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quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Criminosos à vontade nas sedes do poder em Brasília - Gazeta do Povo


Marcel van Hattem - VOZES


Reunião
 
A chamada “dama do tráfico” amazonense, esposa de líder do Comando Vermelho, foi recebida duas vezes neste ano por assessores do ministro Flávio Dino.
 
 A chamada “dama do tráfico” amazonense, esposa de líder do Comando Vermelho, foi recebida duas vezes neste ano por assessores do ministro Flávio Dino.| Foto: Tom Costa/MJSP
 
A recepção da "Dama do Tráfico" no Ministério da Justiça brasileiro pode ter sido a pá de cal nas pretensões do ministro Flávio Dino de ser indicado por Lula para a segunda vaga aberta para o STF.  
Eu ainda duvido, pois esse governo consegue se superar na infâmia todos os dias. 
O fato é que, se for apenas esta a consequência, ainda é muito, mas muito pouco.
 
Senão, vejamos: o governo brasileiro, no seu mais importante prédio no que diz respeito à defesa da lei e da ordem, o Palácio da Justiça na Esplanada dos Ministérios, recebeu Luciane Barbosa Farias, conhecida como “Dama do Tráfico” e condenada em segunda instância a dez anos de reclusão, para discussões sobre supostas torturas no sistema carcerário brasileiro. 
Pior: tudo sem o devido registro nas agendas dos agentes públicos que a receberam, em claro descumprimento das regras da Lei 12.813, de Conflitos de Interesse. 
E quem é um dos presos que Luciane defende? Seu próprio marido, Clemilson dos Santos Farias – o Tio Patinhas, condenado a 31 anos de cadeia, líder do Comando Vermelho no Amazonas, e cuja reputação macabra inclui atrocidades feitas contra as vítimas de seus homicídios.

Lula e o PT não somente deixam criminosos à vontade para circular nas ruas, como também financiam suas visitas aos prédios governamentais.

Para acrescentar insulto à injúria, ou humor negro à tragédia, Luciane Farias revelou com a maior naturalidade, em entrevista coletiva, que não só aguarda publicação da sua nomeação para o Comitê de Prevenção e Combate à Tortura do estado do Amazonas, como teve sua viagem a Brasília custeada pelo ministério de Silvio Almeida. Pode?  [AQUI, por um lapso, em muito facilitado pela INcompetência, INoperância e omissão do chamado ministério do ainda ministro Almeida, deixamos de apontá-lo como o terceiro a ser expelido do ministério petista - tem tudo para ser ainda este mês.]

É o Estado financiando, literalmente, o crime organizado.

Como se não bastasse, além do dinheiro do governo financiar as viagens da Dama do Tráfico a Brasília, o próprio tráfico financia sua Organização Não Governamental (ONG). O Instituto Liberdade do Amazonas passou recibo de pagamentos a líderes da organização criminosa Comando Vermelho, segundo investigação da Polícia Civil do estado. Ou seja: é o Estado pagando a viagem, o tráfico pagando a hospedagem e alimentação de quem vai a Brasília defender supostos “direitos humanos” daqueles que mais limitam os direitos humanos à vida, à propriedade e à liberdade dos cidadãos brasileiros, que vivem amedrontados pela altíssima criminalidade no país.
 
Qual a reação das autoridades diante de tamanho descalabro? Providências imediatas para profunda averiguação e exemplar punição aos responsáveis, garantindo que a sociedade sinta-se segura e saiba que o episódio foi absolutamente isolado?
Indignação com o desleixo do segundo e terceiro escalões do Ministério da Justiça com a ausência de checagem de antecedentes de quem entra no Palácio? 
Anúncios de novas medidas de segurança pública contra a audácia de traficantes e do crime organizado? Nada disso!
 
No meu caso e no de diversos outros parlamentares da oposição, Flávio Dino optou por bloquear-me após a manifestação que fiz, na qual afirmei que o impeachment de Lula e seus ministros ainda seriam insuficientes diante da bandalheira desse governo. 
Ponderei que um governo que não dá o básico à sua população, segurança, e oferece o contrário, apoio à criminalidade, merece que seus integrantes delinquentes tenham o mesmo destino dos mais perigosos bandidos: a cadeia
A crítica da oposição, por mais ácida que seja, é parte da democracia. 
No Fantástico Mundo de Dino, porém, prefere-se não se tomar conhecimento dos opositores (que antes merecem um frígido Gulag siberiano) e fechar-se na bolha dos bajuladores que inflam sua soberba que, proverbialmente, costuma preceder a ruína.
 
