O Rio de
Janeiro está no limite. Financeiramente falido. Politicamente
abandonado.
E às portas de um caos social. Os sinais dessa tragédia
anunciada estão por todos os lados. Sem nenhuma estrutura pública
funcionando minimamente dentro dos padrões aceitáveis – hospitais
largados por falta de equipamentos e pessoal, escolas sucateadas e ruas
entregues à bandidagem, carentes de segurança mínima – enfrenta agora o
risco de um motim policial por atraso no pagamento. O governo do estado
não enxerga alternativas que não seja a de lançar apelos, mendigando
ajuda em todas as áreas. Conseguiu que a Força Nacional de Segurança e o
Exército desembarcassem lá para dar apoio temporariamente – no máximo
até o fim do carnaval – no controle da capital e de cidades vizinhas. Em
outra frente, recorreu ao Supremo Tribunal com o objetivo de conseguir a
antecipação de créditos de um acordo de empréstimo com a União. Neste
caso, sem sucesso.
Foi o golpe final para o colapso do Estado. O
adiamento por 30 dias, determinado pelo ministro Luiz Fux, para que as
partes entrassem em entendimento sobre o desembolso, que é da ordem de
R$ 3,5 bilhões, pôs fim às esperanças fluminenses. Despesas que beiram
os R$ 4 bilhões devem vencer no período, sem que haja de onde tirar o
dinheiro. No total, o buraco nas contas deve alcançar a assombrosa cifra
de R$ 62,4 bilhões até 2019.
Entre os cariocas, por esses dias, todo
mundo comenta o que só as autoridades não querem admitir: a Cidade
Maravilhosa ficou insustentável. Virou uma espécie de Grécia em versão
brasileira, com muitas dívidas, má gestão e pouca disposição para mudar o
que está errado. Medidas de austeridade ninguém quer tomar. O
governador Pezão desconversa sobre deliberações acertadas com o
Planalto, dentre elas a venda da estatal Cedae, que enfrenta enormes
resistências. Os vereadores evitam o assunto cortes e os servidores
públicos em geral pressionam por reajustes. Perdidos no descalabro
administrativo, cada um deles almeja uma solução divina, como num toque
de mágica. Os tradicionais financiadores, Banco do Brasil e Caixa
Econômica, hoje temem, com razão, o calote e cortaram a torneira de
recursos. O Ministério da Fazenda diz que não há atalhos sem que o
Congresso vote mudanças na Lei de Responsabilidade Fiscal.
E cada um dos
poderes constituídos, a começar pela Procuradoria-Geral da República, o
TCU, a AGU, o STF e mesmo o Executivo, avalia que o Rio estourou
qualquer limite fiscal, sem capacidade de fazer frente à atual escalada
de despesas. Precisa, mais do que nunca, ter seus compromissos
monitorados, tal qual faz o FMI com países insolventes. Nesse contexto,
resta a dúvida: seria o caso de intervenção federal? A alternativa não
está no radar oficial. No campo da Justiça, o que aconteceu na semana
passada corrobora de qualquer forma a ameaça que paira sobre o
governador de sofrer impedimento. Ele e seu vice, Francisco Dornelles,
tiveram a eleição impugnada em primeira instância por irregularidades na
campanha.
Ainda cabe apelação, mas o caminho de seu afastamento pode
estar sendo pavimentado. O antecessor de Pezão, Sergio Cabral, às voltas
com laudatórias acusações de desvios, virou réu pela quarta vez envolto
em nada menos que 184 crimes de lavagem, denunciado por liderar uma
organização criminosa que saqueou o Rio de Janeiro de todas as maneiras,
anos a fio. Por essas e outras é que o Estado segue no descalabro
econômico, em calamidade, como um mero espectro do esplendor que
experimentou outrora.
Fonte: Editorial - Isto É - Carlos José Marques, diretor editorial da Editora Três
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
A Grécia brasileira
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terça-feira, 28 de junho de 2016
Paisagem depois da batalha
O
Rio terá de se reinventar. E não será nada fácil. As cinzas revelam longos
períodos de populismo. Haverá choques, frustrações. Certas medidas, no entanto, podem ser bem
recebidas
Pela
minha agenda, deveria estar na Serra da Mantiqueira, visitando agricultores
orgânicos cuja lavoura está sendo atacada por javalis. Mas a notícia de que o Rio
decretou calamidade pública, os problemas de segurança que se agravam, tudo
isso contribui para que fique por aqui e, por enquanto, deixe os javalis em
paz. Documentar a paisagem depois da batalha é remexer as cinzas de um sonho em
que a roubalheira e a megalomania dominaram o cenário.
