Para rebater a propaganda petista, liberais e conservadores devem ligar os crimes de Lula ao sofrimento que a crise causou ao povo brasileiro
Enquanto o dia 24 pode marcar a condenação de Lula na segunda instância, tal data encerra apenas um episódio jurídico dentro da disputa eleitoral que se dará em 2018. Enquanto a eleição não influencia o julgamento de Lula, o julgamento de Lula influencia a eleição. Do menor deputado estadual até o presidenciável do PT, todos esperam os votos dos desembargadores para definir e coordenar o discurso com que pretendem tomar de assalto o imaginário popular.
Esta estratégia é conhecida, se não pelo público geral, ao menos pelos formadores de opinião do bloco que se contrapõe de forma mais firme ao projeto petista: a direita brasileira. No entanto, à medida que o grande momento chega, parece que apenas um lado se prepara para tomar a bola e marcar seus gols.
A extrema-esquerda sabe a importância de ter uma narrativa forte sobre o julgamento
Chega a hora da verdade para o chefe do petrolão, o ícone que a esquerda forjou e ao qual se atrelou desde a redemocratização. Mas liberais e conservadores dormem na tarefa de divulgar a verdade sobre os crimes de Lula. Há perigosa confiança num legalismo estéril, que sozinho causará pouca mudança de consciência e será rapidamente deixado de lado graças ao esforço da propaganda partidária petista. [a Justiça já tem conhecimento e provas dos crimes de Lula e o POVO também;
que a cachorrada petista perca tempo tentando encontrar justificativas contra o encarceramento do sentenciado Lula - até mesmo em demonstração de desespero pela falta de alternativas de salvar o condenado Lula - apesar de ser perder tempo é a opção que lhes resta.
A condenação de Lula, com provável majoração da pena, será feita com o material que o TFR-4 já tem e as condenações seguintes, ainda em primeira instância, serão aplicadas com base nos crimes cometidos por Lula.
Não há necessidade de divulgar os crimes de Lula - todos já foram divulgados, de forma ampla, verídica e geral.]
A tática do “deixar sangrar”, guiada pela ilusão de que as instituições farão aquilo que é dever daqueles que atuam na guerra política, mostrou ser um fracasso já no escândalo do mensalão, em 2005. Em vez de avançar o impeachment contra Lula, os tucanos apostaram que a mera exposição da corrupção petista bastaria para afundá-lo perante o povo. O resultado foi a reeleição de Lula, que ainda fez Dilma como sucessora, com um saldo final de mais 11 longos e desnecessários anos de PT no poder. [onze anos longos, tenebrosos, mas, necessários - serviu para consolidar junto ao povo (especialmente parte do eleitorado que tem uma certa dificuldade em entender as coisas) a certeza de que Lu,a o PT e a esquerda não prestam, certeza que fará que caso seja candidato - algo improvável - Lula perderá feito.
Não vale o percentual que ele obtém nas pesquisas e que o colocam em um segundo turno, com perspectiva de votos bem abaixo do necessário para ir ao segundo turno - o que realmente conta é o índice rejeição do demônio de Garanhuns,. mais que suficiente para impedir que ele fique sequer entre os dez primeiros colocados.]
Pode-se dizer que a direita teria feito diferente dos social-democratas caso tivesse, em 2005, a força política e organização civil que tem hoje, ambas ainda em crescimento [a decisão de não cortar a cabeça da jararaca Lula ainda em 2005, foi tomada exclusivamente pela tucanada, que entre decidir e ficar em cima do muro, prefere o muro.
Até hoje o PSDB não mudou de nome ou mesmo implodiu, por falta de vontade de decidir.] Mas a história nos permite atuar tão somente no período que vivemos, e estamos perigosamente perto de mostrar frouxidão similar à que teve o PSDB ao lidar com a corrupção sistemática de seu irmão mais radical à esquerda. Há tempo para sair da inércia e preparar a direita para a disputa de narrativas.
É preciso mostrar como os crimes de Lula traumatizaram o Brasil, como ele tirou dinheiro do povo para dar a ditadores amigos, como seus esquemas resultaram na destruição de nossa economia e, acima de tudo, como a volta dele ao poder nos levaria ao início do ciclo de miséria e censura que vemos hoje devastar a Venezuela. [cada brasileiro sabe disso - apesar de muitos preferirem fingir que não sabem ou até mesmo defender Lula;
mas, na hora de votar o que vai pesar mesmo é estar desempregado ou ter alguém da família desempregado;
sentir na pele a certeza de que continua miserável ou pobre, sua ascensão social foi apenas uma ilusão bem criada por Lula e seus asseclas;
saber que muitas coisas que compraram - até mesmo aquele carro 1.0, que o banco pegou de volta (ou quando o banco não tomou, o carro está parado, enferrujando, ou por falta de gasolina e/ou manutenção) - não conseguirão, mesmo Lula voltando, comprar novamente.]
Coube à Lava Jato trabalhar para mostrar à Justiça por que Lula devia ser condenado perante a lei. Cabe à direita trabalhar para mostrar ao povo por que Lula deve ser condenado perante a opinião pública. [mesmo assim, tudo funcionando a favor de Lula, ele conseguindo ter seu nome inserido na urna eletrônica, ainda resta na campanha divulgar seus crimes - é bem melhor o eleitor ir votar com a cabeça martelando que Lula e o PT são uma quadrilha e que milhões de brasileiros estão sofrendo devido Lula e sua corja, do que ouvir isto agora.
O povo esquece rápido, por isso é bom ser lembrado na véspera.]
Luiz Guilherme de Medeiros é diretor do Instituto Liberal do Centro-Oeste.