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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Ajudando o livro do governo ??? Lula, Memórias Reveladas, a mentir menos, fraudar menos, enganar menos

MEMÓRIAS REVELADAS
O Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil, denominado "Memórias Reveladas", foi institucionalizado pela Casa Civil da Presidência da República e implantado no Arquivo Nacional com a finalidade de reunir informações sobre os fatos da história política recente do País.
Dando continuidade a iniciativas dos últimos governos democráticos, em novembro de 2005, o Presidente Lula assinou decreto regulamentando a transferência para o Arquivo Nacional dos acervos dos extintos Conselho de Segurança Nacional, Comissão Geral de Investigações e Serviço Nacional de Informações, até então sob custódia da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e passou à Casa Civil a coordenação do recolhimento dos arquivos.



O Centro constitui um marco na democratização do acesso à informação e se insere no contexto das comemorações dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Um pedaço de nossa história estava nos porões. O "Memórias Reveladas" coloca à disposição de todos os brasileiros os arquivos sobre o período entre as décadas de 1960 e 1980 e das lutas de resistência à ditadura militar, quando imperaram no País censura, violação dos direitos políticos, prisões, torturas e mortes. Trata-se de fazer valer o direito à verdade e à memória.(...)
(...)Estamos abrindo as cortinas do passado, criando as condições para aprimorarmos a democratização do Estado e da sociedade. Possibilitando o acesso às informações sobre os fatos políticos do País reencontramos nossa história, formamos nossa identidade e damos mais um passo para construir a nação que sonhamos: democrática, plural, mais justa e livre.
Dilma Vana Rousseff
Ministra-Chefe da Casa Civil


"Planalto ordenará entrega dos arquivos da ditadura
Documentos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Polícia Federal, antigo Conselho de Segurança Nacional (CSN) e extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) serão entregues ao governo federal nesta quarta-feira (13 de maio). A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, assinará portaria do Executivo que prevê o repasse de todos os arquivos da ditadura militar (1964-1985), sob pena de punições." (O grifo é deste site)

"Governo planeja campanha com mães de vítimas da ditadura
Campanha é pedido para donos de arquivos particulares transferirem documentos para os arquivos públicos
RIO - O ministro-chefe da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi , disse nesta sexta-feira, 27, que o governo planeja uma campanha publicitária para divulgar, até maio, o sistema de acesso a informações oficiais que poderá trazer à tona documentos importantes do regime militar. Segundo ele, o Projeto Memórias Reveladas será lançado em breve pelos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Franklin Martins (Comunicação). "




Parte do EDITAL DE CHAMAMENTO PÚBLICO Nº 1/2009
O DIRETOR-GERAL DO ARQUIVO NACIONAL, com base na Portaria Interministerial nº 205, de 13 maio de 2009, torna pública chamada para a apresentação de documentos e informações sobre o período de 1º de abril de 1964 a 15 de março de 1985, que estejam sob posse de pessoas físicas ou jurídicas, servidores públicos e militares.
1. Do Objeto:
Este Edital tem por objeto a entrega de documentos e o registro de informações produzidos ou acumulados sobre o período de 1º de abril de 1964 a 15 de março de 1985, e cujo conteúdo:
I – diga respeito a toda e qualquer investigação, perseguição, prisão, interrogatório, cassação de direitos políticos, operação militar ou policial, infiltração, estratégia e outras ações levadas a efeito com o intuito de apurar ou punir supostos ilícitos ou envolvimento político oposicionista de cidadãos brasileiros e estrangeiros;
II – seja referente a atos de repressão a opositores ao regime que vigorou no período de 1º de abril de 1964 a 15 de março de 1985; ou
III – inclua informação relacionada a falecimentos ou localização de corpos de desaparecidos políticos.
2. Dos Documentos e Informações
2.1. Os documentos referidos neste Edital poderão ser originais ou reproduções em qualquer meio e formato.(...)