O governo ficou nas cordas. 
Seus representantes preferem atacar uma suposta “extrema-direita fascista” por repercutir as notícias, fingindo ignorar o fato de que foram órgãos de imprensa tradicionais e jornalistas profissionais que apuraram o caso e seguem divulgando seus reais, verídicos e palpáveis desdobramentos. 
O governo mira e alveja o mensageiro (hoje a oposição, em breve a própria imprensa como nas ditaduras admiradas pelos petistas), enquanto a mensagem principal permanece intacta: Lula e o PT não somente deixam criminosos à vontade para circular nas ruas, como também financiam suas visitas aos prédios governamentais. Onde vamos parar?
 
Conteúdo editado por:Jocelaine Santos
 
Marcel van Hattem, deputado federal -  Gazeta do Povo - VOZES

domingo, 28 de maio de 2023

A tragédia das crianças argentinas: Fome, indigência e trabalho infantil

Mundo - John Lucas

Fome, indigência e trabalho infantil: A tragédia das crianças argentinas

Olá, tudo bem? Aqui fala Jones Rossi, editor de Ideias e Mundo da Gazeta do Povo. 

A condução da economia argentina pelo governo esquerdista de Alberto Fernández é um desastre. Assim como Lula, Fernández prometeu churrasco ao povo argentino, que hoje come menos carne que nunca. A maior inflação em 20 anos — deve ser ainda maior em 2023 — corrói o salário do trabalhador e as reservas cambiais do país estão acabando. O argentino pode se deparar com três preços diferentes para um mesmo produto em apenas duas horas

A situação é tão ruim que a esquerda aparentemente desistiu: o atual presidente, Alberto Fernández, já disse que não vai concorrer à reeleição. Cristina Kirchner, atual vice e uma das principais responsáveis por afundar a Argentina, também declarou estar fora da próxima corrida presidencial

Em meio a tudo isso, quem mais sofre são as crianças, que pagam pelos erros dos adultos. Com a economia em frangalhos, em 2022 mais 400 mil menores de 14 anos passaram para baixo da linha da pobreza no país, o que elevou o total de crianças pobres para 5,9 milhões.

Além disso, quase metade das crianças com menos de cinco anos na Argentina vive em lares que não conseguem ter supridas as simples necessidades de uma cesta básica. O repórter John Lucas explica melhor a tragédia que se abate sobre as crianças argentinas.

 

Crise

Desastre econômico agravado pelo governo Fernández já afeta mais da metade das crianças da Argentina

Menina caminha em rua de Buenos Aires: número de menores de 14 anos abaixo da linha da pobreza chegou a 5,9 milhões em 2022| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni [uma das metas da DESplano de governo do petista é transformar o Brasil em uma Argentina piorada = Brasil ajudando Argentina será a distribuição da miséria.] 

Em 2019, ao tomar posse como presidente da Argentina, o esquerdista Alberto Fernández, que vive seus últimos meses no cargo, disse as seguintes palavras em seu discurso: “Precisamos de um novo contrato social, fraterno e solidário, porque chegou a hora de abraçar o diferente. Este é o espírito do tempo que inauguramos hoje. Para colocar a Argentina de pé, temos que superar o muro do rancor e do ódio, o muro da fome que afasta os homens”.

Passados quatro anos, a Argentina não só não superou o muro do ódio e o da fome, como também se vê a cada dia mais afundada em dívidas, na alta inflação e no aumento da pobreza. O país vizinho passa pelo acirramento de uma de suas maiores e mais complexas crises econômicas. Essa crise impacta todos os setores da economia local e a vida da população, que vê seu poder de compra se esvair a cada semana.

Entre todas as pessoas afetadas, as que mais sentem a crise agravada pelo peronismo são aquelas que dependem diretamente do cuidado e da atenção dos mais velhos. Alberto Fernández também disse no dia da posse que “uma em cada duas crianças é pobre em nosso país”. No entanto, a preocupação do presidente ficou somente no discurso. Na prática, durante seu governo foram justamente as crianças argentinas que mais sofreram com a falta de assistência, empregos e oportunidades para os seus responsáveis.

