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sábado, 9 de fevereiro de 2019

O apagão da esquerda

Sem rumo

A extrema esquerda – PT, PSol, PcdoB – vive um momento autofágico, agravado pela segunda condenação de Lula. O primeiro conflito foi em decorrência da eleição à presidência da Câmara. PT e Psol decidiram ser pragmáticos e apoiaram Rodrigo Maia, do DEM, provocando forte reação do PcdoB. Manuela Dávila e amigos consideraram o gesto uma traição – e uma capitulação.
Na quarta-feira, Ciro Gomes, do PDT, foi vaiado num encontro com a UNE, em Salvador, ao ponderar a inutilidade de a esquerda reduzir sua atuação a slogans inúteis do tipo “Lula livre!”. E, ao reagir às vaias, e após lembrar que é um velho colaborador do PT, repetiu o mantra de seu irmão, Cid Gomes: “Lula está preso, babaca!”.
Ciro – e isso é um fato raríssimo – tem razão. A esquerda, conforme seu raciocínio, precisa descer do palanque e se conformar com o fato concreto de que perdeu as eleições – “e perdeu feio”. Nesse sentido, está de acordo com José Dirceu, que reconheceu que Bolsonaro tem, sim, lastro social e que não será derrotado tão facilmente, muito menos a partir de meras ofensas e ameaças. Ao insistir, por exemplo, que a Venezuela é uma democracia e que suas dificuldades são obra dos EUA, investe no irracional.
É preciso exercer a oposição com critério e conteúdo. Neste momento, não há nem uma coisa, nem outra. A rigor, nunca houve. Fazer oposição ao tempo em que o PSDB era governo era bem diferente, a começar pelo fato de que os tucanos não eram exatamente adversários. Fernando Henrique disse mais de uma vez que PT e PSDB não brigavam por ideias, mas por cargos. A luta hoje está em outro patamar. Os conflitos têm fundo doutrinário, que colocam em confronto valores e princípios – e sobretudo a conduta moral da esquerda, exposta pela Lava Jato.
Ao tempo dos tucanos, o PT ostentava a mística de instância moral da nação, uma espécie de sucursal do juízo final, investindo pesado em denunciar adversários e propor CPIs a cada 15 minutos. “Quanto mais CPIs, melhor”, dizia Lula. E assim, por cima dos cadáveres dos adversários difamados (uns com razão, outros não – e isso era um detalhe), o partido construía sua reputação de vestal da República. Com a leniência de FHC, que dizia que “a vez agora é de Lula”, o partido chegou ao poder, com ânimo de jamais deixá-lo.

Não se preparou para este momentoe muito menos para a circunstância (que ele mesmo construiu) de ter sua reputação virada do avesso. Não preparou lideranças para a eventualidade de perder Lula. E não foi a única perda: o que havia de respeitabilidade intelectual no partido já saiu de cena faz tempo. Além de Lula, as lideranças que lhe restaram estão às voltas com a Justiça: José Dirceu, condenado em segunda instância a 40 anos de prisão, deve retornar ao xadrez a qualquer momento; Gleisi Hoffmann, Fernando Haddad, Dilma Roussef são réus em múltiplos processos
Lindbergh Faria acaba de ser condenado em segunda instância por improbidade administrativa. E assim por diante.
O partido está sem rumo e sem credibilidade para propor o que quer que seja. Resta-lhe atirar pedras, sem a necessária autoridade moral para fazê-lo, como nos tempos que precederam sua chegada ao poder. É preciso zerar tudo e recomeçar, dizem alguns petistas. Sim, mas de onde? Da cadeia? Antes de encontrar um meio de reconectar-se com a sociedade, será preciso fazê-lo internamente. E pelo que se viu da tentativa de Ciro Gomes, vai levar algum tempo.

Ruy Fabiano, jornalista- Blog do Noblat - Veja


segunda-feira, 9 de março de 2015

Ainda desunida, oposição quer se aproveitar da fragilidade de Dilma

Unificar discursos e atrair o PMDB são as estratégias para desgastar gestão petista

Unificar discursos e atrair o PMDB são as estratégias para desgastar gestão petista

A oposição à presidenta Dilma Rousseff (PT) vive uma fase que qualquer um do time do contra gostaria de ter: sobram argumentos para atacar o seu Governo. Operação Lava Jato, crise econômica, política externa paralisada, mudanças nas regras trabalhistas, aumento de tributos e a uma correção da tabela do Imposto de Renda abaixo do previsto são alguns dos alvos da grita de deputados e senadores nas tribunas do Congresso Nacional e em entrevistas nas últimas semanas. E é exatamente esse excesso de temas a serem debatidos que pode distanciar os críticos de seus eleitores.

