Acusado de corrupção, Maluf defende a moralização
do PP
Para ele,
o senador Ciro Nogueira, atual presidente nacional do PP, não tem “condição
moral” de continuar no cargo
Condenado por improbidade
administrativa, acusado de lavagem
de dinheiro e procurado
internacionalmente pela Interpol por apropriação indébita de dinheiro, o deputado Paulo Maluf (PP-SP) defende
que seu partido sofra uma reformulação moral. Ele acha que o atual presidente
nacional do partido, senador Ciro
Nogueira (PI), deixe o cargo na eleição marcada para abril.
O senador é um dos 30 parlamentares do PP que estão na lista das pessoas que serão investigadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por desvio de recursos na Petrobras. — Ciro Nogueira não tem condição moral para ser reeleito presidente do PP. Ele tem que ser afastado da direção do partido. Eu não quero o cargo. Já fui presidente do partido por 20 anos. Carreguei o partido nas costas por 48 anos. Temos bons nomes para o cargo, como a senadora Ana Amélia (RS), o Esperidião Amin (SC) e o Francisco Dornelles (RJ), todos corretos e éticos — disse Maluf, que agora dá lições de ética dentro do partido, o que mais tem políticos na lista do STF.
O senador é um dos 30 parlamentares do PP que estão na lista das pessoas que serão investigadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por desvio de recursos na Petrobras. — Ciro Nogueira não tem condição moral para ser reeleito presidente do PP. Ele tem que ser afastado da direção do partido. Eu não quero o cargo. Já fui presidente do partido por 20 anos. Carreguei o partido nas costas por 48 anos. Temos bons nomes para o cargo, como a senadora Ana Amélia (RS), o Esperidião Amin (SC) e o Francisco Dornelles (RJ), todos corretos e éticos — disse Maluf, que agora dá lições de ética dentro do partido, o que mais tem políticos na lista do STF.
Maluf
disse que o fato da maioria dos 40 deputados do PP estarem na lista do STF, enquanto seu nome está fora, prova que, ao contrário do que dizem, ele
não é corrupto. — Nunca tive
envolvimento com malfeitos. Todas as acusações que me fizeram eram falsas.
Nunca ninguém mostrou prova de nada. Só porque eu fiz muitas obras, diziam que
eu tinha levado alguma coisa, mas na verdade eu fiz obras em todas as 645
cidades paulistas e nunca se provou nada contra mim.
Sempre fui correto —diz Maluf, que responde a dezenas de ações por corrupção e lavagem de dinheiro. O deputado diz que sempre se ouviu no PP a informação de que deputados como Pedro Correia, João Pizolatti e José Janene (já falecido) tinham "alguma intimidade" com o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa (um dos delatores do escândalo da Petrobras), que "frequentava a liderança do partido na Câmara".
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Havia um zum-zum-zum do Paulo Roberto Costa com alguns deputados. Mas enquanto
eu fui presidente do partido, até 2003, não havia absolutamente nada. Depois o Pedro Correia assumiu o partido, por ter mais
intimidade com o PT, eleito para a através da delação premiada do Paulo
Roberto Costa. Acho que tem que investigar tudo com profundidade - disse Maluf, que no passado chegou a ser verbete de dicionário com
malufar significando roubar.Sempre fui correto —diz Maluf, que responde a dezenas de ações por corrupção e lavagem de dinheiro. O deputado diz que sempre se ouviu no PP a informação de que deputados como Pedro Correia, João Pizolatti e José Janene (já falecido) tinham "alguma intimidade" com o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa (um dos delatores do escândalo da Petrobras), que "frequentava a liderança do partido na Câmara".
(...)
Maluf explica porque
está na lista dos procurados pela Interpol, podendo ser preso caso deixe o
Brasil. — Eu gostaria que o governo
brasileiro fizesse por mim o mesmo tipo de esforço que teve para manter o
Cesare Battisti aqui. Esse criminoso, condenado na Itália. Na verdade o que
acontece é que os Estados Unidos querem minha oitiva sobre uma acusação falsa. Eu sou brasileiro e quero que a oitiva seja feita por um juiz
brasileiro. Eu não viajarei a Nova York para ser ouvido lá. Tenho
correspondências que troquei com a Interpol. Então não estou fugindo de nada.
Só não quero ter que depor nos Estados Unidos. Até os
pilotos do Legacy que mataram 159 passageiros da GOL foram ouvidos pela Justiça
americana. Então por que eu tenho que depor lá?