Esta semana ficamos sabendo que a
Odebrecht, além de seu departamento de propina, tinha um
servidor na Suíça e um banco em Antígua, um sofisticado e talvez inédito
esquema para uma só empresa. Os rankings internacionais de corrupção terão de
abrir uma nova modalidade para abarcar essa capacidade de construção de um
sistema fechado, um mundo virtual onde empreiteiros movem fortunas de verdade.
A Olimpíada que se aproxima é uma
espécie de herança daquele período delirante. Um só país decidiu sediar
Copa do Mundo e Olimpíada. A ideia que animava a atração dos eventos era
revelar o poder de organização do Brasil, maravilhar o mundo com nosso
crescimento. O primeiro choque se deu em 2013 com as grandes manifestações de
rua.
A Olimpíada chega agora com o
Brasil em crise profunda e o Estado do Rio quebrado.
O decreto de calamidade pública
tem um aspecto mítico porque nos remete a catástrofes naturais, tempestades,
terremotos. Remexendo nas cinzas do delírio vamos encontrar a insistência em
ampliar a máquina do estado, em conceder isenções fiscais generosas, sem um
estudo de custo-benefício dessas medidas. Mas era um tempo alucinado em que os
homens do governo dançavam com um lenço na cabeça num caro restaurante de
Paris. E as mulheres exibiam seus sapatos Christian Louboutin.
Começam a
surgir agora, em novas delações, indícios
do processo de corrupção que envolveu o Comperj e o Maracanã. A visão
daqueles tempos fica mais completa ainda. Calamidade nos remete à ideia de algo
inesperado e repentino. Quase sem intervenção humana. O que acontece agora é
resultado de um longo processo de erros e desvios, de ambições milionárias que
arruinaram o Estado.
O
esquema de segurança da Olimpíada para o qual foram destinados R$ 2,9 bilhões
deve representar um alívio para a própria polícia, num
momento em que traficantes invadem hospitais ou desfilam armados nas
proximidades do aeroporto. Mas a Olimpíada vai passar, e o Rio estará de
novo confrontado com sua crise. É um corpo ferido por muitas flechas: crise econômica, petróleo, corrupção, violência. E o
governo não é nada estimulante. Pressionado por repórteres a falar sobre algo
além de verbas para a segurança, Francisco Dornelles limitou-se a dizer para o
motorista: “Vamos embora, Ademário”. O Sr Ademário Gonçalves dos Santos deve ser um excelente
motorista profissional. Mas não pode saber sozinho qual o nosso destino.
Embora para onde, Ademário? Que buracos, solavancos, sinistras curvas você
prepara para nós?
O Rio terá de se reinventar. E
não será nada fácil. As
cinzas revelam longos períodos de populismo. Haverá choques, frustrações.
Certas medidas, no entanto, podem ser bem recebidas, a julgar por alguns cartazes
que li: rever as isenções fiscais. Está mais do que na hora de discutir tudo
abertamente. Não existem fórmulas acabadas para encarar o problema do Rio. Era
preciso que as pessoas tivessem uma visão bem clara do que aconteceu e o
estrago que o grupo dominante provocou.
Esse conhecimento pode ajudar na
reconstrução. Muitos delírios
explodiram por aqui. O último foi o PT:
uma supertele nacional, a Oi, que pediu recuperação judicial. Se toda essa
derrocada que nos custou dinheiro e trabalho representar uma vacina contra o
populismo, pelo menos alguma coisa será ganha.
Eleições com pouco dinheiro e um novo comportamento do eleitor podem
também ser um avanço. Mas são possibilidades futuras. Aqui e agora, teremos de
esperar o Sr. Ademário num posto de gasolina, numa loja de conveniência, e
perguntar de novo o que o governo vai fazer.
O rombo nas contas do estado é de
R$ 20 bilhões. Não basta declarar calamidade. É preciso um mapa para transitar rumo a uma
situação mais calma. Dificilmente o governo fará a coisa certa sem
transparência e algum tipo de adesão racional da sociedade. Mesmo viajando
muito pelo país, tive a oportunidade de documentar a
decadência das cidades ligados ao petróleo, como Campos e Macaé, a crise
financeira e sua consequência nos serviços essenciais e, esta semana,
mais detidamente, os problemas de segurança.