Nos últimos dias, os parlamentares têm se dividido em grupos com posturas distintas para confrontarem a gestão petista e até mesmo para atrair membros da bancada governista, principalmente do PMDB. De um lado estão os que fazem discursos que, por serem mais amplos, acabam balizando a agenda opositora, como os senadores Aécio Neves e José Serra, do PSDB. Do outro, estão os que cobram o Governo com um linguajar que se aproxima mais da população e dos manifestantes que programam protestos em favor do impeachment de Rousseff em todo o país para o próximo dia 15. Nesse grupo estão senadores Aloysio Nunes e Cássio Cunha Lima, do PSDB, e Randolfe Rodrigues, do PSOL, e o deputado Rubens Bueno, do PPS, que já se declararam favoráveis a esses protestos.

Em seu discurso de reestreia no Senado na última quarta-feira, Serra, por exemplo levou longos 50 minutos para traçar um panorama dos últimos 12 anos de Governo petista e atribuiu a atual crise à condução da política econômica do segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva e do primeiro de Rousseff. Atacou também temas que são chaves para os tucanos, como a política externa. Em síntese, disse que era preciso alterar as regras de união alfandegária do Mercosul para que o Brasil pudesse se relacionar comercialmente com grandes potências.

Continuar lendo no El País - Afonso Benites 

 

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Paulistanos, não me envergonhem

A concessão de título de Cidadão Paulistano a Marighella 

Só um petista aloprado poderia produzir uma excrescência destas:

POR INICIATIVA DO VEREADOR PETISTA ITALO CARDOSO

 Câmara Municipal de São Paulo (número do projeto: PDL78/09 )
“Dispõe sobre a concessão de Título de Cidadão  Paulistano a Carlos Marighella, “in memoriam”.
A Câmara Municipal de São Paulo decreta:
Art. 1º Fica concedido, “in memoriam”, o Título de Cidadão Paulistano a Carlos Marighella, pelos relevantes serviços prestados à comunidade.
Art. 2º A entrega da referida homenagem se dará em Sessão Solene, a ser convocada pelo Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, especialmente para esse fim.
Art. 3º As despesas decorrentes deste decreto legislativo correrão por conta das verbas próprias do orçamento, suplementadas se necessário.
Art. 4º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Câmara Municipal de São Paulo, 29 de setembro de 2009. Às Comissões competentes.”

 Comentário do site : www.averdadesufocada.com
Breve histórico do novo Cidadão Paulistano, título concedido, certamente, sem aprovação da grande maioria dos paulistanos

Carlos Marighella, o ideólogo do terror
Marighella completaria 98 anos em 2009. Pelo menos 38 anos de seus 57 anos de vida foram dedicados à violência e à subversão
Carlos Marighella nasceu em Salvador, Bahia, em 05/12/1911. A militância de Marighella vem de longe. Sua trajetória revolucionária remonta à década de 30. Em 1932 ingressou na Juventude Comunista e na Federação Vermelha dos Estudantes. Em 1936, abandonou o curso de engenharia e, cumprindo ordens do partido, foi para São Paulo reorganizar o PCB.
Em 1939, foi preso pela terceira vez e encaminhado para Fernando de Noronha.
Na prisão dava aulas de formação política aos detentos.



Em 1945, a anistia, assinada por Vargas, devolveu a liberdade aos presos políticos. Marighella, nesse ano, foi eleito deputado federal.
No governo Dutra, o Partido Comunista voltou à ilegalidade e passou a agir de novo clandestinamente. Em 7 de janeiro de 1948, os mandatos dos parlamentares do PCB foram cassados.
De 1949 até 1954, Marighella atuou na área sindical, aumentando a influência do partido, sendo incluído na Comissão Executiva e no Secretariado Nacional, órgãos dirigentes do PCB.
No Manifesto de Agosto de 1950, Marighella já pregava a luta armada, conduzida por um Exército de Libertação Nacional. Como membro da Executiva chefiou a primeira delegação de comunistas brasileiros à China, em 1952, que já se preparava para a futura guerrilha implantada no Brasil  na década de 60 , com a desculpa de derrubar o regime militar.
Ao voltar, passou a trabalhar as massas para preparar a futura revolução brasileira.

O passo seguinte seria a penetração no meio estudantil. Para isso, Marighella infiltrou-se, por meio de contatos, na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, onde doutrinava professores e alunos. As sementes estavam sendo semeadas, era só aguardar o momento oportuno para a colheita.
A influência da revolução cubana, que passou a servir de modelo para muitos comunistas, contrariava as posições do Movimento Comunista Internacional e do próprio PCB, mas encantava revolucionários antigos, como Marighella e outros que, atuando desde a década de 30, não viam como conquistar o poder com uma luta de longo prazo. A tática de Fidel e Che Guevara, defensores da estratégia foquista - pequenos focos de guerrilheiros atuando em várias partes -, passou a ser o modelo ideal para o Brasil.



Em julho de 1967, foi convidado, oficialmente, para participar da 1ª Conferência da Organização Latino-Americana de Solidariedade (OLAS), onde se discutiria um caminho para a difusão da luta armada no continente.

Desautorizado pelo partido e contrariando as linhas de ação adotadas pelo PCB, Marighella embarcou para Havana com passaporte falso. O evento reuniu revolucionários do mundo inteiro. Na ocasião, o slogan era “Um, dois, três, mil Vietnames”, outro exemplo de guerrilha que dera certo.
Estando Marighella em Havana, o PCB enviou um telegrama desautorizando sua participação e ameaçando-o de expulsão.
Em 17 de agosto de1967, Marighella enviou uma carta ao Comitê Central do PCB, rompendo definitivamente com o partido.


Em seguida,  deu total apoio e solidariedade às resoluções adotadas pela OLAS. Nesse documento ele escrevia:
“No Brasil há forças revolucionárias convencidas de que o dever de todo o revolucionário é fazer a revolução. São estas forças que se preparam em meu país e que jamais me condenariam como faz o Comitê Central só porque empreendi uma viagem a Cuba e me solidarizei com a OLAS e com a revolução cubana. A experiência da revolução cubana ensinou, comprovando o acerto da teoria marxista-leninista, que a única maneira de resolver os problemas do povo é a conquista do poder pela violência das massas, a destruição do aparelho burocrático e militar do Estado a serviço das classes dominantes e do imperialismo e a sua substituição pelo povo armado.”



Terminada a conferência, Marighella ficou alguns meses em Cuba com a certeza do apoio de Fidel a um foco guerrilheiro no Brasil. Em fins de novembro foi expulso do PCB.
De volta ao Brasil, incentivou a prática de assaltos, seqüestros e atentados a bomba. Numa audaciosa ação, seus asseclas ocuparam a Rádio Nacional no Rio de Janeiro, onde colocaram uma gravação no ar, conclamando os revolucionários do Brasil, onde quer que estivessem, a iniciar as ações revolucionárias.
Logo depois, a partir de setembro de 1967, Marighella iniciou o envio de militantes para curso de guerrilha em Cuba. Na primeira leva seguiu  o chamado “I Exército da ALN”



Marighella criou, juntamente com Joaquim Câmara Ferreira, o Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP). O AC/SP ou “Ala Marighella” expandia-se e atuava em vários estados. As idéias de Marighella encontram no meio estudantil campo fértil.



Marighella e o clero

Outras adesões viriam. No convento dos dominicanos, na Rua Caiubi, nº 126, no bairro de Perdizes, São Paulo, vários religiosos aderiram ao AC/SP.
Frei Osvaldo Augusto de Resende Júnior liderou várias reuniões congregando frades dominicanos, que se interessavam por política. Participavam dessas reuniões,entre outros: frei Carlos Alberto Libânio Christo (frei Betto), frei Fernando de Brito, frei Tito de Alencar Lima, frei Luiz Felipe Ratton, frei Francisco Pereira Araújo (frei Chico) e Ives do Amaral Lesbaupin (frei Ivo). Na ocasião, frei Osvaldo teceu comentários elogiosos ao AC/SP chefiado por Marighella. Logo depois, apresentou frei Betto a Marighella e conseguiu a adesão de vários dominicanos ao AC/SP e depois à ALN.
O engajamento dos dominicanos foi total. Seriam um apoio da ALN na guerrilha urbana e rural.



