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quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Auxílio Brasil vai pagar R$ 415, mais que o dobro do Bolsa Família - Gazeta do Povo

Alexandre Garcia     

Orçamento de 2022

Congresso Nacional aprovou projeto de lei orçamentária para 2022, que prevê um Auxílio Brasil no valor de R$ 415

Como sempre, os congressistas deixaram para a última hora a votação do Orçamento do ano que vem. Aí é aquela correria e a gente nunca sabe se saiu um bom orçamento ou não. Mas o que se sabe é que a Comissão Mista do Orçamento aprovou uma redução de R$ 800 milhões no tal fundão eleitoral, que passou de R$ 5,7 bilhões para R$ 4,9 bilhões. E esses R$ 800 milhões de diferença vão para a educação, pelo menos isso. O fundo eleitoral de R$ 5,7 bi chegou a ser vetado pelo presidente da República, mas o Congresso Nacional derrubou o veto.

Os congressistas ainda deram um jeito de atender uma promessa do presidente Jair Bolsonaro de dar reajuste para policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários federais. Para isso, reservaram R$ 1,7 bilhão. 
E também sobrou um pouquinho mais para o Auxílio Brasil, que em vez de R$ 400 vai pagar R$ 415 por mês, mais que o dobro do benefício médio que era pago pelo Bolsa Família. E vão poder aumentar também o salário mínimo em mais de 10%, coisa que não se via há mais de 6 anos. A partir de 1º de fevereiro será de R$ 1.210.

O Orçamento de 2022 destinou ainda R$ 16 bilhões para as emendas do relator. A metade disso vai praticamente para a saúde: R$ 7,3 bilhões.
 
Arrecadação recorde
E a propósito, a arrecadação federal, graças a nós, pagadores de impostos, registrou mais um recorde em novembro: R$ 157 bilhões. A arrecadação no ano de 2021 já é recorde, ainda sem contar dezembro, que é o mês de grande movimento comercial e que gera imposto. Até 30 de novembro, o governo da União arrecadou R$ 1,684 trilhão. É muito dinheiro, graças a nós, porque é parte do nosso trabalho. São os nossos impostos.

Comitê anti-Covid do Rio quer carnaval
O Comitê Especial de Enfrentamento à Covid do município do Rio de Janeiro aprovou duas medidas. A primeira é fazer o carnaval (?!?!), e a segunda é vacinar as crianças. 
Diz que o comitê é composto de médicos, cientistas, professores universitários, especialistas em saúde, integrantes da prefeitura municipal e o secretário de Saúde.

Ameaça a técnicos da Anvisa
A Polícia Federal já sabe quem foi que ameaçou o pessoal da Anvisa. O sujeito mandou um e-mail para lá dizendo que iria tirar o filho da escola se tentassem inocular nele essa "vacina experimental", e "quem atentar contra a segurança física do meu filho será morto. Isso não é uma ameaça, é um estabelecimento". Inclusive, vacina experimental é palavras dele, do e-mail.

A PF não pode indiciá-lo porque há uma orientação de 2016 que diz que em crime de menor potencial não há indiciamento.  
O crime de ameaça não é simplesmente ameaçar, dizer uma coisa para outra pessoa. 
Tem que comprovar que pode, que tem instrumento para isso e que tinha um objetivo nisso, de tirar uma vantagem disso.
(Nota do editor: A Procuradoria da República no Distrito Federal decidiu denunciar o suspeito à Justiça pelo crime de ameaça.)
 
Mortes estranhas
Cada vez mais jovens estão aparecendo com problemas que a gente nunca viu antes. Um menino de 10 anos em Igarapé (MG), perto de Belo Horizonte, foi arrancar um dente e morreu na cadeira do dentista.

Em Jaraguá do Sul (SC), que tem um belo corpo de bombeiros voluntário, um jovem de 25 anos, que era voluntário num hospital, foi receber a farda de bombeiro, porque tinha passado no concurso, e teve um ataque cardíaco.

Até um atleta olímpico, de Jogos Panamericanos, com 32 anos, e que praticava saltos ornamentais, morreu no Rio de Janeiro, depois de ficar internado um tempo, por causa de uma infecção pulmonar que começou com uma dor de garganta. São coisas chocantes.