Não me lembro de uma crise tão
profunda e tão inquietante pelas suas possíveis consequências sociais. Uma
consciência mais ampla desse desastre pode evitar que as cinzas do delírio populista tragam consigo os ovos da serpente.
Fonte: Fernando Gabeira – O Globo
terça-feira, 15 de setembro de 2015
Quem paga a conta é você - O que pode ser feito de imediato para que o governo volte a ter dinheiro para pagar suas contas?
Por que o Brasil entrou no vermelho
Como o governo ficou sem dinheiro para pagar suas contas e o que pode ser feito de imediato para resolver o problema
"O Orçamento Nacional deve ser equilibrado. As dívidas públicas devem ser reduzidas, a arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada. (...) As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viver por conta pública.”
Marco Túlio Cícero,
político, orador e filósofo romano, em 55 a.C.
Na segunda-feira da semana passada, a presidente Dilma Rousseff tomou uma decisão inusitada. Depois de recorrer às “pedaladas” fiscais, para mostrar um aparente equilíbrio nas contas públicas no primeiro mandato, Dilma resolveu escancarar, ainda que a contragosto, a “herança maldita” que deixou para si mesma. Em sua proposta de Orçamento para 2016 – entregue formalmente pelos ministros Joaquim Levy, da Fazenda, e Nelson Barbosa, do Planejamento, ao presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros –, ela reconheceu de forma explícita que o governo federal não terá dinheiro suficiente para pagar todos os seus compromissos no ano que vem. A dívida pública, hoje, está na faixa de R$ 2,5 trilhões. Em vez do superavit esperado para cobrir os juros dessa obrigação, o governo fechará as contas no vermelho, com deficit estimado em R$ 30,5 bilhões, o equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) – o pior resultado em 21 anos, segundo dados da Secretaria do Tesouro Nacional.
“O Brasil entrou no cheque especial”, diz o economista Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central, apontado por Aécio Neves para assumir o comando da economia se ele tivesse vencido as eleições. “A situação fiscal é dramática, muito, muito delicada”, afirma o ex-ministro da Fazenda e do Planejamento Antonio Delfim Netto, que apoiava Dilma até pouco tempo atrás e agora se alinha aos críticos do governo. “Cada passo mal pensado e mal combinado, que termine em mais uma frustração, pode levar ao precipício.”
Segundo Dilma, seu objetivo ao assumir o rombo no Orçamento de 2016 era dar maior transparência às finanças públicas. Não deixa de ser um alento, após as manobras contábeis adotadas no passado recente, questionadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). “Mais vale um deficit real declarado do que um superavit artificial formado por pedaladas”, diz o ex- ministro da Fazenda Francisco Dornelles, hoje vice-governador do Rio de Janeiro e presidente de honra do PP – partido que, ao menos na teoria, ainda faz parte da base governista no Congresso.
Ainda assim, a decisão de Dilma, de apresentar uma proposta de Orçamento deficitário, assustou os analistas. Primeiro, porque revela sua dificuldade em assumir o comando do ajuste fiscal, ao querer dividir com o Congresso o ônus que teria com a adoção de novas medidas de contenção de gastos. Segundo, porque passa a mensagem de que o governo não consegue gerenciar as próprias finanças nem tem o senso de urgência necessário para equacionar a questão. “O governo jogou a toalha no ajuste fiscal”, diz o economista e consultor Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central (BC).
Apesar da alegada transparência exibida por Dilma, algumas premissas usadas no Orçamento colocam em xeque sua viabilidade e alimentam suspeitas de que o deficit de 2016 será ainda maior que o previsto. Enquanto o Boletim Focus, do BC, mostra que a média dos analistas prevê uma retração do PIB de 0,4% no ano que vem, com impacto negativo na arrecadação, o governo fez suas projeções com base numa taxa de crescimento de 0,2%, superestimando as receitas.
No mercado, calcula-se que o deficit primário (receitas menos gastos, excluído o pagamento de juros da dívida pública) poderá chegar a 1% do PIB – o dobro da previsão oficial. E isso mesmo com a nova alta de impostos anunciada pelo governo, que deverá render R$ 11,2 bilhões a mais em 2016. Na visão dos analistas, nem mesmo o superavit de 0,1% do PIB prometido pelo governo para 2015 (0,15% para todo o setor público) deverá ser cumprido (leia o quadro na pág. 52). “Acabou o sonho desse gasto desenfreado, sem critério”, afirma o economista Samuel Pessôa, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), ligado à Fundação Getúlio Vargas.