COMENTÁRIO DA EDITORIA DO SITE A Verdade Sufocada
Este é o desejo de todos os que foram designados, oficialmente, para lutar contra os que vinham tentando implantar um regime marxista-leninista no Brasil, desde muito antes de 1964.
Este Portal do governo seria de grande valia para todos e, principalmente, para a juventude se não houvesse censura nos documentos apresentados.

O texto de apresentação já é distorcido quando diz que um pedaço de nossa história estava nos porões. Não estava, ela continua nos porões. Os ex-terroristas continuam sendo apresentados no trecho inicial do Portal como vítimas, como opositores do regime militar, como perseguidos políticos. Suas fichas são censuradas por eles mesmos. Ocultam os crimes hediondos praticados por organizações terroristas, que assaltaram, sabotaram, sequestraram, assassinaram e praticaram atentados a bombas, entre outras barbáries... Referem-se a si próprios como "perseguidos por supostos ilícitos". A suposição é de quem? NÃO EXISTE SUPOSIÇÃO DIANTE DE FATOS E DE CRIMES SOBEJAMENTE DE DOMÍNIO PÚBLICO, COMPROVADOS PELA PRÓPRIA MÍDIA QUE HOJE OS APOIA, POIS A MANCHA COM QUE TINGIRAM O PAÍS É INDELÉVEL.

Pretendemos colaborar com o Portal Memórias Reveladas, do Arquivo Nacional, e esperamos que em nossa contribuição para a História recente do Brasil seja mantido o direito à verdade e à memória e que a referência aos atos de repressão aos opositores do regime militar contenham os crimes pelos quais esses opositores eram "procurados pelos órgãos de segurança". Entre as datas dessa “memória” ninguém inventou nada e o que tem que ser revelado é que terrorismo é crime contra a humanidade e, por essa razão, imprescritível, sejam quais forem as correntes políticas eventualmente no poder..
Observa o leitor Felix Maier, que entre as fontes de referência de Memórias Reveladas, do Arquivo Nacional, estão a Fundação Perseu Abramo e o Movimento Tortura Nunca Mais.
Seria mais imparcial se os coordenadores desse projeto também incluíssem, na íntegra, os documentos a respeito, que foram arquivados no STF, no STM, nos Órgãos de Segurança, nas Auditorias Militares, no DOPS, no CENIMAR, no CISA e no CIEx .

Também, de grande utilidade seria a publicação das diretrizes contidas nos documentos dos dirigentes comunistas que, desde 1961, enviavam militantes para treinar técnicas de guerrilhas em países comunistas.
Daria credibilidade ao Portal se nas fichas dos militantes constassem, "sem limpezas de arquivos", suas atividades na luta armada; que os depoimentos dos supostos "perseguidos políticos" fossem publicados; que não houvesse sigilo de informações de ordem pessoal que, pretensa ou convenientemente, “prejudicassem” a segurança nacional. Com fichas desse tipo, completas, os brasileiros obteriam informações mais amplas e confiáveis.



Postar informações provenientes, apenas, de organizações esquerdistas e de familiares de militantes, ignorando, solenemente, o sério trabalho realizado por sites e blogs que se dedicam ao assunto, é uma prova cabal de que o objetivo maior desse site governamental não é prestar informações corretas, mas apenas realizar propaganda ideológica de militantes revanchistas. Atitudes desse tipo desmoralizam o Portal sob a ótica da isenção.

Há que se ter um mínimo de respeito pela História recente do País, revelando o que fizeram os militantes de organizações subversivo-terroristas, muitos dos quais ocupam cargos em vários escalões do atual governo. Para começar, a Ministra - Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff; o Ministro da Comunicação Social, Franklin Martins; o Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc; o Ministro da Cultura, Juca Ferreira; e muitos outros do 2º escalão. Eles poderiam contar a verdadeira história de suas organizações e os crimes praticados por seus militantes.

Temos muito o que contar para contribuir com o resgate da História recente do Brasil.
À coordenadoria do Portal Memórias Reveladas sugerimos:
a) comecem narrando a verdadeira motivação para o início da luta armada;
b) publiquem as fichas criminais com os "supostos ilícitos" dos "opositores do regime";
c) citem as organizações terroristas a que pertenciam os militantes e porque eram "perseguidos políticos"
Nossa colaboração será, frequentemente, apresentada no site www.averdadesufocada.com e esperamos que, depois de conferidas com documentos constantes nos processos sejam utilizadas pelo portal do governo.

