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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Presidente impedida


Estranhou-se a ausência do ministro Joaquim Levy no momento do anúncio dos cortes no Orçamento, mas deu-se como natural o fato de mensagem de tamanha importância não ser transmitida ao País pela presidente da República. Dilma Rousseff seria a porta-voz abalizada. Isso em tempos normais. Neles também caberia à chefe do Poder Executivo reunir governadores para debater o contrato federativo e receber os prefeitos que anualmente "marcham" a Brasília.

A tarefa neste ano ficou com os presidentes da Câmara e do Senado. A presidente já não havia aparecido quando do anúncio das medidas do ajuste fiscal, oficializando assim a transferência da condução pública da economia para Joaquim Levy. Questão de confiabilidade.  Depois, viu-se forçada a terceirizar a articulação política. Questão de habilidade. Entregou o serviço ao vice-presidente Michel Temer, comandante em chefe do PMDB, justamente o partido que o governo de início pretendia alijar da coalizão, substituindo por aliados mais dóceis. [Temer consegue ser o articulador político de um governo que sequer o convida para as reuniões de articulação política.] 

Adiante o Congresso limitou a uma só a indicação de ministros do Supremo Tribunal Federal pela atual presidente, ao aprovar a extensão de 70 para 75 anos de idade a aposentadoria compulsória dos magistrados. No meio tempo Dilma Rousseff e a opinião pública desentenderam-se de tal maneira que à presidente não restou opção a não ser o recolhimento. Parou de circular em eventos onde pudesse haver contato com a população e precisou até abrir mão do monólogo dos pronunciamentos oficiais em rede de televisão a fim de evitar vaias e panelaços.

Diga-se em favor da presidente que não é o único alvo. O vice também já foi obrigado a desistir de discursar em solenidades públicas devido a protestos de não mais que 50 pessoas e até o ex-presidente Luiz Inácio da Silva andou levando uns passa-foras quando apareceu no programa anual do PT. Do qual, pela primeira vez, Dilma absteve-se de participar. Como reza o lugar comum, não está fácil para ninguém. Nem para a oposição que, apesar de todo o desgaste do governo, tem dado um duro danado para calibrar o enfrentamento com o Planalto. Precisa manter acesa a chama da insatisfação, mas, ao mesmo tempo, não pode perder o pé da realidade.

Por exemplo: de que adianta insistir em pedido de impeachment via Parlamento se está mais do que evidente que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, não dará prosseguimento ao processo, seja por falta de embasamento objetivo ou ausência de interesse político?  Ademais, sejamos francos: se por hipótese remota houvesse o afastamento da presidente antes de dois anos de mandato e fossem realizadas novas eleições, a oposição estaria mesmo interessada em assumir o comando do País do jeito que está?

Por ora, ao PSDB parece soar muito mais agradável assistir ao PT, Dilma, Lula e companhia encontrarem uma saída para a enrascada que eles mesmos construíram. Além disso, as coisas entre os tucanos voltaram a ficar complicadas em termos de ambições presidenciais.  O senador Aécio Neves já não corre sozinho. O governador Geraldo Alckmin constrói seu caminho rumo à candidatura e o senador José Serra começa a se reposicionar. Para os oposicionistas, portanto, melhor o impedimento de fato, na prática, que um impeachment de direito sem efeito.

Fonte: Dora Kramer – O Estado de São Paulo


sexta-feira, 22 de maio de 2015

Os Brasileiros trabalharam de janeiro a maio para sustentar o desgoverno


Tudo o que os brasileiros ganharam em cinco meses de trabalho será engolido pelos impostos que sustentam a gastança dos donos do poder

Vejam só o que diz uma das notas publicadas nesta quarta-feira na coluna do jornalista Carlos Brickmann. “COMEMORE!”, convida o título. O texto tem pouco mais de 50 palavras:
“Dentro de poucos dias, em 31 de maio, o caro leitor concluirá seu período de trabalho anual dedicado exclusivamente ao pagamento de impostos. Foram 151 dias destinados ao sustento da máquina estatal. A partir de 1º de junho, o caro leitor poderá trabalhar para seu próprio sustento e o de sua família. Viva!” .

De novo: 151 dias são consumidos no pagamento da gastança do mamute estatal.  Sobram 214 para sobreviver-se ao Brasil. O ministro Joaquim Levy não vê nada demais nessa desfaçatez. Já aumentou a carga tributária europeia retribuída com serviços de qualidade africana. E quer mais aumentos de impostos.

Dilma Rousseff é a mesmíssima Dilma Rousseff que atravessou a campanha eleitoral acusando Aécio Neves de pretender fazer o que a presidente reeleita tem feito desde o início do segundo mandato. Ela não mexeria nos impostos nem que a vaca tossisse. A vaca foi o brejo e tosse de meia em meia hora. Mas Joaquim Levy não se comove com tosses bovinas ou mugidos de gente.

Até onde a vista alcança, não há perigo de melhorar.

Transcrito da Coluna do Augusto Nunes - VEJA