VOZES - Gazeta do Povo
Conteúdo editado por: Bruna Frascolla Bloise
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Conteúdo editado por: Bruna Frascolla Bloise
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
A iniciativa de apresentar-se como mediador do conflito em Gaza,
desencadeado pelos massacres, chacinas e sequestros promovidos pelo
Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, lançou novamente luz sobre um
ponto de estrangulamento da política externa brasileira nos governos
Luiz Inácio Lula da Silva: a contradição entre o desejo de protagonismo e
a capacidade real de projetar poder.
Só dois jogadores globais têm cartas e objetivos locais imediatos para
estar na mesa militar desse conflito: Estados Unidos e Rússia. E mesmo
esta segunda vem jogando com grande cautela, desejosa de manter o
governo de Bashar al-Assad e a presença estratégica russa na Síria, que,
além do mais, dá a Moscou seu único porto mediterrâneo.
Israel só aceitará um estado palestino que seja desmilitarizado e
militarmente neutro, além de reprogramado para abandonar a ideia de
riscar Israel do mapa. [a exigência referida na prática implica em acabar, destruir, o 'estado palestino' = situação que Israel já busca com sua 'defesa persistente', - suspensa temporariamente por uma trégua, ainda em vigor - de ataques havidos contra Israel há quase dois meses.] No passado, os governos nacionalistas do Egito e
da Síria, com seus exércitos poderosos, alimentavam nos árabes o sonho
impossível “from the river to the sea”. Hoje, é o Irã dos aiatolás quem
joga lenha na fogueira da ambição.
A conflagração interna em Israel a partir da reforma judicial proposta
pelo governo de Benjamin Netanyahu deve ter alimentado no Hamas a
esperança de catalisar a implosão, pelas contradições internas, do que
chamam pejorativamente de “entidade sionista”, a senha para enfatizar
que Israel não deve existir.
Claramente erraram na análise de conjuntura. Entre outros equívocos, por
reavivar na memória dos judeus, em Israel e na diáspora, a ameaça
existencial.
As ONGs, para prosperar com as contribuições destinadas à proteção dos indígenas, precisam manter todos eles na mais absoluta miséria, trancados nas suas ocas e privados dos benefícios materiais do progresso – a sua “cultura” tem de ser preservada”, dizem os acionistas das ONGs, e por conta disso não estão autorizados a viver como o brasileiro que tem acesso à pasta de dentes ou ao fogão de gás.
Seus defensores, somados aos militantes da natureza, do clima e do verde, mais o aparelho do Estado brasileiro que foi colocado a seu serviço, condenaram todos a viver no ano de 1.500.
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo
“Nós somos da pátria a guarda.”
Canção do Exército
Rio Grande do Norte não tem governo, o estado está entregue ao crime organizado. pic.twitter.com/f1e7AqUjB3
— MSP-Movimento Sem Picanha (@mspbra) March 15, 2023
Uns obedecem à lei, a começar pelos brasileiros comuns; os criminosos e os Três Poderes, não. O resultado é um país governado cada vez mais de forma ilegal
As Forças Armadas custaram acima de 115 bilhões de reais em 2022, e vão passar dos 120 bi este ano, uma despesa equivalente ao que o Brasil gasta com a educação pública
As Forças Armadas, desde 1984 e o fim do regime militar, não tiveram nenhuma participação na vida pública do Brasil — a não ser quando foram enviadas ao Rio de Janeiro, por solicitação do governo Michel Temer, para oferecer alguma resistência, qualquer uma, ao crime sem controle. Não resultou, no fim das contas, em nada de realmente útil ou duradouro. Desde o primeiro minuto a ação dos militares foi sabotada pelo STF, pelo Ministério Público e pelo aparelho judiciário em geral, para não falar nos políticos de esquerda e na mídia.
