Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Complexo da Maré. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Complexo da Maré. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Os senhores das armas: o que acontece quando a Justiça impede a polícia de agir - Roberto Motta

Vozes - Gazeta do Povo 

 


Os senhores das armas: o que acontece quando a Justiça impede a polícia de agir - Foto: Reprodução/Instagram

No dia 8 de agosto o jornal o Globo publicou uma matéria com a manchete “Delegado posta vídeo de baile funk com homens armados dando tiros na plateia, no Complexo da Maré”. O subtítulo informava que o Delegado Fabrício Oliveira, da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), grupo de elite da Polícia Civil do Rio de Janeiro, havia compartilhado imagens do evento (termo usado pelo jornal) em rede social.

Segundo o Delegado Fabrício, o evento havia acontecido no último sábado na Vila do João, uma das comunidades que formam o Complexo da Maré.

As imagens mostram um grupo armado com fuzis, participando do que parece ser o final de um baile funk. Uma declaração, atribuída ao Delegado, lembra que nos últimos três anos as operações policiais regulares em favelas do Rio estão proibidas.  
O delegado explica que, durante esse período, aumentaram a estrutura de eventos como o baile funk do vídeo e os lucros ilícitos das organizações criminosas. Bailes passaram a ser realizados até dentro de CIEPS, as escolas públicas estaduais, como aconteceu recentemente em Senador Camará.

Não ficou clara a intenção do jornal ao mencionar a publicação do vídeo pelo Delegado. O tom da matéria, surpreendentemente, foi neutro; uma bem-vinda exceção entre as milhares de matérias que apresentam as polícias de uma forma negativa.

Foi o que aconteceu nas últimas semanas na cobertura da Operação Escudo, a resposta que a Polícia de São Paulo deu ao assassinato de um de seus policiais por narcotraficantes do Guarujá.[resposta adequada, necessária e que deve ocorrer sempre - nada impedindo e tudo aconselhando que as próximas sejam mais enérgicas, mais produtivas.]   O domínio de áreas urbanas pelo narcotráfico já se tornou um fenômeno corriqueiro, que nem merece mais destaque no noticiário.

No Rio de Janeiro continua valendo uma espécie de moratória para a ação policial nas áreas dominadas pelo tráfico
Trata-se da Ação por Descumprimento de Preceito Fundamental número 635 de 2020. [decisão do STF que obriga a polícia quando for efetuar uma operação em favelas do Rio cumpra uma série de protocolos que além de retardar as operações policiais, facilita o vazamento para a bandidagem de informações reservadas, eliminando o fator surpresa e possibilitando o que os bandidos se afastem da área antes da operação, retornando logo após.] 
Essa ADPF produziu uma série de decisões com restrições variadas a operações, gerando incerteza jurídica para as forças policiais - e, na dúvida, é melhor não correr riscos. Quem corre o risco é a população que fica desprotegida.

    O domínio de áreas urbanas pelo narcotráfico já se tornou um fenômeno corriqueiro, que nem merece mais destaque no noticiário

Pelas regras ainda vigentes, antes que a polícia possa fazer uma operação em uma favela é preciso que ela demonstre a existência de motivo absolutamente excepcional. 
A autorização ainda depende de cuidados extras para reduzir o risco para população. 
Por exemplo, as operações não podem acontecer em locais com grandes aglomerações de pessoas, o que inviabilizaria uma resposta aos criminosos no baile funk. 
As operações não podem acontecer à noite ou nos horários de entrada e saída das escolas. Assim, polícia não pode fazer operações entre 8:00 e 9:00 horas, entre 13:00 e 15:00 horas, e entre 17:00 e 18:00. Não sobram muitas opções.

A matéria de O Globo lembra que o Complexo da Maré é esconderijo de chefes do tráfico do Rio e de outros estados. [alguns ministros e uma ministra do governo petista frequentam sem segurança e com desenvoltura, favelas do Rio ente elas o Complexo da Maré.], e ministra O jornal lembra que até milicianos já morreram ali em confronto com a polícia, e que no local já foi encontrada uma espécie de “concessionária de automóveis” do tráfico, na qual foram apreendidos 28 carros roubados, inclusive um Porsche, avaliado em R$500.000.

Tudo isso é o pano de fundo do vídeo do baile dos homens armados.
Inúmeros vídeos semelhantes circulam pela internet. A existência desse armamento, nas mãos de criminosos, nessa quantidade, em uma região urbana do Rio de Janeiro, deveria ser motivo de grave alarme para as instituições.

Não é difícil ver nesse evento uma grave ameaça, não só à ordem pública, mas também – ou principalmente - ao tão enaltecido “Estado Democrático de Direito”.  
Que direito sobrevive a criminosos que se deixam filmar exibindo fuzis? Qual é a mensagem deles?
 
Os policiais da CORE são uma equipe de elite. Imaginem como se sentem assistindo vídeos como esse.  Esses policiais são nossa última linha de defesa contra o caos. 
No dia em que o desestímulo jurídico e moral for tão grande que eles resolverem que a luta não vale mais a pena, o que será de nós?

Quem irá se interpor entre os narcotraficantes fortemente armados e nossas casas?

Essa é a pergunta de 1 milhão de dólares
– talvez um pouco mais, talvez um pouco menos.


Conteúdo editado por: Jônatas Dias Lima

Roberto Motta, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 27 de março de 2023

Crime organizado - Ministro da Justiça Flávio Dino encontra lideranças de favelas em visita ao Complexo da Maré

 

Ministro  da Justiça Flávio Dino encontra lideranças de favelas em visita ao Complexo da Maré - área sob controle do crime organizado.

Ministro só 'subiu' a favela sem escolta, por anuência dos chefões do crime organizado. 

“A favela Nova Holanda … recebeu, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino … … propostas foram formalizadas em uma carta de intenções, entregue ao ministro, junto a um exemplar da sétima edição do boletim ‘Direito à Segurança Pública da Maré’…

‘- A minha presença aqui é justamente fazer o processo de escuta … de aprendizado da equipe do Ministério da Justiça e Segurança Pública com essa valiosíssima produção de dados e evidências.’

Entre as 41 recomendações estão … Comissão Independente de Supervisão da Atividade Policial para controle e monitoramento de operações policiais, com participação social.

… A organização contou com o apoio da Open Society Foundations…”

Cito em particular a segunda notícia por um aspecto bem peculiar. Um dos cargos mais importantes do Poder Executivo Federal é o de Ministro da Justiça.  
É fato que os policiais e a população do Rio de Janeiro vivem uma situação extremamente complicada (há um bom tempo) em relação à segurança pública, enfrentamento ao narcoterrorismo, áreas que são negadas (os “black spots”, onde há pouca ou nenhuma governança ou influência estatal) e uma quantidade assombrosa de baixas de policiais, tão como da população civil
Unidades policiais necessitam, muitas vezes, do apoio de veículos blindados (alguns como os de fabricação nacional VBTP – Veículo Blindado de Transporte de Pessoal ZEUS, produzidos pela empresa Combat Armor Defense do Brasil, como outros produzidos no exterior, a exemplo do imponente Paramount Maverick, oriundo da África do Sul) para atuar mesmo de forma tão somente reativa, por vezes, em áreas como a que tranquilamente adentrou o Ministro da Justiça. 
 
 
 
Blindado de Transporte de Pessoal ENGESA EE-11 Urutu, outrora pertencente ao Exército Brasileiro, disponibilizado e adaptado para uso policial. No caso, em dotação no Batalhão de Operações Policiais Especiais – BOPE – PMERJ (Foto: Cesar Sales – Agência O Dia
Até um grupo da Polícia Militar do Rio de Janeiro foi especialmente criado e equipado para atuar em circunstâncias de emergência médica pré-hospitalar, fazendo uso de viatura (do tipo ambulância) blindada, para principalmente atuar socorrendo feridos nas operações em áreas sob forte presença de narcoterroristas. 
O Grupamento Especial de Salvamento e Ações de Resgate (GESAR) é a única equipe pertencente a uma força policial brasileira a adotar esse tipo de veículo (com missão dedicada). A ambulância é uma versão do VBTP TURQ, fabricado pela Combat Armor Defense do Brasil
 
 

Se você fala isso para um policial europeu, ele acha que você está brincando” 1

A Polícia Militar do Rio de Janeiro conta com ambulâncias blindadas para serem utilizadas em operações (Foto: Reprodução/ TV Globo)

DefesaNet - MATÉRIA COMPLETA
 

quinta-feira, 16 de março de 2023

A volta dos diálogos cabulosos? - Rodrigo Constantino

VOZES - Gazeta do Povo

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

"O PT tinha diálogo com nois (sic) cabuloso", disse um preso do PCC sobre a relação com o partido de Lula no poder no passado. Conversas interceptadas pela Polícia Federal entre integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) levantaram indícios de que os criminosos mantinham diálogo com pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores.

