O que está por vir
Por ora, Marcelo
Bretas, juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, encarregado, ali, da
Operação Lava Jato, é o nome do coração do presidente Jair Bolsonaro
para preencher a vaga a ser aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com
a aposentadoria do ministro Celso de Mello em 2019. Seria o primeiro
ministro evangélico.
Bolsonaro está
convencido de que o Senado não aprovará a nomeação do ex-juiz Sérgio
Moro depois que sua reputação foi gravemente abalada com o vazamento a
conta gotas de mensagens trocadas por ele com procuradores da Lava Jato,
em Curitiba. De resto, o ambiente no STF tornou-se tóxico para Moro. Mas Bretas é também o
nome do coração de Bolsonaro para substituir Moro no Ministério da
Justiça, caso o ex-juiz não mais se sustente por lá. O presidente
entende que ministro, qualquer um, é como fusível: queimou, joga-se no
lixo e providencia-se outro. A chapa de Mouro está esquentando e ele não
tem muito que fazer. [apesar de parte da imprensa insistir em demitir Moro, não existe nenhuma razão legal ou mesmo política para demitir o ministro - legalmente nada existe contra ele e politicamente o apoio popular - expresso em manifestações de apoio, quando o usual é manifestações de protesto - é uma blindagem eficiente.
Moro pode até ser demitido por mero capricho de Bolsonaro - que não vai se arriscar a perder um auxiliar eficiente, honesto, a troco de atender desejos infundados.
Bretas, apesar de evangélico, não tem um centésimo do apoio do ex-juiz, atual ministro da Justiça, futuro ministro do STF e até mesmo candidato a vice-presidente da República em 2022 = Sergio Moro.
A falta de apoio a Bretas o inviabiliza como futuro ministro do STF e talvez o qualifique para substituir Moro quando este assumir o STF, com as bênçãos de DEUS.]
Sua saída do cargo para
uma curta temporada de férias com a família poderá coincidir com a
publicação de novas mensagens que o comprometem. O procurador Deltan
Dallagnol recusou convite para depor a respeito na Comissão de
Constituição e Justiça da Câmara. Esqueceu que poderá ser convocado, e,
nesse caso, obrigado a ir.
Se não for, será levado
coercitivamente. Como aconteceu com Lula quando a Polícia Federal foi
buscá-lo em São Bernardo do Campo para ser ouvido por procuradores em
uma sala do aeroporto de Congonhas. Com uma diferença: Lula não havia
sido convidado para depor. Nem intimado. Foi mais um espetáculo da Lava
Jato.
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