Leia também “À espera de um novo triplex”
J. R. Guzzo, colunista - Revista Oeste
Vatican News
VATICAN NEWS - Publicado originalmente
"A esquerda brasileira permaneceu estagnada no tempo, ficou presa a um mundo que mudou", diagnosticou o ex-presidente uruguaio "Pepe" Mujica, antigo líder Tupamaro e ícone da esquerda latino-americana. A cúpula da Celac deu-lhe razão. Nela, um Lula fossilizado celebrou a democracia com uma face enquanto celebrava seus ditadores de estimação com a outra.
Pior: o presidente executou suas acrobacias habituais destinadas a legitimar as tiranias. "Os cubanos não querem copiar o modelo do Brasil, eles querem fazer o modelo deles". Emilio Médici utilizou frases similares para atribuir à vontade [e necessidade] dos brasileiros o "modelo" da ditadura militar. Que tal declarar que "os sauditas querem fazer o modelo deles"? Ou "os iranianos"?
Lula empregou as senhas rituais cunhadas por Díaz-Canel e Maduro. Falou em "bloqueio" a Cuba no lugar de "sanções", macaqueando o manjado álibi castrista. Falou numa inexistente "ameaça de ocupação" da Venezuela, imitando os discursos do falido regime chavista. Finalmente, quando produziu a frase que devia terminar com "democracia", perpetrou o truque preferido pelas ditaduras, invocando a "soberania".
Foi assim: "o que eu quero para o Brasil, quero para a Venezuela: respeito à minha soberania". No passado, soberania foi atributo dos monarcas; hoje, é atributo das nações. Inexiste verdadeira soberania nacional num país onde surrupiam do povo o direito de escolher seus governantes.
Durante seus mandatos anteriores, Lula contribuiu para a preservação das ditaduras de esquerda na América Latina, operando como escudo diplomático dos regimes de força. Criticar ditaduras que ofendem os direitos humanos não é "ingerência", mas dever —como, aliás, está escrito na Constituição brasileira.
O apartheid sul-africano começou a morrer quando, tardiamente, os EUA e as democracias europeias isolaram o regime de minoria branca. Um dos fatores históricos que deflagrou a abertura no Brasil foi a mudança de rota determinada pelo americano Jimmy Carter, que se engajou na condenação dos abusos promovidos pelo regime militar. Há pouco, a palavra nítida do governo de Joe Biden ajudou a secar a agitação bolsonarista nos quartéis. Melífluo, Lula mencionou um indefinido "problema da Venezuela" e insistiu em "diálogo" —mas recusou-se a apontar sua finalidade.
O tempo passou na janela e só Carolina não viu. A declaração da Celac enfatizou o "respeito às instituições". No 9 de janeiro, repudiando os ataques golpistas, Jaques Wagner, líder do governo no Senado, explicou que o STF é o intérprete insubstituível da Constituição. Lula, porém, exime a si mesmo da exigência de respeitar as instituições, algo que parece valer apenas para os adversários: no site oficial do governo, o impeachment de 2016, um processo presidido pelo STF, foi classificado como "golpe de Estado".
A mesma qualificação surgiu, na voz do próprio Lula, em Buenos Aires e Montevidéu. "Vocês sabem que, depois de um momento auspicioso, houve um golpe de Estado que derrubou a companheira Dilma Rousseff", disse o presidente, ao lado do argentino Alberto Fernández. Simetria específica: Bolsonaro acusa o STF de patrocinar um golpe ao anular as condenações de Lula; Lula acusa o STF de patrocinar um golpe ao avalizar o impeachment. [em nossa opinião, um rápido exame e se constata que a razão assiste à Bolsonaro.]
Democracia? Instituições? Perdido nos labirintos do passado, o líder da esquerda brasileira não enxerga nessas palavras mais que artifícios retóricos oportunos.
Demétrio Magnoli - Folha de S.Paulo
Eleitos para representar a sociedade, como expressão de sua soberania, dedicam-se, em ampla maioria, a fazer negócios, cuidar de reeleições, usar recursos públicos para objetivos políticos pessoais e perenizar currais eleitorais. Não veem povo, sem alternativas, à porta dos quartéis pedindo aos militares que façam o que eles, detentores de mandato, não fazem? Veem, sim, mas não são freio nem contrapeso, não são coisa alguma e para nada servem, seja nas calmarias, seja nas tormentas.
