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segunda-feira, 28 de agosto de 2023

CPI do 8 de janeiro: Comando do Exército articula para barrar punições na comissão

Em reuniões com integrantes da comissão, general Tomás Ribeiro Paiva evitou falar em blindagem, mas reforçou a necessidade de ‘preservar a instituição’

Diante do avanço de investigações que atingem militares [uma conclusão que só se fundamenta se apresentada em uma narrativa interpretativa; em nossa opinião, não haverá punições já que punir os 'esquerdistas infiltrados' não interessa aos governistas - visto que implicaria em punir, no mínimo por omissão conivente, o G Dias.
O desejo inicial de  punir os inocentes não prospera - ao contrário, a cada dia que passa e não surgem provas, (aliás, provar o que não ocorreu, a participação inexistente é difícil; CONFIRA AQUI: Álibi e Prova de Fato Negativo) aumenta o interesse em  libertá-los, o que ainda não ocorreu devido o elevado risco de centenas de ações indenizatórias serem apresentadas contra o governo.] Ministério de Defesa e o comando do Exército lançaram uma ofensiva nas últimas semanas para tentar evitar desgastes na imagem das Forças Armadas. Como parte desse plano, o general Tomás Ribeiro Paiva fez uma rodada de reuniões com a cúpula da CPI do 8 de janeiro, entre elas a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA); o presidente, deputado Arthur Maia (União-BA); e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso. 
 
Na reunião com os parlamentares, o general reforçou a necessidade de “preservar a instituição”, “individualizar as condutas” e não fazer generalizações que afetem a imagem do Exército
Segundo pessoas que participaram desses encontros, em nenhum momento Paiva tratou sobre a blindagem a militares específicos. 
Mas, nas entrelinhas, o recado ficou implícito: a preocupação é com requerimentos de convocações e quebras de sigilo de generais e outros militares graduados.

Até agora, a CPI já convocou seis militares a depor. Desses, três são generais — o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias, que será ouvido na semana que vem; o ex-comandante militar do Planalto Gustavo Dutra; e o ex-ministro do GSI Augusto Heleno. Ainda não há data marcada para ouvir os dois últimos.

Generais na mira
A avaliação no Alto Comando do Exército é que não há como evitar o desgaste com os depoimentos
, mas há o receio de que a CPI continue a avançar sobre os oficiais. 
Na lista de convocações pedidas por governistas estão mais três generais — o ex-ministro da Defesa Paulo Sergio, o ex-comandante do Exército Freire Gomes e o ex-gerente da Apex Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Relatora da CPI, Eliziane Gama é autora de dois requerimentos considerados sensíveis para o Exército as quebras de sigilos de Paulo Sérgio e Freire Gomes. Na última terça-feira, ao se reunir com o comandante do Exército, ela concordou sobre a necessidade de proteger a instituição, mas afirmou ser preciso separar o joio do trigo.

Ao GLOBO, a relatora disse entender também ser crucial ouvir Lourena Cid na CPI. [entendimentos mudam.] Amigo de longa data de Bolsonaro, o general é investigado pela PF no caso das vendas das joias recebidas pela comitiva presidencial.

Na última quarta-feira, no Quartel-General, o presidente da CPI também fez uma visita de cortesia ao comandante e saiu de lá elogiando a instituição. O que ele deseja é que seja separada a conduta individual de pessoas que são membros das Forças Armadas da instituição. É uma preocupação bastante razoável para ele como comandante — disse Arthur Maia ao GLOBO.

Procurado, o Exército informou que “as reuniões ocorridas são institucionais e visam proporcionar aos diversos órgãos um melhor conhecimento sobre a Força”.

Na sexta-feira, sob os olhos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o comandante do Exército reuniu autoridades no QG de Brasília para celebrar o Dia do Soldado. Ao discursar aos militares e civis presentes, prometeu que desvios de conduta na tropa serão “repudiados e corrigidos”. Afirmou ainda que o Exército será “intransigente na defesa da legalidade”. 

Política - O Globo