 Seus adeptos seguiam a risca os ensinamentos pregados por Marighella:
-“O princípio básico estratégico da organização é o de desencadear, tanto nas cidades como no campo, um volume tal de ações, que o governo se veja obrigado a transformar a situação política do País em uma situação militar, destruindo a máquina burocrático- militar do Estado e substituindo-a pelo povo armado. A guerrilha urbana exercerá um papel tático em face da guerrilha rural, servindo de instrumento de inquietação, distração e retenção das forças armadas, para diminuir a concentração nas operações repressivas contra a guerrilha rural.



Apoiado pela chegada do “I Exército da ALN”, treinado em Cuba, Marighella liderou vários assaltos e atentados na área de São Paulo, ainda em 1968. Assaltos a trens pagadores, assaltos a carros transportadores de valores.
Intensificaram-se a seguir os atos de terror: atentados a bomba, assaltos a banco, seqüestros, assassinatos, “justiçamentos”, ataques a sentinelas e  radiopatrulhas, furtos e roubos de armas de quartéis.




Em 1969, Marighella difundiu o Minimanual do Guerrilheiro, de sua autoria, que passou a ser o livro de cabeceira dos terroristas brasileiros. O livreto foi traduzido em duas dezenas de idiomas e usado por terroristas do mundo inteiro. As Brigadas Vermelhas, na Itália, e o Grupo Baader-Meinhoff, na Alemanha,seguiam seus ensinamentos.



Trechos do mini manual :
 O terrorismo é uma arma a que jamais o revolucionário pode renunciar
Ser assaltante ou terrorista é uma condição que enobrece qualquer homem honrado
O pior inimigo da guerrilha e o maior perigo que corremos é a infiltração em nossa organização de um espião ou um informante.
O espião apreendido dentro de nossa organização será castigado com a morte. O mesmo vai para o que deserta e informa a polícia. 
O guerrilheiro urbano tem que ter a iniciativa, mobilidade, e flexibilidade, como também versatilidade e um comando para qualquer situação. A iniciativa é uma qualidade especialmente indispensável. Nem sempre é possível se antecipar tudo, e o guerrilheiro não pode deixar se confundir, ou esperar por ordens.
Mas a característica fundamental e decisiva do guerrilheiro urbano é que é um homem que luta com armas; dada esta condição, há poucas probabilidades de que possa seguir sua profissão normal por muito tempo ou o referencial da luta de classes, já que é inevitável e esperado necessariamente, o conflito armado do guerrilheiro urbano contra os objetivos essenciais:
a. A exterminação física dos chefes e assistentes das forças armadas e da polícia.
b. A expropriação dos recursos do governo e daqueles que pertencem aos grandes capitalistas, latifundiários, e imperialistas, com pequenas exropriações usadas para o mantimento do guerrilheiro urbano individual e grandes expropriações para o sustento da mesma revolução.
É claro que o conflito armado do guerrilheiro urbano também tem outro objetivo. Mas aqui nos referimos aos objetivos básicos, sobre tudo às expropriações. É necessário que todo guerrilheiro urbano tenha em mente que somente poderá sobreviver se está disposto a matar os policiais e todos aqueles dedicados à repressão, e se está verdadeiramente dedicado a expropriar a riqueza dos grandes capitalistas, dos latifundiários, e dos imperialistas.


No Brasil, o número de ações violentas realizadas pelos guerrilheiros urbanos, incluindo mortes, explosões, capturas de armas, munições, e explosivos, assaltos a bancos e prisões, etc., é o suficientemente significativo como para não deixar dúvida em relação as verdadeiras intenções dos revolucionários.
 A execução do espião da CIA Charles Chandler, um membro do Exército dos EUA que venho da guerra do Vietnã para se infiltrar no movimento estudantil brasileiro, os lacaios dos militares mortos em encontros sangrentos com os guerrilheiros urbanos, todos são testemunhas do fato que estamos em uma guerra revolucionária completa e que a guerra somente pode ser livrada por meios violentos.

Esta é a razão pela qual o guerrilheiro urbano utiliza a luta e pela qual continua concentrando sua atividade no extermínio físico dos agentes da repressão, e a dedicar 24 horas do dia à expropriação dos exploradores da população.
A questão básica na preparação técnica do guerrilheiro urbano é o manejo de armas, tais como a metralhadora, o revólver automático, FAL, vários tipos de escopetas, carabinas, morteiros, bazucas, etc.
O conhecimento de vários tipos de munições e explosivos é outro aspecto a considerar. Entre os explosivos, a dinamite tem que ser bem entendida. O uso de bombas incendiárias, de bombas de fumaça, e de outros tipos são conhecimentos prévios indispensáveis.

