A CPI que investiga a ação das ONGs, internacionais ou brasileiras,
que agem principalmente na Amazônia,
vai revelar um Brasil que a grande maioria dos brasileiros não conhece –
e acharia um escândalo se conhecesse. CPIs em geral não levam a
mudanças concretas nos males que denunciaram; aliás, as que incomodam a
esquerda e são excomungadas como de “direita” quase não aparecem na
mídia.
Mas valem sempre como uma oportunidade, muitas vezes a única,
para a população ficar sabendo de muitas coisas que não sabe e que os
donos do país, dentro e fora do governo, não querem que ela saiba.
A
principal notícia, neste caso, é que o Brasil perdeu a soberania sobre
áreas imensas do seu território na região amazônica.
Elas são governadas
hoje por ONGs estrangeiras,
as mais agressivas, e por outras de origem
nacional –
com a proteção, as verbas e a cumplicidade ativa da Polícia Federal,
do Ministério Público, dos Incras e Funais da vida,
do Exército Brasileiro e, agora, do Ministério do Índio inventado por Lula.
O que fazem, de verdade, é manter em estado
de segregação a população indígena, como animais num zoológico - Dida Sampaio - Estadão
Não
há autoridade legal nessas regiões – quem governa de fato são as ONGs,
falando muitas vezes em inglês. O governo brasileiro só serve para lhes
dar proteção armada, liberdade de ação e dinheiro público.
Estão lá,
segundo a propaganda da esquerda, para “proteger as reservas indígenas” e
preservar “a natureza ameaçada” da Amazônia.
Falam em “genocídio” das
tribos. Falam da “mudança do clima”.
Falam da necessidade de mais
reservas para os indígenas.
O que fazem, de verdade, é manter em estado
de segregação a população indígena, como animais num zoológico.
Não
admitem nenhum “contado com o branco” e com a “exploração econômica” da
Amazônia; o que conseguem é manter os índios do lado de fora do século
XXI.
De outro lado, para combater a “ocupação ilegal de terras”, o
“garimpo ilegal” e as “alterações do bioma”, usam a força armada para
reprimir e punir os brasileiros pobres, ou paupérrimos, que tentam
sobreviver na selva – inclusive em áreas legalizadas pelo governo, mas
invadidas pelas ONGs e o seu aparato policial, e hoje sob o controle de
ambos.
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As
ONGs, para prosperar com as contribuições destinadas à proteção dos
indígenas, precisam manter todos eles na mais absoluta miséria,
trancados nas suas ocas e privados dos benefícios materiais do progresso
– a sua “cultura” tem de ser preservada”, dizem os acionistas das ONGs,
e por conta disso não estão autorizados a viver como o brasileiro que
tem acesso à pasta de dentes ou ao fogão de gás.
Seus defensores,
somados aos militantes da natureza, do clima e do verde, mais o aparelho
do Estado brasileiro que foi colocado a seu serviço, condenaram todos a
viver no ano de 1.500.
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo