Pois não é que a
presidente Dilma vetou a iniciativa? Um impressionante veto ao voto impresso!
Logo ela, cuja eleição se deu rodeada por uma ciranda de suspeitas.
Este POST deve ser lido
após a leitura do intitulado AVolkswagen e os softwares fraudulentos
Há muitos anos o TSE vem tratando
com desdém todas as manifestações de desconfiança em relação às urnas
eletrônicas. Verdade seja dita: Dias Toffoli não foi o primeiro a adotar essa atitude. Ela se prolonga no tempo e é
mais uma evidência de que boa parte dos membros dos poderes de Estado
simplesmente está se lixando. A brisa é suave, o uísque é bom, a vida sorri. E
o resto que se dane. Atrás desses muros é que vivem.
Eleitores bem
informados não confiam no sistema de votação. Suas
vulnerabilidades já foram apontadas por diversos peritos. Nenhum outro país adota esse tipo de urna.
Mas os doutos ministros do TSE empinam o nariz com ar de enfado quando o
assunto lhes é apresentado. Convenhamos, isso tem nome na lista das infrações
aos deveres do cargo. A eleição da
presidente Dilma deu-se em circunstâncias misteriosas. Os
votos foram contados como naquelas mágicas em que o prestidigitador medíocre,
para facilitar a vida, encobre com um pano preto o trabalho de suas mãos. A inconfiabilidade das urnas e a sigilosa
contagem ajudaram – e muito! – a criar severas incertezas sobre a correção do pleito.
Absolutamente natural, portanto, que o
Congresso Nacional, ao deliberar sobre alguns itens de reforma política, incluísse preceito para que as urnas
passem a imprimir os votos, permitindo que os
eleitores, sem contato físico, os
confiram e confirmem antes de a máquina depositá-los em urna onde permanecerão para eventual verificação manual.
Pois
não é que a presidente Dilma vetou a iniciativa?
Um
impressionante veto ao voto impresso! Logo ela, cuja
eleição se deu rodeada por uma ciranda de suspeitas; logo ela, que
quebrou o país para se eleger; logo ela dos gastos sigilosos e milionários com cartões
corporativos; logo
ela, das comitivas nababescas e dos
hotéis suntuosos; logo ela resolveu implicar com o custo envolvido
em algo tão indispensável à
credibilidade dos mandatos presidenciais quanto a mudança das urnas eletrônicas.
Se o Congresso acolher o veto, a
próxima eleição estará sujeita ao mesmo descrédito a que foi conduzido seu
próprio mandato. O nome disso é fazer o diabo antes,
durante e depois da eleição.