Especialistas listam conduta indicada para
situações de perigo com atiradores
Quando o atirador Stephen Paddock abriu
fogo contra uma multidão em Las Vegas, nesta segunda-feira, parte dos
espectadores do festival country correu para longe do palco e vários resolveram
se abaixar para sair da mira dos disparos. Os fãs de música country pensavam se
tratar de fogos de artifício, o que tardou a resposta instintiva em meio à
tragédia. O massacre, que deixou ao menos 50 mortos e mais de 400
feridos, trouxe à tona a dúvida: o que fazer em meio a um tiroteio?
Público se amontoa em meio a tiros em Las Vegas - SOCIAL MEDIA / REUTERS
O portal "Lifehacker" ouviu especialistas da área
de segurança sobre as atitudes mais indicadas no caso de situações de perigo,
principalmente aqueles que envolvem armas de fogo. Analistas destacaram que o
primeiro passo é tentar não entrar em pânico, o que atrapalha a capacidade de
tomar decisões conscientes na hora da tensão, e confrontar o suspeito apenas em
último caso. A regra, para eles, é clara: corra ou se esconda antes de ajudar
alguém, chamar a polícia ou resolver enfrentar o atirador.
Mantenha a calma
De acordo com os especialistas, uma mente focada e
consciente é o ativo mais valioso em situações de emergência. Embora seja
desafiador manter a calma em meio ao perigo de morte, é preciso evitar que a
emoção tome conta e conduza reações impulsivas. O ideal, dizem os analistas, é
deixar o instinto "lutar pela vida" de lado e ativar a área lógica do
cérebro para fugir do local o mais rapidamente possível.
Saiba o que há em volta
Parte da reação bem-sucedida a uma situação de perigo
começa antes mesmo da tensão. Os analistas destacam que é fundamental prestar
atenção no que está em volta logo que a pessoa chegar a qualquer local: notar
as saídas, os frequentadores, as ações ao redor, os lugares de refúgio. Não se
trata de ser paranóico, apenas observador. A dica parece redundante, mas é
ainda mais relevante em tempos de transeuntes que caminham nas ruas e até
dirigem focados nos smartphones. Se algo de fato ocorrer, você estará mais preparado
para fugir ou se esconder.
Corra ou se esconda antes de lutar
Os analistas ressaltam que, em situações de perigo, a
ameaça em geral não está clara, e o pânico toma conta. Assim, a indicação é
precisa: corra, se esconda e, em último caso, lute. O objetivo principal, na
visão dos especialistas, é fugir do local ameaçado ou se refugiar de alguma
forma até o perigo passar. Correr, mesmo ferido, é a melhor opção, sem se
importar com pertences deixados para trás. Caso não seja possível, é
aconselhável ficar atrás de grandes objetos sólidos, que protegem e tiram do
campo de visão do atirador. Neste caso, o silêncio é fundamental: nada de
falar, gritar ou deixar o celular com som ligado.
Em último caso, lute
Se não é possível fugir do perigo ou se esconder dele, os
analistas preevem a possibilidade de enfrentar o atirador. Trata-se do recurso
último para salvar a própria vida, o que pode ser melhor organizado se houver
um grupo de pessoas. Neste caso, os especialistas aconselham a pegar objetos,
como cadeiras ou lâmpadas, para servir de arma. Caso a arma do suspeito precise
ser recarregada, aproveite para correr.
Só ligue para a polícia quando estiver em
segurança
Há uma visão popularizada de que o primeiro passo é ligar
para a polícia e relatar o incidente. Os analistas, no entanto, ressaltam que o
objetivo principal é garantir a segurança de quem vai depois avisar as
autoridades ou ajudar outras pessoas. Isso, porque falar ao telefone pode levar
a pessoa à mira do atirador. Também porque a pessoa que está correndo em pânico
não conseguirá passar informações concretas e conscientes aos policiais. É
importante ainda se manter escondido mesmo se ouvir ou avistar policiais na
situação de perigo. A presença dos agentes não é sinônimo de perigo resolvido.
Só saia quando receber ordens.
Fonte: "Lifehacker" - Reuters