Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Mostrar todas as postagens

domingo, 20 de dezembro de 2020

Bolsonaro exalta Ustra e diz que presos políticos eram ‘tratados com toda dignidade’

O presidente Jair Bolsonaro voltou a exaltar a figura do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, primeiro militar condenado por sequestro e tortura durante a ditadura, [nenhuma condenação proferida contra o HERÓI NACIONAL, coronel BRILHANTE USTRA, transitou em julgado e a maior parte das denúncias apresentadas foram rejeitadas ainda na fase de apresentação.] e afirmou que presos políticos do regime militar eram “tratados com toda a dignidade”.

Bolsonaro citou o livro “A Verdade Sufocada”, de Ustra. Disse que o material “narra fatos, como os presos... não era preso político, não... terroristas eram tratados no DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informação Centro de Operações de Defesa Interna) de São Paulo, tratados com toda a dignidade, inclusive as presas grávidas”, afirmou.  [recomendamos a leitura do livro Rompendo o Silêncio do mesmo autor  - os dois livros citados, se completam.]

“Uma história realmente verdadeira, para quem não quer ser manipulado pela esquerda, não é aquela ‘historinha’ que a esquerda conta cheia de blá-blá-blá, sempre se vitimizando, lutando por democracia, etc, etc, etc”, disse Bolsonaro, em entrevista gravada ao canal de vídeos do filho 03 e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Ustra esteve à frente do DOI-Codi no período em que foram registradas ao menos 45 mortes e desaparecimentos forçados no local, de acordo com relatório elaborado pela Comissão Nacional da Verdade (CNV). [lembramos que o único resultado concreto da chamada 'comissão nacional da verdade foi a necessidade de mudar seu nome para COMISSÃO NACIONAL da (in)VERDADE.] Ele morreu em 2015, aos 83 anos, sem cumprir pena. Presenteado pelo filho com a 19º edição do livro de Brilhante Ustra, Bolsonaro também voltou a celebrar o golpe militar de 1964, segundo quem o episódio “livrou” o Brasil do comunismo, e chamou o momento de história com 'H'.

É um livro que não tem como ser contestado, são fatos, tal dia, tal hora, o primeiro marido da Dilma (Rousseff, ex-presidente) sequestrou avião em voo, e foi para Cuba. Tem os fatos aqui, recortes de jornal, noticiava o fato em si. Não tem como fugir disso aqui, como nós nos livramos do comunismo naquele momento, não tem que se envergonhar disso, é história com H, não é historinha contada pela esquerda, deveria ser leitura obrigatória, pessoas que queiram saber da verdade, o que foi aquele período pré-64 e um pouquinho depois do 64 também”, afirmou Bolsonaro.

Ao longo de sua vida pública, Bolsonaro já fez diversas declarações elogiosas a Ustra. A mais famosa ocorreu quando o atual presidente era deputado federal, em 2016, ao votar pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff – considerada uma das vítimas do DOI-Codi. Sobre o episódio, o presidente comentou que resolveu naquele momento “resgatar a honra e a memória de um grande brasileiro”. “Ali o dono de um instituto de pesquisa muito grande falou que não me elegeria nem vereador mais no Brasil, e acabou acontecendo o contrário”, disse.

[ATUALIZANDO: uma decisão judicial determinando que a Secom-PR faça retratação por chamar militar de herói,  não se refere ao reconhecimento feito pelo presidente Bolsonaro de ser o coronel CARLOS ALBERTO BRILHANTE USTRA  um HERÓI e que é objeto deste Post.] 

Política - O Estado de S. Paulo


quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

ARAS E DAMARES - Bolsonarismo captura conselho de direitos humanos - O Globo

Bernardo Mello Franco

A dobradinha Aras e Damares

A procuradora Deborah Duprat é conhecida por defender os direitos humanos e o respeito às minorias. Sua independência honra o Ministério Público, mas tem incomodado o governo Bolsonaro. [essa procuradora, salvo improvável engano, sofreu várias derrotas em denúncias que apresentou contra o coronel CARLOS ALBERTO BRILHANTE USTRA e que nunca se transformaram em sentenças condenatórias definitivas. Sempre caiam. Quando não tombavam  no primeiro, caiam na segunda instância.]
 
Nos últimos meses, Duprat se opôs a medidas como a liberação do porte de armas, a nomeação de militares para a Comissão de Anistia [um general preside atualmente a Comissão de Anistia. 

A ilustre procuradora tem a mesma sina daquele senador,  acho que eleito pelo Amapá, parece que da Rede, que perde todas.] e a ordem para comemorar o golpe de 1964 nos quartéis. Foi retaliada com ataques e tentativas de intimidação. Em abril, sete deputados do PSL se organizaram para torpedeá-la na Câmara. Em agosto, um deles pediu a abertura de processo disciplinar contra a procuradora. Alegou que ela exerceria “atividade político-partidária” ao emitir notas técnicas contra projetos que considera inconstitucionais.

Na segunda-feira, Duprat levou uma rasteira em sua própria instituição. Sem aviso, o procurador-geral Augusto Aras decidiu removê-la do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH). Nomeou para seu lugar o procurador Ailton Benedito, que se notabilizou pela militância bolsonarista nas redes.  A troca surpreendeu as organizações da sociedade civis que integram o conselho. Em nota, 176 entidades acusaram Aras de praticar um “ato autoritário”. “Não é natural extinguir conselhos de participação, não é natural cassar mandatos de conselheiros, não é natural nomear presidentes biônicos”, afirma o documento.

O procurador-geral não agiu sozinho. Articulou a manobra com a ministra Damares Alves, que representa a bancada evangélica no governo. Duprat assumiria a presidência do CNDH em janeiro. Com seu afastamento, o cargo deverá ser entregue a um aliado do Planalto.  “Há uma intenção clara de ferir a autonomia do conselho. O que parece é que o procurador-geral da República está a serviço do governo”, diz o atual presidente do órgão, Leonardo Pinho.
Com a tomada do CNDH, o bolsonarismo dá mais um passo para esvaziar e capturar os órgãos de controle. Sem freios, o governo segue a cartilha dos regimes autocratas. Desta vez, com a ajuda do chefe do Ministério Público Federal.
Bernardo Mello Franco, colunista - O Globo
 
 

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Governo da morte e também da dor - Blog do Noblat

Veja - Blog do Noblat

Cenas do tempo da escravidão


No país onde o presidente da República exalta a tortura e extingue por decreto os cargos do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, órgão do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, nada mais natural que o guarda da esquina se sinta à vontade para dar vazão aos seus instintos mais cruéis. [infelizmente, no Brasil, a generosidade dos militares - vencedores na guerra contra os traidores do Brasil guerrilheiros e terroristas - permitiu que os vencidos escrevessem a 'estória', que ganhou status de 'História'.

