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sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Fronteira de Gaza e Egito é fechada e não há nova previsão para saída de brasileiros - O Estado de S. Paulo

A passagem de Rafah, que separa a Faixa de Gaza do Egito, foi fechada novamente nesta sexta-feira, 10, e os 34 brasileiros que haviam recebido autorização para sair do território permanecem em Gaza. Em entrevista coletiva, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse não ter certeza de quando os brasileiros poderão cruzar a fronteira.

A expectativa era a de que os brasileiros saíssem nesta sexta do território palestino. No entanto, com o fechamento da passagem e considerando o horário local na Faixa de Gaza (que já é fim da tarde), é improvável que a fronteira seja reaberta ainda hoje.

Mauro Vieira convocou uma coletiva de imprensa logo após o fechamento da passagem e afirmou não ter certeza se os brasileiros poderão sair hoje. “A situação em Gaza não permite dizer se hoje, amanhã ou quando”, disse. “É uma região conflagrada, e são inúmeras as questões que dificultam a abertura”.

“Apesar de terem sido levados até o posto de controle, eles não puderam passar porque o posto de controle não foi aberto. Esperamos que sejam autorizadas a cruzar o mais rápido possível”, completa.

O grupo havia sido levado de ônibus para a o posto de fronteira de Rafah, onde está desde o começo da manhã (madrugada no Brasil) esperando os trâmites legais para sair. A fila para deixar o local é grande, por causa dos recentes fechamentos do local controlado pelo Egito.


Brasileiros
Após ser contatado pelo Estadão,
o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, afirmou que quase todos os brasileiros seguem em Rafah, menos Hasan Rabee, que optou por retornar à cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.“A pendência para a abertura da fronteira é a autorização para que ambulâncias passem primeiro com os feridos para serem tratados no Egito, hoje apenas 5 passaram e dezenas ficaram retidas no Norte de Gaza”, disse Candeas. O embaixador afirmou que a ofensiva terrestre israelense no norte do enclave palestino dificulta a saída das ambulâncias e que tudo está sendo feito em coordenação com Israel e a Cruz Vermelha.

Candeas apontou que se as ambulâncias puderem sair no sábado, 11, os estrangeiros também deverão passar pela fronteira com o Egito. O embaixador também afirmou que a embaixada do Brasil em Israel conseguiu a autorização junto à agência de segurança israelense para que Jamila, avó da brasileira Shahed Al-Banna, pudesse sair de Gaza com a sua neta.

O Egito controla a única fronteira de Gaza que não tem limite com Israel, mas o posto de Rafah é submetido a rigorosos controles alfandegários e de pessoas. Após os atentados terroristas do Hamas no dia 7, o posto foi fechado e ninguém podia sair ou entrar no território palestino.

O ministro disse estar mantendo encontros com as autoridades dos países envolvidos, examinando a possibilidade da libertação dos brasileiros no menor prazo possível. “A nossa lista não é das maiores, temos 34 em Gaza. Há países que têm números maiores. A passagem é complexa, porque a passagem de Rafah fica aberta durante algumas horas por dia. Há um entendimento entre as partes de que primeiro passam as ambulâncias com feridos, só depois os nacionais de outros países”.

No fim de semana, após um acordo negociado com a ajuda do Catar e dos Estados Unidos, o posto foi aberto para a entrada de ajuda humanitária. Nesta quarta, além da saída de estrangeiros, ambulâncias também recolheram feridos em Gaza.

Permissão para saída
A permissão para a saída dos brasileiros começou a circular no começo da madrugada (noite de quinta, 9, no Brasil) entre os brasileiros. “Que alegria, vamos para casa”, escreveu no Instagram Hasan Rabee, que estava em Khan Yunis.

O Itamaraty, que havia sido alertado por Israel de que a autorização viria, se mobilizou já na quinta, enviando diplomatas no Egito para receber o grupo, além de ter o avião da Presidência que fará o resgate autorizado a ir do Cairo para Al Arish, aeroporto a 50 km de Gaza.

Segundo a Embaixada do Brasil no Egito, assim que os brasileiros conseguirem cruzar a fronteira, será avaliada a necessidade de atendimento médico ainda em Rafah. Uma equipe do Itamaraty está sob aviso para recebê-los. O governo egípcio também montou um hospital de campanha para o atendimento dos estrangeiros.  No Egito, o grupo será recebido por uma equipe de diplomatas e pelo embaixador Paulino Franco de Carvalho Neto.

A partir de Rafah existem duas possibilidades de trajeto: ir em um ônibus até o aeroporto de El Arish, que fica a 53 km de Rafah, para embarque no avião presidencial que já está no Egito à espera do grupo. A aeronave depois fará escalas no Cairo, Roma, Las Palmas, Recife antes da chegada no destino final em Brasília. Ou viagem até a cidade do Cairo em um ônibus. Neste caso, a previsão é que a viagem por terra dure entre cinco e seis horas.

O avião presidencial está no Aeroporto do Cairo à espera do grupo que será repatriado e também com autorização para decolar até o aeroporto de El Arish. Uma médica oficial da Aeronáutica também irá acompanhar as famílias no voo com destino ao Brasil.[ficamos a imaginar o quanto maiores seriam as dificuldades se o Brasil não fosse presidido pelo maior estadista não só do Planeta Terra e sim  do Sistema Solar.        Ao desprestígio do estadista mor - Lula - se somam as declarações alopradas, inconvenientes  do ex-candidato ao STF, Flávio Dino - o ministro lacrador.]