Em seu levantamento mais recente, divulgado em março deste ano e baseado em dados coletados em 2022, o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina (Indec) revelou que mais 400 mil menores de 14 anos passaram para baixo da linha da pobreza no país, o que elevou o total de crianças pobres para 5,9 milhões.

Com o agravamento da crise, o número de pessoas nessa faixa etária em estado de vulnerabilidade social aumentou mais de 6% em 12 meses. O número total representa cerca de 54% de todos os menores de 14 anos do país. A situação fica ainda mais preocupante quando se considera também que quase metade das crianças com menos de cinco anos na Argentina vive em lares que não conseguem ter supridas as simples necessidades de uma cesta básica.

“A cada dia, [o número de pessoas] aumenta mais para o leite, para a janta. As meninas vêm com crianças pequenas e trazem os documentos para poder se inscrever [no refeitório]. Se não vêm, não comem, revelou Marta Valiente, uma colaboradora de um refeitório solidário localizado no bairro Zavaleta, uma das maiores favelas de Buenos Aires, em entrevista à agência EFE.

Estima-se que atualmente cerca de 12% das crianças argentinas menores de 14 anos vivam também em condição de indigência, ou seja, não têm acesso à alimentação necessária para uma vida saudável.

Esse dado é mencionado no relatório mais recente, divulgado em abril, do Barômetro da Dívida Social da Infância, da Universidade Católica Argentina (UCA), que mostrou também que seis em cada dez crianças argentinas são pobres e cerca de 33% dos pequenos do país sofrem de insegurança alimentar. O relatório apontou que 14,4% dessas crianças enfrentam insegurança alimentar grave. “As famílias não conseguem suprir uma cesta básica de alimentos para as crianças. Além disso, 13% das crianças enfrentam situações de fome porque seus pais não conseguem trabalhar nem alimentá-las. Essa realidade está intimamente ligada à extrema pobreza e indigência, que persistem em valores semelhantes”, declarou a coordenadora do relatório, Ianina Tuñon, à CNN Argentina.

Dados oficiais divulgados pelo Indec revelaram este mês que a inflação interanual registrada em abril na Argentina atingiu 108,8% — 8,4% no nível mensal. Entre as categorias com maior alta, estiveram alimentos e bebidas não alcoólicas, juntamente com carnes, laticínios e produtos vegetais. “A problemática da inflação é mais crítica quando se trata da medição da pobreza monetária e alimentar”, afirmou Tuñon, na mesma entrevista.

Trabalho infantil
Além disso, o relatório da UCA apontou que os níveis de trabalho infantil, incluindo atividade doméstica e econômica, voltaram a crescer de forma alarmante no último ano. De acordo com o estudo, por causa dos efeitos da crise macroeconômica, o número de crianças trabalhando atingiu a marca de 14,8% dos menores de 14 anos argentinos. Essa porcentagem é mais alta que a registrada no período pré-pandêmico (2019), quando a UCA havia registrado 14,7%.

(...)

Crise afeta população mais carente
A crise inflacionária argentina
, agravada pelo governo de Alberto Fernández e Cristina Kirchner, atingiu de forma brutal a população mais pobre do país, uma vez que setores econômicos com rendas mais baixas, geralmente com predominância de empregos informais, ficaram totalmente desprotegidos contra o aumento dos preços.

sábado, 15 de abril de 2023

Políticas semelhantes, cenários bem diferentes - Alon Feuerwerker

Análise Política

Toda tentativa de justificar política exterior com base em princípios tão bonitos quanto absolutos costuma terminar em impasse, quando não em comédia; ou tragédia.  
Pois os interesses frios sempre acabam prevalecendo, restando aos ideólogos dar aquela maquiada básica para salvar a face
Um exemplo recente é o conflito da Ucrânia.

Dois princípios nas relações internacionais são o direito à autodeterminação e o direito à integridade territorial. No conflito da hora, Kiev esgrime com o segundo, mas Moscou argumenta com o primeiro para as repúblicas do Donbass e as regiões sulistas do vizinho, Crimeia inclusive, que decidiram [autodeterminação.] se desligar.

