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domingo, 16 de julho de 2023

A misoginia violenta do movimento trans - Revista Oeste

Tom Slater, da Spiked

O identitarismo woke se tornou um defensor da violência contra mulheres

Ilustração: Shutterstock

Quando você acha que os ideólogos de gênero não podiam se rebaixar mais, eles vão e se superam. Eventos chocantes ocorridos em Londres expuseram quanto o movimento trans e seu séquito se tornaram desvairados e moralmente perdidos.

Na Parada do Orgulho Trans+ de Londres, no sábado, 8 de julho, Sarah Jane Baker um ex-detento violento que se identifica como mulher trans subiu ao palco e defendeu a agressão às chamadas TERF (sigla em inglês para “feministas radicais trans-excludentes”), um termo ofensivo para mulheres críticas da teoria de gênero, com socos no rosto:

“Eu ia subir aqui e ser muito fofa, muito legal e muito adorável; ser queer e dar risada”, disse ele, do palco. “Mas, se vocês virem uma TERF, deem um soco na cara dela.”

Aqui está um homem que cumpriu uma pena de 30 anos por sequestro e tentativa de assassinato sugerindo que mulheres que discordam dele, que querem defender seus direitos, que não querem homens violentos como ele em seus vestiários, devem ser agredidas. E a multidão reagiu não com um silêncio estupefato ou com um susto coletivo, mas com gritos e aplausos.

Ouvir algo tão violento e misógino sendo defendido abertamente nas ruas de Londres em 2023 já é revoltante. Mas o que veio em seguida é quase pior. Na melhor das hipóteses, os organizadores do Orgulho Trans+ e um bando de figuras do Partido Trabalhista fizeram um condenação fraca de Baker. Na pior, basicamente arrumaram desculpas para ele.

O prefeito de Londres, Sadiq Khan, decidiu não comentar esse incidente vergonhoso diretamente. Em vez disso, o melhor que sua equipe de imprensa conseguiu produzir foi esta miserável declaração: “O prefeito se orgulha de ser um aliado da comunidade LGBTQI+ e já deixou claro seu apoio à comunidade trans. Assim como deixou claro que a violência nunca é aceitável”. 
 
Mais deprimente ainda foi a reação da organização do Orgulho Trans+, que basicamente disse que o rompante de Baker era meio compreensível (depois da tradicional condenação da violência, claro). “Sarah e muitas outras pessoas da nossa comunidade guardam muita raiva e têm o direito de expressar essa fúria usando palavras”, disse o porta-voz do evento.

Então Clive Lewis, membro do Partido Trabalhista do Parlamento britânico se juntou ao debate com exemplo espetacular de enrolação. “Defender a violência contra os demais é errado, e esse caso não é uma exceção”, ele tuitou. “Mas, como vocês sabem, falas e ações violentas não são exclusividade de apenas um dos lados da questão.”

Esse argumento seria deplorável, mesmo que fosse verdade. 
Mas, como qualquer um que esteja acompanhando as guerras de gênero sabe, a violência, as ameaças e o ódio nu e cru não vêm do lado que critica as questões de gênero. 
Eles vêm quase exclusivamente dos ativistas trans, que parecem estar furiosos com a mera existência dessas mulheres arrogantes.

Vamos nos lembrar da viagem da ativista crítica das questões de gênero Posie Parker para a Oceania, em março. 
A viagem culminou com uma manifestação pacífica de mulheres organizada por Parker em Auckland sendo violentamente invadida por uma multidão de homens. 
A ativista foi agredida. Uma mulher mais velha levou um soco no olho.
 
Ou de Riley Gaines, a nadadora norte-americana que foi atacada na Universidade de São Francisco, em abril, quando tentou protestar contra a inclusão de homens em esportes femininos. Ou de Maria MacLachlan, a mulher de 60 anos que levou um soco no rosto de um ativista trans na casa dos 20 enquanto esperava para participar de um evento de crítica à teoria de gênero no Hyde Park, em Londres, em 2017.

Também vemos as ameaças e alfinetadas maldisfarçadas e não tão disfarçadas — às mulheres que criticam questões de gênero quando ousam falar em público ou se reunir
Em uma manifestação da ação Let Women Speak, ativistas trans cercaram o grupo e começaram a entoar “Nazista bom é nazista morto, então se matem”. Jo Phoenix, uma pesquisadora que critica o debate de gênero, foi silenciada na Universidade de Essex em 2019 depois de protestos dos estudantes. Nos preparativos para o evento, circulou um folheto que dizia “CALE A BOCA, TERF DE MERDA”, ao lado da imagem de uma arma.

