A
onda agora, de uma minoria barulhenta, é que todas as palavras
diferenciadas pelo gênero masculino e feminino sejam substituídas pelo
“gênero neutro”: todes elxs. E a decisão liminar do ministro
entende que isso é uma possibilidade, por ser um fruto da liberdade de
expressão. Ele afirmou que: “proibir que a pessoa possa se expressar
livremente atinge sua dignidade, portanto, deve ser coibida pelo
Estado”.[óbvio que o 'expressar livremente' deve ser interpretado de forma restritiva quando se referir a um apoiador do presidente Bolsonaro.]
É a religião quem responde às perguntas essenciais da vida humana e, por isso, a laicidade colaborativa é o ponto de partida para pensar como resolver problemas como a tentativa de imposição do gênero neutro na linguagem
Essa
situação nos mostra por que é importante pensar a educação na laicidade
colaborativa brasileira. Visualizar a educação com uma ótica
amplificada é fruto da perspectiva de que fomos criados à imagem e
semelhança de Deus e, por isso, nosso sistema educacional deve ser acessível e de boa qualidade.
Imaginem o impacto que uma mudança dessas (gênero neutro) causaria no sistema de estudos de muitos estudantes em todo o país? Precisamos pensar a educação de forma inteligente e conservar aquilo que é essencial. Jordan Peterson arremata esta questão ao falar sobre os pronomes neutros indicando que “os pronomes fazem parte de uma categoria linguística fechada, eles não mudam”. O leitor percebe que se trata de instrumento de identificação, criado, não em vão, para compor a língua portuguesa: é uma ferramenta de distinção e estrutura de linguagem firmada no parâmetro curricular nacional.
Tão importante quanto a educação, a economia e o fenômeno religioso também devem ser alvos de nossa observação. São três áreas constantemente atacadas – de impasses ideológicos na economia até as inúmeras tentativas de enterrar a liberdade religiosa no Brasil. É a religião quem responde às perguntas essenciais da vida humana e, por isso, a laicidade colaborativa é o ponto de partida para pensar como resolver problemas como a tentativa de imposição do gênero neutro na linguagem. Uma pessoa que não tem mais certeza de qual o seu papel no mundo e que de qual é o seu gênero não pode ditar regras para todas as outras que sabem quem são, onde estão e para onde pretendem ir.
Por esse cenário, vale o convite para todos os leitores e assinantes da Gazeta do Povo: estejam sempre atualizados e busquem instrução. Uma entidade que, juntamente com a Gazeta do Povo, tem esse objetivo é o Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR), que está promovendo, na próxima semana (25 e 26 de novembro), o 2.º Congresso Brasileiro de Direito Religioso, com o tema “Economia, educação e o fenômeno religioso na laicidade colaborativa brasileira”.
Dentre
as autoridades convidadas, contaremos com o ex-ministro da Justiça e da
Advocacia-Geral da União André Mendonça; o governador do estado de Goiás, Ronaldo
Caiado; os autores da obra Direito Religioso e Laicidade Colaborativa
Brasileira, Thiago Rafael Vieira e Jean Marques Regina; o professor da USP
David Azevedo; a secretária nacional da Família, Ângela Vidal Gandra Martins; o
reverendo, ex-chanceler do Mackenzie e doutor em Filosofia Davi Charles Gomes;
o Ph.D. pela Universidade Gregoriana Marcus Boeira; o presidente da mantenedora
da UniEvangélica, Augusto Ventura; o professor e autor de diversas obras, como O
Abuso do Poder Religioso, Valmir Nascimento Milomem, o professor, doutor em
Direito e procurador federal Marcel Simões; a coordenadora de Liberdade
Religiosa no MMFDH, Natammy Bonissoni; o diretor do seminário Martin Bucer, reverendo
Franklin Ferreira; e o diretor do Ministério Fiel, pastor Tiago Santos, dentre
muitos outros! As temáticas abordadas serão: Laicidade brasileira colaborativa;
Direito Religioso e relações de trabalho; Liberdade religiosa e economia; Teologia
e filosofia – A era secular.