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terça-feira, 2 de outubro de 2018

TOFFOLI E LULA 1: Extrema-direita babava ao imaginar ministro no comando do STF. Eu o defendi. Nesta 3º, ela o aplaude, eu o critico

A extrema-direita só não chamou o ministro Dias Toffoli de santo às vésperas de ele assumir a Presidência do Supremo. Eu, que fui um duro crítico de sua nomeação, lá na pré-história, saí, então, em sua defesa, apontando que costuma dar votos técnicos. Mesmo quando eu discordo, reconheço a boa técnica. Com Roberto Barroso, só para ilustrar, acontece sempre o contrário: acho a técnica ruim mesmo quando concordo com o mérito. 

Nas democracias, direito sem forma, sem moldura, é feitiçaria. E acaba, cedo ou tarde, fazendo mal ao país. É um credo liberal. Só fascistoides de direita e de esquerda defendem a aplicação da lei segundo o alarido. Em tempo: Toffoli não precisava da minha defesa, é claro! Aliás, quando critico ou elogio, eu o faço porque quero, segundo o que considero o merecimento. Mas sempre ancorado na lei, de olho na tal moldura. Ele está na Presidência do Supremo há 19 dias e já é protagonista de uma das maiores confusões jamais havidas no tribunal. Os efeitos podem ser desastrosos se não houver um freio de arrumação. 

É claro que me refiro ao endosso que deu a Luiz Fux, que atropelou decisão de Ricardo Lewandowski e concedeu liminar contra decisão de mérito deste ministro, que autorizava a entrevista de Lula à Folha. Está proibida de novo! Agora por decisão do próprio Toffoli. [clique adiante e conheça análises da  fundamentação da decisão do presidente do STF:Tentativa frustrada do PT no STF- 2 outubro e a Lei de Execução Penal não autoriza que encarcerados concedam entrevistas.]
A confusão é grande e voltarei a ela. Mas, antes, quero tratar de temas como “golpe” e “movimento militar de 1964”. Depois volto ao leito.

Continua aqui