O
ex-presidente Lula acredita que o decreto de intervenção federal na
segurança pública do Rio de Janeiro é um sinal de que o presidente Michel
Temer quer se candidatar à reeleição e está fazendo uma movimentação
para angariar votos de simpatizantes do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). — Acho
que o Temer está encontrando um jeito de ser candidato a presidente da
República. E eu acredito que ele achou que a segurança pública pode ser uma
coisa muito importante para pegar um nicho de eleitores do Bolsonaro — disse em
entrevista à "Rádio Itatiaia".
[É sempre temerário se pensar em possivel reeleição de Temer - a indecisão dele, os recuos, o faz que vai, não vai e depois vai, desagradam e até assustam - mas se ele enquadrar a criminalidade no Rio e melhorar a economia, tem chances.
De qualquer forma, será divertido os que hoje sacaneiam o Temer, tudo que ele faz consideram errado, serem forçados a engolir mais quatro anos de Temer.
Se o Brasil aguentar, vai valer a pena.
Bolsonaro pode esperar até 2022 e herdará um Brasil melhor do que o de agora e muitas e muitas vezes melhor do que o herdado por Temer.
Tudo depende da vontade de DEUS - seja segurando a saúde de Temer e dando uma inspiração ao general Braga Netto para resolver, ou dar uma melhorada de uns 80%, na segurança pública do Rio e melhorando a economia com redução substancial do desemprego, manutenção da inflação em baixa e aumento do PIB.]
Mesmo
admitindo a impossibilidade de ser contrário a uma medida emergencial em
relação ao crescimento da violência no estado fluminense, Lula indicou que o
decreto de Michel Temer tem mais de cálculo político do que estratégia séria
para solucionar a área de segurança pública.
Para
Lula, a cúpula do Palácio do Planalto, após perceber que não poderia aprovar a
Reforma da Previdência em razão da rejeição encontrada tanto na Câmara dos
Deputados como entre a população, resolveu mudar a agenda, de um tema negativo,
a mudança nas aposentadorias, para outro positivo, a intervenção federal. — O que
eles pensaram? Vamos criar outro espetáculo, e criaram passando para a
sociedade que agora vão acabar os problemas. Mas não vão acabar — disse.
Lula
citou outras experiências fracassadas no estado que foram bem recebidas
inicialmente mas não tiveram efeitos duradouros, como a instalação das Unidades
de Polícia Pacificadora em favelas e a ocupação do Complexo da Maré em 2015. O
ex-presidente ainda indicou que o Exército não é preparado para enfrentar o
narcotráfico e que colocar oficiais das Forças Armadas para combater a
violência urbana pode levar a resultados negativos, como a corrupção entre os
oficiais da corporação. [a falta do que dizer o coisa ruim do condenado Lula começa a insinuar corrupção entre os oficiais das Forças Armadas - felizmente as FF AA tem um baixo índice de oficiais que simpatizam com o PT: os famosos e indesejados oficiais melancia.
Lula também esquece que as Forças Armadas estão entre as instituições com maior credibilidade no Brasil e o que for necessário fazer para combater com êxito a criminalidade a população, o povo, vai apoiar.]
Ao falar
sobre uma possível candidatura de Temer, o petista também aproveitou para fazer
uma análise do cenário eleitoral. Citando pesquisas de opinião, Lula afirmou
que, caso seja candidato, ou ganharia no primeiro turno, ou seria presença
certa no segundo [Lula deixa de ser ignorante e teimoso e entenda que condenado e preso não pode ser candidato e você já é um condenado - sentença confirmada na segunda instância - e em mais alguns dias será um presidiário. Portanto, NÃO PODERÁ SER CANDIDATO.] Sem sua presença na eleição, no entanto, Lula usou uma
metáfora para explicar o equilíbrio entre os candidatos. Para ele, sua
inelegibilidade é uma estratégia de seus adversários e da elite para deixar as
duas vagas do segundo turno em aberto.— Todo
mundo é um caminhão de melancia. Um tem cinco, outro tem seis, outro tem sete.
Está todo mundo igual, então todo mundo acha que tem chance — disse Lula para
explicar seu pensamento sobre Temer: — Então eu acho que o Temer está fazendo
uma aposta. Ele tirou da pauta uma coisa que a sociedade era contra e colocou
outra que a sociedade é favorável.
"NÃO
EXISTE ESSA DE MDB NUNCA MAIS"
O
ex-presidente Lula se negou a se comprometer não fazer acordos com o PMDB nas
eleições de 2018. O partido foi o principal beneficiado com o impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff, considerado pelo PT um golpe parlamentar. No
entanto, o ex-presidente afirmou que o partido irá fazer acordos com o partido
no estado, citando Minas Gerais como exemplo. O PT também negocia possíveis
alianças com o partido em estados como o Ceará, liderado pelo presidente do
Senado Eunício Oliveira, e em Alagoas, terra natal do senador Renan Calheiros.
— Não existe
essa de MDB nunca mais. Como o (Fernando) Pimentel vai trabalhar sem o MDB em
Minas Gerais? — disse. A sigla decidiu, em convenção em dezembro do ano
passado, mudar o nome. Passaria, então, a ser chamado pela nomenclatura
original, MDB, abandonando o P. O Tribunal Superior Eleitoral ainda precisa
aceitar a mudança.
Para
Lula, quem quiser ser "principista", aqueles que rejeitam acordos por
diferenças políticas, não pode fazer política. — Eu
quero ganhar as eleições para melhorar a vida do povo brasileiro. Então tenho
que construir uma aliança política que me permita fazer isso. Senão, serei o
melhor candidato do mundo e não ganharei as eleições.
O Globo