Na dissolução e fragmentação da Iugoslávia, duas décadas atrás, os Estados Unidos e a OTAN invocaram o direito à autodeterminação, enquanto uma enfraquecida Rússia argumentava, imponentemente, em defesa da integridade territorial da Iugoslávia. No final, quem pôde mais chorou menos.

O observador razoavelmente atento notará que os EUA e a União Europeia retiraram dos arquivos o play-book da Guerra Fria 1.0 para conter a ascensão da China. Impor crescentes constrangimentos econômicos, deflagrar uma corrida armamentista e dar o golpe final por meio das tensões étnico-nacionais e do separatismo.

Entre as dificuldades na tentativa de repetir o roteiro, uma frequenta mais amiúde os pesadelos do Ocidente. Quando a URSS declinou e finalmente desapareceu, havia tempo que não era mais aliada da China, que na geopolítica estava até mais próxima dos EUA. Hoje, a ameaça existencial comum empurra chineses e russos a aliar-se estrategicamente.

Na economia e na esfera militar são nações que se complementam num encaixe quase perfeito.

Eis por que o Ocidente não pode nem pensar em conter a China, o objetivo central na Guerra Fria 2.0, sem atrair a Rússia para sua esfera de influência ou desmembrá-la, a exemplo do que foi feito com a URSS.
[não podemos olvidar, que a China conta agora com o apoio, que não pediu, nem precisa, do 'estadista' de todos os estadistas, ex-presidiário que preside o Brasil.]

Ou as duas coisas.

A Federação Russa permanece um dos poucos estados de fato plurinacionais no planeta, com potenciais tensões separatistas permanentes. Enquanto o Ocidente argumenta com o direito à integridade territorial da Ucrânia, usa a Ucrânia para desestabilizar a integridade territorial russa.

O que, aliás, somado à crescente simpatia ocidental pela tese de Taiwan independente e pelas pressões separatistas em Hong Kong e Xinjiang, ajuda a amalgamar a aliança entre Moscou e Beijing.

E o Brasil com isso? O cenário internacional para nós, também pelos motivos expostos, é incomparavelmente mais complexo do que quando Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao Planalto pela primeira vez, em 2003.

Naqueles tempos, 1) os EUA tinham o foco na guerra ao terror; 2) uma enfraquecida Rússia estava saindo do catastrófico governo de Boris Ieltsin; e 3) ainda prevalecia a esperança ocidental de que o desenvolvimento econômico chinês, orientado ao mercado e à globalização, faria entrar em colapso o poder comunista.

Assim, Lula pôde implodir o projeto norte-americano da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) sem maior consequência, teve espaço para projetar poder econômico-financeiro regional e o Brasil ajudou alegremente a construir os Brics. Mas os ventos começaram a mudar lá pelo final da década, acelerados pela crise de 2008/09, e quem acabou pagando o pato da insatisfação de Washington com o expansionismo e o independentismo brasileiros foi Dilma Rousseff.

Os EUA estão crescentemente nervosos diante da ameaça de um ocaso em seu reinado de única superpotência. E bem quando a história parecia ter chegado ao fim, dando razão a Francis Fukuyama, e quando o breve século XX, na definição de Eric Hobsbawm, tinha ficado para trás.

Mas as duas teses balançam. Fukuyama e Hobsbawn estão em xeque. O século XXI está cada vez mais parecido com o anterior.  Como Lula vai descascar o abacaxi? Até agora, recorreu aos velhos truques, de eficácia comprovada. Foi a Washington e disse coisas agradáveis aos anfitriões, depois dirigiu-se a Beijing para falar coisas que fizeram bem aos ouvidos dos chineses. Nas duas viagens, procurou extrair o melhor da relação.
[será que qualquer das partes acreditou no que ouviu? sabem que são palavras proferidas por um mentiroso patológico - .vide Lula se jactando para Jaime Lerner de que  mentia.]

Não deixa de ser inteligente como aposta para não queimar pontes.

Só é preciso saber até quando isso será suficiente. Pois de vez em quando chega uma hora em que os princípios, como tratado no início deste texto, e as declarações genéricas de intenções não dão mais para o gasto.

E 2023 não é 2003. 