Se Clive, Sadiq ou a equipe do Orgulho Trans+ pudessem me mostrar contraexemplos, de feministas radicais de destaque incentivando agressões físicas a ativistas trans, dando voltas sobre o tema ou se recusando a condenar quem comete essas agressões, eu adoraria vê-los. Mas todos sabemos que não existem. Com todas as acusações de transfobia feitas contra ativistas críticas das questões de gênero ao longo dos anos, não são elas as extremistas e inimigas nesse debate — e nunca foram. 
No entanto, essas mulheres não só são difamadas como uma ameaça à vida das pessoas trans por defenderem seus direitos baseados no sexo, conquistados com tanta luta, mas também estão sendo tratadas de maneira absurda pela lei. Feministas radicais têm sido investigadas, presas e processadas por ofensas graves como distribuir adesivos dizendo “Mulheres não têm pênis” ou por errar o pronome de alguém durante uma disputa no Twitter.

Em contraste, enquanto este artigo era escrito, nenhuma investigação sobre Sarah Jane Baker estava sendo feita, apesar da natureza muito mais extremista de seus comentários e de sua longa ficha criminal. Baker passou 30 anos na prisão, originalmente por sequestrar e torturar um familiar, e depois por tentar matar outro detento. (Baker fez a transição durante o encarceramento e afirma ter removido os próprios testículos com uma lâmina de barbear.) Ativista trans Sarah Jane Baker | Foto: Reprodução/YouTube

Atribuindo a um lado a questão espinhosa da incitação nesse caso, e considerando a linha tênue entre desabafar a própria raiva e fazer uma incitação direta à violência, simplesmente não é possível comparar as chamadas TERF com os ativistas trans. Um lado está defendendo de forma robusta seus direitos contra uma onda de preconceitos e assédio rotineiro da polícia. O outro lado são ativistas trans que não apenas têm extremistas genuínos em seus grupos, mas também têm passe livre dos membros do Partido Trabalhista, das universidades e até da polícia.

O ódio violento contra as mulheres voltou num formato politicamente correto. Homens estão sendo celebrados em manifestações por incentivar agressões a ativistas dos direitos das mulheres. Enquanto isso, políticos e ativistas, que em qualquer outra situação poderiam se considerar valentes guerreiros contra “o patriarcado”, estão desviando o olhar ou justificando essas ações.

Nunca imaginei que veria o dia em que esquerdistas autodeclarados se tornariam apologistas da violência contra mulheres. Mas nada mais me surpreende. A ideologia de gênero está enraizada no cérebro deles. Precisamos enfrentar essa misoginia woke.

Tom Slater é editor da Spiked.
Ele está no Twitter: @Tom_Slater_

Leia também “Greta e a guerra ecológica contra a classe trabalhadora”
 
 
 

quinta-feira, 14 de março de 2019

Massacre em Suzano reacende polêmica sobre posse de armas, dizem especialistas

Advogados divergem: uns consideram que o massacre foi ‘um fato isolado’, para outros, se tratou de um alerta

[Destacamos as sábias palavras do advogado Fabrício Rebelo, do Centro de Pesquisa em Direito e Segurança:

o caso não está vinculado à maior ou menor circulação de armas, e sim à segurança dos estabelecimentos de ensino. "Se não tivermos mecanismos de controle de acesso, nada que se pense a respeito de evitar casos assim vai surtir efeito", ressaltou. 

"Uma coisa que deve se ter sempre em mente é que, por mais mecanismos de controle que se tenha, quando alguém já está predisposto a cometer um ato desses, chegando ao extremo de tirar a própria vida, é muito pouco eficaz qualquer medida de controle que não seja a eliminação desse agente."   

Palavras que devem ser memorizadas e orientar as autoridades de segurança.]

[os defensores da tese -  BANDIDOS ARMADOS, PESSOAS DE BEM, DESARMADAS - querem aproveitar uma tragédia,  que foi um fato isolado, na qual foram utilizadas uma arma antiga, machados, besta, arco e flecha, para retirar a liberdade das PESSOAS DE BEM se defenderem.

Uma tragédia igual a de Suzano, ocorreria de qualquer forma, ainda que até portar uma lâmina de barbear fosse proibido; eles estavam decididos a matar e conseguiriam armas.