Aprender a fazer e construir armas, preparar bombas Molotov, granadas, minas, artefatos destrutivos caseiros, como destruir pontes, e destruir trilhos de trem são conhecimentos indispensáveis a preparação técnica do guerrilheiro
 A razão para a existência do guerrilheiro urbano, a condição básica para qual atua e sobrevive, é o de atirar. O guerrilheiro urbano tem que saber disparar bem porque é requerido por este tipo de combate.
Na guerra convencional, o combate é geralmente a distância com armas de longo alcance. Na guerra não-convencional, na qual a guerra guerrilheira urbana está incluída, o combate é a curta distância, muito curta. 

Para evitar sua própria extinção, o guerrilheiro urbano tem que atirar primeiro e não pode errar em seu disparo
As emboscadas são ataques tipificados por surpresa quando o inimigo é apanhado em uma estrada ou quando faz que uma rede de policiais rodeie uma casa ou propriedade. Uma mensagem falsa pode trazer o inimigo a um lugar onde caia em uma armadilha.
O objeto principal da tática de emboscada é de capturar as armas e castigá-los com a morte.
As emboscadas para deter trens de passageiros são para propósitos de propaganda, e quando são trens de tropas, o objetivo é de eliminar o inimigo e tomar suas armas. 

O franco-atirador guerrilheiro é o tipo de lutador ideal especialmente para as emboscada porque pode se esconder facilmente nas irregularidade do terreno, nos trechos dos edifícios e dos apartamentos sob construção. Desde janelas e lugares escuros pode mirar cuidadosamente a seu alvo escolhido.
As emboscadas tem efeitos devastadores no inimigo, deixando o nervoso, inseguro e cheio de temor.

Alguns livros, como  A  Rede do Terror- A Guerra Secreta do Terrorismo Internacional , de Claire Sterling  transcreve alguns textos
“... não matam com raiva: esse é o sexto dos sete pecados capitais contra os quais adverte expressamente o Minimanual de Guerrilha Urbana de Carlos Marighella, a cartilha-padrão do terrorista. Tampouco matam por impulso: pressa e improvisação o quinto e sétimo pecados da lista de Marighella. Matam com naturalidade, pois esta é “a única razão de ser de um guerrilheiro urbano” segundo reza a cartilha. O que importa não é a identidade do cadáver, mas seu impacto sobre o público.”
 
“... em primeiro lugar, escreveu Marighella, o guerrilheiro urbano precisa usar a violência revolucionária para identificar- se com causas populares e assim conseguir uma base popular. Depois: O governo não tem alternativa exceto intensificar a repressão.
As batidas policiais, busca em residências, prisões de pessoas inocentes tornam a vida na cidade insuportável. O sentimento geral é de que o governo é injusto, incapaz de solucionar problemas, e recorre pura e simplesmente à liquidação física de seus opositores.”
É este homem  que levou vários jovens à morte, não só no Brasil , com as instruções de seu Minimanual , que a Câmara Municipal condecorou pelos relevantes serviços prestados à comunidade.
É este homem , que será homenageado , dia 4 /11 , dia de sua morte em confronto com o Dops, no monumento construído na Alameda Casa Branca, local de sua morte.Serão colocadas flores no local e sua companheira Clara Charf coordenará a cerimônia Estarão presentes outros ex-militantes da luta armada.
É esse homem , que roubou , sequestrou , encaminhou jovens para treinamento no exterior que será homenageado no Museu da Resistência, no antigo DOPS, com uma exposição sobre Marighella, que começa dia 7 com a presença de Paulo Vannuchi, ministro dos Direitos Humanos“



É esse homem que  segundo o ex-ministro José Dirceu  "é parte da história brasileira. Ele acreditava que a principal tarefa era a libertação nacional e o fim da ditadura, para retomar o fio da história” . Em 2010, a história do líder da ALN será contada em um longa metragem, que está sendo produzido pela cineasta Isa Grinspun.
 Suas vítimas ,porém , são esquecidas, varridas para baixo dos tapetes vermelhos da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República. O Portal Memórias Reveladas criado por  Franklin Martins e  apresentado por Dilma Rousseff, não revelará nenhum dos crimes que ele e seus asseclas cometeram em nome de uma ideologia pela qual ele lutava desde 1930. Portanto, nada a ver com o regime militar, nem com liberdade ...