Nossa primeira colaboração ao Portal: Atentado ao Aeroporto Guararapes - Recife/PE, considerado o marco inicial da luta armada no Brasil.
As sete bombas que abalaram Recife
Aeroporto de Guararapes
25/07/1966
A Contra-Revolução completava dois anos. Solenidades eram realizadas em todos os rincões do País.
Em Recife, desde oito horas desse 31/03/1966, o povo se deslocava para o Parque Treze de Maio para o início das comemorações. Milhares de pessoas estavam reunidas naquele parque quando, às 8h47, foram surpreendidas por uma violenta explosão, seguida de espessa nuvem de fumaça que envolveu o prédio dos Correios e Telégrafos de Recife.

Quando a fumaça desapareceu, o povo, atônito, viu os estragos. Manchas negras e buracos nas paredes, a vidraça no sexto andar estilhaçada. A curiosidade era geral. O povo não imaginava que esse seria o primeiro ato terrorista na capital pernambucana. Ao mesmo tempo, outra bomba explodia na residência do comandante do IV Exército. Ainda naquele dia, outra bomba, que falhara, foi encontrada em um vaso de flores da Câmara Municipal de Recife, onde havia sido realizada uma sessão solene em comemoração ao segundo aniversário da Contra-Revolução.

Cinqüenta dias após, em vinte de maio, foram arremessados dois coquetéis “molotov” e uma banana de dinamite contra os portões da Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco. Por sorte, até então, as bombas não haviam provocado vítimas.


No entanto, antes de completarem quatro meses da explosão da primeira bomba, outras três vieram abalar a tranqüilidade de Recife. Como as anteriores não provocaram vítimas, desta vez os terroristas capricharam e se esmeraram para haver mortos e feridos. A justificativa para essas ações era protestar contra a visita a Recife do marechal Costa e Silva, candidato da Aliança Renovadora Nacional (ARENA) à Presidência da República. O alvo principal era o próprio Costa e Silva e sua comitiva.

No dia marcado para a chegada do candidato, 25 de julho de 1966, explode a primeira bomba na União dos Estudantes de Pernambuco, ferindo com escoriações e queimaduras, no rosto e nas mãos, o civil José Leite.
A segunda bomba, detonada nos escritórios do Serviço de Informações dos Estados Unidos, causou apenas danos materiais. A terceira, mais potente, preparada para vitimar o marechal Costa e Silva, atingiu um grande número de pessoas. Ela foi colocada no saguão do Aeroporto de Guararapes, onde a comitiva do candidato seria recebida por trezentas pessoas.

Eram 8h30 deste mesmo dia, 25/07/1966, quando os alto-falantes anunciaram que, em virtude de pane no avião que traria o general, ele estava se deslocando por via terrestre, de João Pessoa até Recife, indo diretamente para o prédio da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).



Com o anúncio, o público, felizmente, começou a se retirar.

O guarda-civil Sebastião Thomaz de Aquino, o “Paraíba”, que fora um grande jogador de futebol do Santa Cruz, viu uma maleta escura junto à livraria Sodiler. Pensando que alguém a esquecera, pegou-a para entregá-la no balcão do Departamento de Aviação Civil (DAC). Ocorreu no momento uma grande explosão. A seguir pânico, gemidos e dor. Mais um ato terrorista acabara de acontecer, com um saldo de quinze vítimas.

Morreu o jornalista Edson Régis de Carvalho, casado e pai de cinco filhos. Teve seu abdômen dilacerado. Também faleceu o almirante reformado Nelson Gomes Fernandes, com o crânio esfacelado, deixando viúva e um filho menor. “Paraíba” foi atingido no frontal, no maxilar, na perna esquerda e na coxa direita com exposição óssea, o que resultou na amputação da perna direita. O tenente-coronel Sylvio Ferreira da Silva, hoje general, sofreu amputação traumática dos dedos da mão esquerda, lesões graves na coxa esquerda e queimaduras.
de primeiro e segundo graus.