Durante o Governo Militar, membros das forças de segurança envolvidos no combate aos traidores da Pátria, raras vezes, por razões operacionais, foram forçados a promover interrogatórios enérgicos de terroristas presos, o que não implicava no que pode ser considerado tortura.
Só que ao deixar aos vencidos a prerrogativa de escrever a História, os favorecidos optaram por escrever um estória que apresenta os fatos deturpados.
Perderam a Guerra, mas, venceram a batalha da comunicação, só que uma vencida não significa necessariamente que a Guerra foi ganha.

Muitos brasileiros foram caluniados, vilipendiados pelos 'estoriadores' da esquerda, acusados sem provas, entre eles o coronel CARLOS ALBERTO BRILHANTE USTRA. ]
 
Foi o que fizeram em agosto último dois agentes de segurança dos Supermercados Ricoy, na zona sul da capital paulista. Em uma sala dos fundos do supermercado, entre sacos de cebola e caixas de verduras, eles se valeram de um chicote para torturar durante 40 minutos um adolescente negro de 17 anos, amordaçado e nu.
Morador de rua, o rapaz tentara roubar barras de chocolate. A sessão de tortura foi filmada pelos torturadores e, ontem, divulgada nas redes sociais, o que forçou a polícia a abrir um inquérito para apurar o crime. O vídeo tem 40 segundos. O rapaz é chicoteado nas costas e se contorce de dor a cada chibatada.

Jovem é chicoteado por seguranças de supermercado na zona sul de São Paulo
Funcionários amordaçaram e despiram jovem após uma suposta tentativa de furto de chocolate do local. Caso foi denunciado à polícia, que investiga a agressão como tortura
 
Depois da terceira, um dos torturadores ri e manda o rapaz se virar. “Não quebrou nada”, comenta em tom irônico. As chibatadas recomeçam e, a certa altura, um dos torturadores avisa: “Vai tomar mais uma para a gente não te matar. Você vai voltar?”. Não dá para ouvir se o rapaz responde alguma coisa ou se apenas geme. Á época, com medo, ele não procurou a polícia para denunciar o crime. Um dos agentes de segurança, de sobrenome Santos, havia ameaçado matá-lo caso o fizesse. Mas ao saber que circulava nas redes sociais o vídeo com cenas da tortura que sofreu, prestou queixa e mais tarde concedeu entrevistas.

Se ainda estivesse ativo, o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura certamente se interessaria pelo caso, mas não está. O Mecanismo foi criado em 2013 para honrar o compromisso assumido pelo Brasil junto à ONU de combater a tortura.  Ali trabalhavam 11 peritos remunerados.  Como não poderia extinguir o Mecanismo, Bolsonaro extinguiu os cargos. Eles deixaram de ser remunerados, mas nem por isso os peritos abandonaram o trabalho. Em agosto passado, a Justiça Federal do Rio suspendeu o decreto de Bolsonaro e restabeleceu o pagamento. Por ordem de Bolsonaro, a reação foi imediata.

O Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos retirou todo o apoio administrativo que dava ao Mecanismo. O acesso dos peritos ao local tornou-se restrito. Os funcionários que os ajudavam foram deslocados para outras funções. Sumiu o dinheiro para a execução de tarefas, tais como a investigação de crimes. A Advocacia-Geral da União anunciou que irá recorrer da decisão judicial que suspendeu o decreto de Bolsonaro. O presidente que se elegeu como diz para “quebrar o sistema” não descansará enquanto sua obra não estiver completa. Ela passa pelo desmonte do que o contraria e pela construção do que o país ignora.


Blog do Noblat - Ricardo Noblat - Veja


quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Bolsonaro receberá viúva de Brilhante Ustra no Palácio do Planalto - Veja

Presidente exaltou em diversas oportunidades o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça como torturador da ditadura militar


O presidente Jair Bolsonaro receberá no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira 8, Maria Joseíta Silva Brilhante Ustra, viúva do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra – reconhecido pela Justiça como torturador da ditadura militar. O encontro consta na agenda oficial da Presidência e está marcado para as 12h, mas não foram detalhados os objetivos da reunião.

[três registros:
- apesar do esforço de apoiadores de terroristas e mesmo de alguns membros do MPF o coronel Ustra não foi condenado em nenhum  dos processos movidos contra eles - alguns foram arquivados, outros não foram concluso e  nenhuma sentença condenatória ( na esfera cível) transitou em julgado.
- constar do relatório da 'comissão nacional da (IN) verdade', nada prova, visto as mentiras produzidas pela tal comissão.
- 'identificar' causa mortis sem exame do corpo (há dúvidas até se existe um corpo)  é algo que só existe no Brasil.] 

Bolsonaro já citou o livro de memórias de Ustra,A Verdade Sufocada – A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça como uma referência. Na obra, o falecido coronel relata as experiências como chefe do DOI-CODI, [outro livro excelente do coronel Ustra é: Rompendo o  Silêncio - recomendamos a leitura e releitura dos dois livros.] órgão de repressão do governo militar. Morto em 2015, ele está entre os nomes apontados pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) como responsáveis por crimes no período.

Em 2016, quando era deputado federal, o hoje presidente mencionou Ustra na votação no processo de impeachment de Dilma Rousseff, que foi torturada durante a ditadura. “Pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff (…), o meu voto é sim”, disse Bolsonaro em seu discurso.

Recentemente, o presidente se envolveu em nova polêmica ao questionar crimes cometidos pela ditadura militar. Na última semana, disse que Fernando Santa Cruz, o pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, foi morto por grupos de esquerda naquele período. Um órgão do governo, a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, porém, reconhece que o óbito de Fernando, em 1974, ocorreu “em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado Brasileiro”.

Veja - 8 agosto 2019 

 

domingo, 31 de março de 2019

Aos que não viveram a Contra-Revolução de 31 de março de 1964

Aos que não viveram a Contra-Revolução de 31 de março de 1964

Por Carlos Alberto Brilhante Ustra

 



Pena que a mesma quadrilha tomou
posse do Brasil !
 
