O
procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força tarefa da Lava Jato,
comporta-se, mais uma vez, como um bandoleiro das instituições e faz um
ataque ao Congresso Nacional que, em qualquer democracia do mundo,
renderia a alguém na sua posição a exoneração do serviço público. Por
aqui, nada vai acontecer. Ele seguirá recorrendo à redes sociais para
disparar suas molecagens, suas irresponsabilidades e seus juízos baratos
sobre a política e os políticos.
(...)
[é bom ter presente que a turma contra Temer já está ficando desesperada com a possibilidade da intervenção federal no Rio ser exitosa (tem tudo para ser; desde que se faça durante a execução alguns ajustes que neutralize os defensores de bandidos e reduza os direitos que a legislação pró bandido, em vigor no Brasil, concede aos marginais.
Já tentaram, com o apoio do ex-acusador-geral da República derrubar o presidente da República - o apoio janotino consistiu em apresentar contra o presidente acusações sem provas, entre outras ilegalidades - não conseguiram.
Agora, alguns órgãos da imprensa começam a veicular notícias de protestos de oficiais das Forças Armadas, especialmente do EB, contra o uso político da intervenção - de concreto sobre o tal uso só existe comentários vagos e sem base em fatos.
Veiculando tais notícias pretendem que oficiais do EB e das demais forças singulares se oponham as determinações do interventor federal que também é o comandante militar do Leste.
A responsabilidade, a honra e o patriotismo da maior parte dos oficiais das Forças Armadas do Brasil com certeza impede que expressem insatisfações com notícias provenientes de comentários baseados unicamente no entendimento de quem os faz.]
É claro
que gente como ele só prospera porque as respectivas Presidências da
Câmara e do Senado se acovardam. Afinal, todos têm medo do Ministério
Público, certo? Por que isso tudo?
Dallagnol, a exemplo da quase totalidade dos procuradores, é contra a
intervenção federal no Rio. Referindo-se à polêmica do mandato coletivo
de busca de apreensão — e ele é contra também essa medida, para
felicidade dos bandidos —, disparou a seguinte delinquência:
“Se cabem buscas e apreensões
gerais nas favelas do Rio, cabem também nos gabinetes do Congresso.
Aliás, as evidências existentes colocam suspeitas muito maiores sobre o
Congresso, proporcionalmente, do que sobre moradores das favelas, estes
inocentes na sua grande maioria”.
Vocês
sabem que acho que é preciso votar uma lei mudando o Código de Processo
Penal para que os mandados coletivos não esbarrem em nenhuma
ambiguidade. Mas esse é o debate técnico. Dallagnol, que ainda estuda se
candidatar ao Senado, está fazendo apenas política rasteira. E está
contando, ademais, duas mentiras:
1: no Congresso, não caberiam os mandados
coletivos pela simples e óbvia razão de que os respectivos endereços na
Casa de todos os deputados e senadores são conhecidos;
2: a Polícia Federal, acompanhada do
Ministério Público e com autorização judicial, já realizou mandado de
busca e apreensão até no gabinete do presidente do Câmara, a exemplo do
que aconteceu com Eduardo Cunha em maio de 2015.
Vale dizer: o Congresso já passou por esse constrangimento — este, sim, tendente a agredir a institucionalidade. Ah, mas
vamos convir, não é? O janota do pega-pra-capar realiza seu sonho
dourado. Nos seus delírios de poder, deve se ver a comandar um tanque
contra as dependências do Congresso Nacional.
A verdade é
que Dallagnol resolveu se juntar com a esquerda mais rombuda na
oposição à intervenção no Rio. Carlos Fernando, que é o seu Leoporello
mais mal ajambrado, cometeu o ridículo, num artigo na Folha, de comparar
a intervenção com a, pasmem!, guerra do Vietnã e com a ocupação das
Malvinas pela Argentina. Lá se lê:
“Tentativas semelhantes de
intervenções militares contra inimigos comuns, como a Argentina nas
Malvinas e os Estados Unidos no Vietnã, após o entusiasmo inicial
despertado, resultaram no gosto amargo do revés político e militar. Não
se pode enganar a todos o tempo todo.”
Parece-me evidente que já estamos diante de uma manifestação de duvidosa sanidade mental.
Nota da PGR
E não é apenas a dupla do barulho que
resolveu se meter em seara que não é a sua. A própria Procuradoria Geral
da República se manifestou contra a intervenção, evidenciando que o
Ministério Público pretende mesmo ser o único Poder da República.
Essa gente
conduziu o país à beira do abismo. E, como se nota, reage à menor
tentativa dos Poderes da República de nos devolver à normalidade
democrática.
Ah, meus
caros, sei bem o quanto apanhei quando comecei a bater nesses projetos
de ditadores. Os idiotas se ajoelhavam aos pés da turma. Afinal, não é?,
Dallagnol é aquele que fez o aloprado e ilegal PowerPoint contra Lula. E
isso o tornou herói da direta xucra.
Agora ele resolveu se juntar à esquerdalha contra a intervenção…
Vão lá, direitistas que zurram e relincham, lamber as botas do janota despudorado.
Blog do Reinaldo Azevedo
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