Crise institucional ter origem num Tribunal Constitucional é a última causa que se pode imaginar. Parecemos um país ciclotímico e masoquista. Quando a nação se encaminha para grandeza, pensa que não merece e provoca numa guinada para cair de novo
Lula quando fala assusta, como disse a decepcionada
economista Elena Landau, que o apoiou no segundo turno. "Lula não
aprendeu com os erros do passado". Na verdade, parece que voltou ainda
mais disposto a recrudescer nos erros. Agora mesmo aceitou o jatinho
para ir ao Egito, como aceitou o sítio e o triplex. [se ele tivesse puxando cadeia não cometeria o delito de agora;
bandido preso comete menos crimes = certeza da punição;
bandido SOLTO, pratica mais crime = certeza de impunidade.] Henrique Meirelles
já recolheu os flaps e não está disposto a pousar no novo governo. "Boa
sorte!", desejou ironicamente Meirelles, que vê um período diferente
daquele primeiro ano de Lula, em 2003, em que a economia mundial
derramava suas bênçãos sobre o Brasil.
Hoje, a economia chinesa,
desacelerada, faz uma grande diferença.
Depois do desprezo pelo "tal mercado", Lula foi
condenado com duras palavras por editorial da Folha de S.Paulo, que
tanto o apoiou.
Pérsio Arida, falando ontem em Nova York, parecia Paulo
Guedes; será que fica na equipe de transição? [ficha suja, prontuário com delitos é o que não falta na equipe do eleito = tem o Paulo Bernardo, o Genoíno, a Gleisi, o Mantega = em contagem rápida, contamos mais de 30 prontuários sujos.]
Investidores,
empregadores, produtores ainda não sabem o que virá. Fernando Haddad em
lugar de Paulo Guedes pode ser apenas um bode na sala, para dar lugar a
alguém que tenha assistido a mais de dois meses de aula de economia.
Boulos para Habitação é tão irônico quanto Stédile para a Reforma
Agrária. [exatamente exato; não esqueçamos o senador Costa pronto para a Saúde - é só atualizar o vulgo de 'drácula' para 'drácula 1'.] Os nomes que circulam podem ser de fogo amigo de quem está de
olho no ministério, ou fake news para assustar, mas bem que Lula poderia
mostrar algum nome que acalmasse a incerteza que faz os investidores
apertarem fundo o pé no freio. [em nosso entendimento ele, por ser apenas presidente eleito, pode ser processado pela vantagem ilícita do jatinho; o PL também declarou que vai impugnar o mandato do eleito = fulcro no parágrafo 14, artigo 10, da CF.]
Avestruz
Enquanto isso, ele pega o jatinho de 54 milhões de dólares com matrícula americana de um empresário de plano de saúde, que, como ele, já andou preso, e voa para o Egito dos faraós.
As manifestações de rua continuam e os comandantes das três Forças Armadas deram um aviso direto, sem intermediários, às instituições e ao povo: estão ao lado do povo, fonte do poder, e lembram que a lei diz que não é crime a manifestação crítica contra as instituições, vale dizer, o Supremo, o Congresso, o presidente ou mesmo o Exército. [em outras palavras = entendimento maciço do POVO: o cidadão que criticar o governo, falar alguma verdade indigesta, pode até ser preso de madrugada em sua residência, mas NÃO SERÁ PRESO em ÁREA MILITAR, protestando, pacificamente contra o governo ou falando verdades indigestas.]
A nota adverte que o Legislativo, casa do povo, tem que ser respeitado — isto é, não se pode prender deputado nem censurar parlamentar e rede social —, e que os parlamentares precisam corrigir possíveis arbitrariedades e desvios autocráticos — vale dizer, o Senado precisa fazer o Supremo voltar à Constituição e ao devido processo legal.
A nota reitera que as Forças Armadas estão a serviço do povo brasileiro e que as autoridades a serviço desse povo precisam atender reivindicações legais e legítimas.
Fingir que não viu, não leu e não ouviu é esconder-se como avestruz. [entendemos que a reivindicação, petição, respeitosa, pode até ser negada, mas negativa fundamentada, jamais um antidemocrático 'arquive-se'.]
Desrespeitaram direitos e garantias individuais que são cláusulas pétreas da Constituição e do direito natural.
Crise institucional ter origem num tribunal constitucional é a última causa que se pode imaginar.
Parecemos um país ciclotímico e masoquista. Quando a nação se encaminha para a grandeza, pensa que não merece e provoca uma guinada para cair de novo.
Desta vez, a guinada veio de uma elite da política, da Justiça e da mídia, usando eleitores desinformados.
Planejada ou não, muitos sentem nesses dias uma transição para baixo.