Hoje, 43 anos depois, ainda sofre com as seqüelas provocadas.

Ficaram gravemente feridos o inspetor de polícia Haroldo Collares da Cunha Barreto e Antônio Pedro Morais da Cunha; os funcionários públicos Fernando Ferreira Raposo e Ivancir de Castro; os estudantes José Oliveira Silvestre e Amaro Duarte Dias; a professora Anita Ferreira de Carvalho; a comerciária Idalina Maia; o guarda-civil José Severino Barreto; além de Eunice Gomes de Barros e seu filho, Roberto Gomes de Barros, de apenas seis anos de idade.
O acaso, transferindo o local da chegada de Costa e Silva, evitou que a tragédia fosse maior. As autoridades, atônitas, procuravam os autores desses atentados. Não obtinham nenhuma resposta. Não tínhamos, até então, nenhum órgão para combater com eficiência o terrorismo.



Muitos anos depois, foi um comunista, militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), que teve a hombridade de denunciar esse crime: Jacob Gorender, em seu livro Combate nas Trevas - edição revista e ampliada - Editora Ática - 1998, escreve sobre o assunto:

“Membro da comissão militar e dirigente nacional da AP, Alípio de Freitas encontrava-se em Recife em meados de 1966, quando se anunciou a visita do general Costa e Silva, em campanha farsesca de candidato presidencial pelo partido governista Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Por conta própria Alípio decidiu promover uma aplicação realista dos ensinamentos sobre a técnica de atentados.” “Em entrevista concedida a Sérgio Buarque de Gusmão e editada pelo Jornal da República, logo depois da anistia de 1979, Jair Ferreira de Sá revelou a autoria do atentado do Aeroporto de Guararapes por militantes da AP.



Entrevista posterior, ao semanário Em Tempo, referiu-se a Raimundinho como um dos participantes da ação. Certamente, trata-se de Raimundo Gonçalves Figueiredo, que se transferiu para a VAR-Palmares (onde usava o nome de guerra Chico) e morreu, a vinte sete de abril de 1971, num tiroteio com policiais do Recife.”

Ficou, portanto, esclarecida a autoria do atentado ao Aeroporto de Gararapes:
- Organização responsável: Ação Popular (AP).
- Mentor intelectual: ex-padre Alípio de Freitas - que já atuava nas Ligas Camponesas na década de 50-, membro da comissão militar e dirigente nacional da AP;
· - Executor: Raimundo Gonçalves Figueiredo, militante da AP.
- Raimundo Gonçalves Figueiredo, codinome Chico, que viria, mais tarde a ser morto pela polícia de Recife em 27 de abril de 1971, já como integrante da VAR-Palmares e utilizando o nome falso de José Francisco Severo Ferreira, com o qual foi autopsiado e enterrado.



Esse terrorista é um dos radicais que hoje são apontados como tendo agido em defesa da democracia e cujos “feitos” estão sendo recompensados pelo governo, às custas do contribuinte brasileiro, com indenizações, recompensa obtida graças ao trabalho faccioso e revanchista da Comissão de Mortos e Desaparecidos, instituída pela lei nº 9.140, de 4 de dezembro de 1995.
É um dos nomes glorificados no livro Dos filhos desse solo, página 443, e no livro Direito à Memória e à Verdade editado com dinheiro dos trabalhadores pela Secretaria Nacional dos Direitos Humanos da Presidência da República, livro que faz a apologia do terrorismo e da luta armada. A prefeitura de Belo Horizonte, também, homenageou este terrorista assassino dando o seu nome a uma rua da capital mineira
- Em 25/12/2004, Cláudio Humberto, em sua coluna, no Jornal de Brasília, publicou a concessão da indenização fixada pela Comissão de Anistia, que beneficia o ex-padre Alípio de Freitas, hoje residente em Lisboa. Ele terá direito a R$ 1,09 milhão.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Paulistanos, não me envergonhem

