Em reuniões com integrantes da comissão, general Tomás Ribeiro Paiva evitou falar em blindagem, mas reforçou a necessidade de ‘preservar a instituição’
Até agora, a CPI já convocou seis militares a depor. Desses, três são generais — o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias, que será ouvido na semana que vem; o ex-comandante militar do Planalto Gustavo Dutra; e o ex-ministro do GSI Augusto Heleno. Ainda não há data marcada para ouvir os dois últimos.
A avaliação no Alto Comando do Exército é que não há como evitar o desgaste com os depoimentos, mas há o receio de que a CPI continue a avançar sobre os oficiais.
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Relatora da CPI, Eliziane Gama é autora de dois requerimentos considerados sensíveis para o Exército — as quebras de sigilos de Paulo Sérgio e Freire Gomes. Na última terça-feira, ao se reunir com o comandante do Exército, ela concordou sobre a necessidade de proteger a instituição, mas afirmou ser preciso separar o joio do trigo.
Ao GLOBO, a relatora disse entender também ser crucial ouvir Lourena Cid na CPI. [entendimentos mudam.] Amigo de longa data de Bolsonaro, o general é investigado pela PF no caso das vendas das joias recebidas pela comitiva presidencial.
Na última quarta-feira, no Quartel-General, o presidente da CPI também fez uma visita de cortesia ao comandante e saiu de lá elogiando a instituição. — O que ele deseja é que seja separada a conduta individual de pessoas que são membros das Forças Armadas da instituição. É uma preocupação bastante razoável para ele como comandante — disse Arthur Maia ao GLOBO.
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Procurado, o Exército informou que “as reuniões ocorridas são institucionais e visam proporcionar aos diversos órgãos um melhor conhecimento sobre a Força”.
Na sexta-feira, sob os olhos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o comandante do Exército reuniu autoridades no QG de Brasília para celebrar o Dia do Soldado. Ao discursar aos militares e civis presentes, prometeu que desvios de conduta na tropa serão “repudiados e corrigidos”. Afirmou ainda que o Exército será “intransigente na defesa da legalidade”.
Política - O Globo
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