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sábado, 18 de abril de 2015

Os negócios suspeitos de Palocci, que recebeu dinheiro por contratos feitos de boca

Em três de dezembro de 2010, dia em que foi anunciado como o chefe da Casa Civil da recém-eleita presidente da República Dilma Rousseff, Antonio Palocci, ex-prefeito de Ribeirão Preto (SP), ex-ministro da Fazenda do primeiro governo Lula, recebeu R$ 1 milhão do escritório de Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça nos dois mandatos de Lula. O dinheiro foi depositado na conta da Projeto, sua empresa de consultoria.

Duas semanas depois, recebeu mais R$ 1 milhão. Aos R$ 2 milhões somaram-se R$ 3,5 milhões recebidos por Palocci durante a campanha e a pré-campanha de Dilma. No total foram 11 pagamentos. Com um detalhe que nada tem de insignificante: todos os pagamentos foram feitos sem contratos que os justificassem. Contratos feitos de boca. É o que conta reportagem de capa da revista ÉPOCA, que chegará às bancas neste sábado.

Qual a origem do dinheiro repassado a Palocci pelo escritório de Thomaz Bastos, que morreu no ano passado? O grupo Pão de Açúcar, dizem os advogados de Palocci e os que trabalhavam com Thomaz Bastos. Médico sanitarista, ocupado na época com as tarefas de campanha de Dilma, Palocci teria assessorado o grupo do empresário Abílio Diniz a se fundir com as Casas Bahia. Mas ele fez exatamente o quê? Durante quanto tempo?

A consultoria Estáter, contratada de forma exclusiva pelo Pão de Açúcar para tocar a fusão, informou ao Ministério Público Federal (MPF) que Palocci não prestou qualquer serviço. Em ofício ao MPF, o Pão de Açúcar disse queem função da relação de confiança desenvolvida” é comum que os “serviços de assessoria jurídica sejam contratados de modo mais informal”. Procurado por ÉPOCA, o Pão de Açúcar informou que não vai se pronunciar.

Em 2010, segundo a revista, Palocci recebeu, ao menos, R$ 12 milhões em pagamentos considerados suspeitos pelo MPF. Além dos pagamentos do escritório de Thomaz Bastos, supostamente em nome do Pão de Açúcar, os procuradores avaliaram como suspeitos os pagamentos do frigorífico JBS e da concessionária Caoa. Eles somam R$ 6,5 milhões. São suspeitos porque Palocci também não conseguiu comprovar que prestou serviços às duas empresas.

Palocci disse ter recebido dinheiro do grupo JBS para ajudar a buscar negócios no mercado de frango, nos Estados Unidos. O grupo nega que tenha pagado qualquer soma a ele. O JBS, em 2010, foi o campeão em doações para a campanha de Dilma – R$ 13 milhões. No ano passado, doou R$ 70 milhões. Palocci disse que foi pago pela Caoa para lhe arranjar um sócio na China. A Canoa também nega. Todo esse dinheiro recebido pelo ex-ministro foi parar aonde?

Não é fora de propósito, como desconfia o MPF, que todo ou parte do dinheiro tenha sido injetado na campanha de Dilma via Caixa 2.