Segundo o deputado Ricardo Barros (PP-PR), relator-geral do Orçamento, o buraco nas contas de 2016 poderá superar os R$ 70 bilhões, mais que o dobro do previsto. Barros defende a inclusão na conta dos gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), estimados em R$ 42,4 bilhões. Eles foram excluídos do Orçamento. Diz que também não foram contabilizados mais R$ 3,4 bilhões em gastos com emendas parlamentares obrigatórias e recursos para compensação dos Estados por conta da isenção tributária de produtos e serviços para exportação.
Leia na íntegra, em Época
http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/09/por-que-o-brasil-entrou-no-vermelho.html
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quarta-feira, 15 de abril de 2015
Deputado Bolsonaro, futuro presidente do Brasil, o PP não te merece, também não vá para o PSDB, partido que finge ser oposição
Jair Bolsonaro diz que sairá do PP 'em separação amigável, sem litígio'
Deputado ainda deverá se reunir com Francisco Dornelles (PP-RJ), mas disse que 'decisão está tomada'
Campeão de votos no Rio, o deputado federal Jair Bolsonaro
(PP-RJ) disse na noite desta terça-feira ser “praticamente impossível”
convencê-lo a continuar no PP, mas que a saída se dará "sem litígio". O
deputado teve a terceira maior votação do Brasil em 2014 — 464 mil votos
— e anunciou nesta terça-feira que vai se desfiliar da legenda para
buscar "sonhos políticos" que não cabem no partido.
O deputado Jair Bolsonaro
- André Coelho/11-2-2014
Bolsonaro confirmou o desejo de ser candidato a presidente e fez críticas ao PP, que tem 31 quadros respondendo a inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Lava-Jato. Disse que alguns parlamentares do PP acham que ele “já vai tarde”, afirmou que às vezes leva “coices” do partido por sua “falta de polidez” e reclamou da falta de influência que exerce no partido. Afirmou, no entanto, que a separação terá que ser amigável, afinal, seu mandato pertence ao partido: — Preciso de uma separação amigável. Litigiosa eu perco. Não posso me precipitar e já buscar outro partido. (A decisão de sair) tem a ver com problemas pontuais nesses últimos dias. Temos sete vice-lideranças, não consigo ocupar nenhuma, apesar de ser o terceiro mais votado do Brasil. Não sou lembrado para nada, e eu levo o nome do partido para frente. Modéstia à parte, comprovei que tenho muito voto, e não só no Rio — disparou, enumerando o que considera seu potencial político: — Eu represento e tenho simpatia pelo setor evangélico, que é 30% do eleitorado, as Forças Armadas, quem quer a redução da maioridade penal, quem quer ter arma dentro de casa, setores do agronegócio.
Confiante, Bolsonaro disse acreditar que está preparado para concorrer em 2018. E provocou: — Aplica a prova do Enem para nós três, Dilma em um canto, Lula do outro e eu no meio. Se eu não tirar nota maior que eles, não estou preparado. Acho que estou preparado para sonhar em poder mudar o Brasil independente de se eu vou chegar lá ou não.
Logo depois de anunciar o pedido de desfiliação ao PP, Bolsonaro conversou pelo telefone com Francisco Dornelles (PP), vice-governador do Rio, que pediu que ele fizesse um "standstill", uma pausa para pensar melhor. Os dois vão se encontrar pessoalmente nas próximas semanas.
Pedi para ele pensar, fazer um standstill, esperar até conversar comigo. Essa desfiliação é feita no estado, não lá em cima. Estou com esperança de mostrar a ele que gostaríamos que ele ficasse. Ele se sente muito discriminado pela liderança do partido na Câmara, ele acha que não recebe do partido o reconhecimento que merece, o que é verdade — contou Dornelles.