Afundam com o navio ao som de um coral de puxa-sacos “lá nas bases”.
Que fracasso! Durante quatro anos, a nação, aos milhões, lhes falou desde os megafones e microfones, em extraordinárias jornadas cívicas. De nada valeram as advertências proclamadas pela voz das ruas! De nada. Nem mesmo para que protegessem as próprias prerrogativas! Ministros do STF usurpam-lhes o poder, escrituram em nome de 11 pessoas as vias digitais e nelas silenciam-lhes as vozes.
Não perceberam ainda? Privados os parlamentares das redes sociais, o plenário vira gaiola e a tribuna poleiro de onde deputados e senadores falam, uns aos outros, em circuito fechado. Como toleram isso?
Cada medida autocrática contra um congressista é um insulto ao parlamento. De tão frequente e tolerada, a situação faz lembrar o que escreveu Eça de Queiroz”, referindo-se às Cortes portuguesas em uma de suas Farpas: “É uma escola de humildade este parlamento! Nunca, em parte nenhuma, como ali, o insulto foi recebido com tão curvada paciência”.
Essa curvada paciência, porém, esgotou a tolerância do povo que não aceita a patrulha do pensamento nem a gradual, mas constante e crescente, perda de suas liberdades. Quem não entendeu isso não entendeu coisa alguma.
Que o próximo parlamento, com honra e dignidade, retome o verdadeiro sentido da representação popular, para volta da democracia e da liberdade.
Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
O comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, criticou nesta quinta-feira "verdades transfiguradas", "notícias infundadas e tendenciosas" e "narrativas manipuladas" que, segundo ele, seriam feitas contra a instituição. A declaração ocorreu durante cerimônia para marcar o Dia do Soldado, que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro. — Soldado brasileiro! Se, em algum momento, verdades transfiguradas, notícias infundadas e tendenciosas ou narrativas manipuladas tentarem manchar nossa honra, na vã esperança de desacreditar a grandeza de nossa nobre missão, lembrem-se de que a calúnia jamais maculou a glória de Caxias — disse Freire Gomes.
Bolsonaro não discursou na cerimônia, realizada no Quartel-General do Exército. Ele estava acompanhado do general Walter Braga Netto, candidato a vice em sua chapa à reeleição, que não ocupa nenhum cargo público. O discurso de Freire Gomes focou principalmente no Duque de Caxias (1803–1880), patrono do Exército brasileiro, além de momentos históricos que tiveram a participação da Força, como a proclamação da República, a Segunda Guerra Mundial e missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU).
O comandante ainda disse que o Exército é necessário para garantir a liberdade e a soberania do país: — Lembremos que não há Liberdade sem Soberania, a qual para ser mantida, necessita de um Exército forte, capaz e respeitado.
Política - O Globo
Na data em que reverenciamos o “Duque Imortal”, saudamos os Soldados da Força Terrestre de todas as épocas, por sua dedicação, seu profissionalismo e seu patriotismo. O juramento de “defesa da Pátria com o sacrifício da própria vida” é o maior compromisso que um cidadão pode assumir. Sinto-me honrado e gratificado em compartilhar com vocês os mesmos ideais e tradições que perpetuam, ao longo dos séculos, a nobreza do Exército de Caxias.
Caxias Vive! Vive mercê de seu irretocável histórico de vida castrense e civil demonstrado nas suas ações, no caráter íntegro, no desejo de servir, na coragem física e moral e na liderança nata do mais insigne dos Soldados Brasileiros.
Caxias Vive! Vive na simplicidade, na humanidade e no altruísmo, evidenciados nas invictas campanhas e profícuas negociações que o credenciaram ao título de “Pacificador do Brasil”. Sua firme atuação e constante presença em momentos decisivos, certamente foram esteio e amálgama na consolidação do espírito nacional, descortinando um futuro grandioso para a Nação Brasileira.