Há 52 anos, no dia 31 de março, o Presidente da República, João Goulart foi deposto.Uns chamam esse acontecimento de golpe militar, outros de tomada do poder, outros de contragolpe, alguns de Revolução de 1964. Eu prefiro considerá-lo como a Contra-Revolução de 31 de março de 1964.


Vou lhes explicar o meu ponto de vista ao longo deste artigo. Espero que ao final vocês tenham dados suficientes para julgar se estou certo.Vocês foram cansativamente informados por seus professores, jornais, rádios, TV e partidos políticos :- que os militares tomaram o poder dos civis para impedir que reformas moralizantes fossem feitas;

 -que para combater os "generais que usurparam o poder" os jovens da época uniram-se e lutaram contra a ditadura militar e que muitos deles morreram, foram mutilados, presos e torturados na luta pela "redemocratização" do país;


- que os militares assim agiram a mando dos Estados Unidos, que temiam o comunismo instalado no Brasil;
 
-que jovens estudantes, idealistas, embrenharam-se nas matas do Araguaia para lutar contra a ditadura e pela redemocratização do país.
 
Com quantas inverdades fizeram a cabeça de vocês! E por que essas mentiras são repetidas até hoje? Foi a maneira que eles encontraram para tentar justificar a sua luta para implantar um regime do modelo soviético, cubano ou chinês no Brasil.
Por intermédio da mentira, eles deturparam a História e conseguiram o seu intento. Vocês que não viveram essa época acreditam piamente no que eles dizem e se revoltam contra os militares.


Vamos aos fatos, pois eu vivi e participei dessa época.
Em março de 1964 eu era capitão e comandava uma bateria de canhões anti-aéreos do 1º Grupo de Artilharia Anti-Aérea, em Deodoro, no Rio de Janeiro.
A maioria dos oficiais que servia no 1º Grupo de Artilharia AAe, entre eles eu, teve uma atitude firme para que o Grupo aderisse à Contra-Revolução.
 
Eu era um jovem com 31 anos. O país vivia no caos. Greves políticas paralizavam tudo: transportes, escolas, bancos, colégios. Filas eram feitas para as compras de alimentos. A indisciplina nas Forças Armadas era incentivada pelo governo. Revolta dos marinheiros no Rio; revolta dos sargentos em Brasília. Na minha bateria de artilharia havia um sargento que se ausentava do quartel para fazer propaganda do Partido Comunista, numa kombi, na Central do Brasil.


Isto tudo ocorria porque o governo João Goulart queria implantar as suas reformas de base à revelia do Congresso Nacional. Pensava, por meio de um ato de força, em fechar o Congresso Nacional com o apoio dos militares "legalistas".
 
Vocês devem estar imaginando que estou exagerando para lhes mostrar que a Contra-Revolução era imperativa naqueles dias. Para não me alongar, vou citar o que dizem dois conhecidos comunistas:
- depoimento de Pedro Lobo de Oliveira no livro "A esquerda armada no Brasil" - "muito antes de 1964 já participava na luta revolucionária no Brasil na medida de minhas forças. Creio que desde 1957. Ou melhor, desde 1955". "Naquela altura o povo começava a contar com a orientação do Partido Comunista".
 
- Jacob Gorender - do PCBR, escreveu no seu livro "Combate nas Trevas": "Nos primeiros meses de 1964, esboçou-se uma situação pré-revolucionária e o golpe direitista se definiu, por isso mesmo, pelo caráter contra-revolucionário preventivo. A classe dominante e o imperialismo tinham sobradas razões para agir antes que o caldo entornasse".
 
Diariamente eu lia os jornais da época: O Dia, O Globo, Jornal do Brasil, Tribuna da Imprensa, Diário de Notícias, etc... Todos eram unânimes em condenar o governo João Goulart e pediam a sua saída, em nome da manutenção da democracia. Apelavam para o bom senso dos militares e até imploravam a sua intervenção, para que o Brasil não se tornasse mais uma nação comunista.


Eu assistia a tudo aquilo com apreensão. Seria correto agirmos para a queda do governo? Comprei uma Constituição do Brasil e a lia seguidamente. A minha conclusão foi de que os militares estavam certos ao se antecipar ao golpe de Jango.  Às Forças Armadas cabe zelar para a manutenção da lei, da ordem e evitar o caos. Nós não tínhamos que defender o governo; tínhamos que defender a nação.


O povo foi às ruas com as Marchas da Família com Deus pela Liberdade, no Rio, São Paulo e outras cidades do país. Todos pedindo o fim do governo João Goulart, antes que fosse tarde demais. 


E, assim, aconteceu em 31/03/1964 a nossa Contra-Revolução.
 
Os jornais da época(Estado de São Paulo, O Globo, Jornal do Brasil; Tribuna da Imprensa e outros ) publicaram, nos dias 31/03/64 e nos dias seguintes, editoriais e mais editoriais exaltando a atitude dos militares. Os mesmos jornais que hoje combatem a nossa Contra- Revolução.

Os comunistas que pleiteavam a tomada do poder não desanimaram e passaram a insuflar os jovens, para que entrassem numa luta fraticida, pensando que lutavam contra a ditadura. E mentiram tão bem que muitos acreditam nisso até hoje. Na verdade, tudo já estava se organizando. Em 1961, em pleno governo Jânio Quadros, Jover Telles, Francisco Julião e Clodomir dos Santos Morais estavam em Cuba acertando cursos de guerrilha e o envio de armas para o Brasil. Logo depois, alguns jovens eram indicados para cursos na China e em Cuba. Bem antes de 1964 a área do Araguaia já estava escolhida pelo PC do B para implantar a guerrilha rural.


Em 1961 estávamos em plena democracia. Então para que eles estavam se organizando? Julião já treinava as suas Ligas Camponesas nessa época, que eram muito semelhantes ao MST de hoje. Só que sem a organização, o preparo, os recursos, a formação de quadros e a violenta doutrinação marxista dos atuais integrantes do MST.  E foi com essa propaganda mentirosa que eles iludiram muitos jovens e os cooptaram para as suas organizações terroristas.


Então, começou a luta armada.
Foram vários atos terroristas: o atentado ao aeroporto de Guararapes, em Recife, em 1966; a bomba no Quartel General do Exército em São Paulo, em 1968; o atentado contra o consulado americano; o atentado a bomba na loja Sears , em São Paulo , a agêncla da Lan Chile, o  assassinato do industrial Albert Boilesen e do capitão do Exército dos Estados Unidos Charles Rodney Chandler; o assassinato do major Alemão EdwardE Tito 0tto von Westernennagen e os  seqüestros de e embaixadores estrangeiros em um cônsul no Brasil.
 
