Torres foi ouvido no
Batalhão de Aviação Operacional (Bavop) da Polícia Militar, que fica ao
lado do 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará, onde está detido desde
14 de janeiro. Ele é investigado por suposta omissão nos atos
terroristas [? Lei nº 13.606, 16/03/2016?] de 8 de janeiro, quando chefia a SSP-DF.
Na oitiva, acompanhada por integrantes da
Procuradoria-Geral da República (PGR), Torres afirmou não ter colocado o
documento na estante, o que poderia ter sido feito por sua empregada
doméstica. "Que não é por ter sido encontrado na estante que teria
importância; que na verdade já era para ter sido descartado", consta na
ata do depoimento. Segundo ele, devido à sobrecarga de trabalho, era
comum que levasse para casa documentos a serem analisados. [Em nossa opinião, a 'minuta golpista' não passa de um 'rascunho' de um texto que, eventualmente, poderia, se transformar em um documento legal; no popular, MINUTA é um rascunho usado para planejar, propor, alguma coisa, sem nenhum valor legal. É comum que burocratas quando se reúnem para tratar de assuntos de trabalho, levem rascunho de IDEIAS para apreciação dos seus pares e superiores e, se eventualmente aprovada, ser encaminhada para análise nos escalões superiores.
Normalmente, se inicia com os CONSIDERANDO QUE - expondo situações ocorridas ou que poderão ocorrer;
- na sequência, são citados leis que dão suporte, fundamentam, as possíveis medidas; e,
- se encerra com as medidas propostas distribuídas, conforme o caso, em artigos, §§, etc.
Além da forma oficiosa que é apresentada, no momento em que cita dispositivos legais que apoiam o que propõe, em nosso entendimento de leigos nas ciências do direito, não pode ser ilegal ... ou pode??? É O QUE PENSAMOS.]
Sobre o teor da minuta, o ex-ministro disse que é "tecnicamente muito
ruim" e "sem fundamento legal". Afirmou ainda não ter tomado providência
ante a proposta golpista porque "não tinha valor nenhum, ao seu
entender".
Ao ser questionado a respeito do
recebimento de alertas de possíveis atos violentos, Torres disse ter
considerado que não indicavam "ações radicais". Além disso, acusou
"falha grave na execução operacional" do plano da Polícia Militar.
Segundo ele, se a corporação tivesse cumprido o planejamento estruturado
pela pasta, os atos não teriam ocorrido. Torres alegou estranhar a
"facilidade com que os manifestantes invadiram e depredaram o Palácio do
Planalto".
A respeito das férias que
passava com a família, nos Estados Unidos, na data dos atos terroristas,
Torres destacou que havia agendado a viagem em novembro. Disse que,
caso os relatórios indicassem a gravidade dos atos extremistas, não
teria embarcado.
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As equipes da PF e
da PGR chegaram ao Batalhão pouco antes das 10h30. O ex-secretário foi
acompanhado por seus advogados Rodrigo Roca e Demóstenes Torres. Essa
foi a
terceira vez que a PF marcou oitiva de Torres.
Na primeira, em 18
de janeiro, o ex-secretário permaneceu calado. À época, a defesa dele
argumentou que não teve acesso aos autos do inquérito e que Torres
prestaria os esclarecimentos assim que tivesse todas as informações.
Uma
segunda tentativa foi feita em 23 de janeiro, mas o ministro Alexandre
de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF),
remarcou para ontem.