Leiam a nota divulgada pela Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF) sobre a greve dos caminhoneiros.
É de um absurdo ímpar. Só não ganha da
estupidez tornada pública pelo presidente do Conselho Nacional da Ordem
dos Advogados do Brasil porque, convenham, a Fenapef não está, embora
devesse, especialmente afeita à defesa do Estado de Direito.
Quanto à
OAB, dizer o quê? A entidade que decide quem pode e quem não pode
advogar no Brasil empresta seu apoio ao Estado de exceção criado nas
Estradas, com a participação evidente de empresários do setor.
Eis por que a crise brasileira será longa, muito longa. Ainda volto ao assunto. Segue a nota.
Nota de apoio dos policiais federais ao movimento dos caminhoneiros
No dia
11 de junho de 2017, caminhoneiros e cegonheiros fizeram manifestações
em várias rodovias brasileiras em apoio à Polícia Federal e ao combate à
corrupção.
De lá
pra cá, discutiram por diversas vezes sobre iniciar ou não um grande
movimento nacional contra a absurda política de aumento de combustíveis
implementada pelo Governo Federal.
A
Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF) e suas entidades
representativas nos 27 estados acompanham com atenção e muita
preocupação o desenrolar das negociações entre representantes dos
caminhoneiros e do Governo, em busca de uma solução que atenda aos
anseios dos trabalhadores e da população brasileira.
É fato
que o objeto de luta dos caminhoneiros também representa a vontade de
todos os brasileiros. Assim, a luta da categoria é a nossa luta. Com
gratidão e reconhecimento ao movimento que iniciaram em 2017, as
entidades representativas sindicais dos policiais federais manifestam
seu apoio ao movimento dos caminhoneiros, ocasião em que reafirmam seu
compromisso de defender o povo brasileiro e de jamais funcionar como
polícia de governo ou um braço armado contra os manifestantes.
Uma
vez preservados os atendimentos básicos da sociedade, desde hospitais
até instituições de segurança pública, o movimento exerce legítima
pressão por mudanças e estará longe de ser considerado pela sociedade
como irresponsável e/ou fora de controle.
Como
bem pontuou em nota o Claudio Lamachia, presidente do Conselho Federal
da OAB, “a greve dos caminhoneiros é consequência do desconcerto geral
do país, agravado pela política abusiva de preços dos combustíveis. As
altas constantes têm prejudicado todo o sistema produtivo e o cotidiano
dos cidadãos.”
Diretoria da Fenapef e Conselho de Representantes
[comentário único: pelo teor da nota a FENAPEF está fechada com os caminhoneiros, sendo garantido os atendimentos básicos da sociedade, desde hospitais até instituições de segurança pública, a FENAPEF considera o movimento legal, legítimo.
Se espera que o 'leque' denominado atendimentos básicos da sociedade, abranja:
- combustível para que aviões da aviação civil VOEM;
- transporte coletivo tenha combustível para atender aos milhões de usuários, que não dispõe de outra forma de se locomover;
- proprietários de veículos automotores tenham combustível para seus automóveis e assim possam exercer o direito de ir e vir;
- supermercados tenham mercadorias - especialmente alimentos - para atender aos milhões de consumidores; e,
outras necessidades básicas da POPULAÇÃO, do POVO, dos BRASILEIROS sejam atendidas.
Agora, é só a FENAPEF explicitar juntos aos caminhoneiros todos os itens abrangidos pela garantia dada aos atendimentos básicos da sociedade e bola pra frente.]
Blog do Reinaldo Azevedo