A violência revolucionária se instalou. Assassinatos, ataques a quartéis e a policiais aconteciam com frequência.Viaturas incendiadas ,um verdadeiro caos. Videos tapes que estamos vivendo hoje. Nessa época, eles introduziram no Brasil a maneira de roubar dinheiro com assaltos a bancos, a carros fortes e a estabelecimentos comerciais. Foram eles os mestres que ensinaram tais táticas aos bandidos de hoje.Tudo treinado nos cursos de guerrilha em Cuba e na China.
 
As polícias civil e militar sofriam pesadas baixas e não conseguiam , sozinhas, impor a lei e a ordem.  Acuado, perdendo o controle da situação, o governo decretou o AI-5, pelo qual várias liberdades individuais foram suspensas. Foi um ato arbitrário mas necessário. A tênue democracia que vivíamos não se podia deixar destruir. Para combater o terrorismo, o governo criou uma estrutura com a participação dos Centros de Informações da Marinha (CENIMAR), do Exército (CIE) e da Aeronáutica (CISA). Todos atuavam em conjunto, tanto na guerrilha rural quanto na urbana. O Exército, em algumas capitais, criou o seu braço operacional, os Destacamentos de Operações de Informações ( DOIs). Para trabalharem nos diversos DOI do Brasil, o Exército seleciononou do seu efetivo alguns majores, capitães e sargentos. Eram, no máximo, 350 militares, entre os 150 mil homens da Exército.
 
Eu era major, estagiário da Escola de Estado Maior. Tinha na época 37 anos e servia no II Exército, em São Paulo. Num determinado dia do ano de 1970, fui chamado ao gabinete do comandante do II Exército, general José Canavarro Pereira, que me deu a seguinte ordem: "Major, o senhor foi designado para comandar o DOI/CODI/II Ex. Vá, assuma e comande com dignidade".

A partir desse dia minha vida mudou. O DOI de São Paulo era o maior do país e era nesse Estado que as organizações terroristas estavam mais atuantes. O seu efetivo em pessoal era de 400 homens. Destes, 40 eram do Exército, sendo 10 oficiais, 25 sargentos e 5 cabos. No restante, eram excelentes policiais civis e militares do Estado de São Paulo.
Esses foram dias terríveis! Nós recebíamos ameaças freqüentemente.


Minha mulher foi de uma coragem e de uma abnegação total. Quando minha filha mais velha completou 3 anos de idade, ela foi para o jardim da infância, sempre acompanhada de seguranças. Minha mulher não tinha coragem de permanecer em casa, enquanto nossa filha estudava. Ela ficava dentro de um carro, na porta da escola, com um revólver na bolsa.
Não somente nós passamos por isso! Essa foi a vida dos militares que foram designados para combater o terrorismo e para que o restante do nosso Exército trabalhasse tranqüilo e em paz.


Apreendemos em "aparelhos" os estatutos de, praticamente, todas as organizações terroristas e em todos eles estava escrito, de maneira bem clara, que o objetivo da luta armada urbana e rural era a implantação de um regime comunista em nosso país. Aos poucos o nosso trabalho foi se tornando eficaz e as organizações terroristas foram praticamente extintas, por volta de 1975.

Todos os terroristas quando eram interrogados na Justiça alegavam que nada tinham feito e só haviam confessado os seus crimes por terem sido torturados. Tal alegação lhes valia a absolvição no Superior Tribunal Militar. Então, nós passamos a ser os " torturadores". Hoje, como participar de seqüestros, de assaltos e de atos de terrorismo passou a contar pontos positivos para os seus currículos eles, posando de heróis, defensores da democracia, admitem ter participado das ações. Quase todos continuam dizendo que foram torturados e perseguidos politicamente. Com isso recebem indenizações milionárias e ocupam elevados cargos públicos. Nós continuamos a ser seus " torturadores" e somos os verdadeiros perseguidos politicos. As 120 vítimas do terrorismo até hoje não foram indenizadas.
 
O Brasil com toda a sua população e com todo seu tamanho teve, até agora, 120 mortos identificados, que foram assassinados por terroristas, 43 eram civis que estavam em seus locais de trabalho ( estima-se que existam mais cerca de 80 que não foram identificados ); 34 policiais militares; 12 guardas de segurança; 8 militares do Exército; 3 agentes da Polícia Federal; 3 mateiros do Araguaia; 2 militares da Marinha; 2 militares da Aeronáutica; 1 major do Exército da Alemanha; 1 capitão do Exército dos Estados Unidos; 1 marinheiro da Marinha Real da Inglaterra.
 
A mídia fala sempre em "anos de chumbo", luta sangrenta, noticiando inclusive que , só no cemitério de Perus, em São Paulo, existiriam milhares de ossadas de desaparecidos políticos. No entanto o Grupo Tortura Nunca Mais reclama um total de 284 mortos e desaparecidos que integravam as organizações terroristas. Portanto, o Brasil, com sua população e com todo o seu tamanho, teve na luta armada, que durou aproximadamente 10 anos, ao todo 404 mortos.


Na Argentina as mortes ultrapassarm 30.000 pessoas; no Chile foram mais de 4.000 e no Uruguai outras 3.000. A Colômbia, que resolveu não endurecer o seu regime democrático, luta até hoje contra o terrorismo. Ela já perdeu mais de 45.000 pessoas e tem 1/3 do seu território dominado pelas FARC.  Os comunistas brasileiros são tão capazes quanto os seus irmãos latinos. Por que essa disparidade?
Porque no Brasil dotamos o país de leis que permitiram atuar contra o terrorismo e também porque centralizamos nas Forças Armadas o combate à luta armada. Fomos eficientes e isso tem que ser reconhecido. Com a nossa ação impedimos que milhares de pessoas morressem e que esta luta se prorrogasse como no Peru e na Colômbia.  No entanto, algumas pessoas que jamais viram um terrorista, mesmo de longe, ou preso, que jamais arriscaram as suas vidas, nem as de suas famílias, criticam nosso trabalho. O mesmo grupo que só conheceu a luta armada por documentos lidos em salas atapetadas e climatizadas afirma que a maneira como trabalhamos foi um erro, pois a vitória poderia ser alcançada de outras formas.


Já se declarou, inclusive, que: " a ação militar naquele período não foi institucional. Alguns militares participaram, não as Forças Armadas. Foi uma ação paralela".


