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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Dallagnol e Carlos Fernando se juntam às esquerdas nas sandices. PGR também ataca intervenção. Eis os heróis da direita xucra

O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força tarefa da Lava Jato, comporta-se, mais uma vez, como um bandoleiro das instituições e faz um ataque ao Congresso Nacional que, em qualquer democracia do mundo, renderia a alguém na sua posição a exoneração do serviço público. Por aqui, nada vai acontecer. Ele seguirá recorrendo à redes sociais para disparar suas molecagens, suas irresponsabilidades e seus juízos baratos sobre a política e os políticos.

(...) 

[é bom ter presente que a turma contra Temer já está ficando desesperada com a possibilidade da intervenção federal no Rio ser exitosa (tem tudo para ser; desde que se faça durante a execução alguns ajustes que neutralize os defensores de bandidos e reduza os direitos que a legislação pró bandido,   em vigor no Brasil, concede aos marginais.
Já tentaram, com o apoio do ex-acusador-geral da República derrubar o presidente da República - o apoio janotino consistiu em apresentar contra o presidente acusações sem provas, entre outras ilegalidades - não conseguiram.
Agora, alguns órgãos da imprensa começam a veicular notícias de protestos de oficiais das Forças Armadas, especialmente do EB, contra o uso político da intervenção - de concreto sobre o tal uso só existe comentários vagos e sem base em fatos.
Veiculando tais notícias pretendem que oficiais do EB e das demais forças singulares se oponham as determinações do interventor federal que também é o comandante militar do Leste.
A responsabilidade, a honra e o patriotismo da maior parte dos oficiais das Forças Armadas do Brasil com certeza impede que expressem insatisfações com notícias provenientes de comentários baseados unicamente no entendimento de quem os faz.]
 

É claro que gente como ele só prospera porque as respectivas Presidências da Câmara e do Senado se acovardam. Afinal, todos têm medo do Ministério Público, certo?  Por que isso tudo? Dallagnol, a exemplo da quase totalidade dos procuradores, é contra a intervenção federal no Rio. Referindo-se à polêmica do mandato coletivo de busca de apreensão — e ele é contra também essa medida, para felicidade dos bandidos —, disparou a seguinte delinquência: “Se cabem buscas e apreensões gerais nas favelas do Rio, cabem também nos gabinetes do Congresso. Aliás, as evidências existentes colocam suspeitas muito maiores sobre o Congresso, proporcionalmente, do que sobre moradores das favelas, estes inocentes na sua grande maioria”.

Vocês sabem que acho que é preciso votar uma lei mudando o Código de Processo Penal para que os mandados coletivos não esbarrem em nenhuma ambiguidade. Mas esse é o debate técnico. Dallagnol, que ainda estuda se candidatar ao Senado, está fazendo apenas política rasteira. E está contando, ademais, duas mentiras: 1: no Congresso, não caberiam os mandados coletivos pela simples e óbvia razão de que os respectivos endereços na Casa de todos os deputados e senadores são conhecidos; 2: a Polícia Federal, acompanhada do Ministério Público e com autorização judicial, já realizou mandado de busca e apreensão até no gabinete do presidente do Câmara, a exemplo do que aconteceu com Eduardo Cunha em maio de 2015.

Vale dizer: o Congresso já passou por esse constrangimento — este, sim, tendente a agredir a institucionalidade.  Ah, mas vamos convir, não é? O janota do pega-pra-capar realiza seu sonho dourado. Nos seus delírios de poder, deve se ver a comandar um tanque contra as dependências do Congresso Nacional.

A verdade é que Dallagnol resolveu se juntar com a esquerda mais rombuda na oposição à intervenção no Rio. Carlos Fernando, que é o seu Leoporello mais mal ajambrado, cometeu o ridículo, num artigo na Folha, de comparar a intervenção com a, pasmem!, guerra do Vietnã e com a ocupação das Malvinas pela Argentina. Lá se lê: “Tentativas semelhantes de intervenções militares contra inimigos comuns, como a Argentina nas Malvinas e os Estados Unidos no Vietnã, após o entusiasmo inicial despertado, resultaram no gosto amargo do revés político e militar. Não se pode enganar a todos o tempo todo.”
Parece-me evidente que já estamos diante de uma manifestação de duvidosa sanidade mental.

Nota da PGR E não é apenas a dupla do barulho que resolveu se meter em seara que não é a sua. A própria Procuradoria Geral da República se manifestou contra a intervenção, evidenciando que o Ministério Público pretende mesmo ser o único Poder da República.
Essa gente conduziu o país à beira do abismo. E, como se nota, reage à menor tentativa dos Poderes da República de nos devolver à normalidade democrática.

Ah, meus caros, sei bem o quanto apanhei quando comecei a bater nesses projetos de ditadores. Os idiotas se ajoelhavam aos pés da turma. Afinal, não é?, Dallagnol é aquele que fez o aloprado e ilegal PowerPoint contra Lula. E isso o tornou herói da direta xucra.
Agora ele resolveu se juntar à esquerdalha contra a intervenção…
Vão lá, direitistas que zurram e relincham, lamber as botas do janota despudorado.

Blog do Reinaldo Azevedo