A concessão de título de Cidadão Paulistano a Marighella 

Só um petista aloprado poderia produzir uma excrescência destas:

POR INICIATIVA DO VEREADOR PETISTA ITALO CARDOSO

 Câmara Municipal de São Paulo (número do projeto: PDL78/09 )
“Dispõe sobre a concessão de Título de Cidadão  Paulistano a Carlos Marighella, “in memoriam”.
A Câmara Municipal de São Paulo decreta:
Art. 1º Fica concedido, “in memoriam”, o Título de Cidadão Paulistano a Carlos Marighella, pelos relevantes serviços prestados à comunidade.
Art. 2º A entrega da referida homenagem se dará em Sessão Solene, a ser convocada pelo Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, especialmente para esse fim.
Art. 3º As despesas decorrentes deste decreto legislativo correrão por conta das verbas próprias do orçamento, suplementadas se necessário.
Art. 4º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Câmara Municipal de São Paulo, 29 de setembro de 2009. Às Comissões competentes.”

 Comentário do site : www.averdadesufocada.com
Breve histórico do novo Cidadão Paulistano, título concedido, certamente, sem aprovação da grande maioria dos paulistanos

Carlos Marighella, o ideólogo do terror
Marighella completaria 98 anos em 2009. Pelo menos 38 anos de seus 57 anos de vida foram dedicados à violência e à subversão
Carlos Marighella nasceu em Salvador, Bahia, em 05/12/1911. A militância de Marighella vem de longe. Sua trajetória revolucionária remonta à década de 30. Em 1932 ingressou na Juventude Comunista e na Federação Vermelha dos Estudantes. Em 1936, abandonou o curso de engenharia e, cumprindo ordens do partido, foi para São Paulo reorganizar o PCB.
Em 1939, foi preso pela terceira vez e encaminhado para Fernando de Noronha.
Na prisão dava aulas de formação política aos detentos.



Em 1945, a anistia, assinada por Vargas, devolveu a liberdade aos presos políticos. Marighella, nesse ano, foi eleito deputado federal.
No governo Dutra, o Partido Comunista voltou à ilegalidade e passou a agir de novo clandestinamente. Em 7 de janeiro de 1948, os mandatos dos parlamentares do PCB foram cassados.
De 1949 até 1954, Marighella atuou na área sindical, aumentando a influência do partido, sendo incluído na Comissão Executiva e no Secretariado Nacional, órgãos dirigentes do PCB.
No Manifesto de Agosto de 1950, Marighella já pregava a luta armada, conduzida por um Exército de Libertação Nacional. Como membro da Executiva chefiou a primeira delegação de comunistas brasileiros à China, em 1952, que já se preparava para a futura guerrilha implantada no Brasil  na década de 60 , com a desculpa de derrubar o regime militar.
Ao voltar, passou a trabalhar as massas para preparar a futura revolução brasileira.

O passo seguinte seria a penetração no meio estudantil. Para isso, Marighella infiltrou-se, por meio de contatos, na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, onde doutrinava professores e alunos. As sementes estavam sendo semeadas, era só aguardar o momento oportuno para a colheita.
A influência da revolução cubana, que passou a servir de modelo para muitos comunistas, contrariava as posições do Movimento Comunista Internacional e do próprio PCB, mas encantava revolucionários antigos, como Marighella e outros que, atuando desde a década de 30, não viam como conquistar o poder com uma luta de longo prazo. A tática de Fidel e Che Guevara, defensores da estratégia foquista - pequenos focos de guerrilheiros atuando em várias partes -, passou a ser o modelo ideal para o Brasil.



Em julho de 1967, foi convidado, oficialmente, para participar da 1ª Conferência da Organização Latino-Americana de Solidariedade (OLAS), onde se discutiria um caminho para a difusão da luta armada no continente.