Caxias Vive! Vive no espírito de Guararapes quando, irmanados pelo inédito ideal de Pátria, numa conjunção de raças, homens e mulheres, liderados por nossos patriarcas Barreto de Menezes, Fernandes Vieira, Vidal de Negreiros, Felipe Camarão, Henrique Dias e Antonio Dias Cardoso, souberam impor nossa Soberania aos invasores estrangeiros, que, desde então, jamais foi ou será aviltada. Nessa ocasião, brotavam, nos corações de nossos primeiros soldados, o patriotismo, o espírito de corpo e o comprometimento, valores esses tão caros a nosso patrono. Ali já havia Caxias!
Caxias Vive! Vive nas vitórias pacificadoras contra as revoltas regenciais e liberais que ameaçaram a integridade e a paz no Brasil Imperial, e no heroísmo dos que o acompanharam e lutaram na Guerra da Tríplice Aliança: Sampaio, Osorio, Mallet, Villagran Cabrita, Bitencourt, Severiano da Fonseca e Antônio João, os quais escreveram páginas de glórias e sacrifícios em nossa história militar. Dona Rosa da Fonseca, patrono da Família Militar, perdeu três de seus filhos nessa árdua campanha. Na bravura, no desprendimento e na altivez desses heróis ecoou a liderança inconteste de Caxias, o Grande Comandante.
Caxias Vive! Vive na Proclamação da República, por meio dos feitos e da carreira exemplar de outro ilustre herói, o Marechal Deodoro da Fonseca, que foi ferido três vezes nos combates de Itororó, alcançou o último posto da carreira e foi o proclamador da República. Deodoro certamente teve em Caxias os exemplos de coragem, fé na missão e integridade que o alçaram ao nobre cargo de 1º Presidente da República.
Caxias Vive! Vive na figura excelsa e humana do Marechal Rondon que, desbravando o oeste brasileiro no início do século passado, assegurou a proteção aos nossos irmãos indígenas e contribuiu, assim como Caxias, para a integração nacional.
Caxias Vive! Vive nos mais de 25 mil combatentes da Força Expedicionária Brasileira que deixaram a segurança e o conforto de seus lares; cruzaram as águas do desafiador Atlântico e, destemidos, lutaram bravamente libertando dezenas de cidades do Velho Continente, sempre em defesa da Democracia. É a chama do valor combativo de Caxias inflamando e iluminando os passos de heróis como os Marechais Mascarenhas de Moraes e Castelo Branco, líderes que, ombreados a Frei Orlando, à Major Elza Cansanção, ao Tenente Apollo Rezk, ao Aspirante Mega e ao Sargento Max Wolff, demonstraram ao mundo a fibra e o valor de nossos inesquecíveis Pracinhas. “A cobra fumou!”
Caxias Vive! Vive no exemplo de atuação de nossos “capacetes azuis” nas missões da ONU, promovendo a paz e contribuindo para amenizar o sofrimento de povos irmãos! Desde 1947 nos Balcãs, mais de 45 mil militares do Exército representaram nossa Nação em diversas operações, com destaque para a participação na Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti. Ali, como em todas as ocasiões, qualidades como o respeito à vida, a humildade, o zelo para com a dignidade humana e a magnanimidade, tão presentes em Caxias, afloraram espontaneamente, ressaltando a invejável nobreza de espírito e o profissionalismo de nossos Soldados.
Caxias Vive! Vive nas Operações de Garantia da Lei e da Ordem, de Segurança da Faixa de Fronteira, de Garantia da Votação e Apuração, de Distribuição de Água e Perfuração de Poços, de Construção de Estradas, Pontes e Ferrovias, de Preservação do Meio Ambiente, de Combate a Pandemias e de Apoio Emergencial em Desastres Naturais. É a dedicação diuturna na proteção do solo pátrio, aliada à solidariedade, à probidade e à consciência de servir à Nação e a seu povo. Virtudes que ressurgem como motivação, inspirada nos feitos de nosso glorioso Patrono. É a “Mão Amiga” de Caxias sempre estendida a seus compatriotas.
