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quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Bolsonaro receberá viúva de Brilhante Ustra no Palácio do Planalto - Veja

Presidente exaltou em diversas oportunidades o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça como torturador da ditadura militar


O presidente Jair Bolsonaro receberá no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira 8, Maria Joseíta Silva Brilhante Ustra, viúva do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra – reconhecido pela Justiça como torturador da ditadura militar. O encontro consta na agenda oficial da Presidência e está marcado para as 12h, mas não foram detalhados os objetivos da reunião.

[três registros:
- apesar do esforço de apoiadores de terroristas e mesmo de alguns membros do MPF o coronel Ustra não foi condenado em nenhum  dos processos movidos contra eles - alguns foram arquivados, outros não foram concluso e  nenhuma sentença condenatória ( na esfera cível) transitou em julgado.
- constar do relatório da 'comissão nacional da (IN) verdade', nada prova, visto as mentiras produzidas pela tal comissão.
- 'identificar' causa mortis sem exame do corpo (há dúvidas até se existe um corpo)  é algo que só existe no Brasil.] 

Bolsonaro já citou o livro de memórias de Ustra,A Verdade Sufocada – A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça como uma referência. Na obra, o falecido coronel relata as experiências como chefe do DOI-CODI, [outro livro excelente do coronel Ustra é: Rompendo o  Silêncio - recomendamos a leitura e releitura dos dois livros.] órgão de repressão do governo militar. Morto em 2015, ele está entre os nomes apontados pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) como responsáveis por crimes no período.

Em 2016, quando era deputado federal, o hoje presidente mencionou Ustra na votação no processo de impeachment de Dilma Rousseff, que foi torturada durante a ditadura. “Pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff (…), o meu voto é sim”, disse Bolsonaro em seu discurso.

Recentemente, o presidente se envolveu em nova polêmica ao questionar crimes cometidos pela ditadura militar. Na última semana, disse que Fernando Santa Cruz, o pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, foi morto por grupos de esquerda naquele período. Um órgão do governo, a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, porém, reconhece que o óbito de Fernando, em 1974, ocorreu “em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado Brasileiro”.

Veja - 8 agosto 2019