O que faltou foi segurança na escola, que poderia ter contido os assassinos.

A militarização das escolas defendida pelo presidente Bolsonaro e iniciada, em uma de suas modalidades, no DF impedirá que fatos dessa natureza se repitam. 

e os defensores do desarmamento - das PESSOAS DE BEM, os bandidos continuarão armados - deveriam ter a honestidade de reconhecer que os massacres ocorridos no Brasil, teriam ocorrido  independentemente de mais ou menos restrições à posse e porte de armas.]

O massacre em Suzano, que deixou 10 mortos e 11 feridos, divide opiniões sobre como esse capítulo de sangue pode influenciar na política de flexibilização do porte e posse de armas. Para alguns advogados, professores de Direito e especialistas em gestão pública e segurança, a lição que fica é que "é um passo perigoso". Para outros, chacinas como a de Suzano são “fatos isolados” sem qualquer relação causal com o fato de a legislação brasileira ser mais ou menos permissiva. 

Acompanhe  em tempo real as notícias e novas informações sobre o ataque a tiros na Escola Estadual Raul Brasil
 
"A tragédia dialoga diretamente com o posicionamento dos organismos internacionais e dos especialistas em segurança pública: quanto menos armas circularem na sociedade mais segura ela será", afirma Mônica Sapucaia Machado, advogada, cientista política e coordenadora de pós-graduação em Administração Pública da Escola de Direito do Brasil (EDB). Para ela, à luz do Direito e da política de segurança, a restrição de acesso às armas deve ser a regra, não a exceção. A posição do criminalista e constitucionalista Adib Abdouni é diametralmente oposta. Para ele, a "tragédia repugnável ocorrida em Suzano não se enquadra como evento típico resultante da escalada irrefreável do crime no País". "É um ato isolado que não deveria influenciar nem na questão da posse de armas nem no pacote anticrime recentemente lançado pelo ministro Sergio Moro." 

Para o criminalista João Paulo Martinelli, da EDB, o grande problema de facilitar a posse é a dificuldade de fiscalizar o comportamento de quem possui a arma, para evitar que ela seja levada para além dos limites da residência. "O novo decreto facilitou a posse, não o porte", observa Martinelli. "Mas o Estado não possui estrutura para assegurar que o possuidor não saia de casa com a arma. Em outros termos, o limite entre a posse e o porte depende de efetiva fiscalização do Estado." 

O diretor do Instituto Sou da Paz e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Ivan Marques, concorda que o maior problema em relação ao novo decreto do presidente Bolsonaro é que ele não resolve a ineficácia do Estado no rastreamento de armas desviadas para o mercado ilegal. "São as armas legais que acabam abastecendo a criminalidade. Isso só tem um resultado: o aumento da violência, com o uso da arma de fogo no crime."

Segurança de escolas
"De tudo que eu conheço dos estudos dessa área (segurança pública), os melhores resultados ocorrem em sociedades onde há, por um lado, rígido controle da posse de armas e, por outro, um sistema de segurança e Justiça eficientes", observa o coordenador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), Sérgio Adorno. Mas ele destaca que o número reduzido de atentados a escolas no Brasil nas duas últimas décadas dificulta a análise. "É um número muito pequeno de casos para sabermos se há um padrão, em termos do perfil de agressor, das armas utilizadas, do contexto em que isso acontece." [felizmente são poucos e militarizar as escolas e até mesmo armar alguns professores podem reduzir mais ainda;
e os defensores do desarmamento - das PESSOAS DE BEM, os bandidos continuarão armados - deveriam ter a honestidade de reconhecer que os massacres ocorridos no Brasil, teriam ocorrido  independentemente de mais ou menos restrições à posse e porte de armas.]
 
Já o advogado Fabrício Rebelo, do Centro de Pesquisa em Direito e Segurança, o caso não está vinculado à maior ou menor circulação de armas, e sim à segurança dos estabelecimentos de ensino. "Se não tivermos mecanismos de controle de acesso, nada que se pense a respeito de evitar casos assim vai surtir efeito", ressaltou. "Uma coisa que deve se ter sempre em mente é que, por mais mecanismos de controle que se tenha, quando alguém já está predisposto a cometer um ato desses, chegando ao extremo de tirar a própria vida, é muito pouco eficaz qualquer medida de controle que não seja a eliminação desse agente."