Fonte: O Globo
terça-feira, 10 de março de 2015
Maluf, sempre acusado de corrupção – e nunca punido – passou batido no PETROLÃO – PT (apesar de amigão do Lula, com quem fez acordo de apoio político para Haddad)
Acusado de corrupção, Maluf defende a moralização
do PP
Para ele,
o senador Ciro Nogueira, atual presidente nacional do PP, não tem “condição
moral” de continuar no cargo
Condenado por improbidade
administrativa, acusado de lavagem
de dinheiro e procurado
internacionalmente pela Interpol por apropriação indébita de dinheiro, o deputado Paulo Maluf (PP-SP) defende
que seu partido sofra uma reformulação moral. Ele acha que o atual presidente
nacional do partido, senador Ciro
Nogueira (PI), deixe o cargo na eleição marcada para abril.
O senador é um dos 30 parlamentares do PP que estão na lista das pessoas que serão investigadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por desvio de recursos na Petrobras. — Ciro Nogueira não tem condição moral para ser reeleito presidente do PP. Ele tem que ser afastado da direção do partido. Eu não quero o cargo. Já fui presidente do partido por 20 anos. Carreguei o partido nas costas por 48 anos. Temos bons nomes para o cargo, como a senadora Ana Amélia (RS), o Esperidião Amin (SC) e o Francisco Dornelles (RJ), todos corretos e éticos — disse Maluf, que agora dá lições de ética dentro do partido, o que mais tem políticos na lista do STF.
O senador é um dos 30 parlamentares do PP que estão na lista das pessoas que serão investigadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por desvio de recursos na Petrobras. — Ciro Nogueira não tem condição moral para ser reeleito presidente do PP. Ele tem que ser afastado da direção do partido. Eu não quero o cargo. Já fui presidente do partido por 20 anos. Carreguei o partido nas costas por 48 anos. Temos bons nomes para o cargo, como a senadora Ana Amélia (RS), o Esperidião Amin (SC) e o Francisco Dornelles (RJ), todos corretos e éticos — disse Maluf, que agora dá lições de ética dentro do partido, o que mais tem políticos na lista do STF.
Maluf
disse que o fato da maioria dos 40 deputados do PP estarem na lista do STF, enquanto seu nome está fora, prova que, ao contrário do que dizem, ele
não é corrupto. — Nunca tive
envolvimento com malfeitos. Todas as acusações que me fizeram eram falsas.
Nunca ninguém mostrou prova de nada. Só porque eu fiz muitas obras, diziam que
eu tinha levado alguma coisa, mas na verdade eu fiz obras em todas as 645
cidades paulistas e nunca se provou nada contra mim.
Sempre fui correto —diz Maluf, que responde a dezenas de ações por corrupção e lavagem de dinheiro. O deputado diz que sempre se ouviu no PP a informação de que deputados como Pedro Correia, João Pizolatti e José Janene (já falecido) tinham "alguma intimidade" com o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa (um dos delatores do escândalo da Petrobras), que "frequentava a liderança do partido na Câmara".
-
Havia um zum-zum-zum do Paulo Roberto Costa com alguns deputados. Mas enquanto
eu fui presidente do partido, até 2003, não havia absolutamente nada. Depois o Pedro Correia assumiu o partido, por ter mais
intimidade com o PT, eleito para a através da delação premiada do Paulo
Roberto Costa. Acho que tem que investigar tudo com profundidade - disse Maluf, que no passado chegou a ser verbete de dicionário com
malufar significando roubar.Sempre fui correto —diz Maluf, que responde a dezenas de ações por corrupção e lavagem de dinheiro. O deputado diz que sempre se ouviu no PP a informação de que deputados como Pedro Correia, João Pizolatti e José Janene (já falecido) tinham "alguma intimidade" com o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa (um dos delatores do escândalo da Petrobras), que "frequentava a liderança do partido na Câmara".
(...)
Maluf explica porque
está na lista dos procurados pela Interpol, podendo ser preso caso deixe o
Brasil. — Eu gostaria que o governo
brasileiro fizesse por mim o mesmo tipo de esforço que teve para manter o
Cesare Battisti aqui. Esse criminoso, condenado na Itália. Na verdade o que
acontece é que os Estados Unidos querem minha oitiva sobre uma acusação falsa. Eu sou brasileiro e quero que a oitiva seja feita por um juiz
brasileiro. Eu não viajarei a Nova York para ser ouvido lá. Tenho
correspondências que troquei com a Interpol. Então não estou fugindo de nada.
Só não quero ter que depor nos Estados Unidos. Até os
pilotos do Legacy que mataram 159 passageiros da GOL foram ouvidos pela Justiça
americana. Então por que eu tenho que depor lá?
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