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segunda-feira, 15 de maio de 2017

Sombra sobre Dilma

Deposta da Presidência sob acusações de fraudes na gestão do Orçamento, a petista Dilma Rousseff tinha à sua disposição o expediente retórico de apontar que, ao contrário de boa parte de seus algozes no Congresso, não era suspeita de envolvimento com o esquema investigado pela Lava Jato.  Tal recurso de defesa política foi demolido, no entanto, com os depoimentos do marqueteiro João Santana e de sua mulher, a empresária Mônica Moura —em especial, com o espantoso relato desta sobre mensagens eletrônicas que recebia da ex-presidente. "O seu grande amigo está muito doente. Os médicos consideram que o risco é máximo. E o pior é que a esposa, que sempre tratou dele, agora também está doente, com o mesmo risco. Os médicos acompanham dia e noite."

Essas as palavras com que Dilma, então no Planalto, teria transmitido informação de que o casal estava prestes a ser preso.  Por ora, trata-se tão somente de delação premiada. O que se tem são indicações para uma apuração mais aprofundada, a partir da qual se verificará judicialmente a oportunidade de uma denúncia criminal propriamente dita. São gravíssimas, no entanto, as implicações do relato da empresária —cujo marido estava, notoriamente, entre os conselheiros de maior confiança da petista.

A sequência de escândalos envolvendo licitações públicas, propinas e verbas de campanha não tinha posto em evidência, até agora, tamanho grau de participação direta de um presidente da República.  Com acesso privilegiado a informações sobre o andamento da Lava Jato, Dilma teria informado diretamente dois investigados de sua iminente prisão. Um ato desse tipo abre a seus beneficiários a possibilidade de destruir provas ou mesmo de escapar da Justiça. Apura-se aqui, portanto, o crime de obstrução da Justiça.

Preocupada com a revelação da origem ilícita de suas verbas de campanha,
a ex-presidente teria, ademais, perguntado a Mônica Moura se não seria conveniente mudar, da Suíça para outro pais, a sede das contas secretas em poder de João Santana.  As delações do casal também atingem Luiz Inácio Lula da Silva e outros expoentes petistas, em particular o ex-ministro Antonio Palocci, também a caminho da delação. Nesses casos, porém, pouco se acrescenta de essencial ao conteúdo de outros depoimentos.  É a imagem da ex-presidente, portanto, que sofre o maior abalo com as novas informações. Este não é o momento de condenar, mas de esclarecer suspeitas, que estão entre as mais graves do vasto histórico de escândalos do petismo.


Fonte: Editorial - Folha de S. Paulo

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Eduardo Cunha está na mira da Procuradoria e do Banco Central



Procuradoria Geral da República investiga conta nos Estados Unidos e BC abrirá um processo para apurar movimentação na Suíça
A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu mais duas frentes de investigação depois que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou à imprensa que manteve conta não declarada no Delta Bank, nos Estados Unidos, e que entregou recursos para serem administrados por “terceiros” no exterior, informa nesta terça-feira (10) O Globo

O Banco Central (BC) também abrirá um processo para apurar a movimentação de recursos de Cunha no exterior. Ele também admitiu, na semana passada, ter usufruído de ativos mantidos na Suíça e não declarados à Receita Federal e ao Banco Central brasileiro por tratarem-se de verbas obtidas exterior e mantidas em contas das quais ele não é o titular. O BC estabelece, no entanto, que residentes são obrigados a declarar recursos que mantêm fora do país, mesmo sendo apenas beneficiários.

Em entrevista à Globo, Cunha disse que ganhou dinheiro no mercado internacional de capitais depois de deixar a Telerj, em 1993, e manteve os recursos em nome de terceiros, no Merrill Lynch. O Ministério Público Federal (MPF), que desconhecia essa ramificação dos negócios do presidente da Câmara, entende que o uso de terceiros em tais circunstâncias pode configurar lavagem de dinheiro.

Lava Jato
Em janeiro deste ano, Cunha negou, na CPI da Petrobras, que tivesse “qualquer tipo de conta” no exterior. Documentos enviados pela Justiça da Suíça mostram que uma das contas do peemedebista foi abastecida com recursos provenientes de um negócio na Petrobras. Foram cinco depósitos, em 2011, que totalizaram cerca de R$ 5 milhões

O dinheiro saiu da conta do lobista João Augusto Henriques. Ele recebeu US$ 10 milhões pelo negócio e disse ter feito o repasse como retribuição a “informações privilegiadas” que recebeu. Cunha alega que não conhecia a origem do dinheiro e que não houve movimentação dos recursos.

O presidente da Casa já foi denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por, supostamente, receber US$ 5 milhões dos lobistas Júlio Camargo e Fernando Soares, o Baiano, para facilitar a contração de dois navios sondas da estatal. O Supremo Tribunal Federal (STF) o acusa de usar contas em bancos suíços para movimentar dinheiro de propina oriundo da Petrobras.

Fonte: Revista Época