Não é de hoje que a esquerda radical parece manter um elo com marginais. No Foro de SP, criado por Lula com o ditador assassino Fidel Castro, as FARC são sempre defendidas, apesar (ou por causa) de seus sequestros e tráfico de drogas, tudo "revolucionário". 
No Brasil, o PT sempre foi o partido dos "direitos dos manos", pronto a sair em defesa de bandidos enquanto alfinetava a polícia "fascista".
 
Lula, então candidato, subiu favelas cariocas dominadas por traficantes sem escolta policial, e ainda usando o boné que carrega a marca da facção que controlava o território - a mesma sigla que esses bandidos do CV usam em seus fuzis. 
Juntando tudo isso e muito mais, não há motivo para ficar surpreso com a aparente proximidade entre PT e marginais.

Isso ficou mais escancarado agora, quando o ministro da Justiça Flávio Dino fez uma visita ao Complexo da Maré, chegando em apenas dois carros sem a necessidade de aparato militar para garantir sua segurança. Tudo muito "estranho", não é mesmo? Lula está preocupado com o sobrepeso de seu ministro, mas o Brasil quer saber o que ele foi fazer na favela controlada por traficantes.

O deputado Eduardo Bolsonaro tomou a dianteira para cobrar explicações: "Flávio Dino, o ministro que entra na Maré, complexo de favelas mais armado do Rio, com apenas 2 carros e sem trocar tiros. Vamos convocá-lo na Com. Segurança Pública para explicar o nível de envolvimento dele e seu chefe, Lula, com o crime organizado carioca. Isto é um absurdo!"

Eduardo continuou com suas indagações: "Bem como o que ele foi discutir lá: desarmamento? 
Recadastramento? Assassinato de policiais? Apreensão de drogas? 
Ou agradecer o crime por não permitir propaganda de Bolsonaro nestas áreas durante as eleições?"

Ele insistiu no esforço de chamar a atenção para o absurdo, ignorado pela imprensa: "Quem dera todo brasileiro pudesse sair às ruas nas grandes cidades com a mesma tranquilidade que Flávio Dino chega na Maré. Lembrando: Dino é o ministro da Justiça de Lula. E o Complexo da Maré é dominada pelo tráfico do Rio. Mas claro, tudo pura coincidência".

Mas a imprensa preferiu atacar... o deputado!
O Globo disse que Eduardo divulgou falsas notícias, sendo que ele simplesmente cobrara explicações. O deputado reagiu: "Tim Lopes entrou numa favela dominada pelo tráfico, mas para investigar o crime. Lamentavelmente uma família perdeu seu ente e a sociedade um grande jornalista. Estranhamente hoje O Globo passa pano para ministro que comanda polícias e entrou em local semelhante com tranquilidade".

Após a "reportagem" o atacando, o deputado retrucou: "Não fiz acusações, perguntei e cobrei explicações, pois não é normal um ministro que comanda polícias entrar assim em área dominada pelo crime. Mas entendo que interpretação de texto não é o forte de jornal que tem jornalistas do tipo 'economia vai mal, masss isso pode ser bom'".

O próprio ministro resolveu entrar na briga de narrativas e tentou alfinetar o deputado com base na velha narrativa de Freixo do suposto elo entre Bolsonaro e milícias: Mas o deputado não passou recibo: "E não tem medo mesmo, tem até colega de ministério com envolvimento com milícia. A propósito, nem o Freixo se incomoda em receber ordens de um DESgoverno assim, quanto mais quem entra na Maré como entrou. Quem tem medo de traficante e milícia é o povo, não seus cupinchas…"

 
Clique aqui e confira
 

Por fim, para apresentar alguma "explicação" depois que as imagens viralizaram e isso pegou muito mal para o governo Lula, o ministério soltou uma nota e colocou em Soros a responsabilidade pela visita tranquila na favela comandada por traficantes: Eduardo Bolsonaro aproveitou, então, para jogar a pá de cal nas narrativas fajutas do petismo: "Quem diria, Flávio Dino então foi para o Complexo da Maré atender a Open Society, ONG de George Soros, pessoa que destina milhões em pautas como aborto e desarmamento".