Na torcida por Jabor
Ao mesmo tempo, estou na torcida para que se recupere o meu amigo e colega Arnaldo Jabor, que está internado no Hospital Sírio-Libanês, para se livrar de um coágulo que apareceu no cérebro. Ele, que é meu contemporâneo e ex-colega de televisão, já está sendo muito bem tratado.
 
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Congresso promulga reforma da Previdência nesta terça; veja o que muda

Entre as novas regras, está a fixação de uma idade mínima para a aposentadoria, de 65 anos para os homens e 62 anos para as mulheres


A reforma da Previdência será promulgada nesta terça-feira, 12, pelo Congresso Nacional. Com o ato, as novas regras de aposentadoria tanto para trabalhadores do INSS como para servidores públicos, policiais federais, professores e políticos começam a valer.

O texto, enviado em 20 de fevereiro pelo governo, tramitou por oito meses na Câmara dos Deputados e no Senado Federal até que fosse definitivamente aprovado, em 23 de outubro. Entre as novas regras está a fixação de uma idade mínima para a aposentadoria. Antes, era possível que os trabalhadores se aposentassem por tempo de recolhimento, o que não será mais permitido. Confira abaixo as novas regras para a aposentadoria: 

Entenda como fica a reforma
PARA SE APOSENTAR, SERÁ EXIGIDA IDADE MÍNIMA

Homens
65 anos
de idade
20 anos 
de contribuição (e 15 para quem já está no mercado de trabalho)

                                        Mulheres         
62 anos
de idade
15 anos de contribuição
 


Para os servidores públicos, a idade mínima é a mesma, mas o tempo mínimo de contribuição é de 25 anos para homens e mulheres 

A aposentadoria por tempo de contribuição, onde não é preciso ter idade específica, vai acabar

VALOR DO BENEFÍCIO
Homens
60%
do salário de contribuição
até os 20 anos de recolhimento
+
2%
                                         por ano adicional de contribuição

Com isso, são necessários 40 anos de trabalho para ter direito a 100% da aposentadoria
• • •
Com isso, são necessários 35 anos de trabalho para ter direito a 100% da aposentadoria

Mulheres
60%
do salário de contribuição
+
2%
                                               por ano adicional de contribuição
 
REGRAS DE TRANSIÇÃO
Para quem está no mercado de trabalho, no entanto, há quatro opções de transição para usar as regras da aposentadoria por tempo de contribuição

• • •
Opção 1
Pedágio + Idade
(vale para INSS e servidor)

+
pedágio de 100%
sobre o tempo que falta para aposentadoria
Exemplo:
Uma mulher de 57 anos e 28 anos de contribuição se aposentaria daqui há dois anos com as regras vigentes atualmente. Com essa transição, ela poderá se aposentar após quatro anos depois da reforma começar a valer (2 anos que faltam + 2 anos de pedágio

No caso dos servidores que entraram no funcionalismo antes de 2003, a regra garante integralidade de salários na aposentadoria (ou seja, não fica sujeito ao teto do INSS) 

Opção 2
Pontos
(vale para INSS e servidor)
Regra 86/96, hoje usada para cálculo do benefício integral, passa a servir como exigência para pedir a aposentadoria. Pontuação é obtida com a soma do tempo de contribuição e a idade

Em VEJA, MATÉRIA COMPLETA
 



quinta-feira, 11 de julho de 2019

Polícia Civil do DF - PCDF será beneficiada por mudanças a serem feitas na reforma da Previdência

O acordo por meio da emenda prevê a integralidade da aposentadoria policial, ou seja, o último salário recebido

Correio Braziliense

A equipe econômica cedeu, e o governo chancelou o acordo costurado pela Câmara para conceder aposentadoria especial a policiais federais, rodoviários federais, legislativos e civis do DF. [é malhar em ferro frio, mas, continuamos sem entender qual o  'risco de vida'  que correm os policiais legislativos para terem beneficios, serem equiparados aos policiais de que realmente colocam a vida em risco e vivem sob stress.
Ser policial legislativo é exercer uma função quase totalmente burocrática.

Quando a coisa pega eles chamam a polícia. Ontem mesmo, o ambiente ficou meio tenso na Câmara e eles chamaram a PMDF.

A propósito a PM-DF, a exemplo das polícias militares dos demais entes federativos, sempre é lembrada na hora de arcar com o ônus e esquecida na hora do bônus.] A articulação foi feita na madrugada desta quarta-feira (10/7) pelo Podemos, com apoio de DEM, PSD, PSL, entre outros, dando fim a um dos principais impasses para a aprovação da reforma da Previdência no plenário da Casa. O compromisso de líderes é votar nesta quinta-feira (11/7) favoravelmente a emenda aglutinativa apresentada nesta quarta-feira (10/7).