Caxias Vive! Vive na eficiência operacional, na dedicação à profissão das Armas, na abnegação, no comprometimento, na seriedade, na responsabilidade e na integridade do soldado brasileiro, que, presente em todos os rincões desse sagrado solo, diuturnamente guarnece as fronteiras preservando nosso patrimônio, cônscios da imensa responsabilidade de preservar o legado do “Duque de Ferro” e de todos os heróis da Pátria. É o “Braço Forte” de Caxias fazendo-se presente!
Soldado Brasileiro! Se, em algum momento, verdades transfiguradas, notícias infundadas e tendenciosas ou narrativas manipuladas tentarem manchar nossa honra, na vã esperança de desacreditar a grandeza de nossa nobre missão, lembrem-se de que a calúnia jamais maculou a glória de Caxias. O bravo Guerreiro demonstrou que seu coração de Pacificador era ainda maior que a formidável têmpera de sua espada invencível.
Discípulos de Caxias! Mantenham a fé na missão de nossa Força! Continuem espelhando-se em nosso Patrono, o Marechal e glorioso Duque, sempre firmes e coesos, sob o sagrado manto da Hierarquia e da Disciplina, para que o Exército Brasileiro, perpétuo defensor dos interesses nacionais, permaneça servindo à Nação e seja reconhecido por seu patriotismo vibrante, pela busca da modernidade e pelo eficiente e permanente estado de prontidão na garantia de nossa Soberania! Que a Legalidade, a Legitimidade e a Estabilidade continuem como valores centrais, sempre em respeito ao Povo e a nossa amada Nação.
Lembremos que não há Liberdade sem Soberania, a qual para ser mantida, necessita de um Exército forte, capaz e respeitado.
Caxias Vive, hoje e sempre, na ALMA INQUEBRANTÁVEL do SOLDADO BRASILEIRO!
Sejam muito felizes!
BRASIL!
ACIMA DE TUDO!
Brasília – DF, 25 de agosto de 2022.
General de Exército MARCO ANTÔNIO FREIRE GOMES
Comandante do Exército
Vozes - J.R. Guzzo
Foto: EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS
É melhor nem imaginar o tamanho da indignação e da ira santa que iriam desabar sobre todos se os americanos, por um minuto que fosse, dissessem uma sílaba de contestação a algum dos mandamentos de Lula
J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
Todo dia estou aprendendo. Os espaços de informação que mais frequento ficam fora do circuito onde opera o consórcio dos grandes meios de comunicação.
Para exemplificar, nesse espaço modesto, cívico e abnegado, encantou-me a sabedoria de uma frase do eng. Roberto Motta: “Uma sociedade que não consegue condenar moralmente seus criminosos jamais conseguirá condená-los judicialmente”. Ao contrário do que afirmam os bandidólatras, a turma do desaprisionamento e os ideólogos do pandemônio, nosso problema não é de presos em excesso. O que temos é verdadeira multidão de bandidos soltos a infernizar nossa vida de mil e uma formas.
Em novo exemplo de sabedoria numas poucas linhas, um leitor comentou-me ontem: “Os apoiadores de Bolsonaro não se apropriaram da bandeira do Brasil, apenas veem nele um exemplo do amor à Pátria”. Com efeito, esse sempre foi um sentimento estranho para alguns. Refiro-me, especialmente, a quem se alegra quando nosso jornalismo compromete a reputação do país e quando personagens de nossa cena política e do ambiente jurídico viajam ao exterior para fazer exatamente a mesma coisa.
Já não lhes basta a própria corrupção. Dedicam-se, há bom tempo, à tarefa de corromper, aos milhões, nossa juventude, porque são milhões e milhões que não se revoltam, mas apoiam, aplaudem e se declaram devotos.Não é apenas no plano da política que a nação vai sendo abusada e corrompida. Dividiram a sociedade entre devedores e credores. As aspirações individuais e as perspectivas de vida são as novas vítimas desse caos. Adoeceram a consciência nacional. À medida que Deus vai sendo expulso, à base de interditos judiciais e galhofas sociais, instala-se, no Brasil, a soberania do outro.
Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.