Se a defesa de Luiz Inácio Lula da Silva
continuar no rumo em que está, o ex-presidente nem sairá da cadeia — e
existe a possibilidade de que isso aconteça — nem será candidato à
Presidência. [se tratando do Brasil, pátria da 'justiça flutuante', cabe cogitar de uma absurda libertação do presidiário Lula, mas, a inelegibilidade é algo fora de questão;
se torna aplicável ao ao sentenciado Lula a famosa máxima de Carlos Lacerda:
"ele não será candidato;
se for candidato não será eleito;
se for eleito não tomará posse;
se for empossado não governará".] Nesse caso, a chance é inferior a zero. Eu poderia, de
acara, apresentar aqui um argumento jurídico: em menos de quatro meses,
não há caminho técnico que possa tornar viável essa candidatura. Mas
ainda mais impositivo é o argumento político.
É um delírio o PT imaginar
que o sistema judicial brasileiro se dobrará à pressão para que um
homem faça mudança tão espetacular de domicílio:
de uma cela na
Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para o gabinete do
presidente da República.
Apostar nesse caminho, com a devida vênia, é
uma estupidez. [a estupidez é inerente ao ser petista.] Mais: de recurso em recurso, a defesa acabou caindo numa
armadilha que criou para si mesma. Tenta agora escapar. Mas a coisa
ficou enrolada.
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Blog do Reinaldo Azevedo