Alon Feuerwerker, jornalista e analista político 

 


sexta-feira, 31 de março de 2023

Massacre trans - Revista Oeste

Rodrigo Constantino

Em alguns casos mais bizarros, os comentaristas resolveram culpar as vítimas! A culpa pelo tiroteio seria dos próprios cristãos, do “clima de intolerância” para com a comunidade trans 

Atirador matou sete crianças na segunda-feira 27, numa escola particular da cidade de Nashville, no Estado do Tennessee | Foto: Montagem Revista Oeste/Departamento de Polícia de Nashville

Atirador matou sete crianças na segunda-feira 27, numa escola particular da cidade de Nashville, no Estado do Tennessee -  Foto: Montagem Revista Oeste/Departamento de Polícia de Nashville  

Indivíduos agem. Logo, indivíduos devem ser responsabilizados por seus atos. Claro que as ideias e os valores disseminados no entorno podem influenciar tais ações, mas, quando deixamos de culpar o próprio indivíduo por seus malfeitos, temos um convite a novos erros. Por isso a impunidade é um mecanismo perverso de incentivo a novos crimes.

Faço esta breve introdução para comentar a nova tragédia numa escola norte-americana. Mais um tiroteio
Uma pessoa abriu fogo contra crianças e professores, matando sete inocentes. 
Tais atos terroristas quase nunca apresentam uma razão simplista. 
Mas fica clara a tentativa de manipulação da mídia e da esquerda.
 
No caso, a atiradora era uma mulher biológica, mas se identificava como homem. Ou seja, era um homem trans
O alvo era uma escola cristã, na qual ela (ou “ele”) já havia estudado. 
A assassina deixou um manifesto, e a polícia disse que havia alvo certo, ou seja, o motivo do atentado era o fato de se tratar de uma escola cristã. Crime de ódio, certamente. Mas não para nossos jornalistas “progressistas”.

Para a patota woke espalhada pela imprensa, só há crime de ódio quando o algoz é homem e branco e a vítima pertence a alguma “minoria”. Existe uma narrativa predeterminada, e, se os fatos não atendem a tal narrativa, então pior para os fatos: ou se abandona a história, ou se muda o foco. 

Ficamos assim: para “proteger” jovens trans da direita tacanha, aceitamos até mesmo que jovens trans matem… crianças!

Foi a escolha neste episódio lamentável. Como uma pessoa transgênero abriu fogo contra crianças cristãs, então a mídia resolveu falar apenas de armas. 
Eis que o objeto inanimado ganha volição e passa a ser o verdadeiro problema. É como quando fundamentalistas islâmicos praticam atos terroristas: carros, caminhões e aviões ganham vida própria, como se fossem os Transformers, para ocultar o sujeito da ação e suas intenções.

Em alguns casos mais bizarros, os comentaristas resolveram culpar as próprias vítimas
A culpa pelo tiroteio seria dos próprios cristãos, do “clima de intolerância” para com a comunidade trans. Se um cristão atira numa pessoa trans, então é prova do preconceito violento da direita; 
mas, se um cristão é alvo de tiros de uma pessoa trans, então isso também é prova do preconceito violento da direita! Cara, eu ganho; coroa, você perde: independentemente do que acontece, a culpa é sempre da direita “intolerante”.
 
Teve comentarista na mídia que ainda trouxe à tona uma decisão recente do Estado onde ocorreu a tragédia proibindo cirurgias em crianças consideradas transgêneros. 
Ou seja, se você é contra permitir a mutilação de crianças confusas ou que sofrem de disforia de gênero, acreditando ter nascido no corpo errado, então você só pode ser um defensor do genocídio de trans. 
 E, para se defender de gente terrível como você, até o terrorismo parece justificável. 
Ficamos assim: para “proteger” jovens trans da direita tacanha, aceitamos até mesmo que jovens trans matem… crianças!

É tudo tão bizarro que dispensa maiores reflexões. Estamos diante da loucura plena. A turma que criou o “ódio do bem” tem ajudado a espalhar um clima de degradação moral enorme no país. Sendo sempre a “vítima” na história, essa gente que se diz “minoria” considera legítimo partir para o ataque em nome de uma suposta legítima defesa.