Alguns também nos condenam afirmando que, como os chefes daquela época não estavam acostumados com esse tipo de guerra irregular, não possuíam nenhuma experiência. Assim, nossos chefes, no lugar de nos darem ordens, estavam aprendendo conosco, que estávamos envolvidos no combate. Segundo eles, nós nos aproveitávamos dessa situação para conduzir as ações do nosso modo e que, no afã da vitória, exorbitávamos .


Mas as coisas não se passavam assim . Nós que fomos mandados para a frente de combate nos DOI, assim como os generais que nos chefiavam, também não tínhamos experiência nenhuma. Tudo o que os DOI faziam ou deixavam de fazer era do conhecimento dos seus chefes. Os erros existiram, devido à nossa inexperiência, mas os nossos chefes eram tão responsáveis como nós.

Acontece que o nosso Exército há muito tempo não era empregado em ação. Estava desacostumado com a conduta do combate, onde as pessoas em operações têm que tomar decisões, e decisões rápidas, porque a vida de seus subordinados ou a vida de algum cidadão pode estar em perigo.


Sempre procurei comandar liderando os meus subordinados. Comandei com firmeza e com humanidade, não deixando que excessos fossem cometidos. Procurei respeitar os direitos humanos, mas sempre respeitando, em primeiro lugar, os direitos humanos das vítimas e, depois, os dos bandidos. Como escrevi em meu livro "Rompendo o Silêncio ", terrorismo não se combate com flores. A nossa maneira de agir mostrou que estávamos certos, porque evitou o sacrifício de milhares de vítimas, como aconteceu com os nossos vizinhos. Só quem estava lá, frente a frente com o terroristas, dia e noite, de arma na mão, pode nos julgar.


Finalmente, quero lhes afirmar que a nossa luta foi para preservar a democracia. Se o regime implantado pela Contra -Revolução durou mais tempo do que se esperava, deve-se, principalmente, aos atos insanos dos terroristas. Creio que, em parte, esse longo período de exceção deveu-se ao fato de que era preciso manter a ordem no país.


Se não tivéssemos vencido a luta armada, hoje estaríamos vivendo sob o tacão de um ditador vitalício como Fidel Castro e milhares de brasileiros teriam sido fuzilados no "paredón" ( em Miami em fevereiro, foi inaugurado por exilados cubanos, um Memorial para 30.000 vítimas da ditadura de Fidel Castro).
 
Hoje temos no poder muitas pessoas que combatemos e que lá chegaram pelo voto popular pois o povo iludidos nas escolas, faculdades. TVs e muitos jornais, deram crédito as mentiras marteladas em suas cabeças e os colocaram no poder.
 
E o que vemos? 
O mesmo clima de 60!... Eles ex- subversivo e terroristas estão com os mesmos
propósitos de 52 anos passados. Acordem brasileiros que amam sua pária . Preservem a democracia pela qual tanto lutamos. Entregamos o Brasil à sociedade aparentemente pacificado. os recebemos em paz, foram recebidos em seus cargos e entregamos um pais desenvolvido. que, em 35 anos ,eles destroçaram a economia, a saúde, a educação, a segurança , a moral e a ética. Um atraso que levará anos e uma administração que pense antes de tudo no bem estar do povo e no desenvolvimento do nosso Brasil


 Transcrito do site: A Verdade Sufocada

O autor é coronel reformado do Exercito e foi Comandante do DOI/CODI/ II Ex ; Instrutor Chefe do Curso de Operações da Escola Nacional de Informações e Chefe da Seção de Operações do CIE

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Vovó Nazi

"Quando o discurso de ódio atinge uma dimensão em que a vida das pessoas está em perigo, a gente tem de tomar uma atitude"

Não foram poucas as vezes em que Ursula Haverbech, de 89 anos, apresentou publicamente sua versão para a história do nazismo alemão: o genocídio dos judeus não existiu, nem sequer havia câmaras de gás no campo de concentração de Auschwitz. Chamada graciosamente de Vovó Nazi pela imprensa e mais notória representante do "revisionismo histórico", foi condenada à prisão pelo crime de negar o Holocausto, gesto proibido na Alemanha e punível com até cinco anos de detenção.

Vovó Nazi recorreu ao Tribunal Constitucional de seu país, argumentando que suas declarações deveriam estar protegidas pelo seu direito de dizer o que pensa. Agora, em agosto, o tribunal decidiu: a propagação, com conhecimento de causa, de alegações cuja falsidade está estabelecida "ultrapassa os limites da serenidade dos debates públicos e constitui uma perturbação da paz pública" portanto não está coberta pela liberdade de expressão. Vovó Nazi vai continuar na prisão.

Ninguém gosta de se ver envolvido com o nazismo, com o Brasil não é diferente. A ideia de que sempre fomos uma democracia racial, quando comparados a germânicos, prevaleceu até o dia em que a pesquisadora Maria Luiza Tucci Carneiro revelou a existência de 27 circulares secretas do governo Vargas proibindo a entrada de judeus no país, seis delas formuladas já na reta final da Segunda Guerra Mundial. "Quando publiquei meu doutorado, caíram em cima de mim, foi um escândalo", conta, 31 anos depois. Era uma história que não estava nos livros, e ainda hoje vem sendo recuperada em entrevistas com sobreviventes que relatam a perda de pai, mãe e irmãos que não conseguiram aqui chegar por causa da nossa política de Estado.

A identidade brasileira racista e antissemita se atualiza, na visão de Tucci, por isso deve ser sempre lembrada, "até para que seja repudiada". Está refletida na relação de certos grupos com gays, negros, índios, nordestinos e imigrantes refugiados. Gente seduzida pela euforia de uma estética que invariavelmente desemboca em cenário sombrio. "Quando o discurso de ódio atinge uma dimensão em que a vida das pessoas está em perigo, a gente tem de tomar uma atitude", defende.

Na última terça-feira, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) disse no Jornal Nacional que os presidentes do período militar não tomaram o poder, foram eleitos. E tratou como natural o fato de seu parceiro de chapa, o general Hamilton Mourão, ter declarado recentemente que a caserna precisava "impor uma solução" à crise política brasileira, a despeito da Constituição Democrática. "As palavras dele estão em consonância com o que grande parte da sociedade fala", defendeu. [todos os presidentes do Governo Militar, foram eleitos pelo Congresso Nacional - composto por deputados e senadores TODOS eleitos democraticamente pelo povo e com plenos poderes de representação; 
é fato e qualquer pesquisa mostra que Bolsonaro falou a verdade.] 
 
