aquele olhar que oscila da surpresa ao descrédito numa velocidade similar à da luz sem perder a fidalguia. Afinal de contas, ninguém aguenta mais esse “mimimi” de preto e pardo alegando preconceito e discriminação racial. Ah! Que cansaço que dá. A maioria não faz ideia do quanto é exaustivo. Mas deixa isso pra lá. Afinal de contas, uma pessoa negra de sucesso também não pode reclamar. Até porque, vai reclamar do que se está ocupando um espaço que todos — o que inclui, claro, os não negros— almejam alcançar?

Tem outra coisa. No “exercício da representação”, não pode se entregar a pensamentos mais leves, discorrer sobre temas considerados efêmeros, como beleza, porque isso é visto como um não assunto. E pretos e pardos que conquistaram lugar de fala não podem se dar ao luxo de desperdiçar espaço tratando de algo subjetivo. Como se a vida fosse um dado objetivo —o que não é. Mas a vida do negro tem de ser. E não há tempo a perder.

Ana Cristina Rosa - Folha de S. Paulo


terça-feira, 29 de novembro de 2016

Fortuna de Fidel Castro pode ter alcançado 900 milhões de dólares

Em 2006, a revista americana 'Forbes' colocou Fidel em sétimo lugar na lista de governantes mais ricos do mundo

Apesar de não demonstrar sua afeição pelo luxo, o ex-ditador cubano Fidel Castro, que morreu na última sexta-feira (madrugada de sábado em Brasília), teve sua fortuna estimada em 900 milhões de dólares. O valor foi avaliado em 2006 pela revista americana Forbes, que o colocou em uma lista de governantes mais ricos do mundo.

Há dez anos, a publicação financeira considerava que Fidel era o sétimo governante na lista de presidentes, ditadores e monarcas mais endinheirados. Segundo a Forbes, a fortuna do ditador cresceu abruptamente em pouco tempo, uma vez que a estimativa de sua fortuna em 2003 era de 110 milhões de dólares. O dinheiro teria relação com seu poder em uma série de empresas que eram de propriedade do Estado cubano.

Na época da publicação, o caso foi respondido com raiva pelo governo da ilha e por Fidel, que afirmou se tratar de uma “mentira absoluta” e disse que tomaria ações legais contra a revista. “Se eles provarem que eu tenho uma conta no exterior de 900 milhões dólares ou de apenas um dólar, eu renuncio agora a todas as funções que desempenho”, afirmou Castro, em 2006. “É ridículo me atribuir uma fortuna de 900 milhões de dólares. Uma fortuna sem herdeiros”.

Forbes relembrou o episódio após a morte do ditador, que faleceu aos 90 anos, e comentou que Fidel gostava de “acomodações luxuosas”, mas precisava se mudar constantemente por causa de tentativas de assassinato. Depois de sua morte, Cuba entrou em nove dias de luto oficial e prepara homenagens pelo país, com uma procissão das cinzas de Fidel pela ilha.

Fonte: Blog do Augusto Nunes

 

 

domingo, 28 de agosto de 2016

A delação que Janot jogou no lixo

VEJA - Exclusivo: a delação que Janot jogou no lixo

PGR anula acordo do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, descartando revelações pesadíssimas contra Lula - e que mencionam também Dilma, Aécio e Serra

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tomou a decisão mais controversa da Operação Lava-Jato na semana passada. Diante da repercussão da reportagem de capa de VEJA, Janot informou que as negociações de delação do empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, estão encerradas. O vasto material produzido ao longo de cinco meses de tratativas entre a Procuradoria e o empreiteiro foi enviado para o incinerador, eliminando uma das mais aguardadas confissões sobre o escândalo de corrupção na Petrobras.

Para quem vive atormentado desde 2014, quando surgiu a Lava-­Jato, a decisão de Janot representa um alívio ou até a salvação. Léo Pinheiro se preparava para contar os detalhes de mais de uma década de simbiose entre o poder e a corrupção. Em troca de uma redução de pena, o empreiteiro ofereceu aos investigadores um calhamaço com mais de setenta anexos. São capítulos que mostram como a corrupção se apoderou do Estado em diversos níveis.

VEJA teve acesso ao conteúdo integral de sete anexos que o procurador-­geral decidiu jogar no lixo. Eles mencionam o ex-­presi­den­te Lula, a campanha à reeleição da presidente afastada Dilma Rousseff e, ainda, dois expoentes do tucanato, o senador Aécio Neves e o ministro José Serra. A gravidade das acusações é variável. Para Lula, por exemplo, as revelações de Léo Pinheiro são letais. Lula é retratado como um presidente corrupto que se abastecia de propinas da OAS para despesas pessoais. O relato do empreiteiro traz à tona algo de que todo mundo já desconfiava, mas que ninguém jamais confirmara: Lula é o verdadeiro dono do famoso tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo comprado, reformado e mobiliado com dinheiro de uma conta em que a OAS controlava as propinas devidas ao PT.

O tríplex do Edifício Solaris é o tema de um dos anexos que narram crimes praticados pelo ex-presidente. O empreiteiro conta que, em 2010, soube, por intermédio de João Vaccari, então tesoureiro do PT, que Lula teria interesse em ficar com o imóvel no prédio. Vaccari, que está preso, pediu ao empreiteiro que reservasse a cobertura para o ex-presidente. Não perguntou o preço. E quem pagou? Léo Pinheiro responde: “Ficou acertado com Vaccari que esse apartamento seria abatido dos créditos que o PT tinha a receber por conta de propinas em obras da OAS na Petrobras”. Ou seja: dinheiro de propina pagou esse pequeno luxo da família Lula. Para transformar o que era um dúplex em um tríplex mobiliado, a conta, segundo a perícia, ficou em pouco mais de1 milhão de reais. Pinheiro esclarece até mesmo se Lula sabia que seu tríplex era produto de desvios da Petrobras. “Perguntei para João Vaccari se o ex-presidente Lula tinha conhecimento do fato, e ele respondeu positivamente”, diz o anexo.

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