O acordo por meio da emenda prevê a integralidade da aposentadoria policial,
ou seja, o último salário recebido. A categoria também terá direito à paridade, de modo que os benefícios serão corrigidos por reajustes iguais aos servidores da ativa. A idade mínima será de 53 anos para homens e 52 para as mulheres, além de pensão integral para a família dos policiais.

O principal obstáculo ao aval era a equipe econômica. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que capitaneia as interlocuções na Casa, deixou claro a líderes que só encamparia articulações por inclusão de categorias retiradas da reforma na Comissão Especial com o “sim” do ministro da Economia, Paulo Guedes. O titular da pasta chegou a fazer críticas ao substitutivo apresentado no colegiado em junho e gerou ruídos na relação com o Congresso.

Ciente do constrangimento causado, Guedes deixou o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, encarregado de dar a resposta final sobre alterações no texto, como modificações às regras de aposentadoria de mulheres e policiais. Com sinal verde do titular da pasta, Marinho deu o aval, nesta quarta-feira (10/7), ao líder do Podemos na Câmara, José Nelto (GO), por volta das 11h. O consentimento do articulador governista, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, havia sido concedido ainda na terça.

Com isso, Nelto se reuniu com deputados oriundos das polícias, como Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), para apresentar o acerto feito e pôr fim ao impasse. O Executivo foi representado pelo líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), que assinou o acordo. Outros deputados engajados na articulação também marcaram presença, como Luis Miranda (DEM-DF).

Pacificação
O presidente Jair Bolsonaro foi informado da articulação por Vitor Hugo e deu sinal verde para o encaminhamento das conversas. “Esse movimento em prol dos policiais está para ser analisado pela Casa, mas o presidente reforça que o mais importante é a aprovação da nova Previdência dentro de um contexto maior de apoio à sociedade para alavancar economicamente o país”, declarou, nesta quarta-feira (10/7), o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros. O governo se comprometeu a orientar a Advocacia-Geral da União (AGU) a apresentar um parecer concordando com a integralidade e a paridade.


A costura foi ampla e articulada com todas as bancadas que orientaram voto favorável à reforma da Previdência. Os contatos começaram ainda na madrugada, entre Nelto, o líder do Podemos no Senado, Álvaro Dias (PR), e outros deputados do partido: Aluísio Mendes (MA), José Medeiros (MT) e Léo Moraes (RO). “Depois que a sessão de terça-feira foi suspensa e adiada para hoje (nesta quarta-feira — 10/7), ‘varamos’ a noite conversando com os líderes no WhatsApp. Fui dormir às 4h e acordei às 6h para retomar as conversas”, destacou Nelto. O acordo foi comemorado por Miranda. “Não é o que esperávamos, mas foi o possível após muita luta. Vale lembrar que o governo federal foi quem mandou a PEC, esquecendo da segurança pública, e coube ao Parlamento ajudar dentro do possível em plenário”, destacou.
 

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Maia morde e assopra e Bolsonaro ainda confia nele

Fracassa acordo com policiais para mudar texto da reforma da Previdência

O presidente Jair Bolsonaro, em articulação com líderes partidários da Câmara, negociou, nesta quarta-feira, regras de aposentadoria mais suaves para policiais federais. O acordo, porém, fracassou após a recusa da categoria às mudanças apresentadas, consideradas insuficientes. 

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), enviada pelo Governo em fevereiro, criava uma idade mínima de 55 anos para homens e mulheres policiais federais, policiais rodoviários federais, policiais legislativos. Já o texto negociado com o relator da proposta, Samuel Moreira (PSDB-SP), previa idade mínima de 53 anos para homens e de 52 para mulheres. Hoje, não há idade mínima para as categorias se aposentarem, mas só a exigência de 30 anos de contribuição, se homem, e de 25, se mulher.

Para os trabalhadores da iniciativa privada, a idade mínima de aposentadoria, pela reforma da Previdência, será de 65 anos para homens e de 62 para mulheres. Hoje, essas regras não existem.

(...)