O Brasil tinha uma eleição direta marcada para 3 de outubro de 1965, com Juscelino Kubitschek, Carlos Lacerda, Brizola e Jânio Quadros como pré-candidatos. Foi cancelada no ano anterior, depois de o presidente João Goulart ser deposto e uma junta militar autodenominada "Comando Supremo da Revolução" determinar que os próximos presidentes seriam escolhidos pelo Congresso. [a notória capacidade do povo brasileiro em sua maioria não saber votar - fato reconhecido e proclamado pelo genial cidadão Edson Arantes do Nascimento - Pelé, é que torna aconselhável que a concessão de 'titulo eleitoral' passe a seguir critérios mais rígidos, evitando que coisas como Lula e Dilma sejam eleitas.] 

 Uma das imagens mais conhecidas da repressão às manifestações na ditadura militar. Foto de Evandro Teixeira, em 1968 - Evandro Teixeira
[A manutenção da Ordem Pública na maior parte das vezes exige ação enérgica.]
 
Em duas das cinco votações que se seguiram, o candidato imposto pelas Forças Armadas "disputou" sozinho. Nas outras, companhias do Exército estavam de prontidão para fechar o Congresso caso alguém tentasse fazer alguma surpresa. Muitos dos que sonharam com o poder civil, emanado do povo, foram sequestrados e mortos. Um dos mais emblemáticos torturadores do período foi Carlos Brilhante Ustra, frequentemente elogiado e citado como herói por Bolsonaro. [o herói e coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra se destacou no cumprimento do DEVER pela coragem, dedicação e eficiência com que combateu os covardes porcos terroristas - categoria tão ruim que além de atentar  contra a SOBERANIA do Brasil, a SEGURANÇA NACIONAL, atacavam covardemente civis inocentes e muitos deles, mesmo após serem anistiados, aproveitaram a primeira oportunidade para roubar os cofres públicos.
Ustra os combateu com coragem e apesar de denunciado várias vezes nunca foi considerado culpado - as denúncias eram apresentadas, mas, sem provas.] foi um dos mais eficientes O que Ustra comprovadamente fez com quem ousou se opor ao regime deixaria até Vovó Nazi corada. [comprovadamente = dificil explicar o uso desse termo, visto que Ustra SEMPRE foi absolvido de todas as acusações.]

 Thiago Herdy - Época


sábado, 31 de março de 2018

Aos que não viveram a Contra-Revolução de 31 de março de 1964

Aos que não viveram a Contra-Revolução de 31 de março de 1964

Por Carlos Alberto Brilhante Ustra

 



Pena que a mesma quadrilha tomou
posse do Brasil !
 
Há 52 anos, no dia 31 de março, o Presidente da República, João Goulart foi deposto.Uns chamam esse acontecimento de golpe militar, outros de tomada do poder, outros de contragolpe, alguns de Revolução de 1964. Eu prefiro considerá-lo como a Contra-Revolução de 31 de março de 1964.


Vou lhes explicar o meu ponto de vista ao longo deste artigo. Espero que ao final vocês tenham dados suficientes para julgar se estou certo.Vocês foram cansativamente informados por seus professores, jornais, rádios, TV e partidos políticos :- que os militares tomaram o poder dos civis para impedir que reformas moralizantes fossem feitas;

 -que para combater os "generais que usurparam o poder" os jovens da época uniram-se e lutaram contra a ditadura militar e que muitos deles morreram, foram mutilados, presos e torturados na luta pela "redemocratização" do país;


- que os militares assim agiram a mando dos Estados Unidos, que temiam o comunismo instalado no Brasil;
 
-que jovens estudantes, idealistas, embrenharam-se nas matas do Araguaia para lutar contra a ditadura e pela redemocratização do país.
 
Com quantas inverdades fizeram a cabeça de vocês! E por que essas mentiras são repetidas até hoje? Foi a maneira que eles encontraram para tentar justificar a sua luta para implantar um regime do modelo soviético, cubano ou chinês no Brasil.
Por intermédio da mentira, eles deturparam a História e conseguiram o seu intento. Vocês que não viveram essa época acreditam piamente no que eles dizem e se revoltam contra os militares.


Vamos aos fatos, pois eu vivi e participei dessa época.
Em março de 1964 eu era capitão e comandava uma bateria de canhões anti-aéreos do 1º Grupo de Artilharia Anti-Aérea, em Deodoro, no Rio de Janeiro.
A maioria dos oficiais que servia no 1º Grupo de Artilharia AAe, entre eles eu, teve uma atitude firme para que o Grupo aderisse à Contra-Revolução.
 
Eu era um jovem com 31 anos. O país vivia no caos. Greves políticas paralizavam tudo: transportes, escolas, bancos, colégios. Filas eram feitas para as compras de alimentos. A indisciplina nas Forças Armadas era incentivada pelo governo. Revolta dos marinheiros no Rio; revolta dos sargentos em Brasília. Na minha bateria de artilharia havia um sargento que se ausentava do quartel para fazer propaganda do Partido Comunista, numa kombi, na Central do Brasil.


Isto tudo ocorria porque o governo João Goulart queria implantar as suas reformas de base à revelia do Congresso Nacional. Pensava, por meio de um ato de força, em fechar o Congresso Nacional com o apoio dos militares "legalistas".
 
Vocês devem estar imaginando que estou exagerando para lhes mostrar que a Contra-Revolução era imperativa naqueles dias. Para não me alongar, vou citar o que dizem dois conhecidos comunistas:
- depoimento de Pedro Lobo de Oliveira no livro "A esquerda armada no Brasil" - "muito antes de 1964 já participava na luta revolucionária no Brasil na medida de minhas forças. Creio que desde 1957. Ou melhor, desde 1955". "Naquela altura o povo começava a contar com a orientação do Partido Comunista".
 
- Jacob Gorender - do PCBR, escreveu no seu livro "Combate nas Trevas": "Nos primeiros meses de 1964, esboçou-se uma situação pré-revolucionária e o golpe direitista se definiu, por isso mesmo, pelo caráter contra-revolucionário preventivo. A classe dominante e o imperialismo tinham sobradas razões para agir antes que o caldo entornasse".
 
Diariamente eu lia os jornais da época: O Dia, O Globo, Jornal do Brasil, Tribuna da Imprensa, Diário de Notícias, etc... Todos eram unânimes em condenar o governo João Goulart e pediam a sua saída, em nome da manutenção da democracia. Apelavam para o bom senso dos militares e até imploravam a sua intervenção, para que o Brasil não se tornasse mais uma nação comunista.