Desautorizado pelo partido e contrariando as linhas de ação adotadas pelo PCB, Marighella embarcou para Havana com passaporte falso. O evento reuniu revolucionários do mundo inteiro. Na ocasião, o slogan era “Um, dois, três, mil Vietnames”, outro exemplo de guerrilha que dera certo.
Estando Marighella em Havana, o PCB enviou um telegrama desautorizando sua participação e ameaçando-o de expulsão.
Em 17 de agosto de1967, Marighella enviou uma carta ao Comitê Central do PCB, rompendo definitivamente com o partido.


Em seguida,  deu total apoio e solidariedade às resoluções adotadas pela OLAS. Nesse documento ele escrevia:
“No Brasil há forças revolucionárias convencidas de que o dever de todo o revolucionário é fazer a revolução. São estas forças que se preparam em meu país e que jamais me condenariam como faz o Comitê Central só porque empreendi uma viagem a Cuba e me solidarizei com a OLAS e com a revolução cubana. A experiência da revolução cubana ensinou, comprovando o acerto da teoria marxista-leninista, que a única maneira de resolver os problemas do povo é a conquista do poder pela violência das massas, a destruição do aparelho burocrático e militar do Estado a serviço das classes dominantes e do imperialismo e a sua substituição pelo povo armado.”



Terminada a conferência, Marighella ficou alguns meses em Cuba com a certeza do apoio de Fidel a um foco guerrilheiro no Brasil. Em fins de novembro foi expulso do PCB.
De volta ao Brasil, incentivou a prática de assaltos, seqüestros e atentados a bomba. Numa audaciosa ação, seus asseclas ocuparam a Rádio Nacional no Rio de Janeiro, onde colocaram uma gravação no ar, conclamando os revolucionários do Brasil, onde quer que estivessem, a iniciar as ações revolucionárias.
Logo depois, a partir de setembro de 1967, Marighella iniciou o envio de militantes para curso de guerrilha em Cuba. Na primeira leva seguiu  o chamado “I Exército da ALN”



Marighella criou, juntamente com Joaquim Câmara Ferreira, o Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP). O AC/SP ou “Ala Marighella” expandia-se e atuava em vários estados. As idéias de Marighella encontram no meio estudantil campo fértil.



Marighella e o clero

Outras adesões viriam. No convento dos dominicanos, na Rua Caiubi, nº 126, no bairro de Perdizes, São Paulo, vários religiosos aderiram ao AC/SP.
Frei Osvaldo Augusto de Resende Júnior liderou várias reuniões congregando frades dominicanos, que se interessavam por política. Participavam dessas reuniões,entre outros: frei Carlos Alberto Libânio Christo (frei Betto), frei Fernando de Brito, frei Tito de Alencar Lima, frei Luiz Felipe Ratton, frei Francisco Pereira Araújo (frei Chico) e Ives do Amaral Lesbaupin (frei Ivo). Na ocasião, frei Osvaldo teceu comentários elogiosos ao AC/SP chefiado por Marighella. Logo depois, apresentou frei Betto a Marighella e conseguiu a adesão de vários dominicanos ao AC/SP e depois à ALN.
O engajamento dos dominicanos foi total. Seriam um apoio da ALN na guerrilha urbana e rural.



 Seus adeptos seguiam a risca os ensinamentos pregados por Marighella:
-“O princípio básico estratégico da organização é o de desencadear, tanto nas cidades como no campo, um volume tal de ações, que o governo se veja obrigado a transformar a situação política do País em uma situação militar, destruindo a máquina burocrático- militar do Estado e substituindo-a pelo povo armado. A guerrilha urbana exercerá um papel tático em face da guerrilha rural, servindo de instrumento de inquietação, distração e retenção das forças armadas, para diminuir a concentração nas operações repressivas contra a guerrilha rural.



Apoiado pela chegada do “I Exército da ALN”, treinado em Cuba, Marighella liderou vários assaltos e atentados na área de São Paulo, ainda em 1968. Assaltos a trens pagadores, assaltos a carros transportadores de valores.
Intensificaram-se a seguir os atos de terror: atentados a bomba, assaltos a banco, seqüestros, assassinatos, “justiçamentos”, ataques a sentinelas e  radiopatrulhas, furtos e roubos de armas de quartéis.




Em 1969, Marighella difundiu o Minimanual do Guerrilheiro, de sua autoria, que passou a ser o livro de cabeceira dos terroristas brasileiros. O livreto foi traduzido em duas dezenas de idiomas e usado por terroristas do mundo inteiro. As Brigadas Vermelhas, na Itália, e o Grupo Baader-Meinhoff, na Alemanha,seguiam seus ensinamentos.



Trechos do mini manual :
 O terrorismo é uma arma a que jamais o revolucionário pode renunciar
Ser assaltante ou terrorista é uma condição que enobrece qualquer homem honrado
O pior inimigo da guerrilha e o maior perigo que corremos é a infiltração em nossa organização de um espião ou um informante.
O espião apreendido dentro de nossa organização será castigado com a morte. O mesmo vai para o que deserta e informa a polícia. 
O guerrilheiro urbano tem que ter a iniciativa, mobilidade, e flexibilidade, como também versatilidade e um comando para qualquer situação. A iniciativa é uma qualidade especialmente indispensável. Nem sempre é possível se antecipar tudo, e o guerrilheiro não pode deixar se confundir, ou esperar por ordens.
Mas a característica fundamental e decisiva do guerrilheiro urbano é que é um homem que luta com armas; dada esta condição, há poucas probabilidades de que possa seguir sua profissão normal por muito tempo ou o referencial da luta de classes, já que é inevitável e esperado necessariamente, o conflito armado do guerrilheiro urbano contra os objetivos essenciais:
a. A exterminação física dos chefes e assistentes das forças armadas e da polícia.
b. A expropriação dos recursos do governo e daqueles que pertencem aos grandes capitalistas, latifundiários, e imperialistas, com pequenas exropriações usadas para o mantimento do guerrilheiro urbano individual e grandes expropriações para o sustento da mesma revolução.
É claro que o conflito armado do guerrilheiro urbano também tem outro objetivo. Mas aqui nos referimos aos objetivos básicos, sobre tudo às expropriações. É necessário que todo guerrilheiro urbano tenha em mente que somente poderá sobreviver se está disposto a matar os policiais e todos aqueles dedicados à repressão, e se está verdadeiramente dedicado a expropriar a riqueza dos grandes capitalistas, dos latifundiários, e dos imperialistas.


No Brasil, o número de ações violentas realizadas pelos guerrilheiros urbanos, incluindo mortes, explosões, capturas de armas, munições, e explosivos, assaltos a bancos e prisões, etc., é o suficientemente significativo como para não deixar dúvida em relação as verdadeiras intenções dos revolucionários.
 A execução do espião da CIA Charles Chandler, um membro do Exército dos EUA que venho da guerra do Vietnã para se infiltrar no movimento estudantil brasileiro, os lacaios dos militares mortos em encontros sangrentos com os guerrilheiros urbanos, todos são testemunhas do fato que estamos em uma guerra revolucionária completa e que a guerra somente pode ser livrada por meios violentos.

Esta é a razão pela qual o guerrilheiro urbano utiliza a luta e pela qual continua concentrando sua atividade no extermínio físico dos agentes da repressão, e a dedicar 24 horas do dia à expropriação dos exploradores da população.
A questão básica na preparação técnica do guerrilheiro urbano é o manejo de armas, tais como a metralhadora, o revólver automático, FAL, vários tipos de escopetas, carabinas, morteiros, bazucas, etc.
O conhecimento de vários tipos de munições e explosivos é outro aspecto a considerar. Entre os explosivos, a dinamite tem que ser bem entendida. O uso de bombas incendiárias, de bombas de fumaça, e de outros tipos são conhecimentos prévios indispensáveis.