Presidente da ADPF (Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal), Edvandir Paiva disse que a proposta feita pelo Governo “não resolve” o problema da categoria. “A idade mínima de 55 anos não era nosso principal problema. O Governo está tentando vender que apresenta um novo texto melhor para a categoria, mas na verdade não melhorou nada”, disse Paiva.

Os policiais querem que quem está perto de se aposentar tenha de trabalhar 17% a mais do período que falta para cumprir o tempo mínimo de contribuição. Esse é o mesmo “pedágio” previsto para Forças Armadas, policiais militares e bombeiros dos estados. [as Forças Armadas não estão sendo objeto dessa PEC e sim de um projeto de lei ainda não enviado ao Congresso; 
quanto as regras para bombeiros e policiais militares depende da inclusão dos estados na reforma, o que depende da 'liderança' do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.]

Após negociações com líderes, Maia e Moreira, o Governo propôs um “pedágio” de 100%. Assim, para quem falta dois anos para se aposentar, teria de trabalhar mais quatro anos. A sugestão não agradou aos policiais federais, que agora passarão a apoiar uma emenda do PSD que beneficia a categoria e demais setores da segurança pública.

Base eleitoral
Agora, líderes da Câmara preferem que Bolsonaro assuma a articulação para obter os votos e agradar a sua base eleitoral, desidratando sua própria reforma da Previdência.
“Eu acredito que, já que não houve acordo, o Governo não vai trabalhar para o destaque ser aprovado e derrubar as categorias do texto. Isso será uma sinalização muito ruim no plenário. Se uma categoria sair, vão sair todas”, afirmou Maia. [a fala do Maia, no texto acima destacado, deixa claro o quanto o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, procura travar a reforma da Previdência:
- quando declara, falando em nome do governo, diz: "Governo não vai trabalhar para o destaque ser aprovado e derrubar as categorias do texto;"
" Isso será uma sinalização muito ruim no plenário."  e,
"Se uma categoria sair, vão sair todas"
Maia procura travar a aprovação de qualquer coisa, insufla para que não haja nenhum acordo,  buscando queimar  um pouco mais o governo do nosso presidente JAIR BOLSONARO.
Afinal, 2022 vem aí.' ]

Ele defendeu que os policiais federais também deem sua contribuição, já que toda a sociedade será atingida pelas alterações nas regras de aposentadoria. “Ninguém faz isso sorrindo, ninguém comemora votação de reforma da Previdência, mas a gente faz com muita convicção que é o único caminho para garantir estabilidade”, disse.

MATÉRIA COMPLETA, Diário do Nordeste


 

Bolsonaro tentou negociar um acordo para atender à pressão dos policiais federais, rodoviários e legislativos para alterar a proposta da reforma da Previdência;

Fracassa acordo com policiais para mudar texto da reforma da Previdência

Bolsonaro tentou negociar um acordo para atender à pressão dos policiais federais para alterar a proposta da reforma da Previdência; categoria considera mudanças "insuficientes"

Fracassou a tentativa, encabeçada por Jair Bolsonaro, de um acordo para flexibilizar as regras para policiais federais, rodoviários e legislativos na reforma da Previdência. Isso pode salvar a reforma, mas depende de o governo garantir os votos. [que os policiais rodoviários e federais (os policiais militares e civis, dependem dos estados) aleguem risco de vida para ter alguns beneficios, é aceitável e tem fundamento; mas, policial legislativo alegar risco de vida !?!
a atividade deles é quase que totalmente burocrática e quando a coisa pega chamam a POLÍCIA.]

Presidente na linha. Bolsonaro não resistiu a alguns gritos de “traidor” e já cedeu. Telefonou ao relator, Samuel Moreira, sugerindo que tentasse uma solução para os policiais. Mas o acordo emperrou na regra de transição para quem já está nas cadeiras: as entidades queriam uma regra semelhante à que está no projeto dos militares, mas o relator só aceitou abrandar a idade mínima para a aposentadoria (de 55 anos para ambos os sexos para 53 para homens e 52 para mulheres).

Dia da Marmota. O vaivém dos policiais consumiu um dia inteiro, sendo que o prazo para que se cumpra o plano de encerrar a votação da reforma na Câmara antes do recesso já está para lá de exíguo. Enquanto esta newsletter é fechada para chegar ao leitor a quente, a comissão especial discute todas as tentativas de adiamento e obstrução. Mas o texto da reforma só deve ser votado, com sorte, na quinta-feira. Isso se até lá não aparecer outra crise.