A liberação ocorreu após promessa do chanceler de Israel, Eli Cohen, ao ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, na quinta-feira. Foram quatro tentativas de uma negociação para a saída dos brasileiros e seis listagens com cerca de 24 países que já haviam conseguido a concessão. Segundo fontes do Itamaraty, o grupo de brasileiros está desde o mês passado em casas alugadas pelo Ministério de Relações Exteriores em Rafah e Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, à espera de uma definição.

Na última sexta-feira, Israel prometeu incluí-los na lista de autorizações até esta quarta-feira, o que não aconteceu. Cohen justificou a Vieira que não foi possível cumprir a garantia por “fechamentos inesperados na fronteira”, segundo o Itamaraty.

Nos últimos dias, a relação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com Israel esteve estremecida após o embaixador de Israel em Brasília, Daniel Zonshine, ter se envolvido em reuniões com parlamentares de oposição e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Declarações públicas sobre a suposta presença de representantes da milícia radical xiita Hezbollah no Brasil também incomodaram o executivo.

A insatisfação com as autoridades israelenses foi expressada publicamente pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, e pela Polícia Federal. Internamente, Itamaraty e Planalto também reconhecem o desconforto. Em nota, a embaixada de Israel disse que Bolsonaro apareceu sem ser convidado na reunião da Câmara e agradeceu ao governo brasileiro pela operação contra o Hezbollah. Apesar da irritação, uma eventual cobrança de explicações do diplomata só seria avaliada após a chegada dos 34 brasileiros.
 
Felipe Frazão - O Estado de S. Paulo
 
 

sábado, 4 de novembro de 2023

Brasileiros ficam fora da lista de autorizados a saírem de Gaza pelo quarto dia consecutivo - O Globo

Neste sábado, mais 599 estrangeiros foram autorizados a sair da Faixa de Gaza através da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito.  
Por quarto dia consecutivo, não há brasileiros na lista de pessoas que poderão deixar o território palestino, fugindo do conflito entre Israel e Hamas, que já ultrapassou 10 mil mortos.
Os americanos, por terceiro dia consecutivo e em plena visita do secretário de Estado americano, Antony Blinken, a Israel, são a maioria do grupo, com 386 cidadãos autorizados
Em seguida, há britânicos (112), franceses (51) e alemães (50). 
As negociações para a retirada de civis com nacionalidade estrangeira, pouco transparentes e sem um critério claro, envolvem Israel, Egito, Catar e EUA.

No momento, 34 brasileiros aguardam a autorização para deixar a Faixa de Gaza. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, informou, nesta sexta-feira, que seu par de Israel, Eli Cohen, garantiu a ele que os brasileiros poderão cruzar a passagem de Rafah até a próxima quarta-feira. "O ministro Mauro Vieira falou hoje novamente ao telefone com o ministro de Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen. Vieira reiterou as gestões pela liberação da passagem dos brasileiros retidos em Gaza, para que possam ser imediatamente repatriados, via Egito", informou o Itamaraty, também pelas redes sociais.

Essa foi a terceira conversa entre os ministros nas últimas semanas, e a primeira desde a abertura da fronteira de Rafah, que ocorreu na última quarta-feira. Ontem, Vieira havia falado com o chanceler egípcio, Sameh Shoukry, também na tentativa de agilizar a liberação de brasileiros pela fronteira do país. Na sexta, o ministro brasileiro também conversou com seus colegas de pasta do Reino Unido e do Irã.

Ao GLOBO, o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, negou que haja razões políticas para o fato de os brasileiros terem sido excluídos das primeiras listas de estrangeiros sendo liberados de Gaza. Os critérios para definir a inclusão de cidadãos não são claros. Egito, EUA, Catar e Israel são os responsáveis pelas tratativas para a liberação. — Interpretar isso [a não inclusão de brasileiros] como sendo fruto da relação bilateral, ou política, é realmente uma análise incorreta. A lista não tem nada a ver com a relação bilateral do países. Na primeira lista, por exemplo, onde não constava os EUA, constava a Indonésia, que não reconhece Israel — afirma Meyer.

Por que o Brasil ainda não conseguiu entrar na lista é uma pergunta que fontes do governo e diplomáticas não sabem responder. Algumas especulações têm crescido no âmbito político, diplomático e acadêmico, entre elas a de uma retaliação ao governo brasileiro por suas posições em votações no Conselho de Segurança da ONU, que foi presidido pelo Brasil no mês de outubro.

Outras versões indicam que declarações do presidente Lula sobre o conflito teriam causado mal no governo de Benjamin Netanyahu. Mas ninguém tem uma explicação clara para a exclusão, até agora, dos brasileiros. O Itamaraty continua em negociações frenéticas, e apostando em conseguir a saída do grupo, dividido entre as cidades de Rafah, onde está a passagem para o Egito, e Khan Younes.

Mais recente Próxima Hamas inclui combatentes em listas de partida, atrasando esforços para retirada de estrangeiros de Gaza, diz NYT

 

Mundo  -  O Globo