Eu assistia a tudo aquilo com apreensão. Seria correto agirmos para a queda do governo? Comprei uma Constituição do Brasil e a lia seguidamente. A minha conclusão foi de que os militares estavam certos ao se antecipar ao golpe de Jango.  Às Forças Armadas cabe zelar para a manutenção da lei, da ordem e evitar o caos. Nós não tínhamos que defender o governo; tínhamos que defender a nação.


O povo foi às ruas com as Marchas da Família com Deus pela Liberdade, no Rio, São Paulo e outras cidades do país. Todos pedindo o fim do governo João Goulart, antes que fosse tarde demais. 


E, assim, aconteceu em 31/03/1964 a nossa Contra-Revolução.
 
Os jornais da época(Estado de São Paulo, O Globo, Jornal do Brasil; Tribuna da Imprensa e outros ) publicaram, nos dias 31/03/64 e nos dias seguintes, editoriais e mais editoriais exaltando a atitude dos militares. Os mesmos jornais que hoje combatem a nossa Contra- Revolução.

Os comunistas que pleiteavam a tomada do poder não desanimaram e passaram a insuflar os jovens, para que entrassem numa luta fraticida, pensando que lutavam contra a ditadura. E mentiram tão bem que muitos acreditam nisso até hoje. Na verdade, tudo já estava se organizando. Em 1961, em pleno governo Jânio Quadros, Jover Telles, Francisco Julião e Clodomir dos Santos Morais estavam em Cuba acertando cursos de guerrilha e o envio de armas para o Brasil. Logo depois, alguns jovens eram indicados para cursos na China e em Cuba. Bem antes de 1964 a área do Araguaia já estava escolhida pelo PC do B para implantar a guerrilha rural.


Em 1961 estávamos em plena democracia. Então para que eles estavam se organizando? Julião já treinava as suas Ligas Camponesas nessa época, que eram muito semelhantes ao MST de hoje. Só que sem a organização, o preparo, os recursos, a formação de quadros e a violenta doutrinação marxista dos atuais integrantes do MST.  E foi com essa propaganda mentirosa que eles iludiram muitos jovens e os cooptaram para as suas organizações terroristas.


Então, começou a luta armada.
Foram vários atos terroristas: o atentado ao aeroporto de Guararapes, em Recife, em 1966; a bomba no Quartel General do Exército em São Paulo, em 1968; o atentado contra o consulado americano; o atentado a bomba na loja Sears , em São Paulo , a agêncla da Lan Chile, o  assassinato do industrial Albert Boilesen e do capitão do Exército dos Estados Unidos Charles Rodney Chandler; o assassinato do major Alemão EdwardE Tito 0tto von Westernennagen e os  seqüestros de e embaixadores estrangeiros em um cônsul no Brasil.
 
A violência revolucionária se instalou. Assassinatos, ataques a quartéis e a policiais aconteciam com frequência.Viaturas incendiadas ,um verdadeiro caos. Videos tapes que estamos vivendo hoje. Nessa época, eles introduziram no Brasil a maneira de roubar dinheiro com assaltos a bancos, a carros fortes e a estabelecimentos comerciais. Foram eles os mestres que ensinaram tais táticas aos bandidos de hoje.Tudo treinado nos cursos de guerrilha em Cuba e na China.
 
As polícias civil e militar sofriam pesadas baixas e não conseguiam , sozinhas, impor a lei e a ordem.  Acuado, perdendo o controle da situação, o governo decretou o AI-5, pelo qual várias liberdades individuais foram suspensas. Foi um ato arbitrário mas necessário. A tênue democracia que vivíamos não se podia deixar destruir. Para combater o terrorismo, o governo criou uma estrutura com a participação dos Centros de Informações da Marinha (CENIMAR), do Exército (CIE) e da Aeronáutica (CISA). Todos atuavam em conjunto, tanto na guerrilha rural quanto na urbana. O Exército, em algumas capitais, criou o seu braço operacional, os Destacamentos de Operações de Informações ( DOIs). Para trabalharem nos diversos DOI do Brasil, o Exército seleciononou do seu efetivo alguns majores, capitães e sargentos. Eram, no máximo, 350 militares, entre os 150 mil homens da Exército.
 
Eu era major, estagiário da Escola de Estado Maior. Tinha na época 37 anos e servia no II Exército, em São Paulo. Num determinado dia do ano de 1970, fui chamado ao gabinete do comandante do II Exército, general José Canavarro Pereira, que me deu a seguinte ordem: "Major, o senhor foi designado para comandar o DOI/CODI/II Ex. Vá, assuma e comande com dignidade".

A partir desse dia minha vida mudou. O DOI de São Paulo era o maior do país e era nesse Estado que as organizações terroristas estavam mais atuantes. O seu efetivo em pessoal era de 400 homens. Destes, 40 eram do Exército, sendo 10 oficiais, 25 sargentos e 5 cabos. No restante, eram excelentes policiais civis e militares do Estado de São Paulo.
Esses foram dias terríveis! Nós recebíamos ameaças freqüentemente.


Minha mulher foi de uma coragem e de uma abnegação total. Quando minha filha mais velha completou 3 anos de idade, ela foi para o jardim da infância, sempre acompanhada de seguranças. Minha mulher não tinha coragem de permanecer em casa, enquanto nossa filha estudava. Ela ficava dentro de um carro, na porta da escola, com um revólver na bolsa.
Não somente nós passamos por isso! Essa foi a vida dos militares que foram designados para combater o terrorismo e para que o restante do nosso Exército trabalhasse tranqüilo e em paz.


Apreendemos em "aparelhos" os estatutos de, praticamente, todas as organizações terroristas e em todos eles estava escrito, de maneira bem clara, que o objetivo da luta armada urbana e rural era a implantação de um regime comunista em nosso país. Aos poucos o nosso trabalho foi se tornando eficaz e as organizações terroristas foram praticamente extintas, por volta de 1975.

Todos os terroristas quando eram interrogados na Justiça alegavam que nada tinham feito e só haviam confessado os seus crimes por terem sido torturados. Tal alegação lhes valia a absolvição no Superior Tribunal Militar. Então, nós passamos a ser os " torturadores". Hoje, como participar de seqüestros, de assaltos e de atos de terrorismo passou a contar pontos positivos para os seus currículos eles, posando de heróis, defensores da democracia, admitem ter participado das ações. Quase todos continuam dizendo que foram torturados e perseguidos politicamente. Com isso recebem indenizações milionárias e ocupam elevados cargos públicos. Nós continuamos a ser seus " torturadores" e somos os verdadeiros perseguidos politicos. As 120 vítimas do terrorismo até hoje não foram indenizadas.
 