Aprender a fazer e construir armas, preparar bombas Molotov, granadas, minas, artefatos destrutivos caseiros, como destruir pontes, e destruir trilhos de trem são conhecimentos indispensáveis a preparação técnica do guerrilheiro
 A razão para a existência do guerrilheiro urbano, a condição básica para qual atua e sobrevive, é o de atirar. O guerrilheiro urbano tem que saber disparar bem porque é requerido por este tipo de combate.
Na guerra convencional, o combate é geralmente a distância com armas de longo alcance. Na guerra não-convencional, na qual a guerra guerrilheira urbana está incluída, o combate é a curta distância, muito curta. 

Para evitar sua própria extinção, o guerrilheiro urbano tem que atirar primeiro e não pode errar em seu disparo
As emboscadas são ataques tipificados por surpresa quando o inimigo é apanhado em uma estrada ou quando faz que uma rede de policiais rodeie uma casa ou propriedade. Uma mensagem falsa pode trazer o inimigo a um lugar onde caia em uma armadilha.
O objeto principal da tática de emboscada é de capturar as armas e castigá-los com a morte.
As emboscadas para deter trens de passageiros são para propósitos de propaganda, e quando são trens de tropas, o objetivo é de eliminar o inimigo e tomar suas armas. 

O franco-atirador guerrilheiro é o tipo de lutador ideal especialmente para as emboscada porque pode se esconder facilmente nas irregularidade do terreno, nos trechos dos edifícios e dos apartamentos sob construção. Desde janelas e lugares escuros pode mirar cuidadosamente a seu alvo escolhido.
As emboscadas tem efeitos devastadores no inimigo, deixando o nervoso, inseguro e cheio de temor.

Alguns livros, como  A  Rede do Terror- A Guerra Secreta do Terrorismo Internacional , de Claire Sterling  transcreve alguns textos
“... não matam com raiva: esse é o sexto dos sete pecados capitais contra os quais adverte expressamente o Minimanual de Guerrilha Urbana de Carlos Marighella, a cartilha-padrão do terrorista. Tampouco matam por impulso: pressa e improvisação o quinto e sétimo pecados da lista de Marighella. Matam com naturalidade, pois esta é “a única razão de ser de um guerrilheiro urbano” segundo reza a cartilha. O que importa não é a identidade do cadáver, mas seu impacto sobre o público.”
 
“... em primeiro lugar, escreveu Marighella, o guerrilheiro urbano precisa usar a violência revolucionária para identificar- se com causas populares e assim conseguir uma base popular. Depois: O governo não tem alternativa exceto intensificar a repressão.
As batidas policiais, busca em residências, prisões de pessoas inocentes tornam a vida na cidade insuportável. O sentimento geral é de que o governo é injusto, incapaz de solucionar problemas, e recorre pura e simplesmente à liquidação física de seus opositores.”
É este homem  que levou vários jovens à morte, não só no Brasil , com as instruções de seu Minimanual , que a Câmara Municipal condecorou pelos relevantes serviços prestados à comunidade.
É este homem , que será homenageado , dia 4 /11 , dia de sua morte em confronto com o Dops, no monumento construído na Alameda Casa Branca, local de sua morte.Serão colocadas flores no local e sua companheira Clara Charf coordenará a cerimônia Estarão presentes outros ex-militantes da luta armada.
É esse homem , que roubou , sequestrou , encaminhou jovens para treinamento no exterior que será homenageado no Museu da Resistência, no antigo DOPS, com uma exposição sobre Marighella, que começa dia 7 com a presença de Paulo Vannuchi, ministro dos Direitos Humanos“



É esse homem que  segundo o ex-ministro José Dirceu  "é parte da história brasileira. Ele acreditava que a principal tarefa era a libertação nacional e o fim da ditadura, para retomar o fio da história” . Em 2010, a história do líder da ALN será contada em um longa metragem, que está sendo produzido pela cineasta Isa Grinspun.
 Suas vítimas ,porém , são esquecidas, varridas para baixo dos tapetes vermelhos da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República. O Portal Memórias Reveladas criado por  Franklin Martins e  apresentado por Dilma Rousseff, não revelará nenhum dos crimes que ele e seus asseclas cometeram em nome de uma ideologia pela qual ele lutava desde 1930. Portanto, nada a ver com o regime militar, nem com liberdade ...