É a visão amalucada e revolucionária de Marcuse, como explica Theodore Dalrymple: “As ideias de Marcuse eram tão bobas que teriam sido engraçadas se ninguém as tivesse levado a sério. Apesar de ele estar quase esquecido hoje em dia, uma de suas ideias mais tolas e perniciosas, a da tolerância repressiva, está voltando, se não na teoria, na prática. De acordo com esse conceito, a repressão praticada pelos conservadores é intolerável, mas a repressão praticada pela esquerda é na verdade uma forma de libertação, e não representa repressão nenhuma”.

Vamos “libertar” o mundo do ódio e do preconceito, eliminando quem pensa diferente! É por isso que fascistas da Antifa agridem inocentes em nome do combate ao fascismo, enquanto autoritários esquerdistas praticam a censura pelo “crime” de opinião em nome da tolerância e da democracia. Essas ideias têm consequências, e, quando alguém nitidamente perturbado resolve agir com base nelas, não deveríamos ficar tão surpresos assim.

Claro que não seria justo acusar toda pessoa trans de ser potencialmente violenta, mas, quando as narrativas midiáticas fornecem justificativas para a “violência do bem”, devemos esperar que alguns malucos possam agir com base nesse contexto insano. E, como a doença mental é um dos fatores mais negligenciados nesses atentados em escolas, talvez seja um bom ponto de partida buscar suspeitos entre aqueles que juram pertencer ao sexo oposto e ainda bancam as vítimas quando o mundo não se curva diante de seus fetiches ou delírios.

Não podemos incorrer no mesmo erro de generalização em que a imprensa sempre cai para condenar toda a direita quando indivíduos violentos agem em nome de uma ideologia. 

Mas podemose acho que devemos mostrar que essa ideologia de gênero que força a barra para enfiar goela abaixo de todos a ideia de que basta “se sentir” para de fato ser, num subjetivismo radical que desafia a própria natureza, tem produzido mais e mais indivíduos insanos e perigosos.

Três crianças morreram num tiroteio que aconteceu nesta 
segunda-feira (27) numa escola particular da cidade de Nashville, 
no Estado do Tennessee | Foto: Reprodução/Departamento de Polícia 
de Nashville

Leia também “Elos cabulosos” 

 

Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste

 

domingo, 19 de março de 2023

[cumprida a profecia do Alckmin] - O pró-crime está de volta - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

A ideia fixa do presidente e do seu sistema é proteger os direitos de quem praticou crimes

 [cumprida a profecia do Alckmin]  

Não existe nenhuma desgraça que oprima tanto e de forma tão direta a população brasileira, sobretudo os mais pobres, quanto o crime. Num país em que o governo diz 24 horas por dia que é “popular”, que cuida dos “menos favorecidos”, etc., etc., essa deveria ser a prioridade das prioridades: dar um pouco mais de segurança pessoal para o cidadão que trabalha, paga imposto, respeita a lei e, muitas vezes, sustenta uma família. 
 Mas o que acontece no mundo das realidades é exatamente o contrário. 
A noção de “segurança”, para o governo Lula, é fornecer conforto, proteção e apoio aos criminosos, principalmente os que estão nas prisões
a ideia fixa do presidente e do seu sistema é proteger os direitos de quem praticou crimes, e não os direitos de quem sofre diariamente com eles
Num país que teve quase 41 mil assassinatos no ano passado, a preocupação do governo é o bem-estar de quem matou, e não de quem foi morto; [cabe lembrar que a família de um bandido,  por mais cruel que seja, recebe mensalmente, de auxílio reclusão,  mais de um salário mínimo - portanto, valor superior ao que ganha um trabalhador que rala o mês inteiro para ganhar pouco mais de R$ 1.200,00; sem pretensão de fazer apologia ao crime, não podemos deixar de destacar  que um trabalhador que ganhe salário mínimo, se assassinar alguém, qualquer que seja a motivação, vai propiciar a sua família melhores condições de vida do que quando ele trabalhava - preso, ele ainda tem o bônus de não dar despesa nenhuma em casa - é mantido pelo Estado sem usar um centavo do auxílio reclusão que família recebe.] 
bem mais precioso que o Estado tem a obrigação de defender, a vida humana, ainda que por crueldade é tratado publicamente como lixo pelo governo, e a sua defesa é excomungada como coisa “de direita”, “fascista” e daí para baixo. 
Do direito a não ser roubado, então, é melhor nem falar nada.