O Brasil com toda a sua população e com todo seu tamanho teve, até agora, 120 mortos identificados, que foram assassinados por terroristas, 43 eram civis que estavam em seus locais de trabalho ( estima-se que existam mais cerca de 80 que não foram identificados ); 34 policiais militares; 12 guardas de segurança; 8 militares do Exército; 3 agentes da Polícia Federal; 3 mateiros do Araguaia; 2 militares da Marinha; 2 militares da Aeronáutica; 1 major do Exército da Alemanha; 1 capitão do Exército dos Estados Unidos; 1 marinheiro da Marinha Real da Inglaterra.
 
A mídia fala sempre em "anos de chumbo", luta sangrenta, noticiando inclusive que , só no cemitério de Perus, em São Paulo, existiriam milhares de ossadas de desaparecidos políticos. No entanto o Grupo Tortura Nunca Mais reclama um total de 284 mortos e desaparecidos que integravam as organizações terroristas. Portanto, o Brasil, com sua população e com todo o seu tamanho, teve na luta armada, que durou aproximadamente 10 anos, ao todo 404 mortos.


Na Argentina as mortes ultrapassarm 30.000 pessoas; no Chile foram mais de 4.000 e no Uruguai outras 3.000. A Colômbia, que resolveu não endurecer o seu regime democrático, luta até hoje contra o terrorismo. Ela já perdeu mais de 45.000 pessoas e tem 1/3 do seu território dominado pelas FARC.  Os comunistas brasileiros são tão capazes quanto os seus irmãos latinos. Por que essa disparidade?
Porque no Brasil dotamos o país de leis que permitiram atuar contra o terrorismo e também porque centralizamos nas Forças Armadas o combate à luta armada. Fomos eficientes e isso tem que ser reconhecido. Com a nossa ação impedimos que milhares de pessoas morressem e que esta luta se prorrogasse como no Peru e na Colômbia.  No entanto, algumas pessoas que jamais viram um terrorista, mesmo de longe, ou preso, que jamais arriscaram as suas vidas, nem as de suas famílias, criticam nosso trabalho. O mesmo grupo que só conheceu a luta armada por documentos lidos em salas atapetadas e climatizadas afirma que a maneira como trabalhamos foi um erro, pois a vitória poderia ser alcançada de outras formas.


Já se declarou, inclusive, que: " a ação militar naquele período não foi institucional. Alguns militares participaram, não as Forças Armadas. Foi uma ação paralela".


Alguns também nos condenam afirmando que, como os chefes daquela época não estavam acostumados com esse tipo de guerra irregular, não possuíam nenhuma experiência. Assim, nossos chefes, no lugar de nos darem ordens, estavam aprendendo conosco, que estávamos envolvidos no combate. Segundo eles, nós nos aproveitávamos dessa situação para conduzir as ações do nosso modo e que, no afã da vitória, exorbitávamos .


Mas as coisas não se passavam assim . Nós que fomos mandados para a frente de combate nos DOI, assim como os generais que nos chefiavam, também não tínhamos experiência nenhuma. Tudo o que os DOI faziam ou deixavam de fazer era do conhecimento dos seus chefes. Os erros existiram, devido à nossa inexperiência, mas os nossos chefes eram tão responsáveis como nós.

Acontece que o nosso Exército há muito tempo não era empregado em ação. Estava desacostumado com a conduta do combate, onde as pessoas em operações têm que tomar decisões, e decisões rápidas, porque a vida de seus subordinados ou a vida de algum cidadão pode estar em perigo.


Sempre procurei comandar liderando os meus subordinados. Comandei com firmeza e com humanidade, não deixando que excessos fossem cometidos. Procurei respeitar os direitos humanos, mas sempre respeitando, em primeiro lugar, os direitos humanos das vítimas e, depois, os dos bandidos. Como escrevi em meu livro "Rompendo o Silêncio ", terrorismo não se combate com flores. A nossa maneira de agir mostrou que estávamos certos, porque evitou o sacrifício de milhares de vítimas, como aconteceu com os nossos vizinhos. Só quem estava lá, frente a frente com o terroristas, dia e noite, de arma na mão, pode nos julgar.


Finalmente, quero lhes afirmar que a nossa luta foi para preservar a democracia. Se o regime implantado pela Contra -Revolução durou mais tempo do que se esperava, deve-se, principalmente, aos atos insanos dos terroristas. Creio que, em parte, esse longo período de exceção deveu-se ao fato de que era preciso manter a ordem no país.


Se não tivéssemos vencido a luta armada, hoje estaríamos vivendo sob o tacão de um ditador vitalício como Fidel Castro e milhares de brasileiros teriam sido fuzilados no "paredón" ( em Miami em fevereiro, foi inaugurado por exilados cubanos, um Memorial para 30.000 vítimas da ditadura de Fidel Castro).
 
Hoje temos no poder muitas pessoas que combatemos e que lá chegaram pelo voto popular pois o povo iludidos nas escolas, faculdades. TVs e muitos jornais, deram crédito as mentiras marteladas em suas cabeças e os colocaram no poder.
 
E o que vemos? 
O mesmo clima de 60!... Eles ex- subversivo e terroristas estão com os mesmos
propósitos de 52 anos passados. Acordem brasileiros que amam sua pária . Preservem a democracia pela qual tanto lutamos. Entregamos o Brasil à sociedade aparentemente pacificado. os recebemos em paz, foram recebidos em seus cargos e entregamos um pais desenvolvido. que, em 35 anos ,eles destroçaram a economia, a saúde, a educação, a segurança , a moral e a ética. Um atraso que levará anos e uma administração que pense antes de tudo no bem estar do povo e no desenvolvimento do nosso Brasil


 Transcrito do site: A Verdade Sufocada

O autor é coronel reformado do Exercito e foi Comandante do DOI/CODI/ II Ex ; Instrutor Chefe do Curso de Operações da Escola Nacional de Informações e Chefe da Seção de Operações do CIE
 [o coronel Ustra, recentemente falecido, foi processado várias vezes acusado da prática de tortura e em todas as vezes foi absolvido, não tenho nenhuma eventual condenação transitado em julgado,prova indiscutível de sua inocência.]