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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

A situação dos protestos da Polícia Militar do Rio está prestes a explodir. Ninguém confirma, todos dizem que está tudo bem, mas, governo tenta se antecipar

Temer autoriza o uso das Forças Armadas para reforçar segurança no Rio

Tamanho do efetivo, período e área da operação ainda estão sendo estudados pela Defesa

[a própria polícia atribui a briga de torcidas de ontem, FLA x Botafogo, à falta de efetivo devido os protestos]

Protesto de familiares diminuiu o número de PMs no entorno do estádio. Briga entre torcedores de Flamengo e Botafogo deixou um morto e sete feridos

O governo federal vai empregar as Forças Armadas no Rio de Janeiro para auxiliar o policiamento das ruas, a pedido do governador Luiz Fernando Pezão. O Ministério da Defesa planeja, nesta segunda-feira, o tamanho do efetivo, área de atuação e período, entre outras informações necessárias para editar o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). 
 Tumulto antes da partida entre Botafogo e Flamengo, válida pelo Campeonato Carioca, no Engenhão, no Rio - 12/02/2017 (Marcello Dias/Futura Press/Folhapress)

Somente com a GLO baixada, militares das Forças Armadas podem atuar na área da segurança pública. A cúpula da Defesa estuda se o efetivo ficará até o carnaval, quando a cidade reúne uma quantidade importante de turistas e poderá ficar desguarnecida caso a Polícia Militar resolva cruzar os braços. [aliás, motivos não faltam para a PMERJ optar pelo aquartelamento; no Rio não se trata apenas dos baixos salários dos policiais militares, há também o desprestígio da autoridade policial, a impunidade dos bandidos e o atraso dos salários.]

Outro ponto analisado na tarde desta segunda-feira é a área em que os militares poderão atuar: se apenas no município do Rio de Janeiro ou se na região metropolitana inteira. Como há uma quantidade significativa de militares do Exército, Marinha e Aeronáutica lotada no Rio de Janeiro, não será preciso fazer deslocamentos para iniciar a operação.

Os militares vão se somar aos homens da Força Nacional de Segurança Pública, que já estão no estado do Rio e atuaram nas manifestações em frente à Assembleia Legislativa na última semana. Como é formada por policiais militares, bombeiros e policiais civis de vários estados, a Força tem competência para atuar no policiamento ostensivo. Diferentemente dos militares das Forças Armadas, que precisam de uma autorização específica do presidente da República publicada por meio da GLO em Diário Oficial da União.

Pezão esteve com o presidente Michel Temer no fim da manhã desta segunda-feira. Temer e os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e da Casa Civil, Eliseu Padilha, têm defendido nos últimos dias o uso de Forças Armadas nos estados "sempre que necessário". Uma relação frequente feita pelos ministros em discursos é com o lema do governo e o emblema da bandeira nacional: "ordem e progresso", ressaltando a "ordem".


Após morte no Engenhão, PM admite que faltou efetivo policial
A Polícia Militar confirmou nesta segunda-feira que uma parte dos policiais do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) teve dificuldade para sair do quartel para trabalhar no clássico deste domingo, entre Botafogo e Flamengo, no Engenhão, por causa de um protesto de familiares dos PMs. Segundo a corporação, foi necessário o remanejamento de policiais de outras unidades para fazer a segurança do jogo.

Horas antes de a bola rolar, o Botafogo solicitou o cancelamento do jogo por causa da paralisação, mas a Polícia Militar e a federação carioca garantiram que havia segurança necessária para a realização da partida, vencida pelo Flamengo por 2 a 1 . Houve confusão entre torcedores rivais e policiais no entorno do estádio, com direito a troca de tiros. Um botafoguense, Diego Silva dos Santos, de 28 anos, morreu baleado e outras sete pessoas ficaram feridas.
 
A PM informou que foram empregados policiais militares do Gepe, com apoio de policiais das Unidades do 1º Comando de Policiamento de Área (CPA). Já as ruas de acesso foram patrulhadas pelo 3º Batalhão de Polícia Militar (Méier), com apoio do Batalhão de Ação com Cães e do Batalhão de Polícia de Choque.

A PM disse que, “por uma questão estratégica”, não divulga o número do efetivo empregado, mas uma planilha publicada no Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) informou que estavam programados 170 policiais do Gepe para tomar conta do interior do estádio e 48 policiais do 3º Batalhão de Polícia Militar para ficar no entorno. Policiais, no entanto, disseram que estavam trabalhando em menor número do que o programado.

Fonte: Informações de O Globo e O Estado de S. Paulo

 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Outra pisada na bola do TCDF

A primeira foi aulas de defesa pessoal para conselheiros ameaçados de morte

Agora, a divulgação do efetivo policial nas ruas do DF

[já que o negócio é fazer zorra,  sacanear a população, sugiro que disponibilizem um aplicativo indicando o número de policiais presente em cada área do DF.
Assim, fica tudo transparente, inclusive os bandidos ficarão cientes de ONDE não devem agir naquele momento.

É aceitável, DEVER mesmo do TCDF coibir que se policiais treinados para serviços policiais, sejam cedidas a outros órgãos para servir em gabinetes, motoristas de autoridades ou mesmo serviços administrativos na Polícia Militar ou Corpo de Bombeiros - serviços administrativos e auxiliares nas policias ou bombeiros,  devem ser executados por servidores da área administrativa. 

O TCDF tem o DEVER de fiscalizar e corrigir tais desvios. Mas, exigir em nome de uma estúpida transparência a divulgação dos efetivos policiais é exagero e trabalhar a favor dos bandidos.
A informação deve ser exigida e a legislação cumprida. 
TCDF exija que policial militar, civil e bombeiros, volte a trabalhar nas ruas, em serviços de policiamento.
Mas, jamais os efetivos nas ruas devem ser divulgados ao público em geral.] 

O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) determinou que a Polícia Militar do DF (PMDF) e o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) prestem informações sobre a quantidade de militares nas ruas. Segundo denúncia protocolada pelo Ministério Público de Contas (MPC), boa parte do efetivo deixou de atuar nas ruas para fazer trabalhos administrativos.

Segundo a representação do MPC, as corporações atuam com quantidade distante do percentual mínimo necessário de gente na área operacional: apenas 44,4% do quadro do CBMDF atua na área fim, enquanto 55,6% faz trabalhos administrativos. Na PM, 51% estão nas ruas, 35% na área meio e os outros 14% estão cedidos a outros órgãos.

O decreto nº 24.533, de 14 de abril de 2004, determina que essa quantia seja de, no mínimo, 80%.

Fonte: Correio Braziliense