A última prova desta opção oficial pelos criminosos e pelo crime é a ressurreição do “plano de segurança”, que vigorou no Brasil entre 2007 e 2016 e durante o qual, entre outras calamidades, o número de homicídios aumentou 30%. É um desses casos, medidos numericamente, em que o governo age de maneira concreta em favor do crime. Com a deposição do PT e a eliminação do “plano”, o número de assassinatos começou a cair imediatamente, e continuou caindo sem parar até dezembro de 2022; 
continua sendo um dos mais altos do mundo, mas só nos últimos cinco anos foram 18 mil homicídios a menos, ou 18 mil vidas salvas. 
 Lula anuncia, agora, a retomada do projeto que deu errado – errado para o povo brasileiro, e certo para os criminosos. 
Suas taras são perfeitamente conhecidas. 
Soltar gente que está presa, para diminuir a “superpopulação” das penitenciárias. Em vez de dar verbas para a polícia (que, segundo Lula, tem de ser mais “civilizada”), forra de dinheiro as “ONGs” que se dedicam à proteção de presidiários.  
Desarmar os cidadãos que têm armas compradas legalmente – e por aí se vai.
 
“As cadeias estão cheias de gente inocente no Brasil”, disse Lula ao relançar o “plano”
É isso, com toda a tragédia que está aí, que o presidente da República tem a dizer para os brasileiros em matéria de segurança: que o problema do Brasil é a “injustiça” com os presos, e não os assassinatos, roubos e estupros. É a contratação de mais um desastre.

J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo


sábado, 31 de dezembro de 2022

Vá que se abra o céu... - Percival Puggina

       Enquanto há vida, há esperança. Vá que se abra o céu e o Altíssimo decida intervir diretamente? Nunca se sabe, mas já aconteceu antes. São intervenções do tipo – “Até aqui deixei rolar, mas assim, também, já é demais. Esse povo bom não merece isso”.

Para efeitos didáticos, contudo, convém dar uma olhada no ministério escolhido por Lula. O Estado brasileiro foi submetido a um trabalho de açougueiro, de retalhista, dividido em cortes e recortes e agora cada um trate de puxar brasa para seu assado.

Espero que os leitores entendam que esse é o adicional de custo a pagar pelo tipo de “democracia" que nos disponibilizam: um modelo político corruptor e por um governo que já mostrou o quanto pode andar por esse caminho.  
Duas dúzias de ministérios não compram base de apoio no Congresso para um grupo político que, chegando, vem com a legitimidade carunchada. 
É preciso, no mínimo, o dobro para que partidos e parlamentares sorriam com agrado e a sociedade seja emudecida pela gratificada desfaçatez de seus representantes.

É assim que funciona a democracia à brasileira: às costas do povo, em conchavos de mesa de restaurante, hotéis no exterior, jatinhos e eventos cabulosos. Por vezes, imagino uma conversa quase de alcova entre um congressista e um ministro do STF: “Temos que parar de nos encontrar desse modo, Excelência...”.

Montada a máquina, com as empresas estatais gastando bilhões para publicizar sua atividade monopolista, ou seja, transferindo dinheiro direto para o caixa da tal “imprensa tradicional”, a única ponta infeliz da história é o povo pagador da conta e predeterminada vítima da tragédia. Mas o povo, bem sabemos, é um detalhe a ser mantido em silêncio obsequioso porque, afinal, o Estado brasileiro, quando posto diante do espelho, sabe que ele existe, principalmente, para proteger as próprias prerrogativas e se defender da sociedade.

Retomando o fio da meada e encerrando: se você examinar os 37 ministérios e seus titulares à luz do que sabe sobre o petismo e sobre a esquerda, entenderá que não só o Estado brasileiro está ali retalhado – os bens nacionais também o estão. 
Há ministérios para expropriar território nacional, bens privados, soberania popular, direitos dos cidadãos, liberdades individuais, autonomias federativas, garantias constitucionais dos indivíduos e, claro, fazer a cabeça dos tolos.  

Nunca vivi um fim de ano assim. Mas, vá que se abra o céu...

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.