E agora, presidente? Coube a Hugo Leal (PSD-RJ) apresentar um destaque com o pleito dos policiais. E cabe ao governo deixar claro se vai exigir dos seus deputados o voto para assegurar a reforma de R$ 1 trilhão ou se vai abrir a fenda pela qual podem passar todas as corporações —e toda a economia fiscal.
 

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Um dos braços do Partido da Polícia, ligado à PF, expressa apoio a locaute com caminhões e cita, apropriadamente, nota estúpida da OAB

Leiam a nota divulgada pela Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF) sobre a greve dos caminhoneiros. 

É de um absurdo ímpar. Só não ganha da estupidez tornada pública pelo presidente do Conselho Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil porque, convenham, a Fenapef não está, embora devesse, especialmente afeita à defesa do Estado de Direito

Quanto à OAB, dizer o quê? A entidade que decide quem pode e quem não pode advogar no Brasil empresta seu apoio ao Estado de exceção criado nas Estradas, com a participação evidente de empresários do setor.

Eis por que a crise brasileira será longa, muito longa. Ainda volto ao assunto. Segue a nota.
 
Nota de apoio dos policiais federais ao movimento dos caminhoneiros 

No dia 11 de junho de 2017, caminhoneiros e cegonheiros fizeram manifestações em várias rodovias brasileiras em apoio à Polícia Federal e ao combate à corrupção.
De lá pra cá, discutiram por diversas vezes sobre iniciar ou não um grande movimento nacional contra a absurda política de aumento de combustíveis implementada pelo Governo Federal.

A Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF) e suas entidades representativas nos 27 estados acompanham com atenção e muita preocupação o desenrolar das negociações entre representantes dos caminhoneiros e do Governo, em busca de uma solução que atenda aos anseios dos trabalhadores e da população brasileira.

É fato que o objeto de luta dos caminhoneiros também representa a vontade de todos os brasileiros. Assim, a luta da categoria é a nossa luta. Com gratidão e reconhecimento ao movimento que iniciaram em 2017, as entidades representativas sindicais dos policiais federais manifestam seu apoio ao movimento dos caminhoneiros, ocasião em que reafirmam seu compromisso de defender o povo brasileiro e de jamais funcionar como polícia de governo ou um braço armado contra os manifestantes.

Uma vez preservados os atendimentos básicos da sociedade, desde hospitais até instituições de segurança pública, o movimento exerce legítima pressão por mudanças e estará longe de ser considerado pela sociedade como irresponsável e/ou fora de controle.
Como bem pontuou em nota o Claudio Lamachia, presidente do Conselho Federal da OAB, “a greve dos caminhoneiros é consequência do desconcerto geral do país, agravado pela política abusiva de preços dos combustíveis. As altas constantes têm prejudicado todo o sistema produtivo e o cotidiano dos cidadãos.”

Diretoria da Fenapef e Conselho de Representantes

[comentário único: pelo teor da nota  a FENAPEF está fechada com os caminhoneiros, sendo garantido os atendimentos básicos da sociedade, desde hospitais até instituições de segurança pública, a FENAPEF considera o movimento legal, legítimo.
Se espera que o 'leque' denominado atendimentos básicos da sociedade, abranja:
- combustível para que aviões da aviação civil VOEM;
- transporte coletivo tenha combustível para atender aos milhões de usuários, que não dispõe de outra forma de se locomover;
- proprietários de veículos automotores tenham combustível para seus automóveis e assim possam exercer o direito de ir e vir;
- supermercados tenham mercadorias - especialmente alimentos - para atender aos milhões de consumidores; e, 
outras necessidades básicas da POPULAÇÃO, do POVO, dos BRASILEIROS sejam atendidas.

Agora, é só a FENAPEF explicitar juntos aos caminhoneiros todos os itens abrangidos pela garantia dada aos   atendimentos básicos da sociedade e bola pra frente.]

Blog do Reinaldo Azevedo



segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Na onda da Lava Jato, policiais federais planejam se candidatar em 18 Estados

Pesquisa do Ibope apontou que entre 20 entidades, a PF foi apontada como a terceira mais confiável, atrás apenas da igreja e dos bombeiros. Por isso muitos candidatos usarão o título "delegado" antes do nome.

