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quinta-feira, 10 de março de 2022

Greta queria “salvar o planeta”, mas acabou só ajudando Maduro - Gazeta do Povo

Volto ao tema da minha coluna desta terça pois considero essa reflexão uma das mais importantes como lição da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Trump disse na ONU, em 2018, que a Alemanha estaria cada vez mais dependente da energia russa e que isso era terrível. Trump era, não custa lembrar, acusado de ser "marionete de Putin". A fala despertou risos de deboche na comitiva alemã. E hoje, como estamos?

A esquerda ambientalista apostou todas as suas fichas na "energia limpa", e isso gerou apenas mais dependência do Ocidente ao petróleo e gás russos. A burocracia imposta pelas bancadas ambientalistas nos países desenvolvidos basicamente impediu a prospecção de novas fontes de petróleo, enquanto a tarefa era terceirizada para países com regimes nefastos.

É como fazemos em relação aos produtos baratos: terceirizamos a produção para a China, com mão de obra barata, pois o que os olhos não veem o coração não sente. É pura hipocrisia. A elite cosmopolita compra tudo "Made in China" e depois dorme com sua consciência tranquila por impor legislação rigorosa no seu quintal, para "proteger" os mais pobres. 

O Estado reajuste os tributos, mas não os valores que servem de referência, como a tabela de IR, Simples Nacional e MEI. O que, na prática, faz o cidadão pagar mais impostos.

O mesmo foi feito com a energia: para "salvar o planeta", os movimentos representados por gente como Greta Thunberg praticamente inviabilizaram a produção de energia "suja" no Ocidente, delegando tudo a países como Irã, Rússia, Arábia Saudita e Venezuela. "Como ousam?!", berrava a pirralha, e as lideranças frágeis ocidentais acatavam: é hora de banir a produção de combustível fóssil do mundo! Faltou combinar com os consumidores - e com os russos, claro.

Resultado: o Ocidente depende dessas nações agressoras, e precisa escolher o "menos pior" de acordo com as circunstâncias. Como a Rússia é o inimigo da vez, então sobrou a Venezuela, e o governo Joe Biden já negocia com o ditador socialista Nicolás Maduro um acordo. Greta queria "salvar o planeta", mas acabou só ajudando Maduro mesmo, nada mais.

Se a agenda ambientalista, histérica e sem respaldo na ciência, sem qualquer senso de prioridade, não sofrer um duro golpe político nessa crise, então é porque o Ocidente merece mesmo o destino decadente que se avizinha. 
Para o bem da civilização ocidental, espero que essa guerra promovida pela Rússia de Putin seja um despertar: passou da hora de abandonar as Gretas da vida e deixar os adultos sérios tomarem conta da política.

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES