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quarta-feira, 9 de maio de 2018

Barbosa só enganou aos incautos - fácil perceber que ele não tem a menor condição de ser presidente do Brasil;esqueçamos Barbosa

Barbosa diz bobagens assombrosas ao deixar a condição de pré-candidato. Mas uma coisa fica: o país que o viu como viável está encalacrado

Se alguém quer saber o bem que Joaquim Barbosa fez ao Brasil ao desistir de sua candidatura à Presidência da República, que leia a entrevista que o valente concedeu ao jornal “Valor Econômico”. É um assombro. O doutor não se entende nem com os termos técnicos do debate.  A razão por que diz não crer que “esta eleição mude o país” pode ser tomada em sentido mais geral. Na verdade, ele não crê que o processo eleitoral tenha serventia para a mudança que ele imagina, seja lá qual for.


Barbosa tem uma visão do Brasil que eu ousaria chamar ser a de um estrangeiro. O que será que ele quer dizer ao afirmar que “o Brasil tem problemas estruturais gravíssimos, sociológicos, históricos, culturais, econômicos”? Digam-me cá: qual país, nessa perspectiva, não os tem? Ademais, o que quer diz “um problema sociológico”? Isso não existe! É como afirmar que alguém tem um “problema termológico” se está com febre ou com hipotermia. A sociologia oferece um conjunto de ferramentas de análise. E olhem que nem se pode associá-la a um termômetro porque este é um instrumento de medição objetiva. A sociologia depende, em grande medida, das escolhas feitas pelo sociólogo, das suas crenças, da sua ideologia. Onde um “estudioso” vê um problema, outro, podem acreditar, enxerga uma solução. E, a rigor, o mesmo se pode dizer mesmo da economia.  Há correntes de pensamento que preferem um pouco mais de inflação com um pouco mais de crescimento. E há os que, e me alinho com estes, entendem que piscar para o processo inflacionário corresponde a flertar com o desastre. Há quem queira mais estado na economia; há quem prefira menos.


Isso expõe a visão deformada que Barbosa tem do país, do direito, das instituições. Ele enxerga a realidade segundo o prisma do defeito, do que tem ter de ser corrigido para deixá-la a seu gosto, do que nos falta… Pessoas com esse viés, quando políticas, tendem a fazer grandes besteiras. Por quê? Porque veem o mundo apenas como uma deformação. Nem mesmo se sentem parte do problema que detectam; veem-no com distanciamento. As pessoas reais viram meros objetos de suas estripulias ligadas à engenharia social.  Ele dá a entender que uma das razões de ter desistido está no fato de que há candidatos que querem aprofundar as desigualdades sociais e de que estes se uniriam contra a sua candidatura. Entendi. Os outros encarnam “o mal”, e ele, Barbosa, o “bem”. Assim, o Mal se uniria contra o Bem. Corajosamente, então, ele decide cair fora.


A entrevista constitui uma formidável coleção de bobagens. Que ele tenha sido considerado pré-candidato e que tenha, com efeito, seduzido muita gente — tinha, acreditem!, potencial de disputar o segundo turno — indica a porcaria que se está fazendo com a política. Barbosa não é causa de nada. Ele é sintoma. É um sinal dos anos que vêm pela frente. E, acreditem!, não serão fáceis enquanto não aprendermos a conciliar o necessário trabalho da polícia com o vital exercício da política.


Quanto ao olhar estrangeiro, dizer o quê? Procurador da República, ele pediu licença em 1988 e foi estudar na França. Quatro anos depois, veio à luz sua tese de doutorado: “A Suprema Corte e o Sistema Político Brasileiro”. Redigida, originalmente, em francês, o que pode nos dizer bem seu… francês. Não deixa de ser notável que alguém decida ficar quatro anos em Paris para tentar entender direitinho o que se passa com o sistema político brasileiro e seu tribunal constitucional.  Mas entendo: o alarido da brasileira certamente comprometia a sua concentração. Paris, para essas coisas, é bem melhor. Afinal, os franceses não têm nossos “problemas sociológicos”

Aquele que nem veio já vai tarde. Até porque, convenham: vai que ele resolvesse todos os tais problemas. A sociologia no Brasil chegaria ao fim.

Blog do Reinaldo Azevedo 

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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

UTILIDADE PÚBLICA: “Meu coração parou por 25 minutos”

Engenheiro sobrevive a quatro paradas cardiorrespiratórias e fica sem sequelas depois de ser submetido à hipotermia terapêutica, técnica que salva vidas e acelera a recuperação de pacientes enfartados 

O engenheiro Carlos Alberto Neves sofreu um infarto enquanto dirigia em uma avenida movimentada de São Paulo. Depois de perder os sentidos e bater o carro, Neves foi ajudado por um policial militar que passava pelo local. A caminho do Instituto do Coração (Incor), o engenheiro teve outras quatro paradas cardiorrespiratórias. A mais severa delas durou 25 minutos. Nesse tempo, seu coração literalmente parou de bater. “Eu não lembro de quase nada”, diz. “Todos achavam que não sobreviveria ou que poderia ficar vegetando em uma cama. Quando voltei, minha família não acreditou. Posso dizer que nasci de novo.” Como isso foi possível? Neves foi submetido à hipotermia terapêutica, técnica ainda pouco difundida no País que, ao lado de outras inovações no tratamento a pacientes enfartados, pode salvar incontáveis vidas. Apenas no Brasil, ocorrem 720 paradas cardíacas por dia.
 
A técnica consiste em reduzir a temperatura do indivíduo para até 32 graus, quando o normal é 36,5. O paciente é envolvido por uma manta fria ou, em algumas situações, por cubos de gelo espalhados pele corpo. O processo dura no mínimo 24 horas e tem como objetivo fazer o organismo trabalhar menos, reduzindo o seu metabolismo. “Hoje em dia é mandatório que pacientes que tenham sofrido paradas cardiorrespiratórias passem por esse procedimento”, diz Sergio Timerman, diretor do Centro de Treinamento em Emergências do Incor e um dos responsáveis pela chegada da nova técnica ao Brasil. “O procedimento permite que o indivíduo tenha uma recuperação melhor, menos agressiva e fique quase sempre sem sequelas neurológicas permanentes.”

Redução de danos
Outro procedimento promete ser ainda mais eficaz. Nele, a pessoa é submetida a um cateterismo que induz a hipotermia em no máximo 18 minutos. O cateter é inserido na veia femural (que fica na perna) e, antes de chegar ao coração, resfria o sangue do paciente para uma temperatura entre 32 e 34 graus. Segundo Timerman, essa técnica reduz os impactos do infarto. “O procedimento melhora o pós-operatório, evitando arritmia, cicatrizes grandes e um futuro AVC”, afirma. A diferença desse método é que, além de ser mais rápido, ele permite que o paciente fique acordado o tempo todo.


MATÉRIA COMPLETA em IstoÉ - Por:  Priscila Carvalho