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domingo, 10 de julho de 2022

Incógnitas na PEC - Alon Feuerwerker

Análise Política

Eleições sempre envolvem cálculos arriscados. E a oposição a Jair Bolsonaro está diante de um deles. Se vota a favor do pacote de benefícios sociais, ajuda a injetar água no moinho da reeleição. Se vota contra, coloca-se como alvo fácil da propaganda bolsonarista. Objetivos apetitosos supõem caminhos complicados. E este é um caso em que o prêmio, o Palácio do Planalto, vale definitivamente o risco.

A oposição dá sinais de persistir na primeira opção, até porque o governo parece ter os votos suficientes. E à oposição não convém ficar contra os mais vulneráveis às dificuldades econômicas. A margem de Luiz Inácio Lula da Silva sobre Bolsonaro nas pesquisas está toda alicerçada nas camadas sociais de menor renda. As medidas governamentais visam a beneficiar exatamente esses grupos, mas a migração de simpatias eleitorais não tem sido automática, por enquanto. O Auxílio Brasil dobrou o valor do Bolsa Família, mas os beneficiários continuam votando majoritariamente no petista.[os beneficiários precisam deixar de pensar como petistas, abandonar a estupidez dos devotos do descondenado e terem em conta que Bolsonaro reeleito e o Brasil voltando a crescer mais melhoras virão - já o 'coisa ruim' fosse eleito o compromisso dele é trazer de volta quadrilha petista e os assaltos aos cofres públicos.]

Se o cálculo é eleitoral, os discursos e a narrativa tentam, naturalmente, escapar dessa caracterização. A preocupação com a disciplina fiscal, que não deu as caras quando o auxílio emergencial e a ajuda a estados e municípios estouraram espetacularmente o teto de gastos na pandemia, volta agora com esplendor. Mas desta vez os políticos parecem pouco vulneráveis aos apelos pela proteção ortodoxa das contas públicas.

Pode-se argumentar que em 2020 havia mesmo uma pandemia, e agora as atividades econômicas foram normalizadas. Mas de semanas para cá o Brasil ficou sabendo que 30 milhões de pessoas passam fome no país. Haverá poucas situações mais características de uma emergência. Então não dá, ou ao menos é bastante desafiador, para, ao mesmo tempo, alertar sobre a calamidade social mas dizer que não se deve fazer nada a respeito até a eleição. [cabe aqui um comentário sobre o esforço da velha imprensa, da mídia militante, para destacar tudo que possa sustentar uma narrativa desfavorável ao governo Bolsonaro. Vamos à memória: conhecida rede de TV, que já foi a maior do Brasil e agora se encontra em estado pré falimentar, veiculou na quarta ou quinta pretérita, em um telejornal que já o maior do Brasil (em credibilidade e audiência) que brasileiros estavam vendendo utensílios das suas casas ou ferramentas de trabalho para se alimentarem. Mostraram dois ou três exemplos, buscando atribuir a crise ao governo do capitão - sem sucesso, como sabemos o Brasil está em melhor situação do que grandes economias 
Agora, estão anunciando para um programa dominical, que também já foi realmente maravilhoso, fantástico,  a mesma matéria - o esforço, inútil,  para comprometer o governo Bolsonaro é de tal ordem que apresentam em um programa que já um dos melhores, matéria requentada.]
Se não surgir um raio em céu azul, a Proposta de Emenda Constitucional passa na Câmara dos Deputados e o texto vai à promulgação. Aí restarão duas incógnitas: 
1) se o Supremo Tribunal Federal vai jogar água no chope;  e 
2) quanto as benesses vão mexer o ponteiro das pesquisas. [não acreditamos que o ódio que alguns ministros do Supremo, ainda que sendo maioria, seja suficiente para vetarem uma decisão do Congresso Nacional, que busca reduzir a fome de milhões e milhões de brasileiros. Se assim fizerem, estarão aumentando a fome dos que já são famintos e aumentando o número dos famélicos. Além do que tem as ponderações apresentadas pelo ilustre colunista no parágrafo abaixo.]

A posição do Judiciário é complexa, também por duas razões: 1) o apoio maciço dos parlamentares à PEC e 2) a falta de um bom argumento para justificar que as pessoas só devem deixar de passar fome depois que a eleição passar. Sobre o efeito eleitoral, é improvável que não venha a ter algum, o que apenas reforça a previsão de caminharmos para uma disputa mais apertada do que indicam os números de hoje.

Pois Bolsonaro ganhou a eleição quatro anos atrás por dez pontos, e agora Lula lidera as pesquisas por uma margem, na média, dessa ordem de grandeza. Portanto há um eleitorado flutuante, algo entre dez e quinze milhões, que já votou no PT, migrou para Bolsonaro e agora diz que vai de Lula. Não é absurdo supor que para esse eleitor os argumentos econômicos pesem mais que os ideológicos. [e a economia está melhorando e com as bênçãos de DEUS o viés de melhora vai continuar, além do mais a partir de agora está dificil impedir Bolsonaro de governar.]

Alon Feuerwerker, jornalista e analista político