Comento mais tarde. Vejam o que segue na Folha:

A fotografia do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) caminhando com o semblante preocupado em direção ao avião que o levaria para Curitiba, em 19 de outubro de 2016, pode ser o registro em imagem da morte da sua carreira política. Graças a uma decisão do juiz federal Sergio Moro, o ex-deputado trocaria naquele momento os gabinetes de Brasília por uma cela de cadeia do Paraná.

Um passo atrás aparece no retrato o agente da Polícia Federal Lucas Valença. A pinta de galã despertou curiosidade.  O coque amarrado no topo da cabeça, no estilo samurai, e a barba cerrada renderam os apelidos de Lenhador da Federal e Hipster da Federal –estrangeirismo inglês que define a pessoa que inventa moda. A cena no aeroporto da capital pode ser a certidão de nascimento da sua carreira política. O hipster pensa em ser deputado.

Assim como Valença, cerca de 30 agentes e delegados da PF pretendem se aventurar nas eleições de 2018. A Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), que representa todas as carreiras da PF, já contabilizou 24 pré-candidatos ligados à instituição em 18 Estados. A Folha encontrou outros que não estão na lista da federação.
Curiosamente é o Paraná, berço da Lava Jato, o Estado que vai ter o maior número de concorrentes policiais federais. Até agora cinco delegados e agentes já manifestaram a intenção de concorrer. Se depender da federação, a lista ainda vai aumentar.

Os sindicalistas tentam convencer Newton Ishii, que ficou célebre como o “Japonês da Federal”, a competir por uma vaga na Câmara. Como Ishii foi condenado em última instância por facilitação ao contrabando, a entidade consultou dois escritórios especializados em legislação eleitoral para saber se ele seria enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Segundo os advogados, até o início da campanha ele já terá cumprido toda a pena e estaria livre para tentar carreira em Brasília. O agente, no entanto, resiste à ideia. [faz bem: os ilustres advogados consultados esqueceram que o STF decretou que a Lei da Ficha Limpa pode retroagir até o momento que os SUPREMOS MINISTROS estabelecerem - cada caso é um caso, impessoalidade é algo que fica bem no artigo 37 da CF - ajuda a formar o 'LIMPE'.] 

Sem o Japonês da Federal na disputa, nenhum outro candidato terá trabalhado diretamente na Lava Jato. Isso não quer dizer que a operação não vá ser tema de campanha. O delegado e deputado federal Fernando Francischini (SD-PR), pretende concorrer ao Senado. O mote de sua propaganda? “A minha defesa da PF e da Lava Jato no mandato é meu maior patrimônio”, diz Francischini.

O eleitor de 2018 terá passado quatro anos assistindo aos policiais da Lava Jato prendendo magnatas por corrupção. O efeito é duplo: fomenta o descrédito na classe política e turbina a reputação da polícia. Equação perfeita para os candidatos da PF. “As operações de combate à corrupção, principalmente a Lava Jato, deram visibilidade e prestígio para a Polícia Federal. É uma vantagem para um concorrente se associar a uma das instituições com maior credibilidade no país no momento”, diz o cientista político Marco Antônio Carvalho Teixeira, professor da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas).

Pesquisa do Ibope apontou que entre 20 entidades, a PF foi apontada como a terceira mais confiável, atrás apenas da igreja e dos bombeiros.  Cientes disso, candidatos buscam explicitar a ligação com o órgão. Boa parte usará o cargo antes do nome. Nas urnas haverá Delegado Francischini, Delegado Gastão e Delegado Federal Mikalovski.

BANCADA DA BALA
O sucesso das candidaturas de policiais deve significar o aumento da bancada da bala no Congresso. A maior parte deles comunga da ideia de que é preciso facilitar o acesso do cidadão às armas de fogo.  Um expoente desse pensamento é o [delegado da PF] e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho do pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro, que repete a exaustão que “bandido só respeita o cidadão armado”. A proposta de reduzir maioridade penal também anima a maioria dos policiais.

Apesar da afinidade com essas pautas, não há um partido que concentre esses candidatos. O leque das legendas escolhidas pelos policiais é amplo e inclui siglas atingidas em cheio pela Lava Jato. O agente André Salineiro elegeu-se vereador de Campo Grande (MS) e agora cogita tentar vaga na Assembleia. Nas redes sociais posa heroico, de braços cruzados, vestindo a camisa preta da PF. Na vida política, porém, a camisa que veste é a do PSDB, ainda presidido pelo mineiro Aécio Neves, conhecido alvo dos policiais da Lava Jato.


Blog do Reinaldo Azevedo