O governo Lula está obcecado em desarmar o cidadão de bem, mas circula tranquilamente, sem necessidade de aparato policial grande, pelas favelas controladas por bandidos fortemente armados - de maneira ilegal, claro. 
O Brasil virou um escárnio, uma palhaçada total, uma piada de muito mau gosto. [Constantino, não há condições de um país que elege um criminoso descondenado, não foi inocentado, ser mais que uma piada de mau gosto.]
Quem leva a sério isso tudo é cúmplice de um circo patético.

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Operação na Zona Norte do Rio deixa pelo menos três mortos; motoristas se jogaram no chão para fugir de tiros na Linha Vermelha

Três homens morreram durante um confronto com policiais civis e militares que fazem uma operação desde as primeiras horas desta segunda-feira no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. 
Nas redes sociais, moradores relatam um intenso tiroteio na região. 
A polícia diz que os mortos são suspeitos e estavam com dois fuzis e uma pistola. Assustados com a troca de tiros, motoristas que passavam pela Linha Vermelha e Linha Amarela voltaram na contra mão. Alguns deles buscaram se esconder atrás de muros e dos próprios veículos com medo de serem atingidos por disparos. As vias ficaram fechadas nos dois sentidos por aproximadamente 30 minutos.

Imagens da TV Globo mostraram passageiros descendo de um ônibus para fugir do confronto. Policiais aparecem correndo na via enquanto trocam tiros com criminosos. Eles também tentam se proteger em muretas. O Centro de Operações da prefeitura orientou os motoristas para que evitem as Linhas Vermelha e Amarela em razão da operação. A recomendação é seguir pela Avenida Brasil."Assim comecei minha semana, deitada no chão de um ônibus, me escondendo pelos bancos, para não ser atingida pelos tiros trocados por polícia e ladrão. Foram os piores minutos da minha vida. Os cariocas estão acostumados, mas não podemos nos acostumar isso", relatou outra mulher no Twitter.

Em outra publicação, um homem diz: "A bala tá comendo na Linha Vermelha, vários carros entrando na contramão, polícia fazendo carro de barricada, pessoas passando devagar pra filmar, avenida Brasil parada e pessoas indo à praia".

Rio - Jornal O Globo - MATÉRIA COMPLETA


terça-feira, 7 de maio de 2019

Depois dos tiros sobre a carne preta e pobre, Witzel vai para hotel de luxo



O despudor do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), em temas relacionados à segurança pública, dentre outros, deve assombrar até os fãs mais entusiasmados do presidente Jair Bolsonaro, que costumam regurgitar por aí aquela frase que vale como divisa de um esquadrão da morte: "Direitos humanos para humanos direitos"


[Witzel começa a trabalhar e a bandidagem vai ter que aprender a respeitar autoridade policial;

"Direitos humanos", é lícito que existam e sejam respeitados, desde que DIREITOS HUMANOS para HUMANOS DIREITOS.]


Witzel pretende ser uma alternativa ainda mais truculenta ao, vamos dizer, bolsonarismo de raiz. Se o presidente conta com generais no Palácio que lhe servem, ainda que precariamente, de elemento de contenção, Witzel pode atuar sem freios. E seu despudor é assombroso.

Na tarde de sábado, nós o vimos embarcar num helicóptero da polícia que depois é flagrado despejando uma chuva de balas sobre comunidades necessariamente pobres de Angra dos Reis — ou havia mansões do outro lado do cano? Na sequência, o governador se hospedou com a família no hotel Fasano da cidade, considerado de altíssimo luxo. Passou lá o fim de semana. A diária mais barata sai a R$ 1.600. Por pessoa. A assessoria do governo não quis dizer quem pagou. Um fim de semana e tanto para a sua visão de mundo e a de seus admiradores, não é? Depois de participar de uma operação que despejou uma saraivada contra áreas em que moram pobres, o governador foi curtir um pouco a vida entre os ricos. Tentei saber quantas arrobas de carne preta e pobre a operação rendeu neste fim de semana, enquanto o governador se esgueirava entre lençóis de algodão egípcio, mas não há dados disponíveis. ´[infelizmente, a bandidagem sempre procura se esconder no meio das camadas menos favorecidas da população;
ações como a realizada pelo governador do Rio, vai desestimular a bandidagem do hábido de usar os mais pobres como escudos humanos.
O bandido precisa entender que ele não está seguro em nenhum local.]

 À frente de um helicóptero já com os motores ligados, Witzel grava um vídeo ao lado de Fernando Jordão (MDB), prefeito de Angra, e anuncia: "Olá pessoal, estamos começando aqui em Angra dos Reis, a pedido do prefeito, Fernando Jordão, uma operação em Angra dos Reis. Começando com a Core, com a Polícia Militar, com a Polícia Civil, para acabar de vez com a bandidagem que está aterrorizando a nossa cidade maravilhosa de Angra dos Reis. Fernando Jordão, tá aqui o pessoal, ó, o pessoal da Core, o helicóptero, vamos começar hoje a operação. Acabou a bagunça. Vamos colocar ordem na casa. Vambora!" 

A Core é a Coordenadoria de Recursos Especiais do governo. Num outro vídeo, o governador está dentro do helicóptero e diz: "Estamos iniciando, hoje aqui, uma operação aqui em Angra dos Reis, com a Core, trouxe aqui o nosso pessoal, o delegado (Fábio) Baruck, o delegado Marcus Vinicius, o prefeito Jordão. Vamos botar fim a bandidagem de Angra dos Reis. Acabou" 

(...)

MILÍCIAS
 Em recente entrevista, indagado sobre o poder das milícias, o governador disse o seguinte: "Eu não acredito que a milícia seja a principal chaga do estado. Ela é uma organização criminosa e estamos combatendo." 

Há nada menos de 2 milhões de pessoas que vivem hoje no Rio em áreas comandadas pelas milícias e que estão sujeitas à sua governança. A tragédia dos desabamentos da Muzema tem a sua marca. A organização está infiltrada nas polícias, na Assembleia Legislativa e nas Câmaras de Vereadores de várias cidades, incluindo a Capital. Adriano Magalhães da Nóbrega, o chefão do "Escritório do Crime", uma das organizações que atuavam na Zona Oeste do Rio, está foragido. Ele é um dos investigados no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). Ninguém aposta que vá ser encontrado um dia… Witzel, como esquecer?, integrava a turma que resolveu rasgar uma placa que fazia uma homenagem simbólica à vereadora assassinada por milicianos. [detalhe que não pode ser esquecido: 
colocar placas em logradouros públicos, dando nomes a ruas, praças, etc, é COMPETÊNCIA de LEI MUNICIPAL;
após aprovada pela Câmara dos Vereadores uma lei dando nome a determinado local, o prefeito sanciona a lei - que deve conter um dispositivo revogando a lei anterior que dava o nome a ser substituído   - e então a PREFEITURA providencia a troca da placa.

Devotos, admiradores e assemelhados não podem sair pelas ruas arrancando placas existentes e substituindo por outras como nomes de pessoas que eles entendem que merecem ser homenageadas.

Assim, o governador Witzel agiu corretamente ao destruir placa clandestina.
O atual governador do Rio foi Juiz e com certeza conhece bem as leis e jamais participaria de um ato ilegal.
Entendemos que de um lado ficam os a favor da LEI e da ORDEM e do outro os que querem resolver as coisas na bagunça, desrespeitando as leis e todo o ordenamento legal.]  Atenção: se fôssemos dividir as personagens todas em dois grupos, é fatal considerar que, de um lado, ficou a morta e, de outro, seus assassinos e aqueles que rasgaram a placa — ainda que isso não implique que tenham vínculo direto com a execução. O vínculo moral é inegável.

(...)

O Ministério Público do Rio vai acordar para o morticínio da carne preta e pobre que se está a promover no Estado? E, com efeito, caras e caros, convém que fiquemos atentos ao número de pessoas mortas no Brasil inteiro. Quando um governador de Estado faz o que fez Witzel, é sinal de que se considera que está dada a licença para matar — como, de resto, propõe Sérgio Moro, o queridinho de jornalistas que ainda dizem se preocupar com direitos humanos e com o combate à corrupção — em seu pacote anticrime. A pior corrupção sempre será a do caráter. É a mãe de todas as outras. Quem vai tirar a mão de Witzel do gatilho por força da lei?





quinta-feira, 19 de abril de 2018

Sindicarga denuncia roubo de celulares avaliados em US$ 1 milhão no Aeroporto do Galeão



Bandidos uniformizados invadiram o local; Sindicarga diz que PM foi acionada para recuperar aparelhos mas alegou falta de recursos

O diretor de Segurança do Sindicato de Empresas de Transporte Rodoviário e Logística do Rio de Janeiro (Sindicarga), coronel Venâncio Moura, denunciou, nesta quarta-feira, um roubo milionário ocorrido no último domingo, no terminal de carga de Aeroporto do Galeão, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio. Segundo ele, bandidos levaram do local uma carga de celulares avaliada em US$ 1 milhão cerca de R$ 3,4 milhões. 

São aparelhos que ainda nem chegaram às lojas do estado: Samsung do modelo S9, que custam aproximadamente R$ 3,8 mil cada. De acordo com Moura, os celulares tinham rastreadores que apontaram que eles foram levados para a Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, também na Zona Norte. O 22º BPM (Maré), responsável pelo policiamento na comunidade, foi acionado, de acordo com o coronel, mas não foi ao local.  — A PM alegou que não tinha recursos para ir à favela. A DRFC (Delegacia de Roubos e Furtos e Cargas, unidade da Polícia Civil responsável por investigar roubos de cargas) também está sem condições, sem blindados — afirmou Venâncio Moura.

Ele disse ainda que o transportador dos telefones celulares afirmou que não trará mais cargas para o Rio:  — Ele contou que foi o quarto roubo em um ano. Fez tudo certo, cercou-se de todos os cuidado. Fez transporte aéreo, pagou três impostos para transportar o material do Espírito Santo para o Rio e ia pegar no terminal num caminhão blindado. Aí acontece uma coisa dessas.

O diretor do Sindicarga afirmou que esse foi o segundo roubo do tipo ocorrido no Rio em menos de uma semana. De acordo com ele, na semana passada bandidos roubaram uma carga da Apple avaliada em R$ 2 milhões que havia acabado de deixar o terminal de carga do Galeão.  — Foram R$ 5 milhões de prejuízo em uma semana. Está terrível o Rio de Janeiro. A única carga que circula aqui sem problema, que se salva, é a de caixão. Porque ninguém quer comprar caixão, não é mesmo? — disse o coronel. 

‘A única carga que circula aqui sem problema, que se salva, é a de caixão’
COMO FOI A AÇÃO NO GALEÃO
Por volta das 21h30 de domingo, três bandidos num caminhão invadiram o terminal de carga e entraram num galpão da Gol. Eles usavam uniformes semelhantes aos dos funcionários.  Segundo depoimento dos empregados rendidos, os bandidos mostraram as armas e fizeram uma série de ameaças. Eles pegaram os celulares, levaram para o caminhão que usavam e fugiram.

A ação foi filmada por pelo circuito interno de câmeras e mostra a movimentação dos ladrões. Todos usavam bonés que escondem seus rostos parcialmente. Eles integrariam um bando chamado Bonde do Gordão, do Complexo da Maré.  O consórcio RIOGaleão informou que está à disposição para apoiar as investigações sobre o crime: "O RIOgaleão está à disposição para apoiar as investigações dos órgãos responsáveis sobre o assalto ocorrido no último domingo, às 21h40, no terminal de cargas destinado às companhias aéreas nacionais". A Gol também ressaltou que "está colaborando com as investigações junto aos órgãos responsáveis".

Já a Polícia Civil informou que o roubo foi registrado na Delegacia de Atendimento Policial do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Dairj), "mas o procedimento foi encaminhado para Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), que prosseguirá com as investigações". 

PM DIZ QUE ATENDIMENTO NÃO ERA UMA EMERGÊNCIA
A Polícia Militar informou que só foi comunicada a respeito do roubo dos celulares na segunda-feira e que, por isso, avaliou que a chamada não era uma emergência. Além disso, destacou que ações noturnas demandam "planejamento prévio que considere a segurança de moradores e policiais militares e os protocolos estabelecidos em decisão da 6ª Vara de Fazenda Pública de Comarca da Capital":

"A Assessoria de Imprensa da Polícia Militar informa que o 22ºBPM (Maré) foi informado sobre a possível localização da carga roubada na noite de segunda-feira (16/04). O acionamento não foi feito pela Central 190. Foi avaliado que não se tratava de uma emergência, já que a carga foi roubada no dia anterior, e este tipo de ação noturna demanda planejamento prévio que considere a segurança de moradores e policiais militares e os protocolos estabelecidos em decisão da 6ª Vara de Fazenda